Vítor Constâncio, ontem na AR, foi cilindrado pelas invectivas pessoalizadas de Paulo Portas, numa intervenção que entendo de um virtuosismo como já não via há muito, nas intervenções parlamentares. Absolutamente brilhante, no tom, no estilo, na argumentação e no resultado.
Estou à vontade para o dizer, uma vez que Portas, é por vezes esconso, com um síndrome esquisito que atribuo a um problema que lhe capa as veleidades na captação de mais votos.
Vítor Constâncio, é o regulador da Banca em Portugal. Apesar da carga de porrada verbal, de uma contundência extrema, saiu dali, como se nem um beliscão o tivesse incomodado, para além de umas caretas de circunstância e enfado.
A conclusão a retirar é que Vítor Constâncio se sente absolutamente respaldado, principalmente na falta de capacidade crítica e de indignação generalizada. Os jornais, para ele, contam nada.
Os políticos da oposição, são apenas isso mesmo: parte do jogo em que está acostumado a participar como recuado, no lado esquerdo ou de defesa central. Perdeu a partida, mas o jogo continua.
Sem um pingo de vergonha que seja, porque o que ouviu na AR não o atinge. É apenas a parte do jogo.
Estão todos a regular mal, menos ele.
Lurdes Rodrigues, não regula coisa nenhuma, a não ser um ministério onde obedece à voz do dono, fielmente, seguramente. Ontem, apanhou com ovos no carro, atirados por alunos das Novas Oportunidades e do ensino recorrente, de uma escola Profissional. Que espelham o ensino que temos, e a reguladora quer prosseguir.
Os alunos, claro, é que não regulam bem.
Manuel Pinho, o ministro que regula a Economia em certames no estrangeiro, declarado aficionado de sapatos de couro italiano, escolheu um regulador para a Autoridade da Concorrência.
Uma figura que durante anos foi desempenhada de modo independente, tanto quanto possível, foi substituida por outra que de independente, parece ter apenas o substracto estatutário, pelo que diz a vox populi dos jornais.
Foi procurador do ministro, quando estava no Banco de Portugal e o ministro estava num banco , por aquele regulado. Procurador em negócios particulares, de vulto e importância que só os amigos se concedem entre si.
Logo que o antigo alto funcionário do banco privado, chegou a ministro, escolhido pelo grande regulador, escolheu por sua vez, para regular a Concorrência, o amigo procurador.
Maior sinal de independência não podia haver. Maior sintoma de ética política, nunca existiu. Maior capacidade de simulação na dignidade do Estado, não aparece.
A lei que instituiu a Autoridade da Concorrência, tem um preâmbulo de grandiloquência, próprio das retóricas parlamentares do séc. XIX. Ora leia-se:
E ainda mais um pouco:
Não haja dúvidas. Quem escolheu este regulador, não devia estar a regular bem, da cabeça política.
Em vez de regulador, escolheu um director-geral. Ainda por cima amigalhaço e fiel procurador dos seus negócios.
Aditamento, às 22h e 30m:
Na Sic-Notícias, agora mesmo, Saldanha Sanches, acha esta escolha normalíssima, porque o país é pequeno. Quanto ao negócio, também nada de mal lhe enxerga se o preço do imóvel foi o do mercado. É muita normalidade, para quem costuma ver anormalidades em tudo o que mexe...
Estou à vontade para o dizer, uma vez que Portas, é por vezes esconso, com um síndrome esquisito que atribuo a um problema que lhe capa as veleidades na captação de mais votos.
Vítor Constâncio, é o regulador da Banca em Portugal. Apesar da carga de porrada verbal, de uma contundência extrema, saiu dali, como se nem um beliscão o tivesse incomodado, para além de umas caretas de circunstância e enfado.
A conclusão a retirar é que Vítor Constâncio se sente absolutamente respaldado, principalmente na falta de capacidade crítica e de indignação generalizada. Os jornais, para ele, contam nada.
Os políticos da oposição, são apenas isso mesmo: parte do jogo em que está acostumado a participar como recuado, no lado esquerdo ou de defesa central. Perdeu a partida, mas o jogo continua.
Sem um pingo de vergonha que seja, porque o que ouviu na AR não o atinge. É apenas a parte do jogo.
Estão todos a regular mal, menos ele.
Lurdes Rodrigues, não regula coisa nenhuma, a não ser um ministério onde obedece à voz do dono, fielmente, seguramente. Ontem, apanhou com ovos no carro, atirados por alunos das Novas Oportunidades e do ensino recorrente, de uma escola Profissional. Que espelham o ensino que temos, e a reguladora quer prosseguir.
Os alunos, claro, é que não regulam bem.
Manuel Pinho, o ministro que regula a Economia em certames no estrangeiro, declarado aficionado de sapatos de couro italiano, escolheu um regulador para a Autoridade da Concorrência.
Uma figura que durante anos foi desempenhada de modo independente, tanto quanto possível, foi substituida por outra que de independente, parece ter apenas o substracto estatutário, pelo que diz a vox populi dos jornais.
Foi procurador do ministro, quando estava no Banco de Portugal e o ministro estava num banco , por aquele regulado. Procurador em negócios particulares, de vulto e importância que só os amigos se concedem entre si.
Logo que o antigo alto funcionário do banco privado, chegou a ministro, escolhido pelo grande regulador, escolheu por sua vez, para regular a Concorrência, o amigo procurador.
Maior sinal de independência não podia haver. Maior sintoma de ética política, nunca existiu. Maior capacidade de simulação na dignidade do Estado, não aparece.
A lei que instituiu a Autoridade da Concorrência, tem um preâmbulo de grandiloquência, próprio das retóricas parlamentares do séc. XIX. Ora leia-se:
"(...)vem-se sentindo com especial premência a necessidade de criação de uma autoridade prestigiada e independente, que contribua, em primeira linha, para assegurar o respeito das regras de concorrência pelos operadores económicos e outras entidades e para criar em Portugal uma verdadeira cultura da concorrência"
E ainda mais um pouco:
"Ao reconhecer à Autoridade o estatuto de independência compatível com a lei e a Constituição da República e ao conferir-lhe as atribuições, os poderes e os órgãos indispensáveis ao cumprimento da sua missão, o Governo pretende, antes de mais, restaurar a credibilidade das instituições responsáveis pela defesa da concorrência em Portugal ".
Não haja dúvidas. Quem escolheu este regulador, não devia estar a regular bem, da cabeça política.
Em vez de regulador, escolheu um director-geral. Ainda por cima amigalhaço e fiel procurador dos seus negócios.
Aditamento, às 22h e 30m:
Na Sic-Notícias, agora mesmo, Saldanha Sanches, acha esta escolha normalíssima, porque o país é pequeno. Quanto ao negócio, também nada de mal lhe enxerga se o preço do imóvel foi o do mercado. É muita normalidade, para quem costuma ver anormalidades em tudo o que mexe...
O partido que agora está no governo adapta-se muito bem à realidade e adapta ainda melhor a realidade ao partido, como se vê por estes acontecimentos e algumas leis entretanto produzidas. Pena é que não se adaptem ao espírito europeu e fujam dele como o diabo da cruz.
ResponderEliminarjose, sei que tem alguém a ajudá-lo na parte técnica do blog.
ResponderEliminarUma sugestão: mude-o para o novo formato do blogspot, e utilize as sempre úteis "tags", dão muito jeito para catalogar "posts" por tema, nome, etc., e assim encontrá-los mais facilmente.
Cumprimentos :)
Obrigado pela sugestão. O problema é que não sei se dá para fazer a operação.
ResponderEliminarJosé
ResponderEliminarTorno a repetir a oferta.
Se precisar de ajuda tenho alguém de confiança!
Abraço
Karocha
Antes de aceitar ajudas, permitam que pergunte;
ResponderEliminarConseguem ver bem o blog?
Quanto ao resto, tags e assim, não vejo grande vantagem.
Sinceramente, apenas me interessa quem leia. Não quem venha ler por ler ou por ser blog conhecido.
Acho que nisso partilho um pouco o espírito do Dragão: venha quem vier, sirva-se. Mas não me peçam mais que isso, porque não é isso que pretendo nos blogs.
Leio muito bem o blog José, nas pesquisas que fiz até encontrei o post em que falava do Quito Hipólito
ResponderEliminar:-))
José. Não passe nada para o novo modelo porque nunca conseguiria um template destes com aqeuelas linhas malucas dos históricos.
ResponderEliminarEste é muito bonito, Só tem o problema de continuar com o espaço de texto muito estreito e desalinhadas as margens. A margem esquerda está demasiado grande e isso vê-se pela barra castanha do cabeçalho.
E depois tem de se ler tudo ao alto, meia dúzia de frases de cada vez. Se tiver que colocar imagens nem vai conseguir 2 lado a lado, sem "desconjuntar" tudo e empurrar para a direita.
(mas no modelo clássico também se pode usar tags. O Cocanha está no clássico e tem etiquetas. E nunca poderia mudar para o novo porque lá se iam aquelas entradas em z index.
Já tirei um pouco à margem esquerda.
ResponderEliminarEstá em 45px 45px 45px 45px.
Espero que isto já esteja afinado.
Ele está lindo mas intriga-me. Ora veja aqui como eu o vejo. Amanhã espreito num nac a ver se é diferente.
ResponderEliminarAquela barra branca ao alto, no lado direito é de propósito?
É que eu não imagino como consegue ter um código branco para o fundo e depois a parte da escrita toda com este castanho-acinzentado.
Mas, se for para um post actual, ainda fica maior por causa das imagens que não cabem a par.
Fora isso está excelente. Não imagino é o que o José verá
";O))
Leio sim senhor, atenta e assiduamente, e com muito gosto, e foi no josé que votei no blog do Arroja. E votaria também no Bruno Oliveira Santos, do Nova Frente, mas infelizmente aquele tem-nos privado do seu bom humor. Além de que, em democracia, só podemos votar uma vez. Assim somos apenas 10 milhões a sufragar os imensos 230 ladrões + IVA.
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