Decorreu ontem no auditório 3 da Gulbenkian um evento- o lançamento de um livro da autoria da repórter de tv Cândida Pinto, sobre o relacionamento amoroso entre Snu Abecassis e Sá Carneiro.
O Público de ontem, sobre isso, nada escreveu. Hoje, escreveu nada. O i anunciava em duas páginas ilustradas o assunto.
Presentes no evento estiveram o embaixador da Dinamarca, terra de origem daquela Snu, casada antes com Vasco Abecassis e que se terá apaixonado por Francisco Sá Carneiro nos anos a seguir à Revolução de 25 de Abril. Também presentes, o presidente da Gulbenkian Rui Vilar e o administrador curvado ao peso da responsabilidade, o professor Grilo que foi ministro e escreve livros em que se lamenta pelos alunos não se sentarem. Presente ainda um confuso Rui Ramos, com discurso atropelado e de reverência escusada a Mário S. também presente. E uma amiga do casal desfeito, Maria João Sande Lemos. Também Fernando Dacosta, sempre muito bom comunicador e que contou a história do encontro dos dois. Terá sido Natália Correia quem os apresentou em modo ditirâmbico e grandiloquente no seu Botequim. E contou que Natália era apelidade por Agustinha Bessa Luís como a "tasqueira da Graça" ao que a desancada replicava com o vitupério "bruxa da Areosa".
O personagem dúbio, Mário S., recontou algumas peripécias desses tempos relacionadas com o assunto. Que era amigo do casal e até visita. Que se dava muito bem com eles e patati patata. Contou que semanas antes do desastre que os matou, cruzou-se com Snu Abecassis nos Passos Perdidos da Assembleia da República e esta olhou vagamente, em frente, sem lhe falar. Então Mário S. voltou-se, agarrrou-lhe o braço e pediu-lhe explicações para aquele comportamento, para lhe ouvir dizer que estava muito zangada com ele por causa do que dissera publicamente da relação entre aqueles.
Mário S. ter-lhe-á explicado como explicou ontem que não era nada pessoal e que essas coisas não devem contar e que só por motivos políticos haveria razões para zangas o que não chegava para ser motivo de coisa alguma.
Na sala do Auditório 3, onde se encontravam presentes várias pessoas que se lembram muito bem do que se passou realmente, ninguém teve a coragem de contradizer o pai do socialismo democrático que temos.
Dizer-lhe de caras e ali mesmo que nessa altura, num comício no Algarve, Mário S. vituperou o comportamento de Sá Carneiro dizendo alto e bom som que quem não tem capacidade para governar a sua própria vida pessoal e familiar não tem igualmente competência para governar o país. Ou seja, serviu-se do facto de Sá Carneiro ter repudiado a mulher legítima, trocando-a por uma paixão na pessoa de Snu para o atacar politicamente e fê-lo sem qualquer pejo ou vergonha, o que não o impediu de cinicamente apresentar depois tal facto, perante a visada como coisa sem importância alguma...
Mário S. saiu dali a pouco "porque tinha outros afazeres" e quem ficou lembrou depois o episódio triste, na ausência do dito.
É este um retrato da personagem e de um carácter político e pessoal que muitos adulam e se recusam a mandar para o caixote do lixo da nossa História.
O José deu em mexeriqueiro, ainda vai dar em padeiro na Cedofeita.
ResponderEliminarValha-me Deus
Acho que o José faz muito bem em recordar estes eventos e situações. Através do conhecimento do passado, a História permite- nos entender o presente e antecipar o futuro.
ResponderEliminarMário Soares é um charlatão, para dizer o mínimo, que, infelizmente, graças a múltiplas cumplicidades e a uma grande dose de estupidez dos portugueses, continua bem activo no nosso presente.
O Supremo validou a prisão de Isaltino - mas muitos "Isaltinos" aguardam penas mais pesadas, tipo "domingos", já que deixaram fugir intencionalmente (?)o Gica das Fotocópias, era assim, que ele, JVAzevedo era conhecido, na Buenos Aires.
ResponderEliminarEnfim, há muitos cá fora e poucos lá dentro - vêr o caso Madoff e vêr a caso Costa - há uma diferença substancial.
Culpa de quem? não sei
Desinteressante
ResponderEliminarana:
ResponderEliminarDepende do ponto de vista. Ontem, achei sumamente interessante ver e ouvir a Sande Lemos e o Fernando Dacosta dizerem aos presentes e na ausência do visado, o que este deveria ter ouvido de viva voz.
Ora aqui está algo que não entendo... porque foi convidado o personagem? Deve ser só para "prestigiar o evento". -- JRF
ResponderEliminarEstou aqui a ver muitos candidatos a apagadores de personagens em fotografias comprometedoras...aprenderam todos na mesma escola:a marxista!
ResponderEliminarEsse homem é um traidor. E um criminoso por interpostas pessoas. E o responsável máximo do estado deplorável, porque irrecuperável, em que se encontra Portugal. Que os futuros historiadores, os que o sejam de verdade, saibam - e deseja-se que um dia não muito distante - colocá-lo no lugar que verdadeiramente lhe pertence nos livros de História. Num capítulo exclusivamente dedicado aos traidores à Pátria, a todos aqueles que o foram no período que vai de 1974 até aos dias de hoje. Que não escape nenhum. É então quando se fará a justiça justa que o povo português merece.
ResponderEliminarMaria
Obs.: Esse desavergonhado se tivesse um resquício de decência não aparecia em lado algum onde as figuras de Sá Carneiro e de Snu fossem mencionadas ou homenageadas, depois dos insultos e humilhações que essa criatura e os seus homens de mão lhes lançaram à cara enquanto foram vivos. Mas é claro que ele não tem pitada de integridade e muito menos de vergonha para se mostrar cheio de empáfia em tudo quanto é sítio com o maior dos desplantes. Grandessíssimo pulha.
http://aeiou.expresso.pt/mario-soares-penitencia-se-por-ataques-a-sa-carneiro=f646974#commentbox
ResponderEliminarnãosei que nome usar:
ResponderEliminarNão foi isso que se passou porque eu estive lá, vi e ouvi.
Mário S. não se mostrou arrependido de nada e não contou a história da dívida nem referiu o facto de ter falado no comício do Algarve.
Portanto o jornalista do Expresso dislatou. E estava lá o Henrique Monteiro a teclar no ipad. Passou o tempo todo entretido com o brinquedo.
Não vale, nem nunca valeu, o chão que pisa, esse Mário Soares.
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