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quinta-feira, março 24, 2011

Uma questão de estilo

Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica de penúltima página no Público de hoje, tem dois parágrafos enternecedores de ingenuidade amadurecida.
Escreve que José S. "foi um primeiro-ministro corajoso e inteligente. Achar que Sócrates é culpado- e que removê-lo chega para nos poupar- é uma estupidez de todos os tempos".
Por isso mesmo, MEC, sobre José S. é sucinto e esclarecedor ao declarar o seu apreço pelo dito cujo: "de quem eu gosto e sempre gostei".
Gostos não se discutem, caro MEC. Mas políticas, opções de organização social, medidas legislativas, e até problemas pessoais de quem se mete na política, usando-a para tais fins, isso já é outra conversa. Que nunca li nas crónicas, porque como diz o povo "quem está bem deixa-se estar".
Hoje leio que "Sócrates tem absorvido e concentrado o ódio e o desvio nominalista que acha que a política é, tal como nas revistas cor-de-rosa, uma questão de nomes e caras".
Não percebo o que isto quer dizer. Quererá explicar-nos este doutorado em sociologia por Manchester que quem não aprecia o estilo, a forma e o governo deste primeiro-ministro só o ressente por mor da fronha e aspecto visual do dito? Não acredito.
MEC, enquanto lia as suas literaturas, incluindo a de cordel, andou acordado estes últimos seis anos?
Deu por uma coisa chamada Independente, -não o jornal, entenda-se, que isso é ainda outra loiça muito fina e frágil- e o modo como o tal "inteligente" tirou o curso superior?
Deu pelo estilo da sua defesa e deu pelo passado obscuro numa câmara de interior, onde projectava com nome alheio?
Deu pelo que se passou no Freeport e pela família do dito, embriagada de tanto dinheiro à solta?
Deu pelo que aconteceu realmente no período prè-eleitoral de 2009, com uma tentativa soez e solerte de arrebanhar com dinheiros semi-públicos, aos milhões, vários órgão de comunicação social para a pandilha do costume?
Não deste, pois não caro MEC? Então continua a dormir, no teu estilo de luxo.

4 comentários:

  1. Pois é. Faz pena mas é mesmo assim.

    Quando é que o MEC deu por alugma coisa, incluindo PREC e tudo o que se lhe seguiu?

    Eu nunca lhe li artigos políticos, excepto tudo o que tem sempre de escrever em prol de Israel, depois da conversão marrana.

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  2. Não deu por nada! Nem ele, nem milhares de outros. Andei no Económico a ler umas coisitas e na boçalidade costumeira dos comentários, não falta gente a dizer que Sócrates é um visionário (sic) e que vai votar nele.
    E sendo o bando de profissionais que é, não me admiraria mesmo nada que voltasse pela terceira vez. -- JRF

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  3. Muitas drogas naquela cabeça...

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  4. LoooLLL o MEC no seu melhor :-)

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