O Orçamento vai para o Constitucional. Evidentemente, como o Direito é uma "aldrabice secante" "sempre que um homem quiser", a decisão do Constitucional vai revelar-se mais política do que jurídica, o que aliás está plenamente de acordo com o figurino do mesmo Constitucional.
A decisão que sair irá marcar o futuro desse tribunal.
Prevejo um ano mau para o Constitucional...
Aditamento em 2.1.2013:
Afinal as razões das dúvidas constitucionais do presidente, sobre o Orçamento, reduzem-se a estas:
O Presidente da República requereu
hoje ao Tribunal Constitucional a fiscalização da constitucionalidade
das seguintes normas da Lei do Orçamento do Estado para 2013:
- Artigo 29º - suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente;
- Artigo 77º - suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalentes de aposentados e reformados;
- Artigo 78º - contribuição extraordinária de solidariedade.
Sobres estes três artiguinhos, o Constitucional dirá de sua justiça. Quer-me parecer que não dirá que são inconstitucionais, mas é só um palpite, porque numa ordem de razões semelhante poderá na mesma dizer que são, sim senhor.
O Direito em Portugal é mesmo assim, uma espécie de experiência de "gato de Shroedinger": em determinada altura, como agora, uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo...
- Artigo 29º - suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente;
- Artigo 77º - suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalentes de aposentados e reformados;
- Artigo 78º - contribuição extraordinária de solidariedade.
Sobres estes três artiguinhos, o Constitucional dirá de sua justiça. Quer-me parecer que não dirá que são inconstitucionais, mas é só um palpite, porque numa ordem de razões semelhante poderá na mesma dizer que são, sim senhor.
O Direito em Portugal é mesmo assim, uma espécie de experiência de "gato de Shroedinger": em determinada altura, como agora, uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo...
o TC, na qualidade secção política da AR, faz-me lembrar os plenários da Pide.
ResponderEliminarum estado socialista incapaz de criar riqueza nacionaliza e faz obras públicas parra satisfazer os 'dadores de fundos' e os 'bóis'
promessas de 'estado paizinho' acabaram pela 3ª vez em 'estado ladrão'
parece-me que vai correr mal.
Apesar de ouvir vezes sem conta a crítica da politização do TC não deixo de ficar surpreendido.
ResponderEliminarÉ evidente que, especificamente, o TC tem sempre em mãos decisões que têm tanto de político como de legal e em que ambas se confundem, assim como a constituição.
Por exemplo: é ilegal diminuir a retribuição de um qualquer trabalhador sem o seu consentimento, o que é vertido para as leis ordinárias a partir da CRP. Ora, o Estado fez precisamente isto e nunca se discutiu a legalidade (pelo menos seriamente) e muito menos a sua constitucionalidade.
Isto não é político?!
A Constituição, de qualquer país, é política e a legalidade nasce desse documento.
Como poderia uma questão como é agora colocada não ser política?
Como poderia ser diferente?
A política não avança (ou não deveria avançar) a par da realidade?
As decisões sobre estas matérias são sempre políticas e não é nesta acepção genérica que comento.
ResponderEliminarA "política" do Constitucional traduz-se nas decisões que levam em linha de conta o espírito e a letra constitucionais, mas sob o ponto de vista dos partidos de esquerda que no nosso país são a maioria ( o PSD não é um partido de direita desde logo porque é social-democrata).
Por outro lado, os juízes do TC têm as suas idiossincrasias caldeadas pelo ideário de esquerda, quase todos.
São raros os juízes do Constitucional que tinham consciência de não querer pertencer a essa esquerda típica.
Logo, as decisões do TC estão eivadas dessa ideologia difusa da esquerda que tudo dominou nas últimas décadas em Portugal.
De tal modo dominou que quem aparecer a dizer isto que digo aqui é logo apelidado de "fassista", retrógado, saudosista e outros mimos, pelos vigilantes sempre em acção em prol do politicamente correcto.
O problema do nosso país não é existir uma esquerda. É o facto de se ter tornado hegemónica a tal ponto que até aqueles que em princípio deveriam ter as maiores reservas relativamente à mesma, a apoiarem sempre que precisam: é o caso do CDS e dos banqueiros do regime, para não falar dos devoristas de sempre, com destaque para alguns escritórios de advocacia do regime que se dão sempre muito bem com quer quer que esteja a governar.
ResponderEliminarEnquanto a dita direita consegue distinguir e domar essa gente, a esquerda é sempre comida com cebolada nesse refogado.
A direita em Portugal não existe como ideologia coerente.
Quanto a mim é esta a maior desgraça deste nosso país.
ResponderEliminarOu seja, uma desgraça ideológica que depois fomenta o aparecimento de Artures Baptistas da Silva aos montes.
É ler os comentadores de jornal...
Isso é uma questão, a meu ver, diferente.
ResponderEliminarÉ verdade e lamentável que as palavras "fassista" e "Abril" surjam como uma definição absoluta (e a maior parte das vezes errada revelando um profundo desconhecimento do que o "fassismo" é) ou uma verdade inóqua com o nome de um mês do ano.
Mas isso, apesar de triste, é inevitável...ainda que desagradável.
Nos EUA usam as palavras "comunista" e "socialista" com o mesmo peso que "fassista" tem por cá.
As mentalidades e a pseudo-história são mais difíceis de moldar que a CRP.
Já agora, e off topic, nos dias de hoje parece-me que o epíteto de "reaccionários" se adequa mais à esquerda do que à direita.
ResponderEliminarNaturalmente. Reaccionário é aquele que reage contra a situação. Os que mais reagem hoje em dia são os syrizas e os comunistas, enquanto "indignados".
ResponderEliminarPorém, a força semântica da expressão empurra-a sempre para os reaccionários aos progressistas que são esses mesmos, da Esquerda.
A escolha das palavras sempre foi uma arma, tal como as cantigas dantes o eram.
A coisa vai resolver-se com mais um "hiato" constitucional.Ficam todos satisfeitos menos os queixosos de sempre.Os tais que andaram e andam a viver acima das suas possibilidades.E que com estas condições vão mais alguns juntar-se ao lote que anda a construir o homem novo e mulato...ou seja o império de novo tipo agora só cá dentro e por nossa conta.Com o exemplo do Passos claro!
ResponderEliminarSe formos rigorosos a actual Constituição torna quase todas as medidas de política governamental que apoiem o capitalismo, na sua forma actual, inconstitucionais porque essa mesma Constituição manteve um espírito de Esquerda declarada.
ResponderEliminarPor isso mesmo o PCP reclama sempre inconstitucionalidades e com razão formal.
O problema é que geralmente não se liga a essa aspecto e por isso as incoerências do regime são tantas que o melhor era mesmo rever a Constituição de alto a baixo e expurgá-la do socialismo que a inunda e permite declarações de inconstitucionalidade "sempre que um homem quiser", como o Natal o é.
O Passos está casado com uma mulata...
ResponderEliminarTemos que voltar à constituição de 1933.Pá tirando o pluricontinental a coisa até se ajusta do "Minho ao Algarve"...
ResponderEliminarVoltar à CRP de 33 é uma daquelas afirmações que valem como ariete contra quem quer fazer alguma coisa para a frente.
ResponderEliminarO regresso ao passado só funcionou com o MJ Fox; o regresso não é possível nem desejável.
Este tipo de coisas faz-me lembrar o Ron Paul nas primárias.
Concordava com imensas das suas ideias mas depois ele queria voltar ao estalão ouro e acabar com a FED e passava, imediatamente, de coerente para mentecapto.
Quanto a mulatas, é das melhores coisas que o progresso nos trouxe.
Que fique bem entendido que nada tenho contra mulatas. Nem outras raças. Na verdade não me sinto racista.
ResponderEliminarEça
ResponderEliminarD.Pedro II chegou com:
duas mulatas
duas muletas
duas maletas
O José tem uma expressão aparentemente simples, mas reveladora. Usa-a para se referir ao PC, quando diz que eles "comem sapos".
ResponderEliminarEu acho que é esse mesmo o papel da esquerdalha, mormente a radical, PCs e companhia limitada (a outra, a liberal, é a que lhos dá a comer): comer sapos. Comem os sapos que os liberais lhes forçam pela goela abaixo.
Não há-de ser coincidência nenhuma que em practicamente todas as democracias liberais, estas convivam muito melhor com a esquerda do que com a direita. A esquerda abre caminho e mantém ao largo a direita conservadora, nacionalista, intolerante e intransigente: em suma, os que querem um Estado forte e regulador dos interesses económicos e apátridas.
A esquerda não passa de tropa de assalto do liberalismo, parece-me. Corrói e destrói as instituições que barram o caminho à depredação capitalista selvagem. Uma vez terminado o trabalho, é descartada, come o sapo. Não é eliminada porque a sua presença é ainda assim útil para conter quaisquer assomos de reacção. Passa de infecção a vacina. É evidente que, como qualquer arma devastadora, é de perigoso manuseamento e por vezes ocorrem acidentes: ganha demasiado poder e, então, há que por a coisa de quarentena, à espera que passe a virulência mais agressiva; mas o resultado é invariavelmente o mesmo: uma presa fácil do interesse económico sem escrúpulos.
Ser-se de esquerda em Portugal, é ser-se moralmente superior, é bem, é fino, é moderno, é fazer figura com o dinheiro dos contribuintes,é falar a favôr da segurança social e ser da adse. A esquerda quer é um estado babysitter, só que agora não há dinheiro nem crédito.
ResponderEliminarO caminho, para o socialismo tem destas coisas.
O voltar à constituição de 1933 representará se bem me recordo das aulas da OPAN a salvação da Nação Portuguesa.Que para os internacionalistas que nos têm desgovernado nada representa.Aliás tudo têm feito para a destruir.Com a sua política do tudo e do seu contrário desde que mandem.A Nação Portuguesa tem que resolver os seus problemas e não andar a aumentá-los com os problemas dos outros.Isto de se passar de um império pluricontinental para um império agora só cá dentro e por nossa conta tem tudo a ver com o nosso afundanço.Que continuará se se mantiverem as políticas traidoras do internacionalismo socialista do homem novo e mulato que se lá fora era mau tem que ser também cá dentro...
ResponderEliminarEu acho que afundados já nós estamos. Acho que convém começar a encarar seriamente a possibilidade de Portugal como Nação independente e soberana; Portugal como país, como Estado; como par in parem; poder acabar.
ResponderEliminarNão é voltar à constituição de 33 que nos faz falta, diria eu; mas antes a vontade de voltar a ser o que se queria ser nesses tempos: uma Nação que se afirmava no Mundo, consciente de si própria, do seu passado e, mais importante, do seu futuro. Uma Nação que forjava o seu destino.
Hoje não queremos nada. Queremos apenas que nos deixem mendigar em paz. Andamos por ver andar os outros ou, pior ainda, por hábito, por reflexo. Como aqueles amputados que ainda sentem os membros que já não têm...
"Não é voltar à constituição de 33 que nos faz falta, diria eu; mas antes a vontade de voltar a ser o que se queria ser nesses tempos: uma Nação que se afirmava no Mundo, consciente de si própria, do seu passado e, mais importante, do seu futuro. Uma Nação que forjava o seu destino."
ResponderEliminarExactamente. O economista de Boliqueime nunca percebeu isto porque é um ignorante.
Íamos a caminho do socialismo. Já chegámos ou falta muito?!
ResponderEliminarAté a iurd do s. Jerónimo sente a crise na tesouraria! Será que os confrades deixaram de pagar o dízimo?!
ResponderEliminarJá ouvi comentadores na TV dizer que se esses artigos chumbam a austeridade que aí virá será maior para todos. Já ouvi estes argumentos: enquanto apenas custar aos da função pública e aos pensionistas está tudo bem, desde que não ataque esses comentadores da privada, e os outros privados, também. Dizem que terão de ser mais de 1200 milhões de euros que se terá de ir buscar de outra forma aos mesmos. Eu espero que não seja aos mesmos, senão voltará a ser aos servidores do Estado e aos pensionistas. Esbulham-me o vencimento, cortam-me os subsídios e não me perguntam se quero financiar o banif? O dinheiro que vão injectar neste banco é mais do que todos os cortes previstos. Onde está a boa governança desta gente? Quer-me parecer que esta gente está já preocupada com o seu governo num pós-governo.
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