Mónica Moreira, a médica que assaltou uma ourivesaria no centro comercial Roma na passada segunda-feira, é também a médica que «foi afastada do centro de saúde de Alvalade depois de ter auxiliado Armando Vara a passar à frente de vários doentes», avança o Correio da Manhã.
A médica foi detida pela PSP depois de ter roubado jóias no valor de 7200 euros na ourivesaria Antiquorum, e de ter agredido a funcionária da loja com gás pimenta no rosto. Para o assalto levou também o seu filho de 15 anos, que não sabia das intenções da mãe mas justificou-as como «desespero por falta de dinheiro».
Quantos médicos de centros de saúde não fizeram coisas destas, ou seja, beneficiar amigos ou conhecidos ou mesmo pessoas por quem se dispuseram a facilitar a vida ( no caso passar um atestado médico com urgência e passando à frente de outros "utentes")?
Devem ser muitos, pela certa. Quantos foram "afastados" do serviço por causa disso? Provavelmente nenhum-excepto esta médica. O que aconteceu então de especial para isto ocorrer? Alguém, entre esses tais "utentes" queixou-se da discriminação e em vez de escrever em livro amarelo, fez escarcéu público. Daí até à notícia em correios da manhã é um passinho que o jornalismo caseiro e do tipo para quem é bacalhau basta, dá com todo o gosto- e proveito.
E lá foi a médica para um emprego menor, para uma vida pior e para uma aflição maior. Tudo porque favoreceu um inenarrável que anda a ser julgado por crimes de corrupção. Possivelmente nem o conhecia e apenas facilitou por uma fraqueza profissional.
Merecia ser afastada por isso? Sim, se o critério fosse justo e igual para todos os que assim actuam. Se não, a iniquidade é gritante e quem devia ser corrido a pontapé metafórico seriam aqueles que nos serviços de inspecção fizeram o que fizeram. Aposto que agora dormem descansadinhos.
Desculpe, mas uma coisa é fazer um jeito a um amigo, outra fazer um 'favor' a um Vara. A acção no primeiro caso pode ser imoral, mas quem não a praticou que atire a primeira pedra, já no segundo caso é simplesmente inaceitável, porque é muito mais que favorecimento indevido, significa indignidade e perder vértebras por causa de um socretino merece castigo.
ResponderEliminarEra - É uma quadrilha perfeita. Até médica tinha/tem.Isto é mesmo a face oculta da sociedade portuguesa.
ResponderEliminarAL.
ResponderEliminarNão sei se era médica do dito. Acho que não porque a mesma era apenas médica no Centro de Saúde. Porém, o jornalismo que temos já desvirtuou o facto e já fez passar essa ideia...
Sintoma de quê? Finis patriae?
ResponderEliminarUma médica de um centro de saúde é afastada por causa de um jeito que deu a um político conhecido e caído em desgraça.
ResponderEliminarA médica, desesperada, comete um acto suicida da honorabilidade.
Isto é um sintoma da sociedade que estes salafrários arquitectaram. Uma sociedade à semelhança deles.
Hipócritas, mentirosos compulsivos, corruptos. E cujos frutos são os que se podem ver...
ResponderEliminarOu como diria o capitão Haddock: Miseráveis, paspalhões, cataplasmas.emplastros,epíferos, anacoretas,nematóides,coleópteros...
ResponderEliminarA Dra. ao fim de aturada meditação concluiu que a propriedade é um roubo ergo se a propriedade é legítima...
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