O jornal i de hoje, desenvolve uma pequena reportagem sobre "os maoistas" que fizeram nome público na nossa sociedade. O elenco completo dos mencionados:
Rui Pereira, PS, ex-ministro da Administração Interna, professor universitário.
Ana Gomes, PS, deputada no PE, diplomata na reserva.
Mariano Gago, PS, ex-ministro, professor universitário.
Emanuel Santos, PS, ex-governante, professor universitário.
José Manuel Durão Barroso, PSD, presidente da UE, ex-primeiro-ministro, professor universitário
José Lamego, PS, advogado.
Jorge Coelho, PS, ex-ministro, administrador de empresa ( Mota-Engil) devido aos cargos políticos.
Nuno Crato, independente, actual ministro da Educação.
Maria José Morgado, procuradora geral-adjunta, directora do DIAP.
José Manuel Fernandes, jornalista.
José Pacheco Pereira, comentador e historiador da esquerda ( vai publicar um livro sobre a extrema-esquerda), eventualmente professor de secundário reciclado na universidade.
João Carlos Espada, comentador e professor universitário.
Manuel Villaverde Cabral, comentador, sociólogo, professor universitário.
António Costa Pinto, sociólogo, professor universitário.
São estes e os milhares mais de compagnons de route ideológica, os verdadeiros donos da intelligentsia de Portugal, juntamente com os comunistas. Nunca ganharam eleições. Ficaram sempre em percentagens de ultra-minoria e democraticamente deveriam assumir que os seus projectos ideológicos são um fracasso e uma tragédia nacional. Muitos deles sairam do espartilho partidário-ideológico mas nunca abandonaram a mentalidade em que vicejaram por uma questão muito simples de entender: são idiossincraticamente anti-democráticos e propensos a radicalismos. Muitos deles sairam directamente do maoismo e esquerdismo para o liberalismo mais chão e radical, nos anos noventa do século que passou, o que se compreende muito bem nesse contexto.
Rui Pereira, PS, ex-ministro da Administração Interna, professor universitário.
Ana Gomes, PS, deputada no PE, diplomata na reserva.
Mariano Gago, PS, ex-ministro, professor universitário.
Emanuel Santos, PS, ex-governante, professor universitário.
José Manuel Durão Barroso, PSD, presidente da UE, ex-primeiro-ministro, professor universitário
José Lamego, PS, advogado.
Jorge Coelho, PS, ex-ministro, administrador de empresa ( Mota-Engil) devido aos cargos políticos.
Nuno Crato, independente, actual ministro da Educação.
Maria José Morgado, procuradora geral-adjunta, directora do DIAP.
José Manuel Fernandes, jornalista.
José Pacheco Pereira, comentador e historiador da esquerda ( vai publicar um livro sobre a extrema-esquerda), eventualmente professor de secundário reciclado na universidade.
João Carlos Espada, comentador e professor universitário.
Manuel Villaverde Cabral, comentador, sociólogo, professor universitário.
António Costa Pinto, sociólogo, professor universitário.
São estes e os milhares mais de compagnons de route ideológica, os verdadeiros donos da intelligentsia de Portugal, juntamente com os comunistas. Nunca ganharam eleições. Ficaram sempre em percentagens de ultra-minoria e democraticamente deveriam assumir que os seus projectos ideológicos são um fracasso e uma tragédia nacional. Muitos deles sairam do espartilho partidário-ideológico mas nunca abandonaram a mentalidade em que vicejaram por uma questão muito simples de entender: são idiossincraticamente anti-democráticos e propensos a radicalismos. Muitos deles sairam directamente do maoismo e esquerdismo para o liberalismo mais chão e radical, nos anos noventa do século que passou, o que se compreende muito bem nesse contexto.
Vibraram todos em uníssono com o PREC, onde lutaram para impôr a sua visão da História e alguns deles contra o PCP que estimavam como "reformista", sendo eles os verdadeiros revolucionários, "os da Bayer".
Ouvir a explicação para a mudança de posição política e ideias é patética. Por exemplo, José Manuel Fernandes diz ao i que houve dois momentos para tal. Um foi o enterro de Mao (em Setembro de 1976 é bom lembrar...) em que a nova direcção do PCC apagou a foto da viúva de Mao e dos seus apoiantes. Outro, o das purgas do poder na Albânia em que o dirigente Mehmet Sheu apareceu "suicidado" ( em Dezembro de 1981, note-se).
Quer isto dizer que todos os livros, informações, relatos ( há um livro interessante saído em 1977, Os Russos, de um jornalista do NYT; havia sobre a China de Mao muita informação credível...mas nada disso adiantou para a mudança ideológica. Preferiram sempre não ligar a essa "reacção". Agora dão o dito por não dito, não se retratam na estupidez e mantém relevo nacional o que é ainda mais interessante).
O caso de Pacheco Pereira que dá entrevista extensa ao jornal ainda é mais interessante. Diz que mudou,mas não mudou um milímetro. O que mudou foi apenas a referência programática.
Estes indivíduos, sem excepção, em Agosto de 1974 perante este relato do jornal Sempre Fixe ( De Ruella Ramos, um esquerdista radical) em que se dá conta da reorganização do capitalismo português, depois do 25 de Abril e da saída das 20 famílias que a Time dava conta na época, o que diriam destas propostas capitalistas puras e duras para o nosso desenvolvimento económico?
Note-se que nessa altura- Agosto de 1974- tal ainda era possível e a reorganização económica proposta pelas figuras retratadas, entre os quais, Vasco Leitão, Jorge Lucena, João Morais e Valimohmed Ibraim, poderia ter sido adoptada caso o ambiente político fosse outro e as ideias dominantes fossem outras, como o foram em Espanha.
Por cá não foram porque a Esquerda global onde se incluía um Partido Socialista à procura de identidade e com receio de perder apoios para o PCP se aliou ideologicamente e praticamente às propostas comunistas e da extrema-esquerda de nacionalizações e "caminho para a sociedade sem classes". Essa ideologia e essa prática ditou o fim do nosso sistema económico como o tínhamos em 25 de Abril de 1974, um sistema "coerente" como já foi dito e citado aqui por pessoas de mérito intelectual indiscutível.
Muitos deles, actualmente, se lerem isto percebem instantaneamente a estupidez e a burriquice em que incorreram. E provavelmente a sua culpa objectiva e subjectiva nesta tragédia colectiva. Mas nem isso os afastou de liderarem projectos políticos, jornais, comentários avulsos nos media e isso durante anos a fio. José Manuel Fernandes, por exemplo, no outro dia apresentou o programa do CDS dos anos oitenta como modelo do que se poderia ter feito para evitar a situação de bancarrota em que estamos.
Mas em Agosto de 1974 o que diriam todos eles sobre este programa económico que aqui fica e que se pode ler com um clique? Diriam que era reaccionário, burguês, fascista e seria a recuperação do "condicionamento industrial" e outras baboseiras que nos custaram o mais caro que pode haver em termos económicos: a destruição do tecido produtivo.
Foram eles e as suas ideias os causadores directos de tal situação e que disso não haja a mínima dúvida possível. Foram eles e mais ninguém.
Em Julho de 1975 a Time já dava conta do resultado do PREC: "fim das 20 famílias". Todos aqueles sem excepção aplaudiram o facto. Regozijaram-se e lutaram por isso. Lá fora, muita gente pensava que Portugal ia a caminho do comunismo. A imprensa internacional como por exemplo a americana e francesa, moderada, já nem faziam segredo do assunto e publicavam capas alusivas e explícitas. Por cá, ainda há "historiadoras" a dizer o contrário.
Ouvir a explicação para a mudança de posição política e ideias é patética. Por exemplo, José Manuel Fernandes diz ao i que houve dois momentos para tal. Um foi o enterro de Mao (em Setembro de 1976 é bom lembrar...) em que a nova direcção do PCC apagou a foto da viúva de Mao e dos seus apoiantes. Outro, o das purgas do poder na Albânia em que o dirigente Mehmet Sheu apareceu "suicidado" ( em Dezembro de 1981, note-se).
Quer isto dizer que todos os livros, informações, relatos ( há um livro interessante saído em 1977, Os Russos, de um jornalista do NYT; havia sobre a China de Mao muita informação credível...mas nada disso adiantou para a mudança ideológica. Preferiram sempre não ligar a essa "reacção". Agora dão o dito por não dito, não se retratam na estupidez e mantém relevo nacional o que é ainda mais interessante).
O caso de Pacheco Pereira que dá entrevista extensa ao jornal ainda é mais interessante. Diz que mudou,mas não mudou um milímetro. O que mudou foi apenas a referência programática.
Estes indivíduos, sem excepção, em Agosto de 1974 perante este relato do jornal Sempre Fixe ( De Ruella Ramos, um esquerdista radical) em que se dá conta da reorganização do capitalismo português, depois do 25 de Abril e da saída das 20 famílias que a Time dava conta na época, o que diriam destas propostas capitalistas puras e duras para o nosso desenvolvimento económico?
Note-se que nessa altura- Agosto de 1974- tal ainda era possível e a reorganização económica proposta pelas figuras retratadas, entre os quais, Vasco Leitão, Jorge Lucena, João Morais e Valimohmed Ibraim, poderia ter sido adoptada caso o ambiente político fosse outro e as ideias dominantes fossem outras, como o foram em Espanha.
Por cá não foram porque a Esquerda global onde se incluía um Partido Socialista à procura de identidade e com receio de perder apoios para o PCP se aliou ideologicamente e praticamente às propostas comunistas e da extrema-esquerda de nacionalizações e "caminho para a sociedade sem classes". Essa ideologia e essa prática ditou o fim do nosso sistema económico como o tínhamos em 25 de Abril de 1974, um sistema "coerente" como já foi dito e citado aqui por pessoas de mérito intelectual indiscutível.
Muitos deles, actualmente, se lerem isto percebem instantaneamente a estupidez e a burriquice em que incorreram. E provavelmente a sua culpa objectiva e subjectiva nesta tragédia colectiva. Mas nem isso os afastou de liderarem projectos políticos, jornais, comentários avulsos nos media e isso durante anos a fio. José Manuel Fernandes, por exemplo, no outro dia apresentou o programa do CDS dos anos oitenta como modelo do que se poderia ter feito para evitar a situação de bancarrota em que estamos.
Mas em Agosto de 1974 o que diriam todos eles sobre este programa económico que aqui fica e que se pode ler com um clique? Diriam que era reaccionário, burguês, fascista e seria a recuperação do "condicionamento industrial" e outras baboseiras que nos custaram o mais caro que pode haver em termos económicos: a destruição do tecido produtivo.
Foram eles e as suas ideias os causadores directos de tal situação e que disso não haja a mínima dúvida possível. Foram eles e mais ninguém.
Em Julho de 1975 a Time já dava conta do resultado do PREC: "fim das 20 famílias". Todos aqueles sem excepção aplaudiram o facto. Regozijaram-se e lutaram por isso. Lá fora, muita gente pensava que Portugal ia a caminho do comunismo. A imprensa internacional como por exemplo a americana e francesa, moderada, já nem faziam segredo do assunto e publicavam capas alusivas e explícitas. Por cá, ainda há "historiadoras" a dizer o contrário.
Em Janeiro de 1976 o O Jornal publicava, ufano, o resultado dessas ideias que deram as nacionalizações de 11. 3.1975 aplaudidas de pé, com punho erguido por TODOS aqueles indivíduos sem excepção: "O Estado controla 201 empresas". Fabuloso! Menos de um ano depois disso o FMI estava cá dentro a ajudar o país. Causa directa e necessária? Aquelas ideias daqueles indivíduos mencionados. Só e apenas.
Com a ajuda preciosa de sumidades como esta que aqui aparece em baixo a assegurar que "as nossas ideias não estão em saldo". Jorge Sampaio, então da Intervenção Socialista e que se integrou no PS, vindo do MES, veio a ser eleito presidente da República!
Que mais é preciso dizer sobre a nossa tragédia dos últimos 36 anos?
Que ela tem responsáveis e que são estes mesmos que aqui aparecem simbolica e ideologicamente? Mas isso é apodíctico...
Pujante! -- JRF
ResponderEliminarEssa rapaziada que enviou saudações ao Pol Pot só não avançou porque houve o 25 de Novembro.Mas reparem bem que os "vencedores" acabaram por perder na "secretaria"...o que diz bem da cobardia das nossas direitas.Como agora estamos vendo todas reverenciando um cadáver...
ResponderEliminarEra bom que Vc postasse sobre a "coerência" desse tal João Gonçalves.
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarEssa do MDE tinha-me escapado... de qualquer forma as propostas já eram um saco cheio de nada.
Vejamos a coisa nesta óptica:
BES - uma das vítimas de 1975.
Joaquim Pina Moura - Álvaro Cunhal dos Pequeninos.
Após a sua passagem pelo ministério do governo da "estrela" do Secretariado do Marcello Caetano, Guterres, torna-se administrador do BES. Um individuo cujo CV se limita a apparatchick do PCP.
O problema é que onde tuvês rupturas eu vejo continuidades. E onde vês uma tragédia eu só consigo vislumbrar uma ópera bufa.
"Porque agia dentro de uma Constituição que sempre procurei respeitar, e por convicção própria, mantive, portanto, o Estado Corporativo. Mas lancei, poucos dias depois de tomar posse do governo, a fórmula do Estado Social a fim de acentuar o conteúdo da política que me propunha seguir."
ResponderEliminarMarcelo Caetano, "Depoimento" ( copiado do Dragoscópio)
O ovo da serpente....
assisti a palhaçada do prec de dentro da maçonaria e do ppd.
ResponderEliminarestes e outros esgatanhavam-se por subir na politica sem importar como. queriam posição social e dinheiro. o 'jorze' era uma desgraça.
o Tino de Rãs é mais autêntico
Estive agora a ler a entrevista do Pachoco. Mas ele andava de capuz, armado em clandestino, depois do 25 de Abril?
ResponderEliminarahahahahaha
Que grande anormalidade. E então reunia com o Espada encapuchado para se tornarem liberais.
ehehhehehe
E lá teve o gajo de vir com a paranóia dos antidemocratas e anti-partidos da "acampada".
ResponderEliminarOlha só, o democrata que ele se julga.
O JPP? E ele não conta como conseguiu aterrorizar uma escola inteira em Espinho onde esteve colocado em 1975?
ResponderEliminarAté o César Oliveira, colocado na mesma escola, andava com medo dele.
ResponderEliminarWegie:
ResponderEliminarAcabei agora de chegar de um polvo no forno, no António, de Leça da Palmeira. Na mesa ao lado estavam o Alcino Soutelo e o Júlio Pomar.
Sobre o assunto que me interessa estou convencido que o sistema económico que tínhamos antes de 25 de Abril se tivesse continuado com os capitalistas que havia nesta altura dávamos cartas na Europa.
O Sacana chegou a ameaçar-me de julgamento em tribunal popular. No dia segiunte tinha um grupo de vareiros à espera dele e acabou-se-lhe a prosápia.
ResponderEliminarAssim, lerpamos sempre. Sai-nos sempre o Joker.
ResponderEliminarO que fazia o Pacheco em Espinho? Aterrorizava os alunos a ensinar sociologia de pacotilha ou História marxista?
ResponderEliminarAlcino Soutinho. Leça tem restaurantes fantásticos!!O meu favorito é o Veleiros.
ResponderEliminarEra prof. de história no ciclo. E o César também.
ResponderEliminarAndava por lá a aterrorizar o pessoal com o livro do Mao.
ResponderEliminarahahahhahaha
ResponderEliminarE aterrorizava encapuchado também?
Lixou-se quando resolveu ir impingir a coisa ao Bairro Piscatório.
ResponderEliminarO Veleiros é finito. Foi por causa do Veleiros ( cujos donos conhecia porque eram família de um primo da minha mais que tudo) que descobri o António. O polvo do António foi copiado do Veleiros. Mas este há meia dúzia de anos que deixou de ser o que era.
ResponderEliminarEu na altura como sabeis era um social-fascista e apliquei-lhe o correctivo necessário.
ResponderEliminarSoutinho, pois.
ResponderEliminarAcabou o Veleiros? Que pena. Já não para aqueles lados há uns anos.
ResponderEliminarO Pacheco foi torturado por ti? Ahahahah!
ResponderEliminarO Veleiros não acabou. O que acabou foi a gerência antiga porque o dono anterior morreu e a viúva passou o restaurante. E era ela quem cozinhava o polvo-vitela.
ResponderEliminarNão foi torturado. Levou um par de tabefes de uns vareiros avantajados. Foi só para tomar o gosto do tal tribunal popular que andava ap rometer a toda a gente.
ResponderEliminarE teve muita sorte por eu não lhe ter largado os ciganos à perna.
ResponderEliminarTabefes? Mas isso era o que o Salazar recomendava: uns tabefes a tempo...ahahahah!
ResponderEliminarExacto. Mas o PCP e Salazar foram duas faces do mesmo espelho. De alguma maneira. Eu sei que isto é uma heresia para muita gente.
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarQuanto à tua teoria: O sistema recompôs-se com os mesmos e alguns outros. Mas a estrutura pré 1974 estava virda para o mercado interno no qual Angola representava uma importante fatia. Sem as colónias não podia continuar assim. Tinha de ser uma estrutura virada para a exportação. Aí falhamos redondamente. Os capitalistas são os mesmos. Olha o Salvador Caetano. Um dos poucos que apostou na exportação.
Não é heresia alguma. O que havia em Portugal nessa altura era uma guerra civil declarada por lei contra o PCP. O PCP era um partido ilegal, subversivo como hoje seria um partido fascista.
ResponderEliminarCom uma particularidade: o PCP era bem pior, ideologicamente, do que um partido fascista, segundo os próprios critérios: os GULAG não tinham comparação alguma com o Tarrafal. As execuções em massa nem se devem comparar aos mortos do fassismo português.
Aliás, o fassismo português só existe porque o PCP assim o designa e porque lhe convém.
O sistema nunca mais se recompôs. Se se recompusesse o Belmiro não era o que é. Nem o Jerónimo Martins.
ResponderEliminarOs bancos não foram os mesmos. Os capitalistas nunca mais foram os mesmos.
O Estado nunca mais foi o mesmo e os nossos políticos nunca mais foram os mesmos.
É verdade e isso foi reconhecido por militantes do PCP. Flausino Torres fugido para Praga declarou que aquilo era bem pior do que Portugal.
ResponderEliminarPor outro lado existe o reverso da questão. Se o regime não tivesse identificado o comunismo como adversário principal logo desde o inicio dos anos 30 talvez o PCP nunca chegasse a ser importante. Em 1930 era um pequeno grupo sem influência. No meio operário pontificava o anarco-sindicalismo. Foi Salazar que tornou o PCP importante.
Não foi Salazar. Foi o conjunto dos media que tinham infiltrados comunistas e cripto-comunistas.
ResponderEliminarA lavagem cerebral veio daí e continua nos dias de hoje.
A directora do Público Bárbara Reis é apenas mais uma das suas manifestações mais evidentes.
E foi principalmente Cunhal que via o partido como uma religião laica.
O Belmiro herdou por afinidade a fortuna do Pinto de Magalhães, Mellos,Espírito Santos, o próprio Champalimaud, etc, etc.Até os políticos vêm parcialmente do Marcelismo.
ResponderEliminarMellos, Espíritos e Champallimauds se não tivessem sido corridos tinham que se pôr a pau com a concorrência na Europa. E teriam feito mais e melhor do que fizeram.
ResponderEliminarSairam em 74 e regressaram apenas nos anos noventa, mais de quinze anos depois. Inês era morta...
Reegressaram com leis marxistas uma Constituição marxista, medias marxistas e um ambiente contra o capitalismo. Ainda hoje é assim.
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarFoi Salazar e o SPN dos anos 30. O Sardinha e companhia. Com a guerra civil de espanha essa propaganda acentuou-se.O grande inimigo era o comunismo. Isso "secou" toda a oposição e fortaleceu o PCP. Não é por mérito próprio que se tornou o unico partido da oposição. O regime também "fabricou" o PCP. Não sei se estas a perceber a minha ideia. O PCP também foi um produto do salazarismo.
Nos anos oitenta já cá estavam todos e alguns antes (Espirito Santo) e outros nem saíram.
ResponderEliminarEstavam todos mas faltava o essencial: o capital, o investimento e o ambiente produtivo.
ResponderEliminarEstavam cá todos para sacar o Estado que se tornou fraco e dependente de alguns traidores que se associaram às quadrilhas que formaram.
Antes nem se atreviam a levantar cachimbo. Depois começaram a mandar no Estado. O BES até achou que era um dos donos disto.
Wegie, "herdou" de Manuel Pinto de Azevedo, certo?
ResponderEliminarO regime não criou o PCP, deu-lhe alguma importância identificando-o como o pior dos piores e atribuindo-lhe culpas no que tinha e no que não tinha. Fruta da época, da segunda guerra e do pós-guerra.
Mas na minha opinião não seria por o ignorar que o PCP não faria o seu caminho. Nem por ser o regime que era. Na época, até se Portugal fosse uma democracia, o PCP seria subversivo, reles de ideias e provavelmente violento. É da sua natureza. -- JRF
Bem, estou convencido que, basicamente, isto vem tudo das roubalheiras que se seguiram à extinção das ordens religiosas em 1834. São sempre as mesmas famílias, trinta?, quarenta?, que ocupam os poleiros mais elevados. Podia dar um dúzia de exemploa de gente que hoje pontifica - e que naturalmente foi da extrema em 75- cuja famelga deu ministros e secretários no na monarquia liberal, na I república - menos, no estado novo... fazem falta estudos como os de P. Chenu (mostra como a roubalheira tornou sacrossanta a revolução francesa e inatacável o seu cortejo de chacinas e violências. Mesmo que tenham brasões comprados no séc. XIX, a larga maioria dos nomezinhos da gente que nos tem desgovernado fez-se no oportunismo e na ladroagem de há 170 anos.
ResponderEliminarhajaoachorra: nunca tinha pensado nisso que escreveu, o que só denota a minha ignorancia. Contudo, acho o tema muito interessante e gostaria de saber mais sobre essas famílias de ladrões.
ResponderEliminarDiz que vieram do jacobinismo de 1834? Ora quem parece saber muito desse período é Vasco Pulido Valente, mas certamente que há outros estudos e conhecimentos avulsos, por aí.
E essa tese é apenas isso: uma tese.
Poderá elaborar mais um pouco?
JoséRui,
ResponderEliminar"Herdou" da família Pinto de Magalhães. cj conflito judicial que o opôs à dita familia sobre a Sonae.
Sobre o PCP my point is: Como explicar que nos anos 40/50/60 este partido surja praticamente como a única oposição ao regime? Não discuto a natureza das suas ideias e práticas consabidamente totalitárias.
Se fizermos uma prosopografia política de Portugal nos ultimos 200 anos não podemos concluir sobre essa continuidade apontada pelo hajapachorra. A ideia em si é sedutora mas houve clivagens profundas entre a monarquia e a república não só no poder político como no económico.
ResponderEliminarAinda sobre o JPP,
ResponderEliminarEstou à espera que ele explique no seu blogue porque é que pintou as paredes da Igreja de Espinho com a frase "a religião é o ópio do povo". Talvez já se tenha esquecido...
A pergunta sobre a única oposição ao regime ser apenas do PCP é falaciosa:
ResponderEliminarHavia muita gente que se opunha ao regime, sem ser comunista. Mas a oposição num regime autoritário e de características centralizadoras e potencialmente totalitário é mais difícil de se exprimir se não o fizer em termos radicais como o PCP fazia.
O Umberto Delgado ou o Norton de Matos não eram comunistas. E esse foi se calhar uma das razões porque não são catarinas eufémias...
O PCP só tem destas heroínas para apresentar...
Quando o JPP pintou essa frase quantos anos tinha?
ResponderEliminarÉ um palerma acabado este JPP.
José,
ResponderEliminarFalo de oposição organizada. O Delgado e o Norton andaram na órbita do PC como aliás todas as candidaturas da época. As organizações "frentistas" como aquela de Argel era controlada pelo PC. Aliás quase toda a oposição o era. Isto é bem conhecido. Era um totalitarismo no reverso da medalha.
Foi em 1975. Também foi por causa disso que levou uns tabefes. Ajudaram-no a tornar-se liberal.
ResponderEliminarOposição organizada não poderia haver fora do PCP por uma razão: a União Nacional absorvia toda a oposição não comunista.
ResponderEliminarNos anos setenta a Ala Liberal foi uma concessão de Marcelo porque este tinha uma ideia social-democrata para o país embora não tivesse força suficiente para impor essa ideia à Direita portuguesa da época.E por outro lado, tinha também um pendo conservador. Que aliás me agrada até certo ponto.
Claro que foi depois do 25 de Abril. JPP não pode contar esse período do mesmo modo que eu o posso fazer.
ResponderEliminarEstá entalado por essas coisas e por isso mesmo, como nunca as denunciou para se arrepender porque nunca o fez com é timbre de palermas, anda por aí a disfarçar e a tergiversar.
Por essas e por outras é que adoro malhar no gajo. Só por isso. Quando o palerma se arrepender publicamente mudo de discurso.
Parece que estamos a chegar a uma conclusão similar.
ResponderEliminarSe bem que a Ala Liberal foi um flop.
ResponderEliminarA Ala liberal foi um flop por uma razão que me parece evidente mas pouca gente fala:
ResponderEliminarFalta de coragem política. Conciliadores demais. Gente- e estou a falar de Sá Carneiro, por exemplo- tipicamente portuguesa que se aclimata à situação. Em Espanha teria sido diferente.
Vemos hoje isso no Governo que entrou em funções: havia que dar uma vassourada no que ficou para trás e apurar responsabilidades criminais. Não o querem fazer porque têm todos o rabo preso ou aos bancos onde trabalharam e a quem os financiou; ou às organizaçoes de amigos tipo Maçonaria.
Somos um país pequeno que vive nesta merda há muitos anos.
~Um pântano.
É verdade um pântano. Mas só faltam uns jacarés para nos transformar numa Flórida da Europa. Tubarões também já temos.
ResponderEliminarPinto de Magalhães? Mas esses eram os da Efanor? O da Efanor era o Manuel Pinto de Azevedo. Não sei essa história está visto.
ResponderEliminarA minha tese muito simples sobre o PCP é a seguinte: a maior parte da oposição não era comunista. Mas para o regime era. Era tudo comuna porque o comunismo foi identificado como o inimigo #1 de muita coisa e estava a construir o "império do mal".
Para os comunas de hoje também dá um certo jeito o fassismo... e para o BE, a "extrema direita", cujo CDS é o nosso exemplo máximo. -- JRF
Coitado do Pacheco Pereira... eu até gosto dele. Mas não sei se aguento muito mais revelações tristes! -- JRF
ResponderEliminarJoséRui,
ResponderEliminarA família Pinto de Magalhães (do Banco do mesmo nome e da Sonae) foi das poucas que perdeu efectivamente influência com o 25 de Abril. Apesar do banqueiro ter sido um dos grandes financiadores do PCP na clandestinidade.
De resto a tua tese vai ao encontro da minha.
Não me parece tanto assim. No tempo de Salazar a ideia era a "subversão". Os subversivos poderiam ser comunistas ou pior que isso.
ResponderEliminarQuem fizesse oposição criticando as figuras do regime poderia ter visita caseira mas não era preso por causa disso, acho.
Porém, num regime autoritário, qualquer oposição é entendida como subversiva.
O meu pai, alguns anos antes do 25 de Abril era presidente da Junta. Aí por 66 ou 67.
ResponderEliminarNessa altura a emigração era mato. Os jovens emigravam para fugir à tropa ou para irem para França trabalhar. Claro que tal os impedia de regressar durante anos.
Mas havia quem precisasse de documentos oficiais das autoridades como a Junta de freguesia, para atestar residências ou coisas assim.
Claro que os presidentes sabiam muito bem para que se poderia destinar.
Claro que a PIDE e a DGS também.
E o meu pai passava-os sabendo isso e correndo o risco de ter visitas a perguntar porque passou. E teve. E explicava que passava porque lhe pediam e não era ilegal.
Tudo isto para dizer que a oposição podia ser feita de muitos modos.
E o meu pai não era comunista nem nada que se pareça.
Tenho estórias melhores. Que tal o Presidente concelhio da UN a distribuir o jornal Avante à socapa?
ResponderEliminarAh ok. O processo Efanor foi outro. Parece que ele ficou com aquilo para "salvar postos de trabalho", mas aquilo continuava a fabricar camisas de terylene, 10 anos depois de terem saído de moda. E então fechou claro. Os terrenos da sede Sonae, Norte Shopping etc era tudo do Manuel Pinto de Azevedo.
ResponderEliminarE nos terrenos da fábrica (uns 10-12 hectares) agora tem o colégio, o início falhado de um condomínio de luxo e está à espera de um pólo de Serralves (com arquitectura de uns japoneses Pritzker).
Não percebo estes negócios. O Belmiro de Azevedo pode ser bom empresário, mas aquilo não nasceu tudo só de grande gestão e produtividade. Há ali muito pato-bravismo. -- JRF
E uma coisa para mim imperdoável são os mamarrachos com que enxameou o país. Podia fazer centros comerciais à vontade, dou de barato, mas devia haver mínimos arquitectónicos e estéticos! Não há gostinho nenhum naquela Sonae. -- JRF
ResponderEliminarO Belmiro de Azevedo chegou a trabalhar durante 2 anos na Efanor. Depois passou para a Sonae. Com a partida de Afonso Pinto de Magalhães para o exílio assumiu o controle desta última num processo polémico de contornos obscuros.
ResponderEliminarO JPP nos idos de 70 berrava aos saltos em cima das mesas da Flup. O Sardo foi lá professor, de, digamos, filosofia, e já faleceu, coitado.
ResponderEliminarahahahah
ResponderEliminarE nunca se estatelou no chão?
O Sardo era o pai de todos os trotskistas. Não era má pessoa. Género intelectual cansado e anafado.
ResponderEliminarA Palavra Mágica Certa palavra dorme na sombra
ResponderEliminarde um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade,
Santa Marta, Santa Marta
ResponderEliminarSanta Marta do Portuzelo
Acabei de enviar uma carta
Porra!Esqueci-me de lhe por o selo.
Pedro Homem de Melo
Estive a ler a entrevista do JPP. E estou sem palavras. Ele até sublinha o facto de no 25 de Abril não haverem telemóveis (sic)! Brilhante!O shampoo Mao destruiu-lhe definitivamente os neurónios. Um autêntico cepo. E aquela dos capuzes é o máximo.
ResponderEliminarWegie:
ResponderEliminarEsta não passa...haver! Haver cum raio!
Exacto.Isto de estar aescrever com esta coisa nova lixa-ma a gramática!
ResponderEliminarSaiu mal outra vez!!!
ResponderEliminarO Marcelo teve hoje a melhor tirada da sua vida de comentador.
ResponderEliminarÉ uma espécie de JPP católico.
Estava a recordar que o JPP nesses tempos do Porto costumava fazer a ronda à noite pela cintura industrial a pintar nas paredes: "Lê a Verdade, o jornal de que os patrões não gostam." Invariavelmente no dia seguinte tinha um acrescento:"E os operários também não!" Ele ficava furioso!
ResponderEliminarEu ouvi o Marcelo. Era Troika para aqui, troika para acolá. Vomitável.
ResponderEliminarRelativamente ao caso Bairrão meteu o rabo entre as pernas como convém.
ResponderEliminarDiz no jornal que vai publicar um livro sobre a extrema-esquerda. Será que vai contar esses casos?
ResponderEliminarO gajo fez uma coisa incrível a um médico que conheço e que o ajudou a escrever parte do episódio de Álvaro Cunhal de Peniche. Está no livro que escreveu e entrevistou-o em casa, em Vila Nova de Cerveira.
Depois enviou-lhe o livro. Com algumas páginas em branco.
Escrevi num blog na altura o facto intimando-o a mandar-lhe um livro sem páginas em branco.
Nunca lho mandou.
Sacana. O médico era o Ludgero Pinto Basto?
ResponderEliminarNão. Carlos Plácido.
ResponderEliminarUm comunista estalinista de quem sou amigo e com quem me dou muito bem. Não discutimos política, claro.
ResponderEliminarUm tipo extremamente culto e que vive pobre.Sozinho.
O Carlos Plácido conduziu o carro que foi usado na fuga. E depois foi para Inglaterra.
ResponderEliminarEra médico no Sª Maria, investigador em microbiologia. Saiu e só regressou no 25 de Abril, mas fizeram-lhe a cama por cá e como é costume. COmo é teimoso como uma mula e incorruptível, lixou-se e foi para Inglaterra onde os dois filhos se formaram em medicina. A mulher, irlandesa lá ficou e ele veio para cá para tratar da mãe e assim uma vida passou porque tem 85 anos.
Carlos Plácido de Sousa. Conheço a história. Para mim a mais romântica é a de Francisco Paula Oliveira (Pavel). O homem que reorganizou o PCP no inicio dos anos 30 e era o mais capaz e brilhante dos seus dirigentes. Após duas fugas espectaculares do Aljube e do Caramulo. Foi em Paris acusado pelos camaradas da IC de ser PIDE. Pavel arranjou uma nova identidade e emigrou para o México onde se tornou a maior autoridade mundial de muralismo e professor da universidade com o nome de António Henriquez. Só voltiu a Portugal em 1977 para proferir uma conferência na Gulbnkian.
ResponderEliminarA foto do médico está na página 711 do volume 3 da biografia de Álvaro Cunhal de JPP.
ResponderEliminarEste volume 3 tem pelo menos o merito de fazer alguma justiça a figuras como a do Júlio Fogaça que dirigiu o PC nos anos 50 e elaborou o seu 1º programa no V Congresso. Claro que ele próprio perseguiu muitos dos seus camaradas como era norma.
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