Estas imagens são da tarde de hoje, em Roma, Itália e saíram do sítio do jornal la Repubblica. Reportam uma manifestação gigante, contra Berlusconi, por causa...de quê, exactamente?
Por causa disto, essencialmente e que já foi alvo de atenção internacional, de há anos a esta parte. Por causa destas capas da Economist ( porventura a melhor revista de informação geral que se pode ler e que escapou à crise, vendendo cada vez mais), Berlusconi accionou judicialmente a revista, tal como fez com outros jornais e revistas, mesmo internacionais ( Le Nouvel Observateur).
Resta dizer que os manifestantes e os que pressionam Berlusconi para sair de onde está, não são propriamente de direita, seja lá isso o que for, mas também não se confundem com a esquerda típica ou atípica. O partido Democratico, uma força que agrega o centro e esquerda convencional, nem sequer apoiou a manifestação.
E por cá, em Portugal? Os escândalos que têm atingido directa e indirectamente este primeiro-ministro que temos, têm sido ainda mais graves do que os que rodeiam Berlusconi,. Este último tem visto a sua vida privada ser devassada como por cá o centrão político nunca admitiria ( mas o El País de Juan Luis Cébrian apoia activa e freneticamente). Se fizessem ao primeiro-ministro de cá o que têm feito a Berlusconi, já os sousas tavares júdices marinhos e pintos e quejandos teriam rasgado as vestes de indignação pela violação da sagrada privacidade de um primeiro-ministro que em privado decide da coisa pública, como nunca se viu.
Portanto, o que assistimos continuadamente é a uma anomia, a um desinteresse alargado e uma contra-ofensiva dos situados que temendo perder os lugares, até se dão ao luxo de inventar cabalas nunca vistas e ripostam pelo absurdo e pelo descaramento.
E como somos um país periférico, a Economist nem sequer sabe o que por cá se passa...porque senão já teríamos não uma ou duas, mas várias capas a exigir publicamente que terminem estes escândalos sucessivos, ainda por cima relacionados com a corrupção pura e simples.
Se assim não fosse, há muito que os portugueses teriam dito em coro:
E por cá, em Portugal? Os escândalos que têm atingido directa e indirectamente este primeiro-ministro que temos, têm sido ainda mais graves do que os que rodeiam Berlusconi,. Este último tem visto a sua vida privada ser devassada como por cá o centrão político nunca admitiria ( mas o El País de Juan Luis Cébrian apoia activa e freneticamente). Se fizessem ao primeiro-ministro de cá o que têm feito a Berlusconi, já os sousas tavares júdices marinhos e pintos e quejandos teriam rasgado as vestes de indignação pela violação da sagrada privacidade de um primeiro-ministro que em privado decide da coisa pública, como nunca se viu.
Portanto, o que assistimos continuadamente é a uma anomia, a um desinteresse alargado e uma contra-ofensiva dos situados que temendo perder os lugares, até se dão ao luxo de inventar cabalas nunca vistas e ripostam pelo absurdo e pelo descaramento.
E como somos um país periférico, a Economist nem sequer sabe o que por cá se passa...porque senão já teríamos não uma ou duas, mas várias capas a exigir publicamente que terminem estes escândalos sucessivos, ainda por cima relacionados com a corrupção pura e simples.
Se assim não fosse, há muito que os portugueses teriam dito em coro:
O Berlusconi pode ter pecados, ser corrupto, até mafioso mas acho estranho que seja no geral a esquerda europeia e não só a dar o mote para a defenestração, recorrendo inclusivé à sagrada violação da vida privada.
ResponderEliminarO que está em causa é a ameaça que o Berlusconi e seus aliados à "nova ordem" multicultural que alguém poderoso decidiu que era bom para o mundo.E nesse particular a Itália deu o pontapé de saida para o FIM dessa política.Isso sim é que a rapaziada de esquerda não lhe perdoa...
É preciso ter em atenção a agenda do The Economist:
ResponderEliminarhttp://www.economist.com/help/DisplayHelp.cfm?folder=663377#About_The_Economist
"What, besides free trade and free markets, does The Economist believe in? "It is to the Radicals that The Economist still likes to think of itself as belonging. The extreme centre is the paper's historical position." The Economist considers itself the enemy of privilege, pomposity and predictability. It has backed conservatives such as Ronald Reagan and Margaret Thatcher. It has supported the Americans in Vietnam. But it has also endorsed Harold Wilson and Bill Clinton, and espoused a variety of liberal causes: opposing capital punishment from its earliest days, while favouring penal reform and decolonisation, as well as—more recently—gun control and gay marriage."