Tal&Qual é de hoje.
O primeiro milho é dos pardais, como dantes se dizia...
E porque estamos nas aves, nos pássaros, passarinhos e passarões e outros animais de capoeira, este artigo do Público da autoria de um conhecido político socialista, suscita a tese da cabala sob o ponto de vista marreco que é o que normalmente lhe assiste:
Ora então façamos lá o teste do pato para os patos perceberem o pathos;
Um político que foi primeiro-ministro e que deu ocupação política a este político sectariamente patológico, foi apanhado em escutas telefónicas a combinar esquemas de organização de negócios em que o Estado era parte, com empresas privadas, intermediados por um amigo que segundo tudo indica para lá foi por ser amigo de quem era ( a tal parte do parece um pato...); esses negócios careciam de variada intervenção político-administrativa e chegou a um ponto em que tal só poderia ser feito em Conselho de Ministros presidido por aquele. Foi levado a cabo o esquema manhoso que o presidente da república rejeitou por o ser ( é a parte em que o pato actua como um pato porque o esquema apresentava-se como indiciador de corrupção, indiciada pelo modus operandi).
De acordo com a lógica mago-patológica, o que deveria fazer o Ministério Público? De pato? Ou de caçador? Optou pelo seu papel legítimo e concluiu que se o esquema parecia corruptivo e alguém se actuou como se o fosse, mesmo primeiro-ministro, só poderia ser...logo, fez o que tinha a fazer e comunicou a quem de direito ( ao pSTJ) as suspeitas legítimas, dando a conhecer tal facto através de um comunicado, para esclarecer a população acerca do que se passava e não esconder o essencial.
Pois bem! Esta actuação do MºPº é entendida pelo preclaro patológico como um atentado ao Estado de Direito, um golpe de Estado não violento, apenas porque lhe pareceu que o seu mentor foi apeado por causa de um parágrafo desse comunicado. Esquecendo tudo o resto, incluindo uma quantia de várias dezenas de milhar de euros escondidos em lugares esconsos no gabinete ao lado do mentor em funções e cuja proveniência continua por explicar cabalmente, sem pactos e sem ser para pato ver.
Golpe de Estado porque lhe parece golpe de estado. Poderia parecer-lhe outra coisa, por exemplo, o exercício legítimo da acção penal segundo o princípio geral e constitucional da igualdade dos cidadãos perante a lei, mas não, isso não lhe ocorreu. Enfim, poupemos em adjectivos porque é demasiado fácil malhar em gente desta estirpe..
A terminar, um pequeno artigo do procurador-geral adjunto jubilado, Alberto Pinto Nogueira, pessoa estimável e que no outro dia escreveu no mesmíssimo Público um artigo com sentido contrário, a anunciar o medo que devemos ter do MºPº . Hoje, escreve que não o teme. Ufa! Ao Ministério Público, entenda-se. Ainda bem.
Quanto ao resto apenas deve dizer-se que a personagem mistério exposta no escrito pode muito bem ser...Rui Rio. Também ocorreram com este político ressabiado com o MºPº coisas idênticas pelo que é legítimo supor tratar-se de uma e a mesma pessoa. Edificante!
Do resto do artigo que daria pano para mangas muito compridas, já tenho comentado por aqui que o MºPº é o que é actualmente porque sempre foi assim, particularmente depois de conquistada a autonomia externa e interna de que goza.
O problema não reside aí, mas na formação dos seus magistrados, nas faculdades, no CEJ, nos formadores, nas rotinas processuais e métodos de trabalho etc etc. Muito complexo, tudo isso e principalmente muito difícil de alterar. O que vem de trás, toca-se para a frente e quem divergir, apanha com inspecções para o arrimo conveniente, com pleno conhecimento da hierarquia.
Este problema, curiosamente é que não vejo a ser tratado. Vamos a isso, caro dr. Pinto Nogueira?
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