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sábado, março 30, 2013

A Ponte do rio "voltai!"



Alberto da Ponte, antigo gestor de comidas e bebidas, deu uma entrevista ao Diário de Notícias de hoje para explicar o coktail que misturou Sócrates e Relvas, mais uns interessados em confundir a comunidade política dos comentadores habituais.

Que diz da Ponte sobre este regresso do estudante de filosofia política que deixou o curso por acabar, por nem sequer o ter começado?
Que esta apresentação de um "comeback kid" desta estirpe rara foi uma prova saudável do serviço público que a RTP presta dedicadamente ao país. Está dito por da Ponte que diz mais que isso. Por exemplo, quem teve a ideia genial da contratação do peso pesado da aldrabice feita modo corrente de encarar a política, foi o apagado director de informação que assim brilhou no escuro da sua intenção em corresponder a uma dedicação antiga e assolapada. Pensou e melhor o fez, dizendo-o ao da Ponte que concordou, "quando as conversas já estavam bem adiantadas", sim porque estas coisas levam o seu tempo e as negociações difíceis e complicadas careceram do tempo que da Ponte até prescindia "porque  não tinham verdadeiramente que informar o presidente da estação da RTP dessa intenção" .
Precisamente por isso é que da Ponte só  informou a sombra tutelar da mesma estação, com sede no governo e chamado Relvas, um dia antes, por "mera cortesia do presidente da RTP que não tinha o dever de o informar."
O da Ponte por sua vez, quando foi informado, aliás sem necessidade alguma, exclamou positivamente: "o José Sócrates?!" - com um alongado ponto de interrogação que acabou na tal exclamativa resultado da grande surpresa que lhe provocaram, a modos de partida de carnaval em que da Ponte embarcou alegremente, ainda mal refeito do efeito surpresa. Por isso, numa "segunda reacção", assentou que sim senhor, era uma "boa ideia para a estratégia da empresa, que passa por recuperar audiências e também cumprir o serviço público". E de graça. Três em um, como manda a sapatilha das regras das comidas e bebidas.
Este da Ponte é um ponto. Final.

17 comentários:


  1. Mas serei só eu quem reparo que está em curso uma operação de maquilhagem , de reabilitação ? Estes maltrapilhos todos juntam-se sob um mesmo desígnio - tempos ainda mais difíceis se adivinham - e sem consenso perdem os privilégios .

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  2. Não é o único. A canalha reune de novo. O da Ponte é da canhalha, pelos vistos.

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  3. Eu assino por baixo a opinião do Simon , « a questão direita/esquerda respeita à filiação partidária e ao caráter do indivíduo. » . Só um défice educacional explica como pode um país tolerar tanto vigarista...

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  4. «««Achei uma entrevista bem feita, dura para o entrevistado»»


    Alberto da Ponte, presidente da RTP, tentando controlar a felicidade, para provar que onde os olhos de um admirador viram uma entrevista bem feita e dura para o entrevistado, os portugueses enxergaram dois bananas habituados a engolir patranhas sem reclamar.

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  5. «««Primeiro, uma grande surpresa, Acho que até perguntei: o José Sócrates?»»»

    Alberto da Ponte, revelando que mesmo para um homem experiente como ele, por vezes é difícil disfarçar tanta felicidade.

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  6. José Sócrates e Relvas juntos vão ainda mais longe na destruição de Portugal.

    Abençoada maçonaria que cuida tão bem da nossa partidocracia.

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  7. O da Ponte passou o rio do esquecimento? A flauta mágica adormeceu o tipo ou nunca esteve acordado?

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  8. Estes gajos já não disfarçam , cerram fileiras . Vem aí merda da grossa , se até agora o pacto de regime se disfarçava com a comédia / alternância do voto , tanto consenso faz-me alarme...

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  9. «««Posso até dizer-lhe que fui informado pela direcção de Informação e achei uma boa ideia para a estação»»»


    Alberto da Ponte, informando que prestar vassalagem ao chefe supremo é serviço público que não precisa de pedir autorização.

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  10. «««O que é popular é bom, e o que é bom é popular.»»»


    Alberto da Ponte, informando que para matar a BBC de humilhação, nada como um presidente da RTP que também é um pensador.

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  11. Esse da Ponte é um palerma. Um gestor de secos e molhados e nada mais.

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  12. A minha solução, final e gratuita, era fazer um prós e prós a sério com a fatinha e os socretinos todos, o engenheiro propriamente dito, o relvas, o loureiro, o berardo, o salgado, o júdice, o pinto monteiro, a candidinha e o isaltino. De seguida fechava-se a RTP e perdia-se a chave.

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  13. Somos um país de gestores . Os que conseguem melhor desempenho ( pessoal ) fazem quase invariavelmente o mesmo percurso e por isso a solidariedade colegial : primeiro militam numa distrital , depois fazem o tirocínio na AR e a partir daí , o campo das possibilidades ( materiais ) é ilimitado .

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  14. Entre esses gestores de gabarito e os de vão de escada - os que subsistem à custa do Estado , por expedientes diversos que vão desde a fuga aos impostos à sobrevivência subsidiada , ao emprego público , porque não ? - vive uma franja da população que trabalha e se esforça e estuda e se comete e percebe com amargura , que o Estado morreu .

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  15. ahahahahaha

    A solução do hajpachorra era tão engraçada.

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  16. Ainda não percebi o que se passou, tudo é um grande mistério...
    Se o Sócrates acha que o pessoal esqueceu, está enganado...
    Se o Relvas acha que a presença de Sócrates vai ajudar o Governo, está enganado...

    A única coisa certa, pelo meio, é que, de facto, a RTP ganha audiências, quanto ao resto, estou perdido em alto mar.

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  17. Programas portugueses...
    "Lêndeas e narrativas"
    Brevemente na RTP

    (Desculpa Herculano)

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