Páginas

sábado, março 24, 2012

Artigos que metem d.o.
























Hoje no Expresso, sobre o mesmo tema da "judicialização da política" há dois artigos que metem dó. Um, o da esquerda, é fruto típico da indigência habitual do autor e já lá vamos para lhe dar uma esmola. O outro é do próprio DO, que também se esmera e pauta o que diz pela batuta da bacoquice.

MST acha que no caso BPN se justificam todas as diligências e espanta-se que ainda não tenham termindo as "averiguações sobre a actuação dos dirigentes do banco", esquecendo que ainda esta semana tal assunto foi notícia.
O BPN é, para certos cronistas, o bode expiatório de todos os males dos políticos e nesse caso vale tudo, porque é "caso de polícia", como sabem os que de costume nada sabem.
Depois, cai em cima dos magistrados, o MST que afinal regressou aos escritos bacocos. Nega-lhes o direito e legitimidade de recorrerem aos tribunais para defenderem interesses salariais e denega-lhes o dever de participar a ocorrência de factos criminalmente relevantes de que tomem conhecimento.
Repare-se como o indivíduo escreve sobre "a queixa-crime" apresentada pela ASJP: "Depois de, com a ajuda dos seus colegas dos tribunais administrativos, terem obtido acesso a todos os documentos relativos a despesas e uso de cartões de crédito e telefones de membros do governo, a associação deduziu uma queixa-crime contra todos por suspeitas de utilização de dinheiros públicos para fins privados."
Repare-se na dupla ou tripla bacoquice: a primeira ao dizer que os "colegas dos tribunais administrativos" ajudaram, sem esclarecer que só os tribunais administrativos podem obrigar, intimando outras entidades a fornecer elementos que deveriam sê-lo e não foram.
MST nem se questiona acerca da "nega" do anterior governo em fornecer tais elementos que são simplesmente os relativos a despesas pagas por todos nós e que não são secretas e portanto devem ser prestadas contas das mesmas.
A ASJP só pediu "ajuda aos colegas" porque é esse o único modo de alguém obter elementos administrativos quando a administração, ilegalmente, os recusa a dar. E porque recusou? MST sabe muitissimo bem porquê, mas isso "agora não interessa nada".
A segunda bacoquice pegada reside na afirmação de que a ASJP "deduziu uma queixa-crime contra todos". Não adianta explicar-lhe, porque não entenderia apesar de ser formado em direito, o que significa tal "queixa-crime" e por isso passo.
A terceira bacoquice vem a seguir. Como a "inevitável Maria José Morgado" foi encarregada de investigar os crimes, "isto meus caros amigos, é sim uma abusiva utilização dos poderes judiciais para fins de vingança corporativa e nada mais que isso."
Portanto, ideias de estrita legalidade, objectividade, isenção, imparcialidade e independência, não encontram eco neste escrito bacoco. É tudo farinha do mesmo saco: vingança pura e simples contra os governantes que lhes reduziram os salários...e portanto o alvitre bacoco, a acrescentar aos outros, vem logo a seguir: "A drª Morgado, ao receber a queixa, deveria ter feito aquilo que faria tratando-se de uma queixa de um cidadão comum: dizer aos senhores juízes que ela não estava em condições de ser recebida."
Assim tal e qual, no subido saber jurídico deste escriba do Expresso que deve ganhar por mês, com estas bacoradas escritas mais que qualquer magistrado de última instância. E explica a razão jurídica para a recusa: "Porque não se pode pegar num monte de documentos de despesas de gabinete, com cobertura legal, e suspeitar, em abstracto, que todos os membros do governo..etc"
Parte logo da petição de princípio: "com cobertura legal" quando deveria saber que pode não haver cobertura legal tal como foi noticiado e denunciado e só por isso se fará inquérito, porque evidentemente se tal houver o escândalo fica por aí.
E continua a bacoquice ao escrever que a Drª Morgado deveria não receber a queixa, como se tal assunto, comunicado por quem é também jurista, pudesse ser assim arquivado como quem arquivou a participação pelo atentado ao Estado de Direito, no Verão de 2009.
Para reforçar esta girândola de bacoquices ainda tem o golpe de asa de uma ideia genial: se qualquer membro de governo pode ser suspeito destas coisas, também os juízes o podem ser e portanto, tal legitimaria o pedido aos mesmos de documentos de despesas, "todos os documentos de despesas dos juízes portugueses". Particulares, claro está e sem referência a qualquer cartão de crédito governamental ou oficial pago por todos nós. Despesas particulares, de contas particulares e de salários particulares, para averiguar crimes de peculato! É assim mesmo que aparece no escrito. Nem adianta muito comentar esta rematada bacoquice que coroa as demais como cereja em topo de bolo.

Quando ao escrito que mete D.O. é mais do mesmo. O Expresso actual peja-se com estes escritos DOlosos à imagem do seu director.
Aqui a coluna é mais reduzida. Enquanto acolá a bacoquice é de página inteira, aqui é de esquina de página e a fugir para a insignificância, mas como a figura que mete D.O. é também televisiva, de blog e de pública referência, merece atenção no mesmo tom.
D.O. tal como MST, entende tudo isto como uma vingança dos magistrados. "Quando, há dois anos, o Governo disse que iria retirar aos juízes que trabalhavam nos seus concelhos um injustificável subsídio de residência e lhes reduziu como a toda a função pública e aos políticos , o salário ..." é uma frase que mete dó.
Parte do pressuposto que os subsídios de residência são injustificáveis quando foi o próprio Governo quem os concedeu de acordo com negociações sindicais e que foram pacíficas durante anos a fio. De igual modo beneficiam desse subsídio os próprios membros do governo e em mais do dobro do valor. De resto, tal subsídio é entendido como um complemente salarial por causa do congelamento, durante anos, do vencimento.
Depois parte do pressuposto dado como assente que a redução foi equitativa quando foi exactamente por não o ser e por isso que a ASJP pediu acesso às contas dos ministérios que davam a entender que os governantes além do vencimento equiparável, ainda usufruíam de regalias variadas como cartões de crédito, telefone, carro etc etc.
Como se vê agora, tinham razão nessa reivindicação e na denúncia da aldrabice em que D.O. também incorre, mas tal não "interessa nada" para esta gente.
D.O. é de esquerda mas mete dó nestes assuntos que lidam com vencimentos de trabalhadores. D.O. ganha certamente mais a trabalhar do modo como se pode ler, para Balsemão, do que qualquer magistrado...e é por isso que pode escrever também bacoquices porque é isso que dele esperam os patrões.
Entretanto, para se entender como é que o anterior governo lidava com classes profissionais, esta notícia do Correio da Manhã de hoje é bem esclarecedora: os motoristas de suas excelências, às dúzias para os irem buscar ao meio dia, a casa, ganhavam mais que qualquer magistrado de primeira instância.
Este assunto não incomoda minimamente aqueles cujos escritos metem dó. São escândalos legais.

10 comentários:

  1. Aqui temos um sério candidato à sucessão de Pinto Monteiro e outro à de Cândida Almeida.Como vemos tantos alinhados pelo mesmo diapasão só pode significar que a Cosa está bem preocupada.Força Drª.Maria José Morgado,força juiz Carlos Alexandre.Andam por aí muitas Milus e muitos IGCPs à solta.

    ResponderEliminar
  2. Este MST é retardado mental ou é pura ignorância?

    Quanto ao DO é burro todos os dias e isto é apenas mais uma revanche por causa da Casa Pia mailo seu Pedroso.

    ResponderEliminar
  3. nos anos 50 nas feiras do Alentejo, o meu compadre Zé, de etnia cigana, pacífico troca-burros
    ao ver entrar a GNR dizia em surdina
    «já fizeram merda»

    estes dois não sabem fazer mais nada

    ResponderEliminar
  4. O que é incrível em Portugal é a escolha destes idiotas na qualidade de "comentadores políticos".

    Por alminha de quem?

    Cá para mim, apenas por uma. Uma razão que lhes cala todo o "antifassismo"- por endogamia.

    ResponderEliminar
  5. Estes tipos são os endogamados. Para além de bacocos.

    ResponderEliminar
  6. Este DO é abaixo de cão, mas em nada difere do jornal que o acolita. Surpreende-me que ainda há quem leia essa autentica montra de recados que é o Expresso.

    ResponderEliminar
  7. em directo do congresso do psd oiço a jornalista anabela neves, em conversa com paula teixeira da cruz, falar da tal judicializacao da política. Fiquei a pensar se não haverá uma "estupidificacao do jornalismo" ?

    ResponderEliminar
  8. Também ouvi e vou comentar.

    ResponderEliminar
  9. Também ouvi.
    Mudei de canal,qual justiça?

    ResponderEliminar
  10. Com tanta bacorada recuso-me a acreditar que aquele MST se tenha licenciado em Direito. O curso deve ter-lhe sido oferecido atendendo à sua ascendencia, pelo que se pode dedicar às bebedeiras... que são o seu desporto favorito.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.