Num discurso proferido em Dezembro de 1970, o mesmo dizia que a cooperação entre o capital estrangeiro e o nacional deve ser de tal modo que "Em primeiro lugar e logo à cabeça, os capitais estrangeiros devem agir como se de capitais nacionais se tratasse: sujeitos a tal disciplina que a autoridade do Estado nunca possa recuar, por qualquer imperativo legal de privilégio, se tiver de intervir".
Esta frase até faz sorrir, hoje em dia, quando pensamos na Autoeuropa e na atitude mendicante que temos perante os alemães. Faz pensar na Ferrostaal e nas intervenções das firmas de advogados, como é o caso da Vieira de Almeida e Sérvulo e Associados- em vez do Estado- nas negociações importantes que essas firmas estrangeiras tiveram com o nosso país.
Até sinto vergonha ao pensar nisso. Vergonha, nojo e indignação e ao ler estas coisas sei de ciência certa que nem sempre fomos como somos e já tivemos dignidade como país.
Quem nos vendeu esses valores? Ou melhor: quem os ofereceu ao preço da uva mijona de umas contribuições para certas caixas partidárias e afins?
A revista apresenta cinco exemplos do investimento estrangeiro nessas condições e titula A sintonia do possível. A Manalco-Manufactura Nacional de Confecções, Lda; a Santa Clara, que fabricava cá sabonetes e perfumes de marcas estrangeiras em parceria ( "Nove em cada dez estrelas usam Lux"); A Oliva que acabou como sabemos; a Timex que acabou nas greves que conhecemos e a Lever.
É sobre esta última parceria que aqui fica o artigo em que se mostra Elísio Soares dos Santos da Jerónimo Martins que então já era uma firma bem conhecida e que hoje dá cartas na distribuição alimentar e numa Fundação que António Barreto conhece bem. É ler o artigo, clicando.
Os " gestores" de agora, com a corrupção, que grassa, já tinham recebido a visita da dgs, para uma converseta de pé de orelha, para saber onde andava o dinheirinho, dos contribuintes.
ResponderEliminarMas, estamos melhor.
Nem era da DGS. Era apenas da Judiciária. Nessa altura era lá inspector o Proença de Carvalho, actualmente figura sinistra do regime.
ResponderEliminarGiro José
ResponderEliminarFiz a última foto de pub para a Oliva, faliu um ano depois!!!
Mas eu não fui a culpada da falência!
ResponderEliminarE resultados da eleição do BOA? alguém sabe?
ResponderEliminar"Mas eu não fui a culpada da falência!"
ResponderEliminarHehe. Onde andam esses anúncios?
Hoje é exactamente igual. Os capitais estrangeiros agem como capitais nacionais. Tudo à balda e à medida. Valorizações de terrenos de um dia para o outro por via de planos directores corruptos para instalação de indústrias duvidosas.
Ou a intervenção do indivíduo Júdice para instalar a Ikea em reserva ecológica e reserva agrícola nacional.
Uma vergonha. -- JRF
Joserui
ResponderEliminarVou pedir ao basco que scane para por na minha página :-)
Para já não falar no Freeport...
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