C.M.
"O ex-primeiro-ministro José Sócrates comentou em Paris a crise na Europa, durante uma conferência com colegas universitários da Sciences Po, onde estuda Ciência Política.
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", disse.
Afinal, José Sócrates não está em Paris a estudar Filosofia, como apregoou, com intuito deliberado. É a primeira grande aldrabice e é de tomo porque ciência política não é necessariamente filosofia e qualquer estudante sabe disso, incluindo os antigos alunos de Fátima Campos Ferreira e Judite de Sousa. Podemos então perguntar porque não dão importância ao assunto e a resposta é tentadora: cúmplices das aldrabices é uma hipótese bem plausível. Porquê? Porque percebem muito bem o espírito aldrabão. Aliás é por isso mesmo que no jornalismo caseiro, "para quem é, bacalhau basta."
Depois, outra aldrabice: passados uns escassos dois ou três meses, já é mestre em palestras de "ciência política". Para dizer coisas tautológicas que não precisam de estudo, mas apenas de cultura geral e leitura de jornal, mesmo do género para quem é bacalhau basta. Da afirmação de que "as dívidas dos Estados são eternas" para a conclusão que não é preciso pagar nada e portanto o crédito é quase ilimitado, é apenas um passo que um aldrabão de feira, em exercício de trafulhice, pode dar com a maior das facilidades.
Na mesma notícia de jornal, o devoto de Salazar, Freitas do Amaral, como é seu costume ( Marcelo Caetano que o diga) dá uma facada nas costas daquele Inenarrável. Diz que "Todos sabemos que é uma situação muito difícil, para a qual fomos empurrados, em primeiro lugar, por uma crise internacional e, em segundo lugar, pelos três últimos anos de governação de José Sócrates, que foram muito mal orientados".
Nos tais "últimos três anos" o antigo devoto de Salazar concedeu diversas entrevistas, uma delas, ao DN para denunciar a campanha contra José Sócrates por causa do caso Freeport. Nunca se pronunciou assim como agora o faz.
Este indivíduo parece que vai ocupar lugar de administrador numa das maiores empresas públicas. É assim a vida política que temos.
Em Portugal o crime compensa!
ResponderEliminarAlgumas questões:
ResponderEliminarA conferência(?) foi em português ou em francês técnico?
Foi ao Domingo ou durante a semana?
E por que raio de carga de água os jornalistas noticiam bostas deste senhor em vez de ir lá vêr o que ele faz, onde mora, quanto gasta e donde lhe vem o dinheiro?
A RTP manda uma tipa qualuer a NY bater à porta da fulana que tramou o Strauss-Khan e não há ninguém que vá bater à porta desta gajo?
Neste caso temos o responsável máximo pelo endividamento recente (para praticamente o dobro e de 10.000 milhões/ano só em 2005, 2006 e 2007, antes da crise) a dizer aos mercados que Portugal não pagará ou que por ele não pagará. Isso, divulgado publicamente, representa exactamente o quê para Portugal? Uma ajuda? Será que o ex-PM de há cinco meses disser isso tem o mesmo peso de um vulgar cidadão ou sindicalista dizer "não paguemos a dívida"? Onde é que este homem tem a inteligência? qual é o seu propósito? Quanto pior melhor para mim? No caso dele, a gestão da dívida é assim: eu faço-a e os portugueses que a paguem no IRS e taxas, com outro governo. Muito esquisito este patriotismo. Certamente haverá quem no PS se pronuncie sobre esta espécie de criatura, ou talvez não.
ResponderEliminar"...oxalá não tenhamos um dia, de meter todos os traidores à Pátria no Campo Pequeno".
ResponderEliminarEu, proponho uma data: 1 de Dezembro.
Podem já destinar alguns curros para:
1. Tribo da coelha;
2. Máfia do BPN;
3. Gang do BPP;
4. Restantes bandidos da banca;
5. Malfeitores do betão;
6. Bananeiros insulares;
7. Ladrões paralamentares;
8. Grupo dos sócranalhas;
9. Sucateiros da política;
Etc., etc..
O "foi assim que eu estudei", por si só, é todo um doutoramento...
ResponderEliminarMas cavalgaduras a aplaudir é que pelos vistos não faltam... "há uma campanha da direita contra a dívida, há um ódio ao Estado social"... deve ter sido um aplauso de pé, em cima dos cascos... -- JRF
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", disse.
ResponderEliminarPara constatar que estas afirmações são verdadeiras, basta ver este vídeo:
http://youtu.be/EfKX1DQhJVY
Nunca foi dito que as dívidas não são para pagar, mas para serem geridas, porque o poço (das dívidas)não tem fundo, como se constata pelo vídeo supra referido.
Que Sócrates geriu mal, não há qualquer dúvida. Mas dizer que as suas afirmações são falsas é puro preconceito e ignorância...
Em portugal, as ideias verdadeira nada valem se o autor está desacreditado... Só vale o argumento da "autoridade" enquanto esta não cai em desgraça...Faz rir ouvir os "economistas" (de "autoridade") que "agora" parecem saber tudo mas que ainda há poucos anos nada "previram"...
José:
Espero que rebata com argumentos de fundo e materiais as afirmações de Sócrates, que cita...mesmo que ele seja um "Inenarrável"...
Declaração de interesses: nunca fui socratino dada a má gestão do Inenarrável, mas as ideias valem por si e não pela "autoridade" do autor...
ResponderEliminarA candura com que o candidato a "Philosophy Doctor" ( deve ter feito confusão com filosofia) fala sobre a eternidade só confirma a existência prévia do ser, o descentramento do sujeito e a despaneleirização do quotidiano.
ResponderEliminar12 de Maio de 2011: "reestruturação da dívida seria um «calote aos credores»"
ResponderEliminar6 de Novembro de 2011: "Deus morreu, Marx morreu, só a dívida é eterna"
"pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei"
ResponderEliminarAfinal parece que não era bem isso que tinha estudado.
"Fonte Próxima do ex-primeiro-ministro explicou ao PÚBLICO que ele se referia ao pagamento da dívida "por inteiro e imediatamente"."
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/jose-socrates-diz-que-pagar-a-divida-e-ideia-de-crianca--1524147
"Curioso" que o desmentido resulte de declarações prestadas ao Público...
Porquê ao Público?
Confesso que não percebo...
De facto, entre os dois cromos, nem sei qual é o mais porco, se o camaleão aventalício, se o mitómano gatuno. Agora o mais notável da declaração do rilhafoles ´dizer que foi assim que estudou. O basbaque estudou!!! Cáspite!
ResponderEliminaré dizer que
ResponderEliminarWegie tem toda a razão, excepto num ponto, no caso é mais a desquotidianização do paneleiro.
ResponderEliminarvictor rosa de freitas:
ResponderEliminarNão é preciso rebater nada com argumentos porque percebo muito bem o que o Inenarrável quis dizer.
Aliás, no comentário que fiz nem sequer quis desmentir a validade da afirmação ao dizer que essa afirmação é tautológica. As dívidas dos estados são para gerir, claro está. E não é preciso um aldrabão qualquer ir à Sorbonne dizer isso mesmo porque toda a gente o sabe.
O problema é que essa mentalidade está a um passo de concluir que sendo assim, o endividamente pode ser esticado até ao limite do default, da bancarrota, como este Inenarrável fez.
O problema é que um indivíduo desses nunca estudou nada a sério a não ser politiquice em curso acelerado nas reuniões de conspiração partidária.
Tirou um curso académico comprovadamente aldrabado e apesar disso teve professores catedráticos como Freitas do Amaral a dizer que era um indivíduo muito capaz intelectualmente.
Diga-me lá quem são os amigos do tipo: um Vara que é um palerma intelectual, arrivista, ambicioso e tal como o dito cujo, aldrabão e até mais ver, criminoso de delito comum, embora deva ser presumido inocente de tal até condenação transitada.
Um tal Patrão. E quem mais? Conhece mais algum?
E tem outra coisa: este Inenarrável devia saber por experiência própria que sempre que diga alguma coisa que pode ser torcida em favor de interpretações que o afundam ainda mais, pode sempre contar com elas.
ResponderEliminarPor isso aos elogios que recebeu no fim da palestra para palonços, agora tem uma série de pateadas bem merecidas.
Nem compensa, a meu ver. Mas é muito bem feito, mesmo sendo relativamente injusto.
José:
ResponderEliminarParece que o "Inenarrável" tem um grande AMIGO de peso: Mário Soares, que confessou tê-lo tentado convencer a concorrer a Belém contra Cavaco Silva, como se pode ler no Correio da Manha:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/mario-soares-socrates-para-belem
Amigo por amigo, também se pode falar dos amigos de Cavaco Silva: Oliveira e Costa, Dias Loureiro, quiçá Duarte Lima...
ResponderEliminarEsse tal Mário Soares não é amigo de ninguém. De ninguém mesmo.
ResponderEliminarNo caso era amigo de José Sócrates como agora é amigo de Passos Coelho: enquanto este o mantiver na fundação com apoios do Estado.
Essa é a verdade, a meu ver.
Os amigos do Cavaco também são da onça. E os citados são todos de truz, se bem que o Oliveira e Costa provavelmente não será tanto assim. Esse se calhar é mesmo amigo do dito porque se quisesse pôr a boca no trombone, como se costuma dizer, Cavaco Silva não seria presidente da República com toda a probabilidade.
Mas pensando bem, essa amizade também lhe interessa.
Finalmente carago!
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