A verdadeira lição que o presidente do Conselho dispensou à Itália democrática ( e não com certeza à inexistente esquerda soviética) foi exactamente esta: a enésima, rancorosa manipulação dos factos, seguida da habitual, clamorosa inversão dos papéis.
(...) Não só o Primeiro não pede desculpa aos eleitores pelas coisas que fez, mas acusa os adversários por coisas que não fizeram. Assim, no ritual do jogo de espelhos no qual a aparência se substitui à realidade e as razões se sobrepõem aos erros, o Cavaliere celebra de novo a sua metamorfose mágica: o carniceiro transforma-se na suposta vítima, o perseguidor autoritário transmuda-se no perseguido pela legalidade. O importante é baralhar as cartas e confundir a opinião pública.
Na lógica berlusconiana o Estado de direito é um empecilho: é muito melhor o estado de confusão.
Este retrato de Berlusconi, no editorial do jornal La Repubblica de ontem, vem a propósito do facto mostrado na primeira página: durante uma conferência de imprensa, o presidente do conselho italiano, incomodou-se com as perguntas de um repórter free- lancer, invectivando-o de esquerdista e outros mimos.
Tanto bastou para que o ministro da defesa do governo de Berlusconi, La Russa, tomasse a defesa do primeiro nas próprias mãos e passasse à acção directa de um puxão pela gola e uns abanões ao intruso.
Ainda no mesmo escrito, Massimo Giannini, explica o seguinte a propósito de mais uma aldrabice de Berlusconi, , desta vez nas listas eleitorais, ( em que acusa os juizes, de o prejudicarem tal como Marinho e Pinto o faz por cá) com esta passagem que se aplica também por cá, como luva branca:
"Desta vez, à sua comprovada "arte da contrafacção" falta um elemento essencial: a inverificabilidade dos eventos, teorizada no seu tempo, por Karl Popper."
Estamos a uma distância considerável de uns corninhos no Parlamento, mas não há distância alguma nos métodos dos primeiros-ministros de ambos os paises: mentira e manipulação dos factos e realidades.
Aumento de impostos geral que passa por justiça social por agravamento aos mais favorecidos e mentiras puras e simples a propósito de negócios em que o Estado teve um conhecimento informal, para interesse particular, como no caso TVI.
Berlusconi e José S. têm o mesmo problema, com causas diversas e ambientes diferentes: a mentira como modo de vida político.
(...) Não só o Primeiro não pede desculpa aos eleitores pelas coisas que fez, mas acusa os adversários por coisas que não fizeram. Assim, no ritual do jogo de espelhos no qual a aparência se substitui à realidade e as razões se sobrepõem aos erros, o Cavaliere celebra de novo a sua metamorfose mágica: o carniceiro transforma-se na suposta vítima, o perseguidor autoritário transmuda-se no perseguido pela legalidade. O importante é baralhar as cartas e confundir a opinião pública.
Na lógica berlusconiana o Estado de direito é um empecilho: é muito melhor o estado de confusão.
Este retrato de Berlusconi, no editorial do jornal La Repubblica de ontem, vem a propósito do facto mostrado na primeira página: durante uma conferência de imprensa, o presidente do conselho italiano, incomodou-se com as perguntas de um repórter free- lancer, invectivando-o de esquerdista e outros mimos.
Tanto bastou para que o ministro da defesa do governo de Berlusconi, La Russa, tomasse a defesa do primeiro nas próprias mãos e passasse à acção directa de um puxão pela gola e uns abanões ao intruso.
Ainda no mesmo escrito, Massimo Giannini, explica o seguinte a propósito de mais uma aldrabice de Berlusconi, , desta vez nas listas eleitorais, ( em que acusa os juizes, de o prejudicarem tal como Marinho e Pinto o faz por cá) com esta passagem que se aplica também por cá, como luva branca:
"Desta vez, à sua comprovada "arte da contrafacção" falta um elemento essencial: a inverificabilidade dos eventos, teorizada no seu tempo, por Karl Popper."
Estamos a uma distância considerável de uns corninhos no Parlamento, mas não há distância alguma nos métodos dos primeiros-ministros de ambos os paises: mentira e manipulação dos factos e realidades.
Aumento de impostos geral que passa por justiça social por agravamento aos mais favorecidos e mentiras puras e simples a propósito de negócios em que o Estado teve um conhecimento informal, para interesse particular, como no caso TVI.
Berlusconi e José S. têm o mesmo problema, com causas diversas e ambientes diferentes: a mentira como modo de vida político.
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