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sábado, janeiro 19, 2013
Mamma mia! António Barreto também!
Hoje no jornal i, António Barreto que assina como sociólogo, julgo, em entrevista também mostra o desencanto pelo país.
Assim:
António Barreto já foi ministro no tempo em que Sampaio ainda acreditava em amanhãs cantadores com horizontes diversos dos que os comunistas anunciavam, mas ainda assim vermelhos garridos e resplandecentes.
Barreto, aqui em imagem de O Jornal de 10.12.1976, foi o ministro, pelo PS de Mário Soares, que começou a compreender que o socialismo real era uma treta perigosa e catastrófica e por isso começou logo por desmantelar o embrião de reforma agrária que aqueles queriam desenvolver na mais perfeita bandalheira.
Durante anos a fio escreveu em jornais e revistas e tem sido uma voz de alguma sensatez, insuficiente ainda assim para mudar seja o que for no entendimento geral do que deve ser o nosso país. Nesta parte da entrevista mostra isso mesmo. Barreto não tem papas na língua para dizer uma coisa óbvia: "o nosso parlamento não serve para discutir nada, nada. Não há clima de civilização, de boa educação, de racionalidade...tenho a impressão de que quanto menos razão as pessoas têm, mais insultam."
É assim, tal e qual. E no entanto, estas coisas não são assumidas pelos media em geral em denunciadas como tal de modo a que os parlamentares eleitos arrepiem caminho. Há décadas que é assim.
Querem outro exemplo? Vai a seguir.
lembro-me do tio Bissaia que morava nos Arcos do Jardim ao lado da Penitenciária. creio que era de Castanheira de Pera.
ResponderEliminareste peras não aceita a bandalheira ou 'cabaté da coxa' em que a esquerda transformou o monstro alcunhado de AR.
vi-o uma vez no Chiado a 'dizer bocas' ao seu amigo Medeiros
Eu gosto do António Barreto. Parece-me esclarecido e, dada a exiguidade que nos é presenteada hoje em dia, moderado e equilibrado.
ResponderEliminarA questão da pobraza parlamentar é evidente e inevitável.
Da forma como hoje se organizam os partido e, por isso, a assembleia, é impossível a existência de personalidades fortes e coerentes porque estas tendem a ser de mais difícil controlo por parte da cabeça da cobra.
Ora, como não se sabe mais, a melhor maneira de fazer um circo, sem que ninguém se magoe, é criar a ilusão de sangue e não pode haver sangue sem uma batalha (ainda que fictícia).