O sociólogo António Barreto acusa todos os partidos e
responsáveis políticos que estiveram no poder ao longo dos últimos anos
que terem "deixado Portugal debaixo de uma ameaça terrível de
bancarrota".
"Todos os partidos sempre quiseram aumentar os
benefícios e as benesses e os contratos a pagar daqui a dez, 20, 30, 40
anos", diz António Barreto em entrevista à Antena 1, considerando um
"escândalo nacional" as PPP (Parcerias Público-Privadas) e os swaps (Contratos de Gestão de Risco Financeiro).
"As operações deste género que vieram hipotecar um país inteiro por muitos e muitos anos", acrescenta.
Segundo António Barreto, "os dirigentes políticos que
os fizeram" obtiveram "vantagens para si próprios nalguns casos, para
seus partidos noutros casos, para os seus governos noutros casos ainda" e
permitiu-lhes "arranjar emprego para outras pessoas para depois
ganharem os votos" e "concursos para empresas e grupos económicos para
poderem repartir um bolo melhor com pagamentos a longo prazo".
"Toda esta operação, de repente, verificou-se que tinha deixado Portugal debaixo de uma ameaça terrível de banca rota", remata.
"Todos devem ser responsabilizados"
Para António Barreto, todos os políticos e gestores de
empresas públicas que lesaram o Estado "devem ser responsabilizados
politicamente e judicialmente só aqueles que cometeram verdadeiras
ilegalidades".
"Quando agora se descobre que vamos ter de pagar
hospitais e autoestradas durante mais 30 ou 40 anos e que o preço final é
várias vezes superior ao que seria com outros procedimentos, não vejo
onde haja crime nisto", disse, para logo acrescentar: "O que acho é que
essas pessoas, esses partidos, essas instituições, com nome, deveriam
ser tornadas públicas: quem é que fez o quê e quem é que assinou o quê,
não para meter na cadeia, mas para os impedir de voltar a fazer
política, para os impedir de voltar a ter acesso à decisões".
Decisões sobre PPP´s e "swaps"? Responsáveis?
A revista Visão, em Outubro de 2012 "desmontou" o esquema e mostrou o nome dos responsáveis directos, enquanto políticos.
António Barreto quer o nome deles? Alguns estão aqui. Veja-se onde param estes criminosos políticos e que percurso fizeram desde os "crimes" políticos que cometeram ( há já quem fale em "crimes em série")...e quem os nomeou para os cargos que ocupavam e ocupam. Veja-se depois quem autorizou em conselhos de ministros o que os mesmos promoveram, quem promulgou e quem publicou. E quem elegeu...esses mesmos. Ou seja, quem votou nas eleições. Será assim que se defenderão sempre...os maiores responsáveis pelo descalabro.
E de resto é ver quem é que a SIC das anas lourenços convida sempre para explicar a "crise". Geralmente estes nomes que estão envolvidos até ao pescoço nestas negociatas de alto coturno.
O "crime" não é apenas politico. Esses foram os executantes directos. Mas há os cúmplices e co-autores. Entre os mesmos avulta a Impresa de Balsemão e demais universo mediático e...os bancos, com destaque para um certo Ricardo Salgado. Quanto a este basta saber como foram inventados os RERT´s de amnistia fiscal, logo em 2005 ( é ler o artigo 5º desta lei que alterou o Orçamento de Estado para esse ano, publicada em Julho de 2005, ou seja a meio do ano e metida a mascoto por alguém) , repetido em 2010 e em 2012, sempre metidos a mascoto no Orçamento de Estado. Basta saber quem foram os governantes que tal decidiram, como e porquê, exactamente.
Acho que há um indivíduo que sabe exactamente o que se passou. É este e trabalhaou para o BES durante muitos anos, até 2005, precisamente. Era ministro deste Governo, desde Março de 2005.
E de resto é ver quem é que a SIC das anas lourenços convida sempre para explicar a "crise". Geralmente estes nomes que estão envolvidos até ao pescoço nestas negociatas de alto coturno.
O "crime" não é apenas politico. Esses foram os executantes directos. Mas há os cúmplices e co-autores. Entre os mesmos avulta a Impresa de Balsemão e demais universo mediático e...os bancos, com destaque para um certo Ricardo Salgado. Quanto a este basta saber como foram inventados os RERT´s de amnistia fiscal, logo em 2005 ( é ler o artigo 5º desta lei que alterou o Orçamento de Estado para esse ano, publicada em Julho de 2005, ou seja a meio do ano e metida a mascoto por alguém) , repetido em 2010 e em 2012, sempre metidos a mascoto no Orçamento de Estado. Basta saber quem foram os governantes que tal decidiram, como e porquê, exactamente.
Acho que há um indivíduo que sabe exactamente o que se passou. É este e trabalhaou para o BES durante muitos anos, até 2005, precisamente. Era ministro deste Governo, desde Março de 2005.
António Barreto se quiser fazer uma caça a estes bruxos, inteiramente justificável, aliás, deve começar por enunciar as razões contextuais que tal permitiram e agora que se sabe a extensão dos "crimes" cometidos, impedi-los de facto de governarem seja o que for, com relevância pública. Nos casos mais gritantes, como é o de Jorge Coelho, a meu ver só haverá uma medida de justiça à altura: expropriá-lo de tudo o que tem, ganho na Mota-Engil, e colocá-lo no tempo do "hádem". No "hades", exactamente.
E anda-se a falar do BPN...como se esse escândalo financeiro, envolvendo na sua maioria entidades privadas ( até à nacionalização e esta deve também entrar no rol dos crimes políticos aqui enunciados) fosse coisa que se visse ao pé disto.
Nunca como agora as Parcerias Público Privadas estiveram sob tal
escrutínio. O Tribunal de Contas confirmou a "falta de transparência"
dos contratos assinados com as concessionárias; no Parlamento, vão ser
ouvidas 182 pessoas a esse respeito; no DCIAP, investiga-se a eventual
troca de favores entre empresas privadas e ex-governantes. Saiba quem
foram os ministros que "patrocinaram" as PPP, quais os desvios e quanto
custou ao Estado cada um desses negócios
- Recorde aqui o percurso dos governantes das PPP
ANTÓNIO MEXIA, 55 anos - Ministro das Obras Públicas durante oito meses, entre 2004 e 2005, sempre se moveu no mundo das empresas públicas. Antes de 2004, esteve na Galp Energia, no ICEP, no BES Investimentos, na Gás de Portugal e na Transgás. Em 2006, passou a presidir à EDP
VALENTE DE OLIVEIRA, 75 anos - Foi várias vezes ministro entre 1979 e 2002. Foi, também, professor catedrático, passou pela AEP, pela Parque Expo, pela Comissão de Coordenação da Região do Norte e tornou-se coordenador europeu das Auto-Estradas do Mar
JOÃO CRAVINHO, 76 anos - Depois de ser ministro do Equipamento de Guterres, foi deputado e propôs um pacote anticorrupção, na AR. Em 2007, o Governo designou-o para administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, em Londres
JORGE COELHO, 58 anos - Abandonou o Governo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001. Depois disso, manteve-se como deputado até sair, em 2006, para a empresa de consultoria que fundou, a Congetmark. Deixou de ser conselheiro de Estado pouco antes de se tornar presidente da Mota-Engil, em 2009
FERRO RODRIGUES, 62 anos - Substituiu Jorge Coelho no Governo, em 2001, e sucedeu a Guterres na liderança do PS, entre 2002 e 2004. Foi nomeado embaixador português junto da OCDE, em 2005, cargo que deixou para regressar ao Parlamento, em 2011, onde é deputado e vice-presidente
MÁRIO LINO, 72 anos - Deixou o Governo de José Sócrates em 2009. É, desde maio de 2010, presidente do Conselho Fiscal das companhias de seguros do grupo Caixa Geral de Depósitos
ANTÓNIO MENDONÇA, 58 anos - Saiu do Governo, em 2011, na sequência da queda de José Sócrates. É professor catedrático de Economia no ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão e preside a um centro de estudos na mesma faculdade
PAULO CAMPOS, 47 anos - Até 2005, altura em que se tornou secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações nos dois Governos de José Sócrates, foi administrador de várias empresas do grupo Águas de Portugal. É deputado
Não sou muito de teorias de conspiração mas, como já aconteceu algumas vezes desde que tomei consciência de que esta gente não é séria, houve uma coisa que me pareceu estranha por estes dias.
ResponderEliminarDepois do anúncio da privatização dos CTT (1 ou 2 dias depois), o Passos decidiu usar o termo União Nacional.
Depois da utilização deste termo, não mais ouvi falar dos CTT. Com a ajuda da oposição, o escândalo e o foco mediático passou a ser a União Nacional.
É possível que ande a sofrer de inícios de esquizofrenia mas isto pareceu-me estranhamente coincidente.
Ah, lembrei-me disto porque me parece o MO quando se quer passar por baixo do radar os verdadeiros assuntos.
ResponderEliminarÉ como as belas pernas da assistente que ajudam o mágico.
Certo pessoal de esquerda anda stressado com tanto fassismo.A máquina de propaganda montada pelos istos está a falhar...
ResponderEliminarQuanto às contas eu penso assim:quem gastou mais do que o orçamentado ia preso...
A. Barreto : "ingenuidade" retardada, ou peso ( e grande!) na consciência?
ResponderEliminarÉ que isto de (re)viver 1580 não é pera doce - mòrmente quando , por activa e por passiva, se foi um dos seus arautos...
Ninguém explicou ao Barreto que o regime está montado em sistema dominó...
ResponderEliminarNinguém explicou ao Barreto que o regime está montado em sistema dominó...
ResponderEliminarE que ele é uma das peças. E nem sequer "doble".
ResponderEliminarO Barreto poderia compreender se entendesse o Machete.
ResponderEliminarBastava isso.
José
ResponderEliminarAnda mal informado, o Pinho não trabalhou no BES, ele trabalha e consta que preside aos negócios africanos.
Curiosamente ninguem o vê nunca, excepto na seção de pessoal onde processam o vencimento e as regalias.
ResponderEliminar"O que acho é que essas pessoas, esses partidos, essas instituições, com nome, deveriam ser tornadas públicas: quem é que fez o quê e quem é que assinou o quê, não para meter na cadeia, mas para os impedir de voltar a fazer política, para os impedir de voltar a ter acesso à decisões".
Se é só isto que o Barreto acha necessário, qual é o interesse?
É pôr trancas em casa assaltada.
E como é que se impede mesmo, que esses "criminosos" voltem ao poder?
E como é que se torna os nomes dessas pessoas e instituições públicas?
Publica-se no DR?
Faz-se um anexo à Constituição com esses nomes?
Devo estar a ficar mesmo velho porque estou sem paciência para esta demagogia serôdia.
Eu até apreciava, mais ou menos, Barreto, porque me lembro da coragem demonstrada no PREC, aquando da “ressaca” da reforma agrária.
Agora estas tiradas não interessam a ninguém.
Tenho absoluta certeza, que ele deve saber, nem que seja dum caso, que podia denunciar e levar para julgamento.
Faça isso!
Demonstre que ainda tem a coragem demonstrada quando foi ministro da agricultura.
Senão cale-se!
Ruído já há a mais.
.
O Pinho é o Manuel Pinho, o dos tamancos e dos corninhos.
ResponderEliminarDizer que não trabalhou no BES é capaz de ser uma elipse biográfica bastante conspícua...
Não haverá, nunca, democracia sem cultura democrática. Salvo honrosas exceções, não a há em Portugal, nomeadamente por parte das elites políticas, que, afinal, emanam do Povo!
ResponderEliminarA questão é a de saber quem, efetivamente, está empenhado num projeto democrático autêntico.
Mossulini tinha uma definição bem engraçada de democracia!
Admiro muito António Barreto mas...como muitos outros...parece-me que tem medo de "pisar o risco".
Caro José, felicito-o pela frontalidade.
Uma nota: Sou homónimo do Sociólogo (já aqui me tomaram por ele).
O seu homónimo nunca cita nomes, deixando-os implícitos. É uma atitude cobarde, como a de quem atira a pedra e esconde a mão.
ResponderEliminarBarreto, se citasse nomes, estava tramado nos media.
Assim, lá vai fazendo o que pode.
E no entanto os nomes são esses e outros mais.
ResponderEliminarBarreto não cita nem um, sequer.
Por mim, se quisesse encontrar um único nome dizia: João Cravinho. Um dos maiores bluff desta democracia.
Como dizia o outro, praticamente só fez merda, com o pormenor de passar por um senhor. Portanto, um cagão.
ResponderEliminarJosé
ResponderEliminarProvavelmente expressei-me mal.
O que quis dizer é que a ligação do Pinho ao BES não é coisa do passado, é algo que se mantém no presente, apenas interrompido (se é que se pode dizer isso) durante a passagem pela economia socrática.
Pois...e se ninguém o vê nunca é preciso saber por que razão não tem que trabalhar. E que méritos especiais tem para tal estatuto. E ainda outra coisa: quando saiu do governo e segundo Catroga, desprezou o vencimento de mais de 300 mil euros anuais porque lhe pareceu pouco. E o carro "nem era grande coisa".
ResponderEliminarEste Pinho merecia eu sei bem o quê...e só gostaria de saber o que fez para o BES o tratar assim.
Isso é que era notícia.
Amanhã, num qualquer jornal, ainda veremos reportagens a sugerir que BArreto falava de M.ª Luís Albuquerque...
ResponderEliminarhttp://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/07/do-jornalismo-de-inquisicao.html
Estamos tramados!
ResponderEliminarAndamos a ver se construimos um país de segunda, que de primeira já foi.
Mas agora só temos gente de terceira...que se enche. Que se governa. Sei lei, nem Rei nem roque.
AMDG.