Ainda no Expresso de hoje, Rui Ramos escreve sobre " a luta de classes foi às compras" , a propósito do desconto do Pingo Doce e que MST, em mais outro artigo de inteligência estapafúrdia escreve que a Jerónimo Martins revelou um "profundo desprezo pelos seus clientes". MST, sobre estes assuntos, devia era escrever sobre o seu compadre Espírito "rikki don´t lose thar number" Santo...mas enfim.
Rui Ramos lembra um episódio da Revolução de 1917, citado por Orlando Figes. Em S. Petersburgo, as massas do povo assaltaram o Palácio de Inverno e foram à adega, tida então como a maior do mundo. Quando os revolucionários bolchevistas deram por isso já a classe operária se inebriara com os eflúvios dos diversos "chateaux" que lá encontraram e só a tiro retiraram...
Dá para citar o dito do Evangelho: " o espírito é forte, mas a carne é fraca", camarada.
Por cá, tal fez-me lembrar outra história entre muitas que ocorreram nos primeiros meses depois de 25 de Abril de 1974. Uma delas foi até filmada e o documentário passou na tv e agora é um filme de culto que os supermercados Pingo Doce deveriam repetir para o povo ver como foram os antecedentes:
Em Abril de 1975, camponeses sem terra e sem trabalho, analfabetos,
deserdados ocuparam a herdade de Torre Bela, feudo do Duque de Lafões,
mais de mil e quinhentos hectares onde nada se cultivava, e aí
constituíram uma cooperativa. Foi uma acção espontânea, 572 dias que
abalaram o Ribatejo, que contou com a colaboração do MFA. Por lá
passara, Zeca, Sérgio Godinho, Vitorino. O alemão Thomas Harlan filmou
os acontecimentos, e Torre Bela, o filme, é «um dos mais notáveis
documentários feitos no imediato pós-25 de Abril» - daqui.
Para verificar a semelhança com o que se passou no Pingo Doce e que tanto incomoda a esquerda e Pacheco Pereira vale a pena ver estes minutos em que um revolucionário tenta convencer um céptico das virtualidades das "comprativas", ou seja o sistema que a esquerda gostaria que fosse seguido pelos pingos doces deste Portugal. Camilo Mortágua, o grande revolucionário da classe operária tem papel preponderante...vejam por exemplo ao minuto 2:50 a beleza das imagens de um popular ( depois presidente de Junta) a experimentar uma casaqueta alheia, ali mesmo comprada com desconto de 100%...
ADITAMENTO:
Lendo a coluna de opinião de hoje, do director do DN, o jornalista desportivo João Marcelino, pode ver-se o mesmo a chamar "inquisidor" com uma "desfaçatez sem limites", a Pacheco Pereira. "Armado de superioridade intelectual. refinada nos mosteiros de sabedoria livresca nas marmeleiras em que Portugal produz alguns dos seus mais venerados sábios".
Nem mais. O que tem JPP de mais valia intelectual para andar por aí a perorar em jornais e tv´s? Um passado esquerdista, será?
ahaha
ResponderEliminarOs líderes da classe operária são tão engraçados.
Secção: recordar é viver.
ResponderEliminarNessa terminologia, não há lideres - há vanguarda!...ahahahahahah!
"Tu, no fundo, hoje na compreendes nada na sei porquê"
ResponderEliminarDizia o revolucionário ao homem da enxada.
"Se houvesse organização... Pois cada qual, puxava para si"
Dizia a dona Maria do Rosário.
Ai não não compreendia...
Fosca-se, esse martelino agora mete-se com os senhores!? pensei que só servisse para compincha do mano Sócrates. Alguém tem que lhe ensinar que Pinto da Costa é Pinto da Costa e que macaco não sai do galho da claque. Eh, eh, o JPP é da mesma extracção do seu estimado Pinto da Costa, quer queira, quer não. Cada um colecciona os troféus de que é capaz.
ResponderEliminarMuito bom, este texto: http://www.inverbis.pt/2012/artigosopiniao/para-quem-anda-chamar-leis
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