Jacques Juillard tinha 90 anos e morreu no passado dia 8 de Setembro. Era articulista principal na revista Marianne, desde 2010 e enfileirava na linha dos intelectuais franceses da estirpe de um Raymond Aron ou Jean-François Revel.
A revista desta semana faz naturalmente o seu obituário desenvolvido, assim:
Muitas vezes citei e coloquei aqui cópias dos seus editoriais, na Marianne, ao longo desta dúzia de anos passados.
A escrita de Juillard denunciava frequentemente a esquerda que abandonara os assuntos da escola, da segurança, da nacionalidade, entre outros e por isso era apelidado por vezes de reaccionário, por essa mesma esquerda.
Agradava-me ler o que escrevia principalmente por isso...e também porque se definia como "socialista religioso" que acreditava que não haveria terra para viver sem um céu para venerar.
Jacques Julliard era um esquerdista mas do género que aprecio, não sectário, não radical e que duvidava de si mesmo e que dizia sentir-se de esquerda mas não se reconhecer naquela que existe em França. Ou seja, alguém de esquerda que já não se identifica com tal linha e que rejeita de igual forma a direita que vai existindo.
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