Páginas

terça-feira, fevereiro 12, 2013

A génese do Expresso: um biombo

Expresso online:

A redacção, formada por uma dezena de profissionais, é chefiada por Augusto de Carvalho, que conta com o apoio na secção nacional de José Manuel Teixeira. Outros redactores são Fernando Ulrich (que, sob o pseudónimo de Vicente Marques, faz a crónica bolsista), António Patrício Gouveia (economia), Álvaro Martins Lopes (internacional), Inácio Teigão (desporto), Fernando Brederode Santos (que já estivera preso pela PIDE, tal como o director de publicidade, Jorge Galamba). Teodomiro Leite de Vasconcelos tem um 'gancho' na Rádio Renascença, onde na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 irá pôr a rodar o disco "Grândola, Vila Morena"... O deputado João Bosco Mota Amaral é o correspondente nos Açores (assinando como J. Soares Botelho) e Mercedes Balsemão, mulher do director, faz as palavras cruzadas, com o pseudónimo de Marcos Cruz. Juan Luis Cebrián, fundador, em 1976, e primeiro director do "El País" e grande amigo de Balsemão, é o correspondente em Madrid.

Para se inteirar do modelo jornalístico, Augusto de Carvalho faz um estágio no Reino Unido, acompanhado do director de publicidade e de Fernando Ulrich. O grupo trabalha nos londrinos "The Sunday Times" e "The Observer", Atenta, a Direção-Geral de Segurança (DGS, sucessora da PIDE) intercepta e fotocopia a correspondência trocada entre Balsemão e os seus homólogos ingleses, fazendo-a chegar às mãos de Marcello Caetano.

A sessão de lançamento do novo semanário realiza-se a 21 de dezembro de 1972, no hotel Ritz. Dias depois, a 27, o vespertino "República", ligado à oposição socialista, traz uma longa entrevista a Balsemão. Uma cópia é anexada ao processo aberto pela polícia política em nome de Balsemão. A primeira entrevista, porém, fora dada a 27 de Outubro de 1972 ao jornalista Alexandre Manuel, da revista "Flama": "É viável uma imprensa portuguesa independente".

A campanha de publicidade é entregue à agência Ciesa, onde pontifica o criativo Artur Portela Filho. "Expresso, o jornal dos que sabem ler", é o principal slogan, a apelar a uma leitura nas entrelinhas... A campanha para a televisão é proibida. Marcelo Rebelo de Sousa detalha: "Dizia qualquer coisa como 'o Expresso não é de esquerda nem de direita, nem de cima nem de baixo, mas do centro'. O Portela é que fez os textos".

Duas inovações são o estatuto editorial, que define a orientação do periódico, e um Conselho de Redacção, eleito pelos jornalistas, órgão de participação na elaboração do jornal. Uma terceira novidade é o Conselho Editorial, a que se pede que discuta e critique o conteúdo e para o qual são convidados Mário Murteira, Ruben A., Vasco Vieira de Almeida, João Morais Leitão, Sedas Nunes e Magalhães Mota, que, recorda Balsemão, "todas as semanas enviava uma carta repleta de sugestões e notícias".

O nº 1 sai para a rua no sábado 6 de Janeiro de 1973. A tiragem ultrapassa os 60 mil exemplares, impressos na rotativa do "Diário de Lisboa". Com 24 páginas e dois cadernos, o preço é de 5$00 (€1,33 a preço atual). A manchete é uma sondagem encomendada, que revela que "63 por cento dos portugueses nunca votaram" - para bom entendedor... A 3 de Fevereiro surgem pela primeira vez as iniciais MRS - de Marcelo Rebelo de Sousa, que se estreia na análise política e que só mais tarde assinará por extenso. Marcelo, que inicialmente fora convidado para gestor, vai sendo desligado dessas funções, para as quais não revela grande talento; desviado para a área dos conteúdos, é igualmente destacado para gerir as complexas relações com a censura, que desde 1971 se chama Exame Prévio. Mário Bento Soares é o respectivo director. Provocador, Marcelo faz gala em lhe chamar Mário Soares, em vez de Mário Bento... O ex-chefe da censura recorda que "o Expresso era uma dor de cabeça".

Nas 68 edições submetidas ao lápis azul, o semanário leva mais de quatro mil cortes, em quase dois mil textos. A tudo estão atentos os coronéis censores: notícias, entrevistas, reportagens, títulos, até palavras cruzadas. Golpes em artigos de opinião são aos molhos, incidindo sobre nomes como Pinto Balsemão, Sá Carneiro e Miller Guerra, Mário Soares e Salgado Zenha, Maria de Lourdes Pintasilgo e Jorge Sampaio.

No final de maio de 1973, durante uma deslocação de Balsemão a Espanha, Rebelo de Sousa decide desrespeitar três dezenas de cortes impostos à edição de 2 de Junho. O pior é a ressaca. Furioso, o director-geral de Informação, Geraldes Cardoso, retalia, impondo uma dupla censura: não apenas aos textos, mas às próprias provas de página. O castigo repete-se em Janeiro de 1974, quando o mesmo Geraldes Cardoso escreve a Balsemão, comentando, irado, duas notícias de capa da edição de dia 12: "Sottomayor Cardia ouvido na DGS" e "Conferência sobre arte interrompida pela PSP". A sanção repete-se: "sujeição de todo ou parte do jornal a prova de página", e que se prolongará por vários meses. Os efeitos são desastrosos. Os atrasos na feitura são em catadupa. O jornal passa a sair da rotativa tarde e a más horas, perdendo o correio e os comboios. As vendas caem, a publicidade retrai-se. Luís Ribeiro, o designer, recordará o alerta pessimista de Balsemão: "Mestre, tem de ir pensando nos seus desenhos, porque se calhar qualquer dia fecham-nos a porta". Balsemão não duvida: "Se o 25 de Abril não tivesse acontecido, o Expresso teria acabado!".

O 25 de Abril é uma festa. O primeiro número em liberdade vai para a rua a 27. No andar da Duque de Palmela não se faz só o Expresso - faz-se também o Partido Popular Democrático, PPD, antecessor do PSD. O nome é escolhido durante uma conversa que reúne, entre outros, Balsemão, Marcelo e Ruben A., que é quem sugere o nome. A preferência pendia para a designação de social-democrata, mas da qual outros dois partidos, que nunca haveriam de constituir-se, se haviam apropriado com pinturas nas paredes. Ao telefone, no Porto, está Sá Carneiro, que também concorda com a sigla, que é arrematada. O Expresso é palco de outro momento histórico da criação do PPD/PSD, contado por Balsemão: "Quando o Miller Guerra, depois de uma discussão com o Presidente António de Spínola sobre a descolonização, decidiu não ser fundador do partido, foi no meu gabinete na Duque de Palmela, que, no regresso de Belém, o Sá Carneiro, o Magalhães Mota e eu próprio tentámos, sem êxito, convencê-lo a ficar".

37 comentários:

  1. conheci o beato Mário Bento em Coimbra. pertencia ao falecido CADC. tive bom relacionamento com ele através de amigos comuns: Chorão e Tomé.

    miller guerra, do grupo dos'peixinhos encarnados na pia da água benta', deixou-me a pior das impressões- foi o respons+avel pela morte prematura do Meu Saudoso Amigo Manuel Antunes (SJ)

    alguns destes revolucionários lambiam os sapatos a Lourdes Belchior, uma Senhora

    no meu pobre caixote do lixo há material mais digno

    ResponderEliminar
  2. Porque é que diz que foi morte prematura, a do P.e Manuel Antunes?

    ResponderEliminar
  3. Por motivos que se prendem com o "sucesso capitalista" de muito boa gente ligada às extremas esquerdas, e sabendo das motivações da plutocracia da época (e de agora), pergunto-me se os patrocinadores desta escumalha traidora terão sido outros que não Moscovo ou Pequim.
    Esta gente das esquerdas lusas será mais sinistra (passe o trocadilho) do que se suspeitará.
    Terão sido patrocinados pelos americanos/ingleses?
    Repito: vejam o percurso e as ligações desses moços: Durão, Lurditas da FLAD (onde estará confortável e com o apoio/consentimento deste governo.)

    ResponderEliminar
  4. Mas é evidente que sim!

    É motivo recorrente nas pessoas "não-alinhadas", digamos assim, quando falam desta época. Desde José Hermano Saraiva até ao que Jaime Nogueira Pinto descreve no fim do seu romance, os EUA andam sempre metidos ao barulho.

    Outra coisa não seria de esperar, tendo em conta que o PC cumpria instrucções de Moscovo, os EUA teriam forçosamente que ter os seus agentes também. E eles não são esquisitos nas escolhas. Pelo menos em termos de carácter.

    É pelo menos muito provável que foram eles que financiaram o PS. Existem cables de Lisboa para Washington descrevendo o PS como "um partido no papel". Juntando a isso a "amizade" entre Frank Carlucci e Soares, o resultado do 25 de Novembro, penso que, se nos pormenores a coisa é pouco clara (pelo menos para mim, que não estive lá), no geral, penso que oferece poucas dúvidas.

    Seja como for, há aqui quem saiba dizer mais e melhor do que eu.

    ResponderEliminar
  5. Deixem-se de teorias da conspiração.

    ResponderEliminar
  6. O Carlucci com o Soares foi "oficioso"; o resto nem por loucura porque aquela malta só chegou a gente depois. Por efeitos da "Revolução dos Cravos".

    Ninguém ia gastar um tostão com aquilo na altura.

    ResponderEliminar
  7. E financiar o quê? o que é que era preciso financiar se o poder tinha caído na rua?

    Financiar depois os docs lá fora. Nem era preciso- o Durão casou bem.

    ResponderEliminar
  8. Zazie,

    que teorias? Os cables existem e dizem isso mesmo. Ora o PS deixou de ser um partido no papel, para se tornar um dos dois maiores.

    O 25 de Novembro abriu-lhe o caminho. Em outros sítios também já eu vi que ele "era o homem dos americanos".
    Ora se foi assim para o PS, é pouco surpreendente que fosse assim para o PPD/PSD.

    Esses MRs e não sei quê, não sei.

    Mas e que é isso, "oficioso"? Que é que quer dizer? Eram só grandes amigos?

    Mas espere lá, eu estou a falar de pós-25A. Antes havia de ser muito mais difícil por causa da PIDE/DGS, que os não deixava operar à vontade. E até deveria saber perfeitamente quem eram os agentes dos americanos em Portugal, tal como sabia quem eram os dos soviéticos.

    O 25A em si é pouco claro para mim. Gostava de ler o que Marcello disse sobre esse assunto. Os PIDEs dizem que foi culpa dele, salvo seja. Que ele não precisava de se deixar capturar, nem entregar o poder, e que nada estava perdido. E que sabia que alguma coisa se ia passar.
    Mas olhe que é o próprio José Hermano Saraiva que afirma numa entrevista que estava convencido que as coisas se passaram assim porque os americanos tinham feito um ultimatum a Caetano, dizendo que alguma coisa tinha que mudar.
    Depois há as histórias de golpes de estado ensaiados para permitir uma secessão de Angola.

    Eu sobre isso não sei. Agora que me parece evidente que os americanos tiveram mão decisiva no pós-25, parece.

    Olhe, resumiria a coisa assim: se no 25A não sabiam nada, no 25N, pelo menos, sabiam tudo.

    ResponderEliminar
  9. E é ver o que eles fizeram na América Latina, por volta da mesma altura. Se há sítio onde até compreendo que as pessoas se virassem para os comunas, é lá, e à conta desses gringos.

    Foi essa a impressão com que fiquei depois de ler "Os Guerrilheiros" do Larteguy, que é pouco suspeito em termos de apologético da esquerdalhada.

    ResponderEliminar
  10. Quero dizer que do Carlucci e Soares, sim. Ele estava no poder.

    Dos mrs e Lurdinhas é completo disparate.
    Alguém ia financiar uma analfabeta?

    V.s ainda não perceberam que, o que é incrível, foi a forma como uns patetita conseguiram tanto poder.

    Mas conseguiram por via mediática e pelo facto do Poder ter caído na rua e isto ser uma aldeia (como o José bem insiste).

    Nenhuma Cia andava agora a gastar dinheiro com putos para eles terem cargos que estavam à mão e os apanhavam sozinhos, sem a menor dificuldade.

    ResponderEliminar
  11. Entender como a extrema-esquerda e malta cripto-comuna conseguiu controlar tanta coisa em Portugal é mesmo difícil de entender para quem agora os conhece como adultos e com ar mais ou menos respeitável.

    Eram uns palermas. A maior parte eram mesmo putos.

    Foi coisa caricata na altura e, ainda o é mais à distância.

    ResponderEliminar
  12. Os americanos entram por causa de África. Mais nada.

    Aí sim. Entram proque já tinham entrado logo de início. Angola interessava a meio-mundo.

    Agora o resto, por cá, sindicatos, media, universidades e o que mais fosse preciso, foi nas calmas. Nos media já estavam há muito.

    ResponderEliminar
  13. O golpe foi tão fácil como já era fácil toda a agitação política.

    Greves, manifs eram magote e hoje fala-se muito na repressão e mais não sei quantos mas, no fim, não havia repressão alguma.

    ResponderEliminar
  14. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  15. Oficioso significa que Carlucci era embaixador e Soares era ministro dos negócios estrangeiros.

    O outro mlero das conspirações meteu o Durão Barroso e a tolinha da Lurdinhas no molho e isso, não só nem seria oficioso, como eles nem eram gente.

    ResponderEliminar
  16. Cá pra mim vs. criaram uma imagem do "antes 25 de Abril" como algo sempre igual.

    E devem imaginar uma ditadura nas vésperas. Quando não era nada.

    Era tanto ditadura que havia universidades bloqueadas durante um ano inteiro, sem crise- com os pró-associativos a mandarem mais que o Poder e greves a molho, manifs nas calmas e a censura era mentira.

    Vendiam-se todos os livros, em toda a parte e as revistas e jornais já eram de esquerda, como o José tem vindo a mostrar.

    ResponderEliminar
  17. O "vender às escondidas" dos livros, era apenas saber a prateleira onde estavam os "proibidos".

    ResponderEliminar
  18. Ah pois, isso não duvido Zazie. Tem razão quando diz que a malta imagina o pré-25 como uma grande noite sempre escura, em que lusco-fusco há-de ter sido lá para o princípio do século nos tempos da 1a República, a que pôs fim a alvorada gloriosa (ahaha, como diziam os outros) do 25.

    Talvez tenha sido eu que li mal, mas eu entendi o outro comentário como acerca sobretudo de Balsemão e Cia. Ltda.
    E esse não é nenhum palerma. É peixe graúdo.

    Mas essa questão dos palermas do MR é muito interessante. Eu acho que, por um lado, demonstra o potencial dos métodos de organização e propaganda esquerdistas, que mesmo enquadrados por palermas, dão os seus frutos. É uma coisa muito bem pensada que depois é seguir mais ou menos à letra no essencial.

    Depois, repare, aquilo é como uma maçonaria: todos se conhecem, todos andaram metidos naquilo. É uma das coisas fundamentais que o José mostra.
    É uma réseau, como diz o Soral. A réseau começou por causa da palermice (para dar o beneficio da dúvida) mas depois foi aproveitada para fins mais prácticos e rentáveis. E mantém-se hoje. Aliás, não é uma. São várias interligadas, provavelmente a vários planos: pessoais, de antigas camaradagens, de novas camaradagens, de partido, de loja, de firma, de tudo.

    A rede apenas mudou de andrajo: de suíças e boca-de-sino para fato e gravata; e mudou de paleio: dos amanhãs que cantam, para a integração, o estado social e toda essa cantiga. Mudou de temperamento: do histerismo para o pacatismo democrático à medida.
    Mas a rede mantém-se. É outro ponto fundamental que o José também mostra. Mantêm-se mas muda, adapta-se, reconfigura-se. Mas é a mesma. Os indivíduos são, no fundamental, os mesmos. Os relacionamentos também.

    Agora, o que falta destrinçar é como é que essa rede de palermas conseguiu desalojar as pessoas competentes e independentes dos lugares de poder efectivo atravessando toda a estrutura da administração pública. E é aqui que eu penso que a palermice não chega para explicar esse fenómeno. Houve vontade de quem mandava de abrir caminho a estes palermas histéricos para tomarem conta do Estado, afastando as pessoas competentes. Se se pudesse obter uma lista dos saneamentos no Estado durante o PREC, penso que teríamos uma visão muito mais clara da situação.



    ResponderEliminar
  19. integração, acima, é no sentido social: tipo todos diferentes todos iguais.

    ResponderEliminar
  20. mujahedin:

    V. está a chegar onde penso que vou chegar: a uma mafia organizada em Portugal, tal como na Sicília, sem tirar nem pôr, a não ser a violência para manutenção no poder.

    Os métodos de organização, recrutamento e principalmente de pertença parecem-me os mesmos.

    E os nomes são efectivamente umas dúzias, poucas que acapararam o poder e não o largam há mais de trinta anos.

    ResponderEliminar
  21. Pois é isso mesmo, Mujah.

    Começou com palermas bem organizados que organizaram outos palermas e todos os palermas tinham megafones muito potentes.

    Os palermas mais velhos acamparam logo no Poder e depois foram içando os palermas mais novos.

    E continua a ser assim.

    Por isso é que eu não tenho a fé do hapachorra que acredita que basta morrerem os palermas mais velhos

    eheheeh

    ResponderEliminar
  22. Pois é. Também eu não tenho essa fé Zazie.

    Quanto muito, acho que pode facilitar que certas coisas venham mais facilmente ao de cima, porque muitos interessados em esquecer, já cá não estarão.

    --

    José, pois há-de ser por aí, sem dúvida.

    E repare que, pegando no que dizia o Soral do livro que aqui mostrei há uns tempos, as duas redes tocam-se e co-habitam. Só que a Máfia, para levar a deles avante, não tem a que recorrer senão a violência. Estes têm muito mais: media, fundações, maçonarias, partidos, etc. Mas quando precisam de um trabalhinho mais sujo, têm que recorrer aos que sujam as mãos e é aí que elas se tocam.

    E um aspecto curioso: já reparou como nas histórias de mafiosos, os que têm dois dedos de testa e sobreviveram o suficiente para terem alguma idade, têm sempre o objectivo de passar à legalidade? Não no sentido de se tornarem homens honestos. Mas no sentido de atingirem o patamar de desonestos legais. De penetrarem nesse clube restrito. Por outras palavras: de trocarem a rede deles, pela acima: a que não suja as mãos e é infinitamente mais rentável.
    E se não para eles, pelo menos para os filhos.

    De modo que, talvez o mais correcto não seja dizer que o que estamos a falar é parecido a uma rede mafiosa, mas que as redes mafiosas são uma espécie de emulação por quem não tem outro meio de atingir os seus objectivos, que não seja o recurso à violência, destas redes de influências políticas.

    ResponderEliminar
  23. "Desonestos legais"

    Essa foi muito boa.
    É mesmo isso que explica como tantos andem a voto

    ":O)))))

    Olhe, é por isso que, quem viveu isto e até conheceu muitos desses palermas que depois ficam muito respeitáveis e com grandes cargos, tem dificuldade em entender a "pica eleitoral".

    Eu nunca a entendi. E nem percebo como gente da minha geração a tenha. Porque, na generalidade das vezes, vota-se para os apear.

    ResponderEliminar
  24. Os mafiosos seriam, então, palermas histéricos wanna-be, mas sem a sorte de terem uma educação superior e sem os escrúpulos em relação à violência que a necessidade e uma infância dura podem trazer. Mas no âmago não seriam muito diferentes uns dos outros: excepto que os mafiosos não serão, talvez, tão hipócritas.

    Ahaha. Imagine, um mafioso, um "duro", cujo objectivo de vida é tornar-se um panhonhas tipo Vital Moreira ou Pacheco Pereira, para escolher dois ao acaso e que até rimam!

    :D

    ResponderEliminar
  25. Mas o José dá importância ao poder dos media e eu nem dava tanto, antes dele começar a publicar estas memórias.

    É um facto. A informação tendenciosa, primeiro e depois a lavagem cerebral não pode ter sido feita apenas na escola.

    ResponderEliminar
  26. O Pachoco de duro nunca deve ter tido nada.

    Ele é mais como o coelho da Alice: I'm late, I'm late, I'm late!

    ResponderEliminar
  27. E hoje mais que nunca, diria eu.

    Aliás, e o que me tenho vindo a aperceber, e já tinha intuição disso antes de começar a vir aqui, era que as pessoas não têm noção do país real.

    Se for preciso já não conhecem o que se passa 500 metros rua abaixo.
    Vêem tudo pela tv. A tv é que lhes diz o que é a realidade. E a malta nem questiona.

    As pessoas dão mais crédito à tv do que umas às outras. Até mesmo pessoas com quem têm grande confiança, se afirmarem o contrário do que diz na tv, não as levam a sério. E, no entanto, oferece tanta certeza "factual" uma como a outra.

    ResponderEliminar
  28. Pois é! Por isso é que tem piada! Os duros mânfios a quererem tornar-se panhonhas ex-histéricos, mas sempre palermas!

    É caso para dizer: o crime compensa, mas a palermice compensa mais!

    ResponderEliminar
  29. Zazie, deixe a discussão para os homens. Não insista em ir a onde não a sua natureza não permite.
    Leia e aprenda silenciosamente.

    ResponderEliminar
  30. Diz o José do Muj (grande Muj!):

    "V. está a chegar onde penso que vou chegar: a uma mafia organizada em Portugal, tal como na Sicília, sem tirar nem pôr, a não ser a violência para manutenção no poder."

    Eu vou arriscar dizer que é o método anglo-saxónico de controlo colonial. Em termos de geo-política, a máfia instalada por essa gente tem rédea livre para roubar/destruir/massacrar desde que cumpra com as ordens de quem manda. Manda a sério.

    Por curiosidade menor, ninguém estranha porque é que os socialistas republicanos e laicos - Soares & Co. (e demais "intelligentsia" e comunicação social) gozam com o D. Duarte mas curvam-se perante "Sua Majestade"?
    Isto está documentado.

    Os nossos maiores inimigos são os ingleses. E desde D. João VI.

    A Maçonaria, José, é a arma ínvisível da Inglaterra. Ria-se quando lhe falarem da maçonaria francesa.

    Pergunte-se, José, porque digo isto.

    ResponderEliminar
  31. O que é que este marcos quer, julga que está a falar com a Heidi, ou quê.

    Cada idiota a pedi-las que faz favor.

    ResponderEliminar
  32. AHAHAHAHAHAH!!!


    Pedro Marcos

    Resolveu entrar em guerra com a minha amiga zazie?
    eheheh, vou ficar a assistir , e já agora dobre a língua ao falar de "Sua Majestade" é que sabe a "Ala dos Namorados" não é um conjunto.

    Dê-lhe zazie.

    ResponderEliminar
  33. Ó Karocha, não percebi nada do seu comentário (a parte da "Sua Majestade" e "Ala dos Namorados")!

    Quanto ao resto, enfim, o comentário primeiro do Pedro Marcos era completamente desnecessário.

    Mas a Zazie já está habituada... eheheh. Andam sempre a marrar com ela. E ela chega para eles todos! A malta da Zundapp gamada tem outro andamento!

    :D


    ResponderEliminar
  34. A Zazie que faça o favor de escrever tudo de uma assentada em vez de escrever em gaguejos.
    Que aborrecida.

    ResponderEliminar
  35. O rabeta do Marco não tem com que se entreter?

    Vai aos grilos, palhação.

    ResponderEliminar
  36. Mas a que título é que este idiota veio agora chagar-me?

    Não lhe disse nada. Acho que nunca troquei sequer uma palavra com ele e o rabicho vem marrar comigo.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.