Lisboa, 24 Jun (Lusa) -- O Bloco de Esquerda (BE) sugeriu hoje a data de 27 de Setembro para as legislativas, considerando que a simultaneidade entre as eleições para o Parlamento e para as autarquias tem sempre "um efeito de diminuição da clareza democrática".
"O efeito de contaminação, da sobreposição de eleições que ocorreu raramente em Portugal e não é a regra, é a excepção, é sempre um efeito de diminuição da clareza democrática e até de partidarização do efeito de contaminação", defendeu o líder do BE, Francisco Louçã.
Em termos de "clareza democrática", o BE pede meças como movimento que sendo uma espécie de partido não tem líder claro e não o assume como tal.
Em clareza de princípios programáticos também é límpido como água de pano encharcado em teorias marxistas, usado para limpar partidos com paredes de vidro.
Em suma, o BE é o mais perfeito exemplo de claridade democrática que temos em Portugal. Por isso é que conseguiu juntar uma percentagem de votos arrancados ao partido das paredes de vidro, outro solene exemplo da "clareza democrática" e ainda ao partido que se define de esquerda praticando políticas de direita com a maior das clarezas: a governar.
O BE é o maior bluff que temos. E vive de piratear o maior anacronismo que por cá ainda existe. o PCP.
ResponderEliminarAgora a pergunta que se impõe- quem é que vota neste bluff?
Porque votar, votam. E isso é que me parece sintoma de algo sem cura- as questões da polis são trocadas por catálogos de moda burguesa.
Todos iguais, todos de importação- sem precisarem sequer de pensamento político para existirem.
Mas foi fenómeno que não previ.
ResponderEliminarHá uns anos até tive debate com o Manel da GL por achar que eles nunca passariam de um adereço associativo.
Este fenómeno de até conseguirem ultrapassar o CDS era inimaginável, para mim. Que não me dei conta que a futilidade é que manda e que a percentagem de funcionalismo público é bem capaz de gerar votantes que se estão pouco lixando para o que interessa.
De qualquer forma não entendo.
ResponderEliminarSe votam neles por sentirem a crise, então são burlados pelo paleio que dá para tudo e o seu contrário. E aí conta o velho mito de "ser de esquerda"- com a vantagem de parecer "uma esquerda moderna".
Se não têm problemas com a vida e a governação em Portugal, se estão bem na vida e espelham uma burguesia citadina- então é mais grave- significa que o efeito "maria" das causas de coração, sexo, e outras merdoquices, é que se tornaram preocupações governativas.
Os do Partido do Animal andam ao mesmo- estas micro causas para desocupados que assim até escusam de fazer alguma coisa por elas.
Mandam o Estado- o Governo, fazer por eles.
É a política dos "abaixo assinados" e das "sensibilidades e afectos".
ResponderEliminarO problema principal quanto a mim, reside na mentira.
ResponderEliminarO BE mente mais que o José S. e o seu governo.
Muito, muito mais. Infinitamente mais.
Se não mentisse e se apresentasse ao eleitorado como realmente é, dizendo claramente ao que vinha nem tinha 2 por cento dos votos.
O BE vive da mentira permanente, não da revolução permanente dos seus mentores do séc antepassado.
Na Europa não há caso igual. Nem o Cohn Bendit que deu um banho aos partidos de esquerda tradicional, consegue ser tão dissimulador como este BE.
Adorava discutir com o Tavares eleito estas pequenas coisas.
Os votos no BE vieram da classe mediana, dos professores e assim. São muitos milhares que não ligam ao programa do BE mas apenas ao seu discurso modernaço de luta contra as desigualdades, no velho discurso marxista metamorfoseado de inovação e mudança de mentalidade.
ResponderEliminarÉ um atavismo que já deu a vitória tangencial a uma certa esquerda e que esta sabe bem que assim é.
O PS conseguiu ganhar maiorias por causa disso e o Mário S. só foi eleito PR, na maior desgraça nacional que houve até hoje, a seguir aos governos de Cavaco, por causa disso
A classe mediana portuguesa não gosta dos ricos e dos capitalistas por via do discurso de décadas contra os mesmos, feito sempre pelo PC e apaniguados. Esse discurso pega sempre, porque parece evidente de razão.
ResponderEliminarO PS recolhe sempre os frutos desse discurso serôdio e agora o BE vê recompensado a mentira ao alinhar pela mesma bitola, fazendo de conta que é diferente do PCP se estivesse no poder.
É um fenómeno tragi-cómico
É bem capaz de ser isso.
ResponderEliminarEsqueço-me sempre que as pessoas nem sabem a história da formação dos partidos; desconhecem por completo quem é aquela gente e nunca leram o programa~.
É mero efeito de marketing e publicidade.
E tem razão- a paranóia em relação a qualquer coisa que possa ter etiqueta de direita- já que existe a esquerda que é uma benção de boas intenções e a ela devemos a democracia e a liberdade.
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Quanto a falar com o Tavares duvido que gostasse.
Ele é um miúdo ressabiado daqueles que ainda foi para a esquerda por estar convencido que os males da pobreza do passado se deviam à "Direita".
Ele chegou a contar isto, textualmente, no Barnabé e com exemplos familiares.
Tudo o que lhe pode ler deriva desse mito levado ao extremo- ele beatifica a dita "esquerda"- adora-a até nas personagens que menos nos podem dizer- como um mero presidente americano, por ser preto.
E, se fosse gay e jacobino, então tínhamos novo "pai dos povos".
Não é por nada, mas antes um Vilarigues- é o que é, não parece ser outra coisa.
Esqueci-me do mais óbvio- o Tavares até serve de catalizador disso mesmo- da mentira que o BE é, agora modernizada, sem passado, sem comunismo, sem marxismo, toda "social-democracia" e causas anti-reaças e pseudo anti-privilégios.
ResponderEliminarMas sejamos claros- porque é que nunca se ouviu um qualquer outro candidato de partido a votos a desmontar a mentira que o BE é.
ResponderEliminarBastava contar quem são os gurus- o que fizeram, o que ainda defendem e ao que vêm.
Mas nada. Nunca vi ninguém tocar naquilo. Não imagino sequer o motivo.
Há por lá ogres mais ogres que um Cunhal.
Aquele Fernando Rosas de democrata a sério e respeitador de liberdades a sério, terá tanto como um apaniguado do Lenine
ResponderEliminarLenine?
ResponderEliminarIsso era frouxo. De um Estaline. E muita sorte temos por o PREC ter sido travado.
Mas há mais e igualmente ogres. E nem sei se é só nesse passado.
Há quem conte perseguições bem mais recentes. Mas desses já nada sei. Pode ser mariquice porque aquilo também deu em refúgio harakrishna e mariconço.
E esses fazem pela vida.
Lembra-se da entrevista do MEC ao Louçã?
ResponderEliminarPois era disso que se precisava mas a muitos mais.
E bastava fazer uma pesquisa na Hemeroteca, umas pequenas perguntas por fora e depois confrontá-los com factos, com programa e perguntar-lhes como é. Porque motivo se dizem democratas.
Porque a mentira do BE é tamanha que este passado e até algum bem mais recente, é escondido e apresentado como tendo uma única paternidade- o famigerado PCP.
ResponderEliminarEles são a alternativa democrata e de face humana e moderna a esse PCP cuja raiz ideológica é a mesma.
O PCP agora é que lhes imita as modas fracturantes para não perder clientela.
Porque a má-fama sobrou toda para eles.
Para mais ninguém.
O BE tem as votações que tem e terá maiores ainda enquanto a nossa classe política for a que é e deixar o País como tem deixado.
ResponderEliminarVejo com muito bons olhos o BE estar representado na AR, pois é um belíssimo partido de contra poder!
O que me causa já alguma apreensão é que começam a tornar-se um partido com poder e no poder e não me parece que tenham estruturas e quadros para tal! Mas prefiro o Padre Louçã que construiu um Partido a partir de movimentos marginais e de minorias sem voz, à figura de bicha histérica de Paulo Portas que conseguiu destruir um Partido que teve gente ilustre e séria e que foi merecedor de todo o respeito, ainda que tivesse de refazer a história do Partido! Lembrem-se do episódio da foto do Largo do Caldas!
Quem era a tal "gente ilustre e séria" que passou pelo tal partido?
ResponderEliminarAmaro da Costa?
Well...
Que engraçado- o Paulo Portas destruiu um partido de gente séria e é bicha.
ResponderEliminarOs outos nazis-estalinistas acolitados no BE são saudável contra-poder.
E contruiu aquilo com minorias excluídas.
Imagino alguns que estavam mais mal vestidos para entrarem no Frágil.
E mesmo assim duvido- as "minorias excluídas" do BE até patrocinam abortos em estâncias balneares de primeira e são demasiado finos para não terem entrada nas discotecas da moda.
Têm assento em muita outra coisa, a começar por comissões parlamentares.
Se há mesmo gigantesca mentira é essa- o BE faz-se passar por partido de excluídos quando é dos betos e burgueses citadinos mais bem encostados na vida.
E vive de palavras e modas. Quase diria que basta a agit prop do politicamente correcto de novela e estigmas históricos da famigerada "direita" para se compreender esse fenómeno e mentira que temos.
E é um facto que ninguém pergunta pelo programa do partido, assim como não pergunta em que dia deixaram de querer tomar o poder pelas armas ou que fizeram auto-crítica da ideologia marxista.-
Ninguém sabe- É coisa que foi metida para debaixo do tapete, à má-fila, contando com a falta de memória histórica das pessoas.
EWu vou lembrar-lhes. Citar a Eduarda Dionísio, o jornal Combate e outras coisas que tais.
ResponderEliminarSe há coisa que me incomoda são os falsos, os hipócritas e a política kitsch tipo BE
Por outro lado não consigo detestar o Portas por causa dessas características de que também comunga: falsidade e falta de substância verdadeira.
ResponderEliminarMas como tem outros valores, vou aceitando sem me indignar tanto.
Mas não vou politicamente atrás de um tipo assim. Nunca.
Gostei do texto e dos comentários... O BE atrai a jovem burguesia ignorante.
ResponderEliminarServiço público seria digitalizar o pasquim Combate do PS(R) e colocá-lo online. Tornava o BE um bocadinho mais transparente. -- JRF
A Eduarda Dionísio tem cá uma história que faz favor...
ResponderEliminarUm dia destes vou à Hemeroteca e também sou capaz de ter a lata para avivar memórias.
Houve coisas gravíssimas.
Gravíssimas ao ponto de chegar à morte.
E outras que escaparam por sorte. E a mando- tudo a mando de grandes democratas que não passam de ogres.
Esse pasquim tem outras pérolas que às vezes recordo aqui na blogo e sou insultada, garantindo que é mentira.
ResponderEliminarNão tenho tido pachorra para fazer recolha na Hemeroteca.
Mas estranho como há tanta gente em campanha e tanto jornalista que nunca se deu ao trabalho.
ehehe
ResponderEliminarDá-me vontade de rir partilhar estas embirrações.
Até porque também não imagino seguir gurus. Na única pessoa que votava por gosto era no Ribeiro Telles.
Mas as embirrações são isto mesmo- encanita-me aquela falsidade pegada.
É tudo postiço- são mais irritantes que o PCP por isso- andam travestidos e a origem mítica da famosa barricada é a mesma.
As figuras ilustres do CDS a que me referia são as que me lembrei no momento em que escrevia, por exemplo, Adriano Moreira, o falecido Lucas Pires, Freitas do Amaral, cuja sua passagem por lá foi "suprimida", ou Narana Coissoró.
ResponderEliminarQuanto à figura histérica e algo efeminada de Paulo Portas, por si só não me incomoda nada! O que me incomoda é que um "alternativo" viva à minha custa e ande a fazer o discurso do "Deus, Pátria, Autoridade" e a proclamar as virtudes da Família da forma mais descaradamente hipócrita que alguma vez vi!
É pá, não é por nada mas v. acaba de dar uns nomes que tornam casta qualquer dragqueen.
ResponderEliminarMas pronto.-também não sei onde está o perigo de defender Deus, a Família e a Pátria e, porque motivo um homossexual não pode ter nenhuma delas.
Será que nascem de geração espontânea?
Ou será que as virtudes pedófilas se tornem santas desde que o beija-cu se faça em nome do demo?
Mas aqui está mais um bom exemplo das tais palavras que fazem uma ideologia que já vai em mais de 30 anos.
ResponderEliminarDeus, Pátria e Família- um estigma de um povo.
E é verdade- estes 3 nomes são tabu imposto por uma ideologia de esquerda.
Com agravante de colar a Deus, à Nação é à Família o sentido anti-democrático que eles trouxeram combatendo esses valores.
Não podia ter ilustrado melhor o que andamos a falar, Rebel.
É isto mesmo- entre outras coisas.
Esta do Paulo Portas não ter autoridade para falar em Família por ser maricas, foi remake do outro cuspo que o Louçã atirou para o ar e que até o tramou em campanha.
ResponderEliminarO que está aqui em causa não são opções sexuais, mas somente a hipocrisia. tenho amigos hmossexuais que é gente por quem tenho o maior respeito.
ResponderEliminarClaro que há também a minha idiossincrasia relativamente há hipocrisia. É coisa que não suporto e me faz pele de galinha, quando não mudo de registo de língua e passo para o vernáculo. E tome-se nota que cresci em Algés. Um dos maiores elogios que já recebi foi terem-me dito que praguejo como um russo! Em Algés, nos meus tempos de menino, até palavrões se inventavam...
Ora, a figura do P.P. consegue transportar-me a esse passado com uma facilidade que só é disputada pelo actual PR
Explique-me lá onde é que há hipocrisia no facto de um homossexual defender Deus, Pátria e Família.
ResponderEliminarSó isto, porque foi em relação a estes 3 valores que v. afirmou que o Paulo Portas é falso, pois sendo homossexual nunca os poderia defender.
Porquê?
Que passado_
ResponderEliminarV. citou ai outros 2 que consta serem pedofilos/ onde e que esta a virtude deles
Alguma vez o Coissoro e o Adriano Moreira assumiram qualquer pederastia, homossexualidade ou pedofilia.
ResponderEliminarE sao anti/familia e anti/patriotas para serem mais puros.
Explique la melhor esta catalogacao
*tenho o teclado avariado.
Mas vamos lá a ver se se percebe o que é ser hipócrita.
ResponderEliminarHipócrita=do grego- hypokrites= actor, dissimulado.
Ora explique lá em que é que o Paulo Portas dissimula e se faz passar pelo que não é?
Ele apenas não assume aquilo que consta que é. E eu até acredito que seja- porque estas coisas notam-se, precisamente por não se resumirem a "opções" que nada têm de escolha e ainda menos exclusivamente do que fazem na cama.
Não assumir, sem fazer militância contra ou a favor- sem nunca ter dito nada sobre o assunto é ser hipócrita?
Então que se poderá chamar a quem o é, milita por eles e se faz passar por hetero?
Há muitos assim e, sem que tenha provas de nada, apenas pelo mesmo motivo com que digo que acredito que o Portas o seja, também penso o mesmo do Sócrates.
Apenas por ser mulher, era sujeito acerca do qual nunca me enganaria- é. Mesmo que até o não seja na prática ou nem saiba- Mas é- tem lá todos os tiques, de quem o é. Aqueles que não precisam de cama para se saber.
Ora se assim for, isto é hipocrisia igualzinha à do Paulo Portas?
(e não estou a fazer qualquer difamação- até considero detalhes perfeitamente secundários. Mas tanto se nota num como no outro e um faz-se passar por hetero- com parceira e tudo. E o outro nunca se fez passar por nada.
Ok- v. engalinha com os dois. Mas engalinha mais com o Portas por ser católico.
ResponderEliminarJá tinha percebido.
É outra coisa para a qual também tenho faro- topo um ateu militante a léguas.
E vou mandar uma boca- o ateísmo militante, salvo raríssimas excepções é coisa adquirida por ideologia esquerdalha.
ResponderEliminarA esquerda é ateia. O PS até é mais que isso- é herdeiro da militância do carbúnculo republicano.
Aqui está outra coisa que passa a bandeira e é capaz de subverter os valores de um povo.
Que outros dois constam serem pedófilos?
ResponderEliminarSe consta, ainda não chegaram a estas duas entre as quais tenho as orelhas, mas estou disposto a ouvir nova informação?
Diga-me lá o que não sei!
NC?
NA?
AM?
Será uma completa surpresa para mim!
É vox populi. Está aí escrito.
ResponderEliminarMas, essas cenas até que são mais difíceis de se topar tão facilmente como a rabichice.
ResponderEliminarAgora a vox populi é a mesma.
O que importa, para o exemplo, é que não vejo onde esteja oposição a esses 3 pecados mortais que enunciou- a defesa de Deus, da Família e da Pátria.
E isso é que o principal da fantasia do tal estigma que se costuma chamar "hipocrisias de direita".
Eu já não divido a política portuguesa em direita e esquerda. Divido-a entre o que me parece ser honesto e o que me parece ser vigarice!
ResponderEliminarNem o PP nem o actual PR me venderiam um bilhete de eléctrico...
Ao PM faria o que já uma vez fiz a um PR: quando me esticou a mão para me cumprimentar, houve qualquer coisa que me fez desviar o olhar, dar meia volta, e começar a andar!
Coisas de estudante!
O José deve ser das raras pessoas que soube pensar essa dicotomia e lhe fez a radiografia mais perfeita.
ResponderEliminarÉ preciso perceber-se a diferença entre a realidade e a fantasia. A fantasia são essas memórias inventadas e outras tantas apagadas que o José consegue apanhar magistralmente pela linguagem.
O que ele diz é essa realidade- não existem diferenças em termos de governação- mas compram-se votos e conseguem-se perpetuar erros com o engano da fantasia de esquerda.
ResponderEliminarE isso sim, são palavras que vendem tretas iguais às de outros diabolizados antes que se note que andam ao mesmo.
A diferença está nos esqueletos no armário.
E esses esqueletos há muito que também me encanitam de ninguém os mostrar.
Ninguém em termos políticos e ninguém nas crónicas de revistas e jornais.
Há um passado que ninguém sabe. Que ficou escondido na famosa "festa".
O problema é que as pessoas que mandam são as mesmas e nunca se percebeu quando largaram aquilo que desejavam para o mundo, e que ainda conservam nos programas partidários.
E muito menos outra coisa- que têm eles de diferente que não têm esses fantasmas "fasistas" com que marcam supostas diferenças.
ResponderEliminarPorque é que ainda existe esse fantasia da "direita civilizada" a única democrática com que esta esquerda admite diálogo.
Quais são os pergaminhos democráticos dela e o seu humanismo?
É que isto tem história, tem factos, e tem coisas que eu não acredito que mudem assim, sem mais. Mudam as manhas.
E os esqueletos no armário estão de tal modo fechados a cadeado que contados era o fim da macacada. Tanto votinho democaca que se ia.
Zazie:
ResponderEliminarQuanto ao Partido do Animal, como lhe chama, conheço pessoalmente algumas das pessoas que estão a tentar erguê-lo e asseguro-lhe que é gente que está mais interessada em trabalhar e estudar do que em qualquer outro assunto. Um deles é professor no departamento de filosofia da flul e nunca se lhe conheceu outro interesse que não fosse o estudo e o progresso colectivo (estou a referir-me ao Paulo Borges) é budista e, consequentemente, passa-lhe ao lado muitas das coisas que só para mentalidades judaico-cristãs são importantes...
É, de facto, muito difícil explicar a pessoas que não se interessam pelo assunto, que os animais não são "coisas". São vida, plena de dignidade, senhores de direitos e que não os reconhecer é sinónimo de um primitivismo e de uma brutalidade que era suposto a civilização ter já ultrapassado. Há já equipas de etólogos que defendem que os primatas deveriam ter identificação tal como qualquer daqueles que hoje consideramos seres humanos. Há estudos que demonstram que as capacidades de abstracção, de auto-referência e de dedução nos primatas como noutras espécies, existem e manifestam-se de múltiplas formas. Bastaria pensarmos que os animais sentem para que o nosso olhar fosse outro.
O problema está mesmo naquela parte dos humanos para quem, tal como afirmava Mircea Eliade, "tudo o que não seja a minha ordem, não é ainda a ordem".
No meu blog, ainda antes de saber dos esforços destas pessoas, já tinha escrito qualquer coisa onde até recomendava uma leitura à nossa deputagem.
Bem, Não vou aqui dizer para lerem Eibl-Eibesfeldt ou Lorenz, ou outros, mas quero afirmar-lhe que seguramente, tal qual os séculos XVI e XVII ficaram marcados pela forma como tratámos índios e escravos, estes dois últimos ficaram marcados pela forma como tratamos animais e humanos presos...
V. não percebeu o meu gozo.
ResponderEliminarVá ao Cocanha que eu explico-lhe no post certo onde cito esses mecos do partido animal.
Nada tenho contra a defesa de tudo isso.
Antes pelo contrário- até vou mais longe- insisto na ideia de Criação como um todo e é essa a ideia que de sagrado primordial que eu tenho.
Agora partido político é outra coisa e isso aí é folclore precisamente do mesmo género desocupados dos outros holandeses que, de uma penada saltam da zoofilia para a pedofilia e com direito a assento no parlamento.
É chato mas é verdade- este mundo sem Deus deu cabo de tudo.
E há coisas que descambam sem essa noção de sagrado. Uma delas é a dita ecologia- cujo valor monetário nunca poderá ser equiparado a propriedade privada, a outra- os animais- que fazem parte desse mesmo valor sagrado da Obra de Deus.
Para um ateu isto é chinês.
O problema é que os ateus sacam da cientoinice e fazem descer o humano ao nível da besta para depois defenderem o aborto por comparação à morte de animais para alimentação.
ResponderEliminarE, de uma penada estão a regredir ao reino da macacada com boa dose de misantropia, cartilha científica na mão e utilitarismo hedfonista bem liberal.
Acredite- o Partido Animal ainda vai servir para aumentar o nº de meses em que não existe responsabilidade por se ter feito um bebé.
E vai servir para mais humanismo soja- e cientóinice darwinista ou pior- mais genética e Galton dos novos tempos.
Eu tenho para mim que a utopia nazi do mannerbund ainda vai ser replicada à custa deste mundo às avessas- humano em regressão e temos tabela igual para tudo.
Sem Deus, há sempre candidato humano para ir mais longe.
E mais alto.
Agora a defesa dos animais é coisa que deve ser feita por todas essas associações.
ResponderEliminarE qualquer partido político pode e deve incluir isso no seu trabalho.
O que não é preciso é partido para governar apenas à custa de uma causa cujo voto acaba por ser outra palhaçada de catálogo de "sensibilidades" e modas-
E governar não é isso.
Já muitas associações o tentaram e não conseguiram. Não menospreze o grau de canalhice que "nos representa" na AR.
ResponderEliminarAcredito que para se fazer alguma coisa é preciso eleger gente, ir para lá e ganhar "capacidade negocial", ou seja, capacidade de chantagear, para alterar uma legislação que considera os animais coisas! Mas como é legislação de onde não se vêem proventos... não interessa!
Não há ninguém na polícia que ande atrás do filho de uma vaca que matou o meu gaysola no dia de Natal. Nem há sequer cobertura legal para isso. Ora, na AR, nem sequer percebem que um hiato legal desse tipo é um factor de conflitualidade. Isto porque se um dia souber quem foi, é certo e sabido que o bandalho não atropelará mais nada...
Não acredito. O problema é o que enunciei.
ResponderEliminarChame-me bruxa, se quiser- mas bote aí que tem mais tarado a falar em nome de animais que gente com cabeça e sensata a preocupar-se com o civismo da polis.
Estas coisas dos animais dão para tudo. E, estranhamente, tendem a tornar-se refúgios de misantropia.
O exemplo do Paulo Borges até é pertinente. Apesar de o ter incluído no post- no gozo ao 5º Império Animal do passaporte lusófono, é um facto que esse é dos raros que ainda mistura espiritualidade e sentido da Criação como um todo que se deve respeitar.
Mas os partidos animal não são nada disso.
A cartilha deles é outra- é a filosofia da ética do Singer, que é mais aberração cientóina de ateísmo militante-
Eu estou a par destas tretas porque gosto de ir tomando o pulso ao mundo.
E hoje em dia é fácil- porque ninguém inventa nada- importa-se tudo como moda da América.
Eu sei quem milita nisto. E conheço-lhes as pancadas.
ResponderEliminarSão contradições tremendas nesta macacada global onde tanto se importam rituais satânicos e enforcamentos de cães em árvores por bandos de negros, como temos gente misógina e misantropa a dizer que até defende o casório gay como forma de evitar que mais humanos nasçam e estraguem o planeta.
Há taras de quilómetro à conta da bicharada.
A misantropia não me parece tão condenável quanto isso!
ResponderEliminarHá pessoas que não gostam de outras pessoas!
A misantropia deu excelentes obras literárias, hoje relegadas para a categoria da "literatura maldita". Estou a lembrar-me de Thomas de Quincey!
Como ela se pode tornar tão compreensível!
Mas nem vou pelo caminho da misantropia.
Um destes dias vou colocar no meu blog uma das versões da genial Carta do Chefe Seattle ao Grande Chefe Branco de Washington. Torna-se muito fácil perceber que tudo o que é vida é um elo de uma cadeia em que todos dependem de todos e em que existir é algo de sagrado. Spinoza antes e, mais tarde, Albert Schweitzer estão nessa linha, tal como eu!
A nossa civilização e muito especialmente a falta de civilidade portuguesa manifesta alguma surdez a esses argumentos.
Um pormenor curioso disto é que Espinosa era filho de judeus marranitas da Amareleja que fugiram para a Holanda. De alguma forma, é também português. Pois nunca ouvi ninguém reivindicar a nacionalidade portuguesa para este filósofo que estará entre os três primeiros da História da Filosofia Ocidental.
É o autor da única prova racional da existência de deus que não contém qualquer paralogismo. Uma vez aceites as premissas de partida, têm de se aceitar as conclusões. Mas isso já é outra história...
Para responder rapidamente- o que eu penso dos animais- kenosis
ResponderEliminarO que defendo em relação à Natureza e forma de a valorizar- o oposto do mercantilismo ateu. Este texto é de um português que faz um trabalho único e merecia ser mais conhecido.:
ressacralização do mundo
De resto não sei para quê repisar o óbvio- nada disto tem a ver com partidos de governo para que depois se alterne voto em PSD ou PS ou nulos ou no Partido Animal para daí saírem deputados a representarem as mesmíssimas questões- as que dizem respeito às políticas da polis.
Acho que tem o mesmíssimo sentido que aquelas centenas de partidos malucos- das vacas aos palhaços, que existem em Inglaterra, como um sistema de voto totalmente diferente do nosso.
Gostei desta discussão. Não deu para participar, andava a ver castanheiros monumentais no Sabugal. Não sei o que é o partido animal.
ResponderEliminarTambém gostei destes links da Zazie, vou ter que citar isso em breve. -- JRF