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terça-feira, julho 23, 2013

Porque surgiu Salazar?

Marcello Caetano, nas suas Memórias de Salazar explica sucintamente como se encontrava Portugal, na sequência da implantação da República e antes de 28 de Maio de 1926 e porque foi necessário uma Ditadura para conseguir endireitar o País. Ditadura essa imposta pelos militares e que Salazar apoiou, evidentemente, para lograr impor a disciplina mínima na organização do País. A concentração de poderes tem apenas esse sentido e nunca para se locupletar pessoalmente ou a favor dos amigalhaços dos bens públicos que administrou.
Tal como em 25 de Abril de 74, a Revolução do 28 de Maio foi efectuada sem "efusão de sangue". Não houve guerra civil e até os esquerdistas da Seara Nova apoiaram a Ditadura por entenderem que seria a única forma de salvar o país.

Quando Ferreira Leite, aqui há uns meses, sugeriu uma ideia peregrina sobre a "suspensão da democracia" cairam-lhe em cima os democratas do costume que preferem morrer à fome a abdicar da liberdade de dizerem o que lhes apetece e fazerem o que lhes convém para conservarem os tachos. A ideia de democracia é sagrada enquanto abstracção. No concreto, caparam-lhe virtualidades em proveito próprio. Transformaram o parlamento numa espécie de oligarquia partidária e censuram tudo o que se manifesta contra a ideia, não publicando e vilipendiando quem foge do discurso de sentido único. Se um político menciona a ideia de Deus é logo queimado na praça pública do vilipêndio. Se evoca no nome de Salazar é simplesmente um fascista ou reaccionário pior que as cobras. Isto dura há décadas.



A seguir: o que foi o Estado Novo e o papel de Salazar.

17 comentários:

  1. Recordo-me de ver a minha avó a ler esse livro quando era criança. Ainda está lá por casa, esse e outros que nunca mais foram publicados.

    Mudando de assunto:

    http://oinsurgente.org/2013/07/22/no-longo-prazo-estamos-falidos-2/

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  2. Capacidade ( habilitação académica ) , autoridade , inteligência , recato , honestidade e temperança . Estes não são de facto adjectivos próprios para quem nos tem governado nos últimos 39 anos ...

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  3. Em trinta e nove anos de desmando , não tivémos um único com superavit...

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  4. Não é demais lembrar que Salazar tentou ser democrático mas a balbúrdia que encontrou era mais familiar ao jardim zoológico do que a uma política de verdade que protegesse o interesse nacional.

    Interesse nacional que mais tarde veio a ser RESPEITADO dentro de um princípio constitucional após sujeição a um REFERENDO NACIONAL.

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  5. Portugal no Mundo no facebook:

    https://www.facebook.com/pages/Portugal-no-Mundo/550411321685749

    Atente-se nas imagens coloniais que por lá estão a ser colocadas.

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  6. Ocorreu-me uma ideia:

    Imagine-se que ainda tínhamos a administração de Angola e Moçambique.

    O que seriam tais países?

    E mais: teríamos gente capaz de administrar como o fizeram no tempo do Estado Novo, nos anos 50, principalmente?

    E não foi tal administração uma gesta que merece destaque mundial pela competência e qualidade do que se fez?

    Como é possível que tenhamos descido tão baixo na escala da inteligência?

    Para mim a resposta é simples: com Cravinhos, Constâncios e Cavacos bem nos lixamos.

    Que miséria! Que mediocridade! Que tragédia nos aconteceu!

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  7. Que tragédia mesmo. As fotos não mentem.

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  8. Se o sonho de Portugal tivesse sido cumprido era sem dúvida uma das nações mais prósperas do mundo e ao mesmo tempo contribuía também para prosperar todos os locais por onde os portugueses criaram sementes da sua passagem.

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  9. Estas páginas da Obra de Marcelo caettano são de uma preciosidade inestimável.
    Uma autêntica lição de História (da verdadeira, não daquela que é inventada pelos Rosas&Pereiras aqui tão falados, à moda dos Porcos da obra do Orwell).

    É um crime proibir novas edições desta e de outras obras, que iriam, seguramente, permitir a formação de uma nova consciência política a muita gente e mudar mesmo muitas mentalidades

    Por isso se mantém a censura às mesmas.

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  10. Este livro, afinal, parece que está à venda na FNAC...

    http://www.fnac.pt/As-Minhas-Memorias-de-Salazar-Marcello-Caetano/a173469

    Julgava-o esgotado.

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  11. «O sonho de Portugal»

    Estes malandros do 25A. Estava quase a cumprir-se o sonho pá... estava-se quase a pôr os pretos na ordem pá... depois disso era só ouro e progresso.

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  12. Cortaram as pernas ao caetano da seguradora, pá. Senão era bem capaz de ser o nosso Kennedy pá.

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  13. «Este livro, afinal, parece que está à venda na FNAC...»

    Vou já informar o Conselho da Censura do 25A pá.

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  14. Não precisa. A censura velada topa-se bem no preço de novo em conjugação com o recado mascarado dos "mercados" de que, em havendo, pode afinal ser usado ou estar rançoso...

    ATENÇÃO: dado tratar-se de uma edição já com alguns anos [2006!], a disponibilidade e o preço deste produto estão sujeitos a confirmação junto do editor. Alertamos ainda para a possibilidade do produto a fornecer poder apresentar alguns sinais naturais de envelhecimento e/ou marcas de manuseamento.

    Sábia maneira de enxotar o freguês menos convicto ou abonado, hem! Deve ser isto o que se chama democratizar o saber.
    Cumpts.

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  15. Ó "a", V. porventura sabe o que se passou em Angola, em 74 e 75 (para não falar depois)?

    Sabe ou não sabe?

    Se sabe, dá-se conta da enormidade que escreveu para aí?

    V. é português? Ou calhou-lhe em sorte apenas ter nascido dentro das fronteiras da República Portuguesa?

    Aponte uma coisa, uma apenas, que se possa imputar a Marcello Caetano ou ao dr. Salazar ou ao Governo português do Estado Novo que não tenha sido feita mil vezes pior na "descolonização" levada a cabo pelo MFA e pelos ministros Almeida Santos e Mário Soares.

    Uma apenas. O que quiser.

    Se não for capaz, então não nos insulte a memória nem o país, porque não temos mais nenhum. Eu pelo menos não tenho e este já anda pelas horas da morte...


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  16. Grande resposta, Mujahedin. Como sempre, aliás.
    Maria

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