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quarta-feira, junho 06, 2012

O pathos da corrupção, segundo JPP

Este pequeno artigo em quatro partes de JPP na Sábado de hoje (clicar para ler) dá-nos um retrato do que tem sido o establishment em Portugal nos últimos anos. Estão aí quase todos os personagens e a resenha está bem feita e peca por defeito: faltam os amigalhaços políticos de JPP.
A gente do PSD que alterna no partido à margem das eleições internas que vão perdendo não são muito melhores que isto que JPP expõe num retrato impressivo da nossa realidade.

Estes devoristas que aqui são denunciados em paráfrase ao que VPV escreveu no outro dia sobre "os javalis na vinha do Senhor" não se distinguem dos vinhateiross tidos como sérios porque como JPP aponta, o "bas-fond" já nem sequer está nos fonds porque "não há outros fonds que não sejam esses".

Os Cravinhos, Ferreiras Leites, Antónios Costas, Pires de Lima, etc etc que evidentemente JPP retira destes fonds, só se distinguem pelo estilo e pela panache menos rasca, quando muito.

Esses tidos como sérios, sendo sérios, são-no apenas numa dimensão eticamente menos escandalosa. Quanto ao modo como geririam as panelas do regime, caso lhes dessem os aventais de cozinha,  duvido muito que o resultado fosse diverso daquele que agora se denota, com uma evidência estonteante para quem observa com atenção.
Há nesta gente da política das últimas décadas em Portugal, um atavismo irreformável: gerem a coisa pública como se o direito de o fazerem do modo como entendem derivasse apenas da lógica eleitoral. A partir daí as opções políticas são todas legitimadas e a diferença que JPP eventualmente encontra é apenas uma: enquanto estes devoristas pindéricos se contentam com as migalhas da corrupção mais chã e encapotada em negócios perfeitamente legais e penalmente insindicáveis, os outros, mais sérios e experimentados nas aparências, actuam em nome de altos desígnios nacionais e tornam-se beneméritos do país. De caminho, arranjam a vidinha para si e para os seus e tornam-se intocáveis.
Exemplos? Estão à mão de semear e a começar logo pelo pai deles todos, incensado evidentemente pelo mesmíssimo JPP, incapaz de ver uma trave à frente do nariz, desde que seja... séria.


5 comentários:

  1. nesta revolução socialista a corrupção é palavra de ordem para a rataria.
    contudo não há corruptos.

    macau, Rui mateus e a emaudio nunca existiram.
    as suts também.
    nunca existiram 3 situaçõe de pré-bancarrota.
    era era no tempo do fascismo.

    bardamerda e pqp

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  2. Isto:

    http://www.ekathimerini.com/4dcgi/_w_articles_wsite1_1_06/06/2012_445524

    seria possível em Portugal? Claro que não! Estaria em casa com uma pulseirinha por recomendação do MºPº.

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  3. Mas o maluco continua com a paranóia da "internet selvagem" e dos comentários não moderados por causa de grandes empresas de agit prop?

    eheheheheh

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  4. Quanto ao post, mais uma vez parabéns. O José põe o nome aos bois e justifica-o.

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