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segunda-feira, maio 06, 2013

25 de abril de 1974- os meses que se seguiram...

Depois do dia 25 de Abril de 1974 e principalmente do 1º de Maio, Portugal entrou em euforia política. Todos os meses havia novidades e até 25 de Novembro do ano seguinte foi um PREC permanente. A Revolução permanente, cantada por Moustaki, tinha lugar em Portugal, único país da Europa que se deu ao luxo dessas experiências políticas com o comunismo, incluindo o de extrema-esquerda.
Então como hoje, o jornalismo nacional deu amplas capas e artigos, mais reportagens e fotos aos protagonistas dessa Esquerda indelével que atravessou as décadas como se nada no mundo tivesse acontecido.

Ainda esta semana Jacques Julliard escrevia na Marianne que o comunismo ( a propósito de um livro de François Furet, Les chemins de la mélancolie, precisamente sobre a aventura comunista em França e algures) era " a maior aberração intelectual do século passado" e espanta-se como o fascismo e o nazismo tiveram tamanha atenção á esquerda, com uma literatura inesgotável e o comunismo não. Julliard devia estudar melhor o que se passou em Portugal nesses anos a seguir ao 25 de Abril e o que acontece hoje em dia nas tv´s nacionais para tentar perceber tal aberração e fenómeno surreal.  

Este "cartoon" de João Abel Manta ( um fóssil comunista do mais antigo que há) publicado numa edição de O Jornal dessa época dá-nos o retrato de Portugal em fundo: alvo de estudo pelos "teóricos" do comunismo, syriza, estalinista, leninista, maoista, trotskista e todos os istas possíveis ( a identificação dos figurados em caricatura é que poderia ser um teste excelente para futuros diplomatas...incluindo o que aparece com orelhas de burro). Esse tempo foi uma época de sonho para o comunismo caseiro que nunca desapareceu do mapa nem abandonou as ideias fossilizadas.



Em 8 de Maio de 1976 a revista Opção, dirigida por Artur Portela Filho,  dedicava duas páginas à informação "de 25 de Abril a 25 de Novembro- o caminho da liberdade passará por novas formas de controle?"  e mostrava a repartição de influência política nos jornais da época. Assim,  é ver o número dos jornais afectos ao PCP e à Esquerda em geral:

Na mesma altura continuava a ser um problema político o destino dos processos contra os "fassistas" da PIDE/DGS. No número de 19 de Agosto de 1976 o assunto era debatido entre um "capitão de Abril" e um socialista fundador-maçónico-director da República. Havia o aspecto "jurídico" em relação ao qual o tal capitão queria uma resolução expedita e o "político", mais delicado. Como se sabe, o regime que sucedeu ao 25 de Abril não logrou provar e condenar um único PIDE por crimes imputáveis. Isso apesar de haver uma "comissão de extinção da PIDE/DGS".

Não obstante a pedra de toque da Revolução e do PREC era a Economia. Como é que lidavam os revolucionários com essa base fundamental de um país? Ora...tinham os seus idelógicos de serviço, os mesmos aliás que servem o Bloco de Esquerda, hoje em dia e com soluções idênticas que nunca são enunciadas claramente e os media preferem não querer saber. Fazem de conta que são partidos como os outros, com uma noção de democracia como as do demais e portanto inseridos no sistema. Todos os dias testemunhamos essa farsa nas televisões.

Este artigo de quatro páginas na Vida Mundial de 6 de Fevereiro de 1975 mostra bem o que nos prepararam e os mesmos de sempre querem outra vez preparar.. É ler o artigo de João Martins Pereira, guru de Louçã e do BE.

O que é que isto podia dar? É simples porque é exactamente a receita para a desgraça que poderemos esperar se continuarmos a dar atenção a estes desgraçados da revolução permanente.

Note-se que todo este panorama ocorreu após a nacionalização da banca ( como o BE e o PCP agora querem novamente) da indústria mais importante ( que agora nem temos e por isso o desgraçado Arménio se esfalfa em arranjar capitalistas que lhe sirvam a propaganda bolorenta e só arranjou o Belmiro, o Amorim e o Marques dos Santos). Ocorreu depois de terem na mão o poder político, o poder económico e os media, integralmente. Isso economicamente adiantou-lhes o quê? Uma bancarrota, em 1977, escassos dois anos depois do 25 de Abril. Em 1976 a então CEE "deu" a Portugal uma "ajuda de emergência" de 200 milhões de dólares na época e tal ajuda foi pedida pelo VI Governo liderado por Pinheiro de Azevedo, depois da aventura comunista de Vasco Gonçalves.  Não aprende, esta gente? É preciso mais factos?

O O jornal da época, anos 1976-77 dava-nos o panorama que ainda hoje poderemos experimentar se continuarmos a dar crédito a estes syrizas do Bloco e aos comunistas fósseis do PCP, que todos os dias aparecem nas tv´s a botar o discurso bolorente de sempre, travestido de brilho modernaço e enganador das "novas políticas" e da "democracia avançada".
 É tão claro e evidente o destino que nos espera que até dói lembrar estas coisas que os media nacionais não querem saber porque o jornalismo dos carvalhos-lourenços-judites-ferreiras e tutti quanti está mesmo apostado em repetir a História. Como farsa, desta vez mas em tonalidade trágica. Não são palermas; são apenas o que são: inconscientes do perigo e tal como dantes, coniventes com esta desgraça.
Espanta-me ainda uma coisa: Medina Carreira sabe como isto se passou porque foi protagonista. E tem palco mediático actualmente, na TVI da jornalista Judite que disto não se lembra. Era ainda nova para tal. Porque é que Medina Carreira não denuncia esta farsa em curso? Este FREC?



31 comentários:

  1. O tempo vai voltar para trás...

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  2. Mas a salvação do planeta continua.Desde que a revolução nacionalizou os ciganos que nunca mais pararam...então Macau aquilo é tudo nosso...

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  3. Os dois cravos são uma referência ao 25 de abril português, um dos símbolos mais queridos de Jean-Luc Mélenchon. "A revolução portuguesa é uma referência para ele", explica-nos a sua porta-voz, Raquel Garrido, de origem chilena.


    http://expresso.sapo.pt/nao-deixaremos-que-matem-portugal-diz-jean-luc-melenchon=f804865#ixzz2SXnuworF


    Sempre de cravo vermelho ao peito, Mélenchon disse ao correspondente do Expresso em Paris que "não deixaremos que matem Portugal nem nenhum país vítima da finança" e recordou que no Chipre "assistimos a um golpe de Estado da finança na Europa", mas que "as dívidas nunca serão pagas, com um pouco de inflação apaga-se a dívida, a inflação é melhor que a morte, a bancarrota ou a guerra!", exclamou. O Bloco de Esquerda também esteve representado nesta manifestação por miliantes do seu núcleo de Paris, a par de outros partidos da esquerda europeia como o Syriza e o Die Linke.


    http://www.esquerda.net/artigo/esquerda-manifestou-se-em-paris-contra-austeridade-de-hollande/27727

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  4. 'Andamos a comer com dinheiro emprestado'

    excelente post, gosto muito de passar por aqui!obrigada

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  5. Nunca houve muito interesse em mexer na questão da pide/dgs, além de levarem para a Russia os arquivos da dita, e que, pelos vistos por lá vão continuar, questão que é np minimo estranha. Dizem, que houve camaradas denunciados á pide/dgs,por outros camaradas, quando interessava "queimar" alguém, tipo purga estalinista....
    Claro que esta história, não dá jeito

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  6. “Espanta-me ainda uma coisa: Medina Carreira sabe como isto se passou porque foi protagonista. E tem palco mediático actualmente, na TVI da jornalista Judite que disto não se lembra. Era ainda nova para tal. Porque é que Medina Carreira não denuncia esta farsa em curso?”

    Caro José

    Dá-se ao trabalho de o ouvir sequer?
    Ainda esta noite ele explicou e apresentou mapas que demonstravam, para além de qualquer dúvida, como é que chegámos a esta desgraça.
    E comprovou também, que em 100 anos de República, só durante o Estado Novo, Portugal foi governado com bom senso.

    E que eu me lembre, Medina Carreira não foi protagonista de nacionalizações nem de nenhum desmando do PREC.

    Ele foi apenas bombeiro numa das intervenções do FMI.
    E não se armou em bom.
    Disse claramente, que o trabalho dele foi bem mais fácil, que o deste Governo e deste ministro das Finanças.

    A Judite é um pouco tonta?
    É, sem dúvida.
    Mas aquele programa, com o Medina Carreira, é mesmo uma ilha de bom senso num mar de parvoíces.
    .

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  7. 6 de Maio de 2013 à0 22:05


    Dizem os boatos que o arquivo da PIDE terá sido destruído pelo KGB ainda nos tempos da URSS, por ter esgotado a sua utilidade para os soviéticos, tendo-se deslocado a esse país, nessa ocasião, um elemento do comité central do PCP, já falecido, para recolher algum material que pudesse ter ainda, eventualmente, interesse para o partido. Se isto é verdade ou não...

    (retirado do livro O Arquivo Mytrokhin)

    http://en.wikipedia.org/wiki/Mitrokhin_Archive


    “…os líderes comunista e socialista, Álvaro Cunhal e Mário Soares, regressavam do exílio, apresentando-se juntos à frente dos seus apoiantes em delírio que empunhavam conjuntamente o mesmo cravo vermelho. Soares prestou homenagem a Cunhal, seu antigo professor, como «homem notável, com uma visão luminosa e penetrante que sugeria uma grande força interior». Mas Cunhal também era um lealista da linha dura soviética que em 1968 fora o primeiro líder comunista ocidental a apoiar o esmagamento da «Primavera» de Praga. Embora as divergências entre ele e Soares fossem aumentando gradualmente, haviam de estar juntos numa série de governos de coligação até ao Verão de 1975.

    Em Junho de 1974, Portugal e a União Soviética estabeleceram relações diplomáticas pela primeira vez desde a Revolução de Outubro. Seis meses mais tarde, Cunhal teve o primeiro encontro com o residente do KGB em Lisboa, Esviatoslav Fiodorovich Kuznetsov (nome de código LEONID), que funcionava sob cobertura diplomática da recém-criada Embaixada Soviética. Embora a reunião decorresse numa casa segura do Partido Comunista Português (PCP), os dois homens tinham tanto medo de que a sua conversa fosse escutada que mantiveram um diálogo inteiramente silencioso com lápis e papel. Foi acordado que o KGB formaria dois membros de confiança do Partido para detectarem equipamento de escuta, de modo que as suas futuras conversas pudessem ser faladas. Cunhal também se comprometeu a entregar material sobre o serviço português de segurança, sobre a OTAN (de que Portugal era membro fundador) e sobre outras «questões de interesse para o KGB».

    Pouco depois da Revolução de Abril de 1974, foi dado a uma comissão de inquérito acesso aos processos do brutal serviço de segurança do regime deposto (conhecido sucessivamente por PIDE e DGS), cuja vasta rede de informadores quase rivalizara com as do Bloco Soviético. Uma vez que o PCP, cujos 22 membros do Comité Central tinham, no seu conjunto, passado 308 anos na prisão, fora o principal alvo da PIDE/DGS, esteve, sem surpresa, bem representado na comissão. Além de passar grandes quantidades de documentos da PIDE/DGS (alguns dos quais diziam respeito à colaboração com serviços de informações ocidentais), o PCP também forneceu à residência de Lisboa processos de informações militares portuguesas e de novo serviço de segurança criado depois da revolução. Segundo um dos processos anotados por Mitrokhine, o peso total do material classificado fornecido pelo PCP à residência de Lisboa em meados dos anos 70 atingiu 474 quilos. Em Janeiro de 1976 foi criada dentro do Quinto Departamento da PDP uma secção especial para trabalhar nos documentos portugueses que, na sua versão microfilmada, ocupavam 68138 fotogramas. O resumo de Mitrokhine do relatório do Centro sobre o material conclui:

    • Foi obtida informação extremamente importante sobre a estrutura, métodos de trabalho e redes de agentes dos Serviços Especiais (informações) dos EUA, de França, da RFA e de Espanha em territórios de Portugal; sobre a sua cooperação com a PIDE/DGS e as redes de agentes desta em Portugal e nas antigas colónias; sobre as forças armadas de Portugal e de vários outros países; sobre os métodos de trabalho dos Serviços Especiais portugueses contra a União Soviética e outros países socialistas; sobre a situação operacional dos agentes no país e em situações que fossem alvo de interesse para o KGB; [e] sobre indivíduos de interesse operacional para o KGB.”

    "Christopher Andrew e Vasili Mitrokhine, O Arquivo Mitrokhine, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2000, pág 388. ”


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  8. No livro Spymaster do General do KGB Oleg Kalugin é feita referencia a essa transferencia:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Oleg_Kalugin

    http://books.google.pt/books?id=XjEjaXzWvBkC&pg=PA195&lpg=PA195&dq=spymaster+kalugin+portugal&source=bl&ots=tKUwmG4EfR&sig=5clByiP5vI_zc-XmpZbt_S2d480&hl=pt-PT&sa=X&ei=m1EgUL70AqO50QXc14D4Aw&redir_esc=y#v=onepage&q=spymaster%20kalugin%20portugal&f=false


    José Milhazes, correspondente da SIC em Moscovo sobre esse tema:

    http://darussia.blogspot.pt/2010/09/contributo-para-historia-o-rei-das.html

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  9. http://images.borders.com.au/images/bau/97801402/9780140284874/0/0/plain/the-mitrokhin-archive-the-kgb-in-europe-and-the-west.jpg



    Em Abril de 1995 estive uma semana em Moscovo para entrevistar alguns antigos agentes do KGB sobre o desvio de documentos da PIDE para a URSS após o 25 de Abril de 1974.
    Gravei alguns testemunhos em vídeo, mas os originais dessas cassetes perderam-se na mesa de um responsável de Informação da SIC, pelo que aprendi a não confiar originais, especialmente quando ainda não fizera cópias...
    Nessa altura, em 1995, foi aprovado na Assembleia da República uma comissão de inquérito parlamentar para investigar a transferência de arquivos da PIDE para o KGB, de modo a tentar apurar quem foram os responsáveis pelo seu envio e que tipo de chantagem foi depois exercida sobre as pessoas cujos dados supostamente acabaram por ser utilizados pelos serviços secretos soviéticos.
    O inquérito PIDE/KGB, um pouco à semelhança do inquérito parlamentar aprovado em Março de 1987 que iria investigar o negócio ilegal do tráfico de armas norte-americanas por Portugal no âmbito do escândalo do "Iran-Contra", também nunca chegou a funcionar, visto que foi interrompido e nunca retomado porque, em 1995, houve eleições legislativas - onde Fernando Nogueira perdeu contra o socialista António Guterres.


    http://paramimtantofaz.blogspot.pt/2005/06/recordao-de-cunhal-com-o-kgb-pelo-meio.html

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  10. José, em Portugal estamos condenados a falar de pó, de teias de aranha, de túmulos, ideológicos, enfim, estamos condenados a falar das esquerdas.

    Sabemos que nunca houve um regime socialista e ao mesmo tempo democrático porque só se pode impor a igualdade violando a nossa natureza. Por mais que repudie o ideário da esquerda socialista, reconheço que, possa haver esquerdistas sinceros, não sei, embora eu não compreenda que alguém possa, racionalmente, sobrepor o valor da igualdade ao da liberdade.

    Alguém que acredita que eliminados os burgueses e aproveitadores, o homem se moldará à imagem e semelhança de uma sociedade “progressista”, que seria uma sociedade sem divergências. E chamam “progresso” a essa soma orgulhosa e ufanista de atrasos! O que é certo é que essa “igualdade”, esse “progresso” sempre deu em desastre e em milhares ou milhões de mortos!

    Eu acredito que o homem só cabe num molde, o da liberdade, porque a natureza (ou o Altíssimo, para os religiosos) não lhe deu outra escolha que não seja… poder escolher. O livre arbítrio, condena-nos à liberdade — inclusive, na visão religiosa, à liberdade do pecado.

    Mas é sempre curioso observar como as religiões políticas de esquerda se empenham na afirmação de que são livres de dogma. Em vez disso, professam-se campeãs da liberdade e do pragmatismo – que, a seu ver, são “bens autoevidentes” que lhes conferem uma "óbvia superioridade moral”. Evitam, portanto, discutir as suas ideias mais básicas, os seus programas, porque isso exporia de modo evidente as tentações totalitárias que trazem na alma. Quantos conhecem os programas do PCP e do BE?

    Contêm dogma, consideram-no fora de discussão. Em vez disso, forçam-nos a ver o mundo com as suas lentes distorcidas, forçam-nos a argumentar com as suas intenções, os seus motivos, os seus sentimentos. Acima de tudo acreditam que estão certos porque “se preocupam”, e transformam a “compaixão” na palavra de ordem. Nós sabemos como eles tiveram um coração de ouro a tratar os seus adversários.

    Mas é privatizando as palavras, que os esquerdistas foram controlando a discussão sem explicar aonde querem chegar e sem contar por onde andaram e o que fizeram.

    Esta gente conseguiu sucesso onde os intelectuais fascistas acabaram por falhar. Fizeram-no transformando paixão, activismo, manipulação e mentira em medidas de virtude política e principalmente fazendo os motivos parecerem mais importantes que os factos! Além disso, e o que é mais extraordinário, numa brilhante manobra retórica, conseguiram-no, em grande parte, sustentando que os seus oponentes é que eram os fascistas!

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  11. Medina Carreira é o único farol de verdade no espaço mediático português.

    Avisou também antecipadamente todos os portugueses para o rumo trágico que se caminhava e que ainda se continua a caminhar.

    Foi graças a ele que eu descobri também o Porta da Loja.



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  12. Caro Vivendi

    Encontrar alguém que concorda comigo no que diz respeito ao Medina Carreira é revigorante, por ser tão raro...
    Obrigado.

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  13. Medina Carreira é bom. O óptimo é que seria o ideal.

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  14. Há muito tempo que ouço que o óptimo é inimigo do bom.

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  15. José,

    Ninguém consegue ser ótimo neste país.

    Ainda há muitos que pensam que o Medina não passa de um velho do restelo.

    Num país normal Medina Carreira tinha sido acarinhado pela sociedade civil e empresarial para o fazerem chegar à presidência da república.

    Os portugueses querem meritocracia ou partidocracia?


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  16. O Medina é apenas a expressão do senso comum que anda ao abandono na Assembleia da República, partidos políticos e media em geral.

    Nada mais e ainda assim é muitíssimo.

    O que nos aconteceu em trinta anos é caso de investigação internacional. Devia ser porque um ISCTE, por exemplo é coisa surreal demais para existir.

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  17. Aquele Pedro Adão e Silva mais as lourenços dos media deviam ser analisados psicologicamente. Estudados como seres estranhos.

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  18. ahahaha

    À National Geographic. Como espécies desaparecidas que ainda sobrevivem por cá

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  19. hehehehe

    Quem são as aves raras que habitam no jardim.

    Como marcam o seu território, hábitos de sobrevivência, a ajuda entre diferentes espécies, a manutenção do poder, rituais de poder.

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  20. O que é engraçado é que o José falava nuns posts recentes sobre o cheiro a fim do regime no Marcelismo e agora o que se vislumbra neste regime?

    O PS já está aí preparado de novo para ser poder só não sabe ainda quando e os portugueses ainda menos saberão para quê?

    Este regime sobrevive de quê mesmo?

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  21. Este regime só tem redenção quando se puserem a nu todas ou pelo menos as mais importantes manigâncias que se efectuaram, de há vinte anos para cá. Pelo menos.

    se formos à bancarrota ( saída do euro por exemplo) torna-se evidente que esta gente que governa tem de dar lugar a outros que podem fazer melhor.

    E por quem governo quero dizer todo o sistema político-partidário incluindo o mediático.

    Podem dizer que estou a sonhar alto mas na Itália tal aconteceu. Mudou o sistema, mesmo que os vícios não se tenham alterado. Mas pelo menos mudou.

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  22. Essas manigâncias estão à vista de todos os que quiserem ver.

    basta fazer um scroll neste blog para entender uma boa parte.

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  23. "Ainda há muitos que pensam que o Medina não passa de um velho do restelo."

    E é um Velho do Restelo, mas do que me lembro dos Lusíadas, isso não é propriamente um defeito.
    É uma característica que devia perdurar e ser acarinhada.

    O ímpeto da acção dos jovens Portugueses devia ser sempre amadurecido, ouvindo as opiniões provindas da sabedoria dos mais velhos.
    Mas não de velhos, que toda a vida viveram, à custa do trabalho dos outros, ou daqueles que não conseguem desligar a k7 que lhes substitui o cérebro.
    .

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  24. O problema de MC, parece-me, é que não ultrapassa um certo limite. Nomeadamente, o dos nomes.

    Vocifera bem e justamente. Mas é ridicularizado por isso mesmo: porque só vocifera.
    Esquiva-se a nomear pessoas, das quais decerto conhecerá as responsabilidades. Se o não fizesse, a sua crítica seria muito mais incisiva e incómoda.

    Não se percebe porque o não faz. É velho e pouco terá que temer seja o que fôr. Provavelmente não se quererá chatear. Está no seu direito. Mas a verdade é que, pelo menos, inconscientemente, já toda a gente entendeu o que ele diz; o que, aliás, não é difícil - ele próprio o afirma.

    Só que sem nomes, sem acusar directamente pessoas - com conhecimento de causa e domínio de factos, não saímos disto. E nem são precisos muitos - o José tem-nos aqui escrito. Toda a gente os conhece, e toda a gente sabe. Mas ninguém atira a primeira calhoada a sério...

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  25. Os nomes carecem de tomates. É preciso tê-los e ao mesmo tempo ter cuidado porque os nomes quando são entalados, se o são sem razão reagem.

    Coragem, se quiserem. E nem é preciso muita porque apontar factos relacionados com nomes todos fazem ou podem fazer. Imputar factos relevantes a nomes já é um pouco mais difícil. Circunscrever factos comprovados a nomes, isso é com as instâncias judiciais e políticas. Ou mediáticas se tiverem fontes suficientes para tal.
    Os media em Portugal foram capados completamente. Não há um único hoje em dia que seja capaz de correr riscos. Nem um.

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  26. Quem capou os media?

    Eu digo: Salgado, banca, políticos de topo sem vergonha, Impresa do Balsemaia, o "amigo Joaquim" e os interesses económicos de sobrevivência básica. O barão conde de abranhos também.

    Estão todos de cócoras perante essa gente.

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  27. E para além disso, alguns cretinos bem conhecidos que escrevem em jornais.

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  28. O Salgado do Bes é importante nisto porque a publicidade do banco é uma das maiores fontes de receita dos media.

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  29. O Salgado é o número um do "país positivo". O paradigma.

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