Na França, a revista Marianne de 11 de Junho deste ano, ainda na sequência do escândalo DSK ( que muitos por cá consideram encerrado e a favor deste- até Manuel Pina que recentemente escreveu uma crónica lamentável a esse respeito), dedicou vários números ao assunto e nesse destacou a França das conivências. Uma França assim descrita nesse aspecto:
" A elite política, mediática e os grandes patrões praticam impunemente a confusão de géneros, os pequenos arranjos entre amigos e a cooptação. Uma casta que não é a da França "de cima" nem a "de baixo" mas cada vez mais " ao lado".
Por cá o problema ainda é mais grave, como demonstra a iniciativa do Público: nem sequer há pudor, agora. O jacobinismo transformou tudo numa escala de valores invertida. O que era mal é bom e vice-versa. Leo Ferré, (um cantautor muito 68) nos anos setenta cantava os malditos: On est damné, viens! Viens!
Tout ce qui est mal, c'est bon! Viens! Viens! Damne toi! Tout ce qui est bon... c'est mal Viens!
Temos em Portugal um problema sério e este aspecto provavelmente será um dos mais sérios. A moral vigente transformou-se de há uns anos para cá. E este "jornalismo de referência" foi um dos seus fautores. As pessoas que dirigem jornais aprenderam e esqueceram o que apreenderam na infância. Se é que aprenderam...
A moral vigente, actual, fica bem retratada no cartoon da Marianne: um pai a dizer ao filho que estuda-"apanho-te a fazer os deveres em vez de passeares com o filho do ministro!"
Transponham "filho de ministro" para filho de gestor de empresas públicas, dirigente partidário importante, grupo social de "referência" e temos um retrato do Portugal contemporâneo com grande espelho em certos jornais que temos: um Portugal de coniventes e de conveniências.
Pior, muitissimo pior que antes de 25 de Abril de 74, com o fassismo que estes jacobinos execram sobremaneira.
Outro aspecto desta conivência generalizada, pode ser lida aqui: um terço dos deputados envolveram-se em negócios do Estado. É saber quem são; quem são os seus familiares, os seus amigos e temos umas centenas ou milhares de pessoas nesta conivência generalizada. "Jornais de referência" a denunciar isto? Só lendo...
O assunto foi levantado esta semana pela Transparência Internacional – Associação Cívica que, num texto enviado à troika, alertou para a “forte promiscuidade” que existe entre as esferas política c empresarial em Portugal, apontando como “a face mais visível desta realidade” os deputados detentores de grandes escritórios de advogados. Só nesta legislatura, de acordo com um levantamento feito pelo JN, são 45 advogados em 230 deputados, a que se somam 23 deputados juristas.
" A elite política, mediática e os grandes patrões praticam impunemente a confusão de géneros, os pequenos arranjos entre amigos e a cooptação. Uma casta que não é a da França "de cima" nem a "de baixo" mas cada vez mais " ao lado".
Por cá o problema ainda é mais grave, como demonstra a iniciativa do Público: nem sequer há pudor, agora. O jacobinismo transformou tudo numa escala de valores invertida. O que era mal é bom e vice-versa. Leo Ferré, (um cantautor muito 68) nos anos setenta cantava os malditos: On est damné, viens! Viens!
Tout ce qui est mal, c'est bon! Viens! Viens! Damne toi! Tout ce qui est bon... c'est mal Viens!
Temos em Portugal um problema sério e este aspecto provavelmente será um dos mais sérios. A moral vigente transformou-se de há uns anos para cá. E este "jornalismo de referência" foi um dos seus fautores. As pessoas que dirigem jornais aprenderam e esqueceram o que apreenderam na infância. Se é que aprenderam...
A moral vigente, actual, fica bem retratada no cartoon da Marianne: um pai a dizer ao filho que estuda-"apanho-te a fazer os deveres em vez de passeares com o filho do ministro!"
Transponham "filho de ministro" para filho de gestor de empresas públicas, dirigente partidário importante, grupo social de "referência" e temos um retrato do Portugal contemporâneo com grande espelho em certos jornais que temos: um Portugal de coniventes e de conveniências.
Pior, muitissimo pior que antes de 25 de Abril de 74, com o fassismo que estes jacobinos execram sobremaneira.
Outro aspecto desta conivência generalizada, pode ser lida aqui: um terço dos deputados envolveram-se em negócios do Estado. É saber quem são; quem são os seus familiares, os seus amigos e temos umas centenas ou milhares de pessoas nesta conivência generalizada. "Jornais de referência" a denunciar isto? Só lendo...
O assunto foi levantado esta semana pela Transparência Internacional – Associação Cívica que, num texto enviado à troika, alertou para a “forte promiscuidade” que existe entre as esferas política c empresarial em Portugal, apontando como “a face mais visível desta realidade” os deputados detentores de grandes escritórios de advogados. Só nesta legislatura, de acordo com um levantamento feito pelo JN, são 45 advogados em 230 deputados, a que se somam 23 deputados juristas.
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