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segunda-feira, maio 16, 2011

E agora algo...do mesmo

Esta senhora que figura em cima é Irene Flunser Pimentel que dá entrevista à Pública de ontem, Domingo. A Pública e Anabela Mota Ribeiro cumprem muito bem o guião e todo o programa jacobino e de Esquerda e por isso Irene Pimentel tem direito a entrevista extensa para explicar coisas curiosas.

" Foi política até 1978. Como boa marxista-leninista, copiou "coisas do totalitarismo comunista, misturado com uma agência pelo surrealismo, uma cinefilia grande, o Maio de 68 e os valores meio anarcas e libertários" que marcaram uma geração. Aos 30 anos percebeu que não tinha casado, não tinha filhos, não tinha um curso. Licenciou-se em História em 1984. Não é casada, não tem filhos. Vive com duas gatas."

A historiadora da Pide ( é sempre a Pide, nunca é DGS), do salazarismo, tem este percurso de vida e uma idiossincrasia típica da Esquerda que temos e se alarga à extrema-esquerda, aos arrependidos dessa mesma Esquerda e aos jornais que albergam os seus antigos próceres. Que são quase todos os que temos em Portugal.

A entrevista fala por si e da dificuldade desta senhora se exprimir de outro modo que não o que aprendeu enquanto jovem. Há uma barreira notória no entendimento que a mesma terá dos fenómenos políticos e sociais que ocorreram há quarenta ou trinta anos. Ler os livros de uma pessoa assim, de História ainda por cima, é o mesmo que ler uma falsificação ideológica do tempo. Com factos reais pode construir uma história inverídica.

Tomemos agora uma figura dos antípodas. Pedro Feytor Pinto foi educado de modo completamente diverso e serviu o salazarismo e o caetanismo do modo que conta no seu livro Na Sombra do Poder. Esta imagem que fica abaixo foi publicada no Expresso de 23.5.2011 e mostra a sala em que Marcello Caetano entregou o poder formalmente, ao general António de Spínola, acto protagonizado por Feytor Pinto que lhe trouxe a mensagem de Spínola e levou outra também.
A seguir, a imagem da contracapa do livro em que Feytor Pinto explica o que escreveu.

Ambos solteiros, sem filhos ( desconhece-se se Feytor Pinto tem gatos...) com diferença de idade que não é significativa e portanto bem diversos no que dizem sobre a nossa História recente.

Se há símbolo da esquerda e direita que temos, estas duas pessoas podem servir para tal. Na linguagem, na visão do mundo e das coisas e principalmente no modo como analisam o passado que tivemos, divergem e como diz Feytor Pinto, citando Pirandello : " a cada um a sua verdade".

Escusado será dizer que me revejo muito mais na visão de Feytor Pinto. Não por ser de direita, mas porque me parece muito mais fiel à realidade que tivemos.


14 comentários:

  1. Este é que é o problema deste pais onde nos têm sido vendidas as larachas do estado social, do jornalismo de causas da superior cultura da esquerda e que acham que se vivemos em democracia a eles a devemos e temos de pagar por isso,agradecendo-lhe votando neles, enfim,tudo o que nos leva à cauda da europa.

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  2. Mas onde é que está a direita representada pelo Feytor Pinto. Do Marcelismo só conheço o afilhado Marcelo Rebelo de Sousa que me parece um situacionista impenitente.

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  3. Símbolos. São símbolos por modos de ver o mesmo mundo que viveram.

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  4. O José disse que se revia muito mais na visão e valores do Feytor Pinto.

    E acrescentou que isso acontecia, não pelo facto de se considerar de direita mas por lhe parecer um relato mais fiel ao tempo da ditadura.

    O tal período acerca do qual o discurso da esquerda apagou, alterou e apresentou uma versão oficial que é a que se transmite geracionalmente.

    É a versão pedagógica. A única admissível, ainda.

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  5. Que nome se dá a uma Irene Pimentel?

    chama-se uma "anti-fascista".

    Que nome existe para se atribuir a alguém que serviu honradamente o regime de Salazar e Caetano?

    Chama-se-lhe um fascista. Ou não?

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  6. Fiquei curiosa e vou ler o livro.

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  7. "fascism: a modern political ideology which aims at the total renewal of social, economic, and
    cultural life in a post-liberal new order on the basis of a heightened sense of national or ethnic
    identity. Though, in common with all political ideologies, fascism is driven partly by idealism,
    the terrible human cost of trying to realize its utopia has given the term in colloquial usage
    connotations of right-wing fanaticism, racism, totalitarianism, and violence. Fascism first surfaced
    in most European and some Europeanized nations in the conditions of intense patriotism and a
    diffuse sense of the crisis of civilization caused by the First World War and the Russian
    Revolution. However, with two exceptions its revolutionary assault on society was kept at bay
    by liberal, conservative, or (in Russia) communist forces. Only in Italy and Germany did fascist
    movement-parties achieve sufficient momentum to seize power and attempt to turn their
    schemes for the rebirth of the nation into reality.
    The two regimes which resulted, Fascist Italy (the capital letter of Fascism denotes
    Italian fascism) and the Nazi `Third Reich=, revealed the major contrasts both in concrete policies
    and in the scale of systematic destruction and inhumanity which can be implicit in different
    national visions of the fascist revolution. Nevertheless, the common causes and the imperialistic
    ambitions which Mussolini and Hitler shared led to the formation of an alliance, the Rome-Berlin....."
    Quem quiser o artigo na íntegra em .pdf,diga e eu faço o upload no SCRIBB.

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  8. Referia-me ao que disseste Zazie. Entretanto apareceu aqui este relambório...

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  9. fassismo não é = a fascismo.Capisce?

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