A jornalista Judite de Sousa que pelos vistos censurou notícias na TVI, recentemente, acaba de dizer a Medina Carreira, no seu programa semanal, hoje com a presença de Luís Portela da BIAL, que no tempo de Salazar "o saber estava concentrado em meia dúzia de pessoas".
Judite de Sousa talvez tenha uma razão: no tempo de Salazar o saber não ocupava lugar e Judite de Sousa não teria o lugar que tem.
Outra coisa: Medina Carreira não sabe destas coisas? Está para ali a comentar o ensino actual, pobre comparativamente ao passado e ouve estas coisas sem pestanejar? Mais: saberá Medina Carreira que tipo de jornalista é Judite de Sousa e o que tem feito recentemente na TVI? Isso não conta nada?
Se não conta, a conta de Medina Carreira vai a pique...
Nem saberá da militância da Judite de Sousa na UEC, nos bons tempos (bons, digo eu) da sua juventude?
ResponderEliminaro laboratório Bial é uma das raras empresas que se internacionalizou por mérito próprio
ResponderEliminare apesar da burocracia estadual
M.C. nunca mais foi o mesmo depois dos 'tiros' dirigidos injustamente ao seu nome.
J.S. não tinha lugar assegurado no tempo da 'Outra Senhora'. está ao nível de um sócrates feminino
sobre J.S. acabei de ler post muito 'esclarecedor' no blog do muito Honesto Prof. Balbino
ResponderEliminarCaro José,
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Não vejo onde está a mentira da jornalista.
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Até 1975 a taxa REAL de escolarização ao nível do Secundário era de 8%. Hoje é de 73%.
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Pode ver aqui:
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http://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+real+de+escolarizacao-987
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Ao nível universitário a coisa era assim:
- 1978 =12%
- 2011 =54%
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Mas havia umas boas escolas de empreendedorismo:As Escolas Comerciais e Industriais...agora substituídas por sociologias e psicologias e animação cultural...
ResponderEliminarMas prontos quando se querem exércitos só de generais...
E ainda faltam os pastores com o 12º ano que o regresso aos campos e à agricultura de subsistência agora até é de licenciados...
ResponderEliminarConcluindo não é com escolas viradas para incutir ideologia internacionalista e animação cultural que vão safar-se.Sim porque nas partes da ciência ligada à produção está quieto.É tudo analfabeto...
ResponderEliminarMas prontos com mais de metade de alunos estrangeiros nas escolas das grandes cidades, futuros portugueses no automático vai ser dado um grande salto em frente pois é sabido que vêm fazer aquilo que o indigenato não quer.Portanto é preciso investir forte e feio...
ResponderEliminarA Judite discutir os vencimentos das dezenas de milhar de euros/mês dados aos bons jornalistas e o porquê é que nunca se atreverá...
ResponderEliminarE ai de quem se atreva a mexer no "social" internacionalista!!!
ResponderEliminar«Mas havia umas boas escolas de empreendedorismo:As Escolas Comerciais e Industriais» lusi
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Uma boa ideia perdida.
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Rb
Ricciardi:
ResponderEliminarA questão não é essa. É a do saber concentrado...
Rb,
ResponderEliminarAté 1975 a taxa REAL de escolarização ao nível do Secundário era de 8%. Hoje é de 73%.
Não. Isso será a taxa nominal, quanto muito. Ou a taxa de frequência da escola.
O que é preciso perguntar é: quantos nesses 73% de hoje, têm uma escolarização equivalente aos 8% no passado. O mesmo para os universitários.
Não esqueça que hoje já só ensinam a tabuada dos sete na 3a classe. Qualquer dia será no 5o ano.
E não é difícil encontrar professores em faculdades de engenharia queixando-se de que os alunos lhes chegam sem saberem fazer uma operação de divisão.
Pois, Muja, talvez seja como diz. Acredito bem que seja como diz, pelo que oiço dizer aos mais velhos.
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No entanto eu penso que o problema da educação actual não devirá da falta de qualidade, mas antes naquilo que o Lusitania disse: uma chusma de gente formada em áreas pouco interessantes, alimentado por comerciantes do ensino.
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Porque, repare, eu só posso avaliar a qualidade da nossa educação comparando com outros no terreno.
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Eu já trabalhei em vários países. No 1º mundo e no 3º mundo. E, confesso-lhe, não encontrei diferenças ao nível da preparação entre os meus colegas emigrantes portugueses e os estrangeiros. Os nossos engenheiros são tão bons como os outros. Os nossos economistas tambem.
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Como pai, tambem vejo que eles aprendem matérias mais precocemente que no meu tempo. O meu filho, com 6 anos e na 1ª classe aprende coisas que eu só aprendi na 3ª classe.
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Se quer que lhe diga, eu até acho um exagero a exigência do ensino da actualidade. No meu tempo na primária eu tinha aulas da parte da manha. Da parte de tarde, brincava, fazia carrinhos de rolamentos, ia aos pardais e fazia cabanas nas arvores. Hoje, o meu filho fica até às 18 horas na sala de aulas e ainda leva uma chusma de trabalhos de casa. Eu acho que estão a criar monstros e pessoas stressadas.
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Anda tudo a correr a um ritmo louco sem saber bem para quê.
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Eu não queria que o meu filho fosse para a escola aos 6 anos. Eu achava e acho que ele não tinha maturidade suficiente. Cada pessoa tem o seu próprio ritmo e maturidade e desenvolvimento. Mas obrigaram-me a matricula-lo sob pena de ser chamado ou acusado de irresponsavel pelas gajas da seg. social. Conclusão, o meu filho nos primeiros 3 meses de aulas bateu o recorde de castigos da escola. Ele está errado? não, não está. Eu tinha a certeza que ele não tinha maturidade suficiente para estar mais de uma hora sentado numa sala.
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Não percebo porque é que um pai não pode decidir se o filho entra aos 5, 6 ou 7 anos para a 1ª classe.
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Anyway, não foi com o intuito de criticar a bondade do sistema de ensino do estado novo que disse o que disse. Provavelmente não podia ter sido de outra forma. Mas, na verdade, deu-se um salto enorme na democratização da escolaridade. Estaria na hora de manter a escolaridade, mas talvez emulando as boas coisas que havia dantes: as escolas industrias ou comerciais que o meu pai tanto elogiava.
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Rb
Já que está em causa o "saber" .
ResponderEliminaralguma ideia quanto ao "saber" obtido na velhinha 4ª classe "fássista2 ( a minha, pois já estou com 68 " no lombo")e o actual e "upgraded" 12º ano ?
Descontando, òbviamente, toda a quinquilharia de "gadgets", mais entretenimento que outra coisa...
Mujahedin
ResponderEliminarSe não sabe do que fala mais vale estar calado.
Os miúdos hoje com o 4º ano (a sua amada 4ª classe) não conhecem as estações de caminho de ferro nem as serra de Timor, mas sabem infinitamente mais de matemática, incluindo tabuada.
Tem dúvidas, vá procurar exames antigos e compare com as provas finais atuais.
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Essa coisa de antes é que se aprendia é boa para comparar o antigo S. João de Brito com a atual escola básica do Casal Ventoso, mas fazendo uma comparação "comparável" não é nada assim.
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Isto tudo sem sequer considerar tudo o que aprendem agora de tecnológico que obviamente os anteriores não tinham por não existir.
Parece-me indiscutível uma coisa a este propósito:
ResponderEliminarDantes, ou seja, há trinta anos, aprendia-se mais cedo o que hoje porventura nem se aprende de todo.
Estou a referir-me à Matemática por exemplo. No antigo 3º ano a seguir à 4ª classe aprendiam-se operações que hoje não se aprendem no 10º ano, isso para quem tem Matemática.
Para concluir tal coisa é muito simples: basta consultar um manual de Palma Fernandes, desse tempo. COntra esses factos não pode haver argumentos.
E quem quiser verificar ( francesismo) pode sempre ler por
ResponderEliminaraqui
Suponho que tudo começou, ou seja o descalabro no ensino, como o Unificado, inventado por um tal Rui Grácio, comunista de cinco costados e que não queria desigualdades entre a burguesia e os filhos dos trabalhadores. Por isso, liquidou o ensino técnico que havia até então e subsituiu-o por outro mais "democrático".
ResponderEliminarA história da tragédia que perdura até hoje, está aqui
Pois. Vão lá verificar...
ResponderEliminarOlhe, caro Foca. Eu sei muito bem do que falo. Sabe porquê? Porque a minha "amada" quarta classe não foi assim há tanto tempo quanto possa pensar...
Eu fui educado no sistema democrata e progressista. E posso dizer-lhe que poderia e deveria ter aprendido muito mais se tivessem apertado comigo na escola. Só não foi pior porque em casa, sim, apertavam-me.
Eu falo por experiência própria. E posso dizer-lhe que os miúdos de hoje com o quarto ano podem saber infinitamente mais de matemática, mas alguma coisa lhes acontece entre isso e chegar à universidade, porque quando lá chegam não sabem merda nenhuma. Eu não sabia e não era dos que sabia menos...
E para lhe agradecer e comemorar o prestígio dessa grande benfeitoria às gerações vindouras até lhe fizeram um homenagem com um centro de formação profissional em seu nome.
ResponderEliminarEstá muito bem achado...
O que me causa espanto é ainda ver que há pessoas que acham que o ensino actual está uma maravilha comparado como o de há trinta anos.
ResponderEliminarÉ incrível, de facto.
Poderiam pensar apenas num outro aspecto: hoje em dia qualquer aluno do secundário que queira ingressar numa faculdade exigente em termos de admissão como a medicina tem necessidade de recorrer a "explicações". Se não for assim, não tem hipóteses de tirar notas suficientes.
Dantes, as explicações eram para os inaptos.
COmo é que este fenómeno apareceu? Simples: o ensino piorou e muito e os professores bons são menos que dantes,mas o sistema está bem pior no seu todo.
O ensino não é nem pode ser uma democracia, mas a democratização do mesmo só trouxe miséria intelectual.
ResponderEliminarEles acham que está uma maravilha, porque nessa altura ainda nem projecto eram, quanto mais fazerem contas.
ResponderEliminar":OP
As contas que fazem são estatísticas. Há muito mais gente na escola e muito mais doutores.
ResponderEliminarO que sabem à conta disso, não conta.
Há doutores que sabem menos que quem analfabetos dos antigos.
Ser amargo com o presente é pecha de velho, desde Hesíodo. É verdade que nas humanidades o caminho tem sido sempre a descer. Convinha que houvesse um trambolhão porque gente que saiba pensar é pouco domesticável. Nas ciências tecnológicas e nas tecnologias não é assim. Pelo contrário, coisa que há 30 anos só se aprendiam na faculdade, agora aprendem-se no secundário. O saber 'inútil' só atrapalha o esquema burguesinho-capitalista; por isso liberais, neoliberais, comunas, sociólogos, linguistas e outros imbecis arruinaram o ensino das humanidades.
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ResponderEliminarA sr. Judite está transformada numa menina loira, numa boneca, que se dedica ao entretenimento.
Medina Carreira tem ali um ganha pão. Depois de sair da SIC nada lhe resta...
A Judite de Sousa, que muitas das vezes demonstra uma ignorância galopante quanto aos temas que aborda neste programa, o que não deveria acontecer, neste particular tem obviamente razão.
ResponderEliminarO analfabetismo caiu a pique, isso é uma evidência.
Poderão dizer que temos muitos analfabetos funcionais. É verdade, mas, na minha opinião, antes os funcionais do que os totalmente analfabetos.
Poderão dizer que o ensino está mal definido ou estruturado, e até acredito que seja verdade. Mas, novamente, antes um ensino eventualmente de pior qualidade do que ensino nenhum.
Parece-me tal coisa um sofisma. Por esta razão:
ResponderEliminarO conhecimento geral da realidade e das coisas da vida não é forçosamente adquirido em escolas. Nas escolas aprende-se o que os programas permitem.
Actualmente os programas e os professores "sabem" menos que os do antigamente por uma razão que também me parece simples de entender: havia menor facilidade na aprendizagem e o grau de exigência escolar era elevado desde a 1ª classe. Muito elevado mesmo.
Quem aprendia bem e frequentava o ensino primário tinha os apetrechos básicos e essenciais parfa se "desenrascar" a escrever uma carte ou a compreender o que dizia um jornal ou mesmo a fazer contas na mercearia, com provas do nove e sem máquinas de calcular.
Hoje em dia o nível é muito inferior, por muito que saibam outras coisas como mexer em telemóveis ou navegar na internet.
Em resumo: havia menos licenciados, mas os de hoje são equivalentes, em cultura geral aos do ensino secundário de então. E os que tinham a primária nessa época e eram quase todos porque a escolaridade abrangeu quase toda a população nos anos sessenta ( ficaram de fora os mais velhos que não tinham ido à escola, mas nos meios pequenos) tinham habilitação suficiente para serem alfabetizados em níveis que agora não são.
Portanto, os números podem enganar, mas o algodão não. E o teste é a sabedoria corrente. As pessoas em geral, hoje em dia sabem menos que dantes.
Há uns anos no exame de acesso ao ano zero da Católica (não sei se ainda existe) uma das perguntas era "O que entende por Estado Novo?" e algumas das respostas terão sido "É uma discoteca em Matosinhos."
ResponderEliminarNeste particular, talvez o José tenha razão e a qualidade do ensino seja pior.
Discutir a qualidade é um assunto para o qual não estou prepardo.
Agora, não é sofisma de nenhuma espécie que o analfabetismo diminuiu e isso é, manifestamente, positivo.
Quanto ao facto de quem, digamos, frequentava o ensino obrigatório na década de 60 (ou seja, até ao 6º, ou seja, miúdos de 14 anos) se encontrar prepardo, por exemplo, para escrever uma carta ou interpretar um texto, mesmo que de jornal, é, no mínimo, discutível.
É verdade que as pessoas mais velhas tendem a desvalorizar o saber das mais novas. E vice-versa.
ResponderEliminarPorém, no caso português os factos parecem dar razão a esse costume.
Nos últimos 20 anos não apareceram em Portugal figuras relevantes em nenhuma área do saber e que mereçam ser lembradas pela excelência.
Alguém sabe dizer uma só? Pode ser que esteja esquecido de alguém, mas Rui Veloso poderia ser uma, na música.
Na escrita não vejo vivalma.No cinema idem.
Na ciência, quem? No saber educativo, organizativo, económico, quem, santo deus? Quem?
Portugal estagnou. Estiolou e apresta-se a entregar a alma ao criador que foi Afonso Henriques, um guerreiro.
ResponderEliminarA ínclita geração, agora, nem sequer é conhecida.
Se fizessem a pergunta aos examinandos da diplomacia ainda gostaria de saber a resposta.