O Marcelino, mentor do jornalismo desportivo no Diário de Notícias está neste momento ( 21h) na RPT1 a dizer que a licenciatura de Relvas e de Sócrates não se comparam. Este "estudou", fez cadeiras e só houve aquele pequeno problema na parte final da licencitatura que lhe tira o lustro de ser engenheiro. Isto do lustro sou eu a escrever porque o Marcelino desportivamente acha que a licenciatura de Sócrates é um exemplo de razoabilidade e a de Relvas uma vergonha. Pobre Marcelino e pobre Diário de Notícias cuja direcção anda assim à imagem dos oliveirinhas da nossa pobre figueira. Um jornal com uma tradição secular entregue a este tipo de gente é uma tristeza.
Marcelino que aqui faz novamente papel de imbecil, provavelmente com má-fé, esquece os outros pequenos problemas que surgiram com essa licenciatura de Sócrates e que um dos dirigentes da universidade onde se terá licenciado, Rui Verde, bem qualificado para o fazer, apontou já: Sócrates não é licenciado como deve ser porque as irregularidades são tantas que acabam por ser piores e bem piores do que as de Relvas.
Marcelino esquece a falsificação de documento na A.R. com uma escandalosa alteração da ficha biográfica que beneficiou aquele e que portanto deveria ser alvo de investigação criminal que nunca o foi verdadeiramente porque o DCIAP passou pelo assunto como cão por vinha vindimada.
Marcelino esquece que uma licenciatura não é o mesmo que um bacharelato e que mesmo assim, as cadeiras que Sócrates cursou para o obter são alvo de discussão académica por causa do célebre professor Morais que Sócrates não conhecia senão por apresentação aquando do curso da Independente, o que é duvidoso e altamente aldrabante. Portanto, estas coisas que o jornalista Marcelino esquece de propósito determinam exactamente o contrário do que disse: a licenciatura de Relvas é provavelmente mais digna do que a de Sócrates.
Na SIC-N, com o regressado Mário Crespo, está um socialista político ( futuro governável, o Eurico) a comentar o assunto Relvas. Diz que não estava à espera desta demissão assim tão de surpresa. Percebe-se: os socialistas deste tipo nunca se deram por achados com estes pequenos problemas de licenciaturas cabalísticas porque nunca se deram por achados por outros problemas bem piores como sejam as acusações de pedofilia dos seus dirigentes. Por isso, é outro triste que por ali está a perorar sobre assuntos sobre os quais deveria ter pejo. Vergonha.
Aditamento em 5.4.13:
Rui Verde em declarações ao Diabo desta semana é taxativo, sobre o regresso e a licenciatura de José Sócrates: banco dos réus seria o destino natural e não o banco da televisão.
De facto, o jornal Sol de hoje traz uma notícia que suscita um mistério: José Sócrates disse na entrevista à RTP que era senhor de "uma única conta, na CGD, há 25 anos".
Segundo conta o Sol, há 22 ( em 1991) era titular de uma outra conta, num outro banco e com contornos misteriosos: uma conta com centenas de cheques passados pelo banco emissor e que nunca foram usados. Pior ainda: estariam na posse de um primo, suspeito de coisas estranhas que se passaram no Freeport. Haverá matéria para reabrir o processo? Nunca se sabe...antes de se saber, até porque com 22 anos em cima estará tudo prescrito.
Porém, o autor do achado pergunta muito legitimamente: " Porque é que os cheques do Sócrates, da irmã e de uma empresa da mãe estavam na casa do primo?"
Sim, porque é que estavam? É essa uma das perguntas a fazer-lhe no próximo Domingo, na tv. Por outro motivo apontado pelo jornal, apresentado por "fontes da banca": "É estranho os bancos terem emitido tantos cheques de uma só vez e, ainda por cima, a empresas cuja dimensão e actividade parecem não o justificar."
Com Sócrates é só mistérios por resolver e ninguém verdadeiramente interessado em saber. Vá-se lá saber porquê...
Relvas e Sócrates: two of a kind! Porquê então estabelecer diferenças?
ResponderEliminarExactamente e com uma diferença: compraria mais depressa o carro usado de Relvas do que o de Sócrates.
ResponderEliminarHá diferenças e muitas: a licenciatura do Relvas foi mandada investigar pelo próprio Governo a que pertenceu; a do Sócrates, "não tem nada a ver", foi tudo uma cabala.
ResponderEliminarO Relvas demitiu-se por causa dela e o Sócrates só abandonou as funções quando teve de pedir ajuda à Troika e, mesmo assim, para se candidatar de novo ao cargo logo a seguir.
ResponderEliminarO Marcelino é uma criatura abominável.
Ele os outros colegas de faladura mole na RêTêPê.
Esta comparação, independentemente dos visados, já é quase doentia. O outro era eng.º técnico. ponto. Estes agora até ganharam dioreito a uma ordem. Quem não chama Eng.º a um eng.º Técnico, que ainda por cima dantes tinha uma formação em termos temporais igual ou superior às actuais licenciaturas de bolonha? O processo que se seguiu para obtenção do raio da licenciatura era perfeitamente escusado e é ridículo. Mas, caramba, MR não fez NADA e tive direito a uma licenciatura!!! Ó valha-me Deus.
ResponderEliminarSócrates tirou, antes de ser conhecido, um bacharelato de quatro anos numa escola onde agora, em três anos se tira uma licenciatura. Onde levou quatro para um bacharelato leva-se três para uma licenciatura. Como fica a comparação?
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ResponderEliminarSócrates nunca andou numa universidade. Relvas nunca andou numa universidade. E não basta andar.
ResponderEliminarSão bosta largada pela mesmíssima vaca. A trampa socretina é pior porque foi com caca dessa que se fizeram familiares do santo ofício, camisas castanhas e waffen-ss. Já relvas é um pobre diabo que vivendo sob o III reich limitar-se-ia a negociar com os despojos dos judeus.
É mitómano e tudo o resto, mas também eng.º técnico :)
ResponderEliminarÉ verdade, a licenciatura de José Sócrates,aplicando os critérios agora utilizados para a anulação da de Relvas,é igualmente anulável.Pelos vistos ambos "fizeram" uma cadeira com o Reitor.A de Sócrates foi uma oral à hora do almoço...num restaurante.Dois pesos e duas medidas.
ResponderEliminar"Exactamente e com uma diferença: compraria mais depressa o carro usado de Relvas do que o de Sócrates."
ResponderEliminarO José e as "meias grávidas"...tendências!
Não conhece o ditado sobre a confiança individual, provavelmente de origem americana, sobre os carros usados?
ResponderEliminarA culpa é do "Botas".
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarConheço. Mas também conheço a regra do é, ou não é. Não há meios termos para casos de ilegalidades.
A socretinagem aparece logo, todo excitada, a defender o amo.
ResponderEliminarNão me parece que haja ilegalidades no caso do Relvas. Houve foi facilitismo da Lusófona, o que é diferente. Vergonhoso, mas seguindo os critérios da própria universidade e que podem estar em desacordo com os gerais.
ResponderEliminarA PIDE foi tão incompetente.
ResponderEliminarSó ligava aos Marxistas económicos(PCP).
Deixou os Marxistas Culturais(Hoje são PSD, PS e BE) germinarem e formar um elite da esquerda burguesa.
A Esquerda Burguesa (PSD/PS/BE) é do mais nefasto que pode existir.
ResponderEliminarSó o Ervas é que sai.
E este aqui não basa?
http://1.bp.blogspot.com/-rqa0Yh0HgWs/TgbnGSFPwRI/AAAAAAAAAMc/n1EiBlsvKOM/s1600/IMG00497-20110626-0854-723777.jpg
“Porque é que os cheques do Sócrates, da irmã e de uma empresa da mãe estavam na casa do primo?", interrogou-se o agricultor, pálido de espanto.
ResponderEliminarDiante do mistério, até um ajudante de sherloque escutaria o estrondo das interrogações brotarem do poço das certezas: como é que aparecem cheques de um ex-Primeiro-Ministro que jurou só ter tido uma conta bancária, numa gaveta com outros tantos de familiares? Partilham a pergunta também até aqueles pouco habituados a juntar coisa com coisa.
Se a polícia não investigar, melhor transferir a interrogação perturbadora para o proprietário dos cheques já na próxima aparição televisiva. O que dirá quando confrontado com a evidência?
Em Portugal quem se salva de tantos casos, faz qualquer milagre, dirão os factos.
Sabemos que a criatura não conhece limites para o cinismo. Com a mesma expressão sem culpa de quem não perde o sono por pouca coisa, só enxergará “um factóide”, afirmará mais uma vez ao estacionar no ponto final.
ResponderEliminarCada cavadela , cada minhoca , a saga do inenarrável é extensa....
Mas a que título é que estes marados queriam que o Gaspar saísse do Governo.
ResponderEliminarParecem parvos.
ResponderEliminarJosé, já entendi o seu ponto de vista (tendências), mas vá lá p.f., mais uma vez, explique:
Obter uma licenciatura de forma irregular, não a torna ilícita? e, havendo ilicitude não há ilegalidade? e, se assim não fosse para quê o envio para o MP? embora o Passos C refira (parece ter concluído o processo e sentenciado) que o processo vai para o Tribunal Administrativo.
Mas, sobre ambos os casos (MR e JS) ainda não percebi a insistência do José, em aliviar, atenuar, suavizar, isentar parte, etc., etc, o caso MR!?...
relvas ou sócrates?
ResponderEliminarnão vejo grandes diferenças, ambos têm histórias "obscuras" no seu passado.
até me parece, que são mais as histórias "obscuras" de ambos do que as histórias "luzidias"...
são produtos da máquina de fazer políticos do ps/psd.
"Obter uma licenciatura de forma irregular, não a torna ilícita? e, havendo ilicitude não há ilegalidade? e, se assim não fosse para quê o envio para o MP? embora o Passos C refira (parece ter concluído o processo e sentenciado) que o processo vai para o Tribunal Administrativo."
ResponderEliminarSe houver irregularidades de monta, torna, mas até agora não ficou tal demonstrado. Pelo contrário, no caso de Sócrates as irregularidades são graves e nada sucedeu.
O envio para o MP é para "os efeitos tidos por convenientes", mormente para eventual anulação do acto que lhe concedeu a licenciatura. Veremos. No caso de Sócrates nada disto sucedeu porque não foi enviado para o MP coisa alguma a não ser para o inquérito que Cândida de Almeida e Carla Dias ( side-car) arquivaram.
Portanto, a minha inclinação é para a verdade factual e nada mais.
ResponderEliminarOh José,
Mas a verdade aqui, tendo duas versões, não deixam de ser igualmente condenáveis.
Quanto ao desenvolvimento diferente dos casos, o mérito até pode estar no ministro Crato, mas isso não invalida o carácter do "artista".
Sobre o envio para o MP, era necessário no caso JS? Então!...não vai ainda a tempo? Força e a toda a velocidade.