"A Direcção-Geral do Orçamento (DGO) proibiu todos os organismos da Administração Pública e as empresas públicas de assumirem qualquer despesa se não tiverem dinheiro disponível e reservado para o efeito (cabimentos).
A ordem emitida numa circular, no dia 10 de Setembro, é acompanhada de um aviso: quem não cumprir sofrerá sanções políticas (se for o caso), disciplinares, financeiras, civis e criminais. Esta «responsabilidade pela execução orçamental» será, segundo o documento, aplicada tanto aos titulares de cargos políticos como aos próprios funcionários.
A directiva, apurou o SOL, está a lançar o caos na Administração Pública, onde, devido à crise, a maioria das entidades já lidava com graves dificuldades financeiras. Muitas compras e pagamentos já estavam em atraso e foram agora suspensos."
Vamos lá ver no que isto vai dar, mas a medida drástica é uma boa medida, a priori.
No tempo de Marcello Caetano, no chamado "fassismo", era assim que se governava e davamo-nos muito bem com isso, com orçamentos equilibrados.
Ora leia-se esta passagem do livro Depoimento, de Marcello Caetano, publicado já no exílio, e que já foi comentado antes, por aqui:
Deve-se ao Dr. Salazar a ordem mantida durante quase meio século nas finanças portuguesas. Caprichei em conservá-la. A partir de um orçamento prudentemente equilibrado praticava-se uma gestão legalista em que a previsão orçamental das despesas tinha de ser respeitada.
As despesas ordinárias ficavam sempre muito abaixo das receitas ordinárias para que o saldo pudesse servir de cobertura às despesas extraordinárias militares e até a algumas de fomento. NO rigor dos princípios, o que se empregava em investimentos reprodutivos podia- até talvez devesse- ser obtido por empréstimo: mas a verdade é que só uma parte o foi, porque se encontrou sempre maneira de conter o montante da dívida muito abaixo das possibilidades do crédito nacional e da percentagem razoável do Produto Nacional Bruto.As despesas militares eram um quebra-cabeças. (...) Debalde eu determinara que não se excedesse com as despesas militares os 40% do orçamento geral do Estado: ia-se até aos 45%, e o pior é que se tinha a consciência de uma péssima administração do Exército, pois na Marinha e Força Aérea as previsões orçamentais eram respeitadas."
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ResponderEliminarJá para os abonos à Fundação Mário Soares não há contenção que se aplique.
ResponderEliminarÉ distribuir dinheiro à fartazana...
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/64-mil--para-a-fundacao-mario-soares
Exactamente - o prof. Marcello Caetano seguiu as normas vigentes - já o AJJ, esse, pôs a Madeira a navegar no oceano.
ResponderEliminarO sr. prof. dr. Cavaco Silva, recebido um "tir" de dinheiro pela adesão da CEE, não espetou um prego em Alqueva, em contrapartida, mandou fazer um CCBelém, orçado em 16milhões e terminou em 70milhões, segundo dizem.
o critério de desenvolvimento se deve olhar para os investimentos.
O Prof. Marcello Caetano teve esse preceito, ao desenvolver Sines...o que fez o sr. prof dr. Anibal? parou no tempo
Leia... os 2 livros de sua excelencia, prof. dr. Anibal Cavaco Silva.
Depois diga-me a sua opinião, se assim o entender, claro
Arbor ex fructu cognoscitur
"Arbor ex fructu cognoscitur"
ResponderEliminarpelos frutos se conhece a árvore