Segundo a Sic, os exames para ingresso na carreira diplomática foram "uma razia".
Foi uma razia na cultura geral dos aspirantes a diplomatas, 98% dos candidatos à carreira diplomática chumbaram no teste de cultura geral. Dos mais de 2 mil pretendentes apenas 44 souberam responder, num teste de cruzinhas, a questões consideradas essenciais.
No sítio da estação de tv, uma professora da faculdade de Letras da Universidade do Porto ( que afinal poder ser uma licenciada pela FLUP e professora do ensino básico e secundário) comentou assim:
"Não me admira... cada vez mais os nossos jovens evidenciam um grande
desinteresse pelos factos atuais e não só. Não leem livros, revistas,
jornais; não se interessam pelas notícias veiculadas pela televisão. Não
sabem História de Portugal nem Universal, desconhecem a literatura
portuguesa, entre outros aspetos.
O conhecimento deles é muito
redutor; arruma-se em gavetas que têm no cérebro e não conseguem
relacionar épocas; esquecem tudo muito rapidamente porque não memorizam
nada. Os que vão para o ensino superior, uma grande parte "marra" para
passar nos exames e não se interessam por aprender um pouco mais,
aprofundando conhecimento através the investigação. Eu sei do que falo.
Sou professora e luto todos os dias com este problema. é uma angústia e
uma desilusão. Por muito que se aconselhe, os jovens distanciam-se dos
factos, dos problemas sociais, políticos e económicos e, por isso, não
conseguem ter opinião formada acerca de nada.A capacidade de
argumentação é nula. A estes Jovens caberá a responsabilidade de nos
governarem no futuro! O que nos espera!"
E a senhora escreve segundo as regras do novo acordo ortográfico...e segundo alguns optimistas de sempre, Portugal tem actualmente uma geração academicamente preparada. Mais: é a que tem melhor preparação intelectual de sempre. Pobres coitados que nem sabem o que dizem nem dizem o que não sabem.
Fazem-me lembrar um colega que habituado a chumbar nas orais, saía sempre a criticar os professores que o reprovavam, porque nunca perguntavam o que valia a pena para a vida prática. E isso ele jurava que sabia.
Agora é a mesma coisa: os alunos não percebem nada de cultura geral mas sabem muitas outras coisas muito importantes e que dantes não se aprendiam. Por exemplo, jogar na playstation...ou teclar nos telemóveis à velocidade do som, pelo menos. Ou dizer Ya; ou escutar rapiocadas; ou distinguir um hamburger da mcDonalds de um da Pizza Hut; ou saber de cor a equipa do Benfica...do ano passado.
Parece-me que o tipo de perguntas que saíram no teste era de aprendizagem básica no ensino do Estado Novo.
ResponderEliminarMas hoje para os jovens o que interessa realmente é o que aparece no facebook.
As revistas, jornais e tvs só vale a pena a quem já tiver análise crítica e seletividade. Senão o indivíduo sujeita-se a levar com injeções de ideologia quando julga que está a receber conhecimento.
Governar o futuro?
Basta olhar para o presente que os jotinhas nos deram.
Enquanto não se repuser a verdade da história e correr com os jacobinos e a maçonaria do controlo do poder, Portugal está condenado a não ser Portugal.
Se Salazar tivesse sido alemão ou inglês as suas palavras, teorias e métodos fariam hoje escola em todo o mundo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUns postes abaixo, o comentador Ricciardi escrevia:
ResponderEliminar"Caro José,
Não vejo onde está a mentira da jornalista.
Até 1975 a taxa REAL de escolarização ao nível do Secundário era de 8%. Hoje é de 73%.
Ao nível universitário a coisa era assim:
- 1978 =12%
- 2011 =54%"
Talvez este "post" o faça agora perceber que estas estatísticas não passam de números.
E que pouco importa ter taxas reais de escolarização de 73% e ensino obrigatório até ao 12º ano, quando os alunos terminam a escola sem saberem construir uma frase ou fazer uma conta de dividir, e sem o gosto pela leitura.
tenho em casa pessoa qualificada a tirar o 2º mestrado por não haver no país onde possa fazer doutoramento.
ResponderEliminarencontra-se a dar aulas do 2º e 3º ciclo e não no secundário.
dirigem-na mamãs donas de casa desactualizadas por nunca terem estado actualizadas.
o mesmo acontece no sns e na magistratura
os alunos coitadinhos andam traumatizados e esfomeados
os bandidos de colarinho branco andam à solta
a nau catrineta 'vai de vento em proa'
seguramente emprego vai ser 'em prego (casa de)'
"...ou saber de cor a equipa do Benfica...do ano passado."
ResponderEliminarBem esse conhecimento desde sempre foi uma caracteristica cultural do nosso Povo.
Deve ser a única coisa que não é culpa do PREC.
.
No caso em concreto, como noutro tipo de concursos em que os lugares postos a concurso já estão cativos, talvez valha a pena atentar não apenas na falta de "Koltura", mas na abundância de Cunhas.
ResponderEliminarGostava honestamente de ver qualquer um de vós, comentadores, blogger ou a dita professora universitária, a acertarem 63 daquelas 90 perguntas de cruzinhas. É que chumbar, neste caso, equivale a não ter um 14/20. Se quiserem dar uma vista de olhos ao exame sugiro que sigam este link e tirem as vossas conclusões: http://ntpinto.wordpress.com/2013/04/22/5089/
ResponderEliminarnãoseiquenomeusa:
ResponderEliminarIsso é palpite ou apenas facto conhecido?
É que nestas coisas convém ter certezas próximas da realidade. Não absolutas ou meramente abductivas, mas positivamente concretas e plausívels para o senso comum.
Se assim for, tendo a acreditar.
acredite.
ResponderEliminarMas então estamos noutro nível que é o jornalístico.
ResponderEliminarSe o/a jornalista que escreve a notícia sabe qualquer coisa que explique esse fenómeno convinha que fosse agente de revelação pública.
Como não é, contribui para a confusão, deste modo:
O jornalista soube que os chumbos nesse exame foram uma razia, objectivamente. Deve noticiar. Mas sabe também algo mais, porque a verdade dos factos não fica por aí. Deve escrevê-lo, mesmo sob reserva de conformação se tiver a noção e a dúvida fundamentada ( próxima da certeza) de que o exame foi apenas um pró-forma para que algum afilhado do Portas ou do raio que o parta, passe o teste para ingressar na carreira.
Seria esse o verdadeiro jornalismo. Porque é que não é assim?
Será que o jornalista em causa é imbecil ou anda a tirar curso de idiota?
Jpsé, por favor emende a identificação da senhora: não é professora da Faculdade de Letras do Porto, é licenciada pela FLUP e professora do ensino básico e secundário.
ResponderEliminarNão é? Mas se é o que lá consta...
ResponderEliminarVendo aqui, pelo link não se chega lá...mas vou emendar na mesma.
O questionário começa bem...
ResponderEliminar1. Quem é o autor do álbum: “Venham mais cinco”?
José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira
Ah ah ah Vivendi, bem apanhado.
ResponderEliminarEles estão em todo o lado...
Como dizia o meu avô, puta que pariu.
Ela é mais facebook.
ResponderEliminarA prova é anormalzinha. Podia ser concurso de tv.
ResponderEliminarEm que cidade alemã foi fundado o pêesse? Como se chamava o livro que escreveu Rui Mateus um dos fundadores? Não me digam que isto é cultura geral. No exame de estágio da ordem do bestonário Marinho não fazem perguntas destas.
ResponderEliminarE aprova em si, ninguém comenta? Ou já perceberam o quão ignorantes são?
ResponderEliminarOlha aí, ó inteligente: não sabes ler ou és mais ignorante que anormalidade da prova?
ResponderEliminarBeko:
ResponderEliminarJá li a prova. Parece tirada do concurso daquele da tv que me esquece o nome. Malato, é isso. O género é o mesmo, aliás.
As perguntas foram elaboradas pela mesma pessoa? Um diplomata, talvez. Ou um professor de diplomacia, amigo de quem escolhe?
As perguntas culturais ressumam a esquerdismo balofo e bolorento. As perguntas sobre relações internacionais podem servir. As restantes são de uma cultura geral a granel.
Se é com este tipo de prova que se escolhe alguém para uma carreira diplomática está visto o futuro da diplomacia portuguesa.
ResponderEliminarPois é. As perguntas são completamente mentecaptas.
ResponderEliminarÉ concurso de tv e feito por fóssil. Só um fóssil se lembrava de incluir o Luandino Vieira num teste para diplomata.
":O)))))
Ainda bem que já leram o teste. Mantêm a teoria de que a minha geração é isto e aquilo ou vamos admitir que o teste era idiota, não sendo adequado a medir a "koltura" geral de quem quer que seja?
ResponderEliminar"vamos admitir que o teste era idiota, não sendo adequado a medir a "koltura" geral de quem quer que seja".
ResponderEliminarSim, é isso.
Mas mantenho a teoria que a geração dos vintes e trintas têm falta de conhecimentos humanísticos em dose que julgo preocupante.
ResponderEliminarNão é dose preocupante, é dose cavalar.
ResponderEliminarAté relincha.
ResponderEliminar":O))))
Eu estou admirado como é que o povo que foi fazer o exame não se levantou e começou a cantar a grandôla como protesto.
ResponderEliminarOla,
ResponderEliminarMuito bem Beko !
Eu sou de uma geração intermédia (nascido em 66) e sobre a questão da cultura das gerações de hoje não me pronunciarei, nem alias sobre a pretensa cultura humanistica das gerações anteriores à minha, que verifico tantas vezes ser um mito.
A cultura humanistica autêntica NAO se adquire na escola, nem alias na universidade. A escola e a univeridade podem, quanto muito, dar uma ajudinha, mais nada...
Seja como fôr gostei da demonstração e, embora deva reconhecer o fairplay do José, gostava de ver mais humildade em quem se apressou a criticar de forma categorica e emproada, antes mesmo de procurar saber do que se estava a falar.
Vejo que, tal como a cultura humanistica, o espirito critico tende a ser repartido com muita parcimonia, embora com uma perfeita equanimidade, entre gerações.
Boas