O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) vai investigar as contas da família do ex-primeiro-ministro José Sócrates após ser confirmada a autenticidade de documentos entregues ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, pelo líder da extrema-direita, Mário Machado, que se encontra preso, noticia esta segunda-feira o Correio da Manhã.
O jornal cita uma fonte judicial como garantindo que a investigação, parada há quase um ano, vai agora ser acelerada.
Os documentos, que segundo o Correio da Manhã, são, na maioria, extractos bancários, indiciam transferências de elevadas quantias para fora do país por parte de familiares de Sócrates ao longo de quase três décadas.
Além dos extractos bancários, os documentos incluem elementos sobre compra e venda de acções, designações de empresas sediadas nas offshores das Ilhas Caimão, ilha de Man e Gibraltar, bem como operações em bolsas.
Apesar de os documentos não indiciarem qualquer crime, a investigação pretende apurar a origem do dinheiro, os motivos que levaram à sua transferência para o exterior e a forma como os familiares do ex-líder do Governo fizeram fortuna.
Os papéis a que alude o jornal foram entregues na PGR e por lá ficaram eventualmente em "processo administrativo", para que as investigações criminais não se intrometessem na política. Esta opção é da responsabilidade de alguém que deveria prestar contas por isso.
Haja alguém que as peça publicamente porque há investigações cuja celeridade é elemento essencial do sucesso do apuramento dos factos.
Se como diz o jornal, os documentos são autênticos, aquilo que eles contém, em qualquer parte do mundo civilizado chegaria para alertar todas as autoridades de um país. Em Portugal, os documentos ficaram retidos na PGR não se sabe bem para quê..
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