O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse hoje que teve de ler duas vezes as declarações de José Sócrates sobre o pagamento de dívidas «para acreditar que um antigo primeiro-ministro tinha dito isso».
As palavras de José Sócrates não tardaram a repercutir reacções em algumas das principais figuras políticas do país. Paulo Portas manifestou a surpresa com que recebeu as declarações.
«O único comentário que me ocorre, com toda a franqueza, é que está explicado como é que o sector público e as empresas públicas atingiram o nível de dívida absolutamente astronómica que se atingiu em Portugal: é porque o primeiro-ministro pensava que não se pagava», disse.
Paulo Portas comentava em Bruxelas, à margem de uma reunião de chefes de diplomacia da
NATO, uma declaração proferida por Sócrates em Paris durante uma palestra, e hoje reproduzida pelo Correio da Manhã, segundo a qual «para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança», pois «as dívidas dos Estados são por definição eternas».
As palavras do antigo primeiro-ministro português motivaram igualmente reacções a António José Seguro, seu sucessor na lideranção do PS. O secretário-geral socialista afirmou «desconhecer» as palavras proferidas pelo homem que durante seis anos esteve à frente do executivo português.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP disse que, ao ser informado dessa declaração, teve «que a ler segunda vez para acreditar que um antigo primeiro-ministro tinha dito isso», e acrescentou que, «infelizmente, como as pessoas sabem», porque estão a sofrer sacrifícios, «as dívidas pagam-se».
Evidentemente que José Sócrates não quis dizer literalmente o que estes comentadores políticos dizem que pode ter dito. Mas tal não invalida a possibilidade de interpretação qua tale, o que equivale a dizer que um político e um aluno de Ciência Política não pode ser tão palerma que diga coisas destas sem pensar duas vezes no efeito que podem ter.
José Sócrates já chumbou em Ciência Política, com este tipo de declarações. Melhor lhe teria sido entrar em Filosofia como pretendeu e anunciou e aldrabou, afinal de contas. Filosofia soava melhor e por isso anunciou a coisa em surdina que certos media amplificaram. A sabujice do costume funcionou, como agora funciona em obliterar essa realidade, essa aldrabice e mais essa inconsequência.
Os media nacionais, com destaque para a RTP2 por exemplo, enviaram repórteres de feira para a porta de casa da empregada do Sofitel, aquando do escândalo DS-K. Chegaram lá, tocaram à campainha e fizeram disso reportagem. Uma tal Sandra Felgueiras, "apresentadora" de telejornal fez gala dessa reportagem.
Agora, com José Sócrates em sítio esconso mas de luxo, segundo consta na zona de Saint Germain des Près, em plena Paris rive gauche, já não conseguem lá chegar; não o encontram e têm dificuldade em arranjar motivo para noticiar como é que um ex-ministro português, responsável por uma catástrofe económica que se avizinha para milhões de portugueses, ganha a vida para pagar a renda de casa, os estudos do filho e fazer ainda uma vida de rico em Paris. Parece que tal não é notícia...porque para estas alunas de uma Fátima Campos Ferreira, notícia é saber onde mora a empregada do Sofitel. Vergonha de jornalismo como este? Isso era se soubessem o que é a vergonha...
Mas voltando a José Sócrates, para quem andava a ler Niall Ferguson há uns meses, tal significa que de Economia política saberia o que aprendeu nas reuniões no largo do Rato e em casas particulares a conspirar para ser líder partidário.
José Sócrates evidentemente é um ignorante, um analfabeto em muitas matérias e o modo como conseguiu a licenciatura na Independente diz mais do que isso: diz tudo sobre um carácter. E no entanto, teve muitos cientistas, catedráticos, homens e mulheres de cultura e saber a mostrarem-lhe os sorrisos e ademanes próprios de quem dependia profissionalmente do que o indivíduo fizesse.
Tal diz mais sobre os portugueses em geral que muitos tratados de sociologia, mesmo sem serem do ISCTE. E sinceramente, tenho mais nojo dessa gente de "saber" do que do próprio José Sócrates que ainda não pagou o que fez e por uma questão de justiça elementar deve pagar, mas que não passa de um pobre diabo a quem deram o poder de bandeja.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/ferro-rodrigues-e-um-grande-mentiroso
ResponderEliminar«Quem sai aos seus não degenera.»
ResponderEliminar;-)
Evidentemente que sócrates não é um pobre diabo. Sabe muito bem o que fez.
ResponderEliminarOrganizou e manietou o estado em seu próprio proveito e de mais uns quantos amigos. A sua acção visou sempre o controlo do estado a seu favor e de uma casta de gente que lhe interessava.
Fê-lo com inteligência a ponto de trazer mais de metade do país enganada por vários anos. Claro que despejar dinheiro nos sítios certos e subir a função pública 2.9% antes das eleições ajudou muitos a andarem «enganados». Mas não os culpo como culpo o autor do embuste.
Pobre diabo no sentido de que por si só era nada de nada. Apoiou alguns trutas da política portuguesa, os mesmos de sempre aliás, e estes apoiaram a sua figura de líder. Que por sua vez os serviu a seguir.
ResponderEliminarÉ um pobre diabo porque é uma nulidade.
Mas quando isto escrevo vejo a figura Inenarrável na RTP1 a falar de Paris.
ResponderEliminarEste indivíduo continua a ter ambições, é evidente. E os sabujos do costume aí estão para lhe dar a mão.
Sevandijas assim até me enervam. Um tal Adelino Faria...na RTP. Por mim, era corrido à chapada. Metafórica.
"chapada Metafórica"???
ResponderEliminarO outro, "abstem-se violentamente"
A situação está a ficar, alegadamente, muito agressiva.
O sujeito até consegue que a comunicação social dê por certo que falava de pagamento integral da dívida num só ano (recorde-se que ele tornou a dívida superior ao PIB), como se alguém, alguma vez, tivesse sequer sugerido tal hipótese. Nem teoricamente isto é possível num curso de economia. E mais: os jornalistas questionam o PM enganando-o, afirmando que Sócrates disse tal coisa. Acontece que o simples facto de Sócrates alegar discutir publicamente o pagamento integral num só ano já faz dele um imbecil político sem par na história da economia. E só para rematar, Sócrates sem o plasma com textos escritos por terceiros tem o pior discurso que alguma vez se viu. Aquilo é uma aberração em conteúdo, estrutura e linha de rumo. É de uma pessoa completamente impreparada, senão para um teatro de terceira categoria que só satisfaz o próprio.
ResponderEliminarÉ possível enganar muita gente durante algum tempo, pouca durante muito tempo mas ninguém o tempo todo.
ResponderEliminarA não ser que sejam socialistas com palas.