O Correio da Manhã de 29 de Março 2013, na sua revista de TV trazia cinco páginas com os "comentadores" televisivos que nos indundam os écrans geralmente à noite, para falarem com os "pivots" dos telejornais que os escolhem ou apanham já escolhidos por entidades na sombra das régies.
O título do artigo era "Televisões disputam audiências com políticos", querendo significar que a guerrilha de audiências das tv´s passa agora pelas contratações de prestadores de serviços opinativos de cariz político, agora com predomínio de políticos nas reserva ou mesmo no activo.
As imagens dizem tudo do que temos para nos mostrar o caminho político e dizem mais em meta-linguagem: estamos bem tramados com esta gente que têm sido figura pública na política dos últimos anos. Se Portugal está como está, numa periclitante situação de bancarrota adiada deve-se certamente a políticas concretas e definidas que alguns destes comentadores gizaram, influenciaram, aprovaram e aplicaram em nome do povo eleitor que foi aliás quem os escolheu por voto organizado em listas que os mesmos arranjaram e lhe apresentaram. É um círculo vicioso aquele a que estamos a assistir nas tv´s: os comentadores "de luxo", procurados agora pelas tv´s para elevar os ratings das audiências são os que trouxeram Portugal para o lixo dos ratings dos mercados.
Quem os escolhe? São os "directores de informação" que lá foram colocados por poderes de facto ou de direito, como é o caso da RTP. Os da Ponte ( gestores de bebidas a orientar media dá nisto), os Carvalhos ( medroso e conformado), as Judites ( esta, agora, faz censura na TVI, evitando assuntos incómodos para o poder que julga partilhar), as Fátimas ( o exemplo mais acabado deste panorama), são a expressão mais concreta da nossa mediocridade informativa, do nosso lixo mediático que temos vindo a suportar em degradação progressiva e a acompanhar a da situação do país.
Será aliás sintomático que tal suceda porque a meu ver uma coisa está ligada à outra. A qualidade opinativa na tv é rara e só por acaso acontece. Geralmente não é fruto do saber ou conhecimento de quem manda, mas por mero acaso de circunstância, porque o que vemos e temos para ouvir é geralmente o lumpen opinativo do tudismo arregimentado nos corredores do poder político e mediático.
Os da Ponte mais as Judites, Fátimas e Lourenços alcançaram um estatuto que diz bem com o Portugal que temos: miséria intelectual, pobreza de espírito inventivo, mediocridade conceptual. Escolhem por isso mesmo aqueles que são a sua imagem e lhes espelham o mesmo pensamento unificado e rebaixado à politiquice. Promovem os que depois os promoverão como foi o caso do director de informação da RTP, outro inenarrável.
Portanto, cada povo tem os comentadores que merece e estes são os nossos. Fica uma pergunta: o que é que esta gente pode esclarecer os portugueses que vêem tv a propósito dos assuntos correntes da governação ou política em geral? O que é que podem contribuir para um debate político esclarecido e revelador do senso comum da inteligência média? A meu ver pouco ou nada. Se nenhum deles comentasse fosse o que fosse teríamos mais a ganhar do que assim, com as opiniões avulsas que expedem com a facilidade do oportunismo circunstancial e muitas vezes manipulador.
É assim que a opinião pública se vai formando em Portugal e é assim que temos o país que temos. Parece que ninguém quer ver isto que parece uma evidência.
Curiosamente esta situação calamitosa nas tv´s e media em geral provoca poucas reacções ou alarmes.
Um dos mais recentes foi publicado ontem no Diário de Notícias e Vasco Pulido Valente também produziu outro alarmo de género no Público de ontem que não comprei mas li. Fica o do DN:
Os nossos bitaiteiros falam cada um abraçado ao seu rancor, à defesa das suas quintinhas, abraçados aos seus grupos de pressão. O que não é admissível é vender a mentira como verdade e a verdade como mentira. Estes senhores podem dizer o que lhes der na veneta. Já estuprar factos, mentir, deturpar não têm o direito.
ResponderEliminarO Portal não melhorou nada - parece o 100 da Misericórdia.
ResponderEliminarFrancamente
Beg your pardon...?
ResponderEliminarCom tanta política de "o mundo agora já é um só" donde decorre a salvação do planeta por nossa conta e a nacionalização do dito porque é "um enriquecimento" onde anda um comentador dos escurinhos?Para além do Costa evidentemente actualmente o pai dos diferentes e ontem o vanguardista da entrega de tudo o que tinha preto e não era nosso...
ResponderEliminarNeste paraíso de criminosos nacionaliza-se um diferente com até 3 anos de cadeia no lombo e ao fim de 5 aninhos de enriquecimento.No Luxemburgo andam a pensar nacionalizar mas só até 6 meses de cadeia ou 12 meses sem cumprimento da pena.E lá não tiveram descolonizações virtuosas com expulsões em massa e confisco de bens...coisa que os "afectados pelo racismo" cá dentro, nunca se penitenciam...
ResponderEliminarOs comentadores vêem um céu negro na rota e o governo um céu azul? Não me parece. Portugal já atravessou zonas de turbulência económica até sem piloto. O problema agora é o excesso de comentadores de cabine. Sobram comandantes que nunca viram um plano de voo.
ResponderEliminarEncontrado no Facebook...
ResponderEliminarO MILAGRE DA DONA ADELAIDE, MÃE DE JOSÉ SÓCRATES
Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, “viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…”.(24 H)
Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) .
Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano.
Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €.(CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA.
Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa “uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje” (24H).
Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos – que , considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65). Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000 €.
Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.
Por que a “pequena fortuna ” não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).
Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os “rendimentos ” provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.
continua...
continuação
ResponderEliminarComo em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês.
Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?
E há mais…
A Dona Adelaide comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida.
Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa.
Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.
Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se déssemos 500 euros aos filhos?
Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFFSHORE, os tais 224.000 euros?
É o jornalismo de m. cá do burgo, está habituado a fazer fretes. A maioria deles, ainda por cima, orfãos, mas de esquerda, claro, o que quer que isso seja.
ResponderEliminarJosé
ResponderEliminarAinda bem assim a Manuela Ferreira Leite já pode ir ao cabeleireiro de novo uma vez por semana!!!
O grande problema não é a gente ter de os aturar porque ninguem é obrigado a ver TV e, designadamente, esses canais, às horas a que os ditos políticos falam. O problema de que ninguem fala, e que é um atentado à democracia, é a promiscuidade CS/Partidos que isso revela. Porque será que situações destas não acontecem em mais nenhum país? Porque seria um escândalo inimaginável. Aqui, aceita-se tudo. Percebe-se porque é que a CS nunca fala dos assuntos que não interessam aos políticos, como por exemplo, democratizar a lei eleitoral e até enganam os espectadores associando a revisão da lei eleitoral ao fim dos partidos, quando alguém lhe faz referência.
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