O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que "tudo indicia" que a Fundação para as Comunicações Móveis "funciona como um verdadeiro saco azul", alertando que estão em causa milhões de euros que são atribuídos "sem controlo".
O presidente da bancada do PSD, Paulo Rangel, exigiu hoje, durante o debate quinzenal no Parlamento, explicações do primeiro-ministro sobre o dinheiro público transferido para a fundação, alegando que é uma "fundação fantasma".
No final do debate quinzenal, o líder do grupo parlamentar social-democrata reiterou aos jornalistas que "tudo indicia, enquanto o governo não der mais esclarecimentos, que [a fundação] funciona como um verdadeiro saco azul, porque permite o pagamento de quaisquer campanhas, de subsídios e financiamentos a pessoas singulares e pessoas colectivas".
"Eu pergunto como é que o dinheiro público é posto numa fundação privada, que depois pode fazer o que quiser com o dinheiro, sem qualquer controlo", afirmou, lembrando que "estão em causa dezenas e centenas de milhões de euros que são atribuídos sem controlo".
Paulo Rangel apontou algumas questões que suscitam estranheza, nomeadamente o facto de a sede da instituição ser na "Avenida defensores de chaves, número 41, 4º direito".
"Nesta morada, funciona a auditoria jurídica do ministério das Obras Públicas. Se falar para lá, ninguém sabe de uma fundação", disse. Outro dado "extremamente estranho" é o facto de a fundação, que "é da Sonaecom, Vodafone e TMN" ser gerida "por uma assessora do senhor ministro e que é nomeada por ele".
"É de uma promiscuidade e de uma falta de transparência total", disse.
"Não é normal haver uma fundação privada sediada no ministério. Não é normal que os fundos da ANACOM sejam todos postos nesta fundação, que é puramente privada", acrescentou.
Para Paulo Rangel, o debate quinzenal de hoje, o último desta legislatura, foi "uma caixinha de surpresas".
Por um lado, o primeiro-ministro "não sabe ou que pelo menos aparenta não saber que tem uma fundação saco azul no governo e para a qual não tem nenhuma explicação, e depois diz que foi aceite a demissão de uma pessoa quando o ministro da Agricultura tinha acabado de dizer que não", disse Paulo Rangel, referindo-se a Carlos Guerra, gestor do PRODER, constituído arguido no caso Freeport.
No debate, o primeiro-ministro, José Sócrates, disse a Rangel que a fundação foi "criada entre os operadores e o Governo com o objectivo de gerir os projectos para melhorar a sociedade de informação" e alegou que "é gerida com todas as regras de transparência".
O Ministério Público tem de investigar isto e depressa. Estas coisas têm limites.
De caminho, podiam explicar o que aconteceu com a Oni Way, a falência fraudulenta mais espetacular de sempre em Portugal ...
ResponderEliminarÉ que isto anda tudo ligado!
Tudo!
ResponderEliminarQue vergonha...
A tia C. está demasiado ocupada com o capacho P.M. a tentar encerrar o Freeport antes das eleições para ter tempo de ocupar-se com estas "bagatelas".Em Outubro chegará o momento da prestação de contas.
ResponderEliminarA propósito de assuntos que já deviam estar esclarecidos mas não estão esquecidos.Depois de C.Guerra para quando a saída de Lopes da Mota do Eurojust?Ou haverá dois pesos e duas medidas?Para quando também a conclusão do processo disciplinar a esse magistrado com a divulgação pública das respectivas conclusões e documentos?Será que este caso não é não só urgente como urgentíssimo?
ResponderEliminarA realidade para que nos remete este post é a triste realidade portuguesa dos nossos dias ...
ResponderEliminarTenho andado em agradável momento de veraneio e ¨repouso o que me tem permitido actualizar leituras, rever escritos que me são por qualquer motivo, especiais.
Entre esses, no sotão da avó fui encontrar uma edição interessantíssima de poemas, espécie de antologia, aonde reli estas quadras que bem podiam ser dedicadas a estes Dignos senhores...
Foram escritas por um SENHOR de nome ANTONIO ALEIXO :
" Vós que lá do vosso império
Prometeis um mundo novo,
Calai-vos, que pode o Povo
Qu'rer um mundo novo a sério."
*
"Que importa perder a vida
Em luta contra a traição,
Se a razão mesmo vencida,
Não deixa de ser Razão ?"
*
"O mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
- quando consigas fazer
mais p'los outros que por ti !"
*
"Quantas sedas aí vão,
quantos colarinhos,
São pedacinhos de pão
Roubados aos pobrezinhos"
*
" São parvos, não rias deles,
Deixa-os ser, que não são sós;
Às vezes rimos daqueles
Que valem mais do que nós "
*
"Porque será que nós temos
na frente, aos montes, aos molhos,
Tantas coisas que não vemos
Nem mesmo perto dos olhos ?"
*
" Num arranco de loucura,
filha desta confusão,
Vai todo o mundo à procura
Daquilo que tem à mão ..."
A. Aleixo
Desejo ao José e aos amigos (assim julgo já poder considerar alguns dos seus comentadores ) votos de um agradável fim de semana.
Para si que sempre reparte com todos nós as suas explêndidas descobertas e conhecimentos culturais, particularmente na música, quero por este modo desejar-lhe bom fim de semana e em particular Bom Domingo, mesmo que não seja no parque, já que não leva o PC ao Parque e nós sentimos a falta dos seus escritos...
:-)
http://www.youtube.com/watch?v=JyfDJEOf5vE
Foram boas as férias Maria?
ResponderEliminarO José faz isto para sentir-mos a falta dele ;-)
:-)
ResponderEliminarPois...
Um beijinho, Karocha
Continuo sem perceber como se sacaram os milhões no bpn.
ResponderEliminarTenho andado a pesquisar o que levou a que um grupo de pessoas bem posicionadas na vida e com alguns meios tenha feito o golpe do ano.
Mas não são só eles, no bcp a coisa também está feia, e as pessoas são mais ou menos do mesmo circulo e área politica.
Mas o que me continua a fazer muita impressão é o porquê. Ganância? Só? No fim de contas não consta que consigam levar para o outro mundo nada do que "subtraíram" neste......
O Ditado é antigo "É a ganancia que dá cabo dos homens"!!!!!!!
ResponderEliminarO pai da mentira, dizia o Apóstolo, referindo-se a Satanás. Este, coitado, não passa de um pobre diabo, a infernizar a vida a pobres diabos, ladrões, invertidos, abortadeiros, mentirosos, mesquinhos, invejosos, fanfarrões quando calha. Mas um pobre diabo faz ainda mais fraca a fraca gente.
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