O Tribunal de Contas, segundo um relatório divulgado hoje pelo "Público", encontrou um milhão e 132 mil euros de faturação duplicada nas contas dos helicópteros EH 101, adquiridos em 2001, e 883 mil euros de facturas que não constam nas listas de suporte da contabilidade.
Todo o negócio, assim como as dúvidas levantadas pelo TC, giram à volta da emissão de facturas por parte da Delfo, uma sociedade da Empordef, criada especificamente para a aquisição dos EH 101, e aos pagamentos da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional.
O Tribunal de Contas alarga ainda as suas criticas ao modo utilizado para efectuar a compra de dez helicópteros que, afirma, prejudicou o Estado de 120 mil milhões de euros, no contrato de aquisição dos aparelhos.
Todo o negócio, assim como as dúvidas levantadas pelo TC, giram à volta da emissão de facturas por parte da Delfo, uma sociedade da Empordef, criada especificamente para a aquisição dos EH 101, e aos pagamentos da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional.
O Tribunal de Contas alarga ainda as suas criticas ao modo utilizado para efectuar a compra de dez helicópteros que, afirma, prejudicou o Estado de 120 mil milhões de euros, no contrato de aquisição dos aparelhos.
Facturas duplicadas! Ao que isto chegou! O relatório da auditoria está aqui e é de tremer nas conclusões. Como é que isto foi possível?!!
Experimentem saber quem é a Delfo...da Empordef e verão nada porque o Expresso com a sua lendária qualidade referencial não sabe que há uma empresa que se chama DEFLOC. Outros sabem melhor...mas não informam quem realmente manda e administra a DEFLOC, sabendo-se que faz parte da nebulosa Empordef. Paulo Portas deve saber melhor, mas nada muito calado, ultimamente.
Mais: experimentem saber quem foi o responsável pela "consultadoria" jurídica deste negócio, ao tempo. Nada. Rien de rien. Opacidade total. Os helis foram comprados e alocados. O contrato é de 2001 e alterado em 2004. O tribunal de Contas, em 2002 já o tinha visto. Em 2008, o "legal adviser" desta firma era o magnífico advogado João Henriques Pinheiro, um consultor muito requisitado na Defesa, nos anos 2000. ´
Uma consulta breve ao Google para saber quem é este figurão dá-nos este magnífico resultado investigado pelo Sol:
Trata-se de João Henriques Pinheiro, militante do PS (secção de Benfica), sócio do escritório Capitão, Rodrigues Bastos, Areia & Associados e consultor jurídico do ex-ministro Severiano Teixeira e do Ministério da Saúde até Junho de 2009.
Desde Abril de 2002 que Henriques Pinheiro é advogado da Empordef, tendo mesmo exercido funções de administrador da Defloc – empresa de locação de equipamentos militares detida pela holding estatal – entre Agosto de 2008 e Fevereiro de 2010. Por outro lado, Pinheiro representa a Milícia desde o início do concurso público para a compra de seis viaturas blindadas. E enquanto procurador da Milícia assinou o contrato, no valor total de 1,2 milhões de euros, com o governador civil António Galamba
Apesar de o Sol o colocar na sociedade de advogados citada, deve dizer-se que tal ocorria em 2006, como se pode ler aqui. E aqui também. E em sociedade com a firma de Sampaio, Jardim, Caldas e Associados...isso porque a CRBA, formada em 2002, associou-se a uma dessas firmas de regime em 2004. Para manter as sinergias...
Aquele Galamba é o mesmo que se indignou há uns anos no Parlamento com uma notícia do Público sobre a "avença" do escritório de José Miguel Júdice por causa do acompanhamento jurídico da alienação de 33,34% da Galp...
O site da Empordef é uma vergonha autêntica em termos de informação ao cidadão que paga impostos que essa gente gasta. Para sabermos estas coisas temos de consultar "fontes abertas"...
Eu posso ser um leigo nestas coisas, mas ainda assim não consigo entender a multiplicidade, a abundância de empresas e sub-empresas e sub-sub-empresas públicas.
ResponderEliminarPara se comprarem meia-dúzia de helis é necessário fazer uma empresa? Será mesmo necessário esperar pelas facturas duplicadas e auditorias do TC? Seria talvez melhor o TC dedicar-se a procurar apenas contractos completamente legítimos em vez de o contrário. Teria com certeza mais que fazer.
A insanidade chegou a ponto tal, que é necessário ser totalmente e absolutamente cínico em relação ao poder em Portugal, para se ter uma esperança de vislumbrar a realidade de forma minimamente lúcida...
O Pais está a saque,José!
ResponderEliminarIsto é uma sociedade de patifes, uma associação de malfeitores! E não há quem os persiga criminalmente?!
ResponderEliminarIsto é uma sociedade de patifes, uma associação de malfeitores! E ninguém persegue criminalmente estes bandalhos?!
ResponderEliminarUm Portugal sem advogados em Lisboa era um país mais interessante para se viver.
ResponderEliminarO saque é por escala.De acordo com a vontade popular...
ResponderEliminarA rapaziada sem nacionalizações, privatizações,concursos,adjudicações directas, apoios do Estado,"promoção" e muitos assessores e lugares o que é era? MERDA...
Mas lá quererem que a malta fique preta e depressa é um desígnio "nacional" devidamente "interpretado" claro...
PQOP...
o antónio mendonça é o antigo ministro?
ResponderEliminarficava muito admirado se estas negociatas não existissem
ResponderEliminar"120 mil milhões de euros"???!!!
ResponderEliminarQuanto mais eu leio , mais eu durmo descansado . Desconhecer a razão para me terem retirado o meu subsídio de férias e de Natal fazia me passar as noites em claro...
ResponderEliminaralexandre Iº:
ResponderEliminarpior ainda: além desse lapso, na mesma frase ainda se pode ler- "prejudicou o Estado de 120 mil milhões de euros".
E ainda gozam com o "penso eu de que..."
Nem reparei. Fiquei ofuscado pelo valor digno de intervenção externa.
ResponderEliminarDe todo o modo, já nem espero que saibam escrever.
E este José?
ResponderEliminarhttp://doportugalprofundo.blogspot.pt/2012/08/lavagem-estatal-de-dinheiro.html