Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura...
Estes primeiros versos de Ary dos Santos, para a canção do "povo unido", podiam ser a epígrafe para o texto de hoje, no Público, da autoria de Paulo Moura, sobre o que se passou em Portugal nos últimos 40 anos e para ilustrar o que era o país em 1973.
O texto é hiper-neo-realista e tem todos os chavões e lugares comuns do discurso oficial sobre o "fassismo".
Senão vejamos, com frases soltas:
"Em 1973, o ano em que Mónica nasceu, Portugal tinha (...) a mortalidade infantil mais elevada da Europa".
"O país estava em guerra desde 1961. Milhares de jovens que nunca tinham visto o mar nem a cidade partiam para o Ultramar".
"Menos de metade das habitações portuguesas tem água canalizada e só em cerca de 60% havia electricidade e saneamento básico".
"Na infância, o pai de Mónica ia descalço para a escola" .
"Em 1973, mais de 35% dos portugueses eram analfabetos".
"O ideal, em termos de cultura, era `saber ler, escrever e contar`, tal como fora definido por Salazar."
" A mãe de Ana era analfabeta. O pai estudou na Casa Pia e encontrou emprego na Sacor, em Lisboa."
"Ana tinha dois irmãos mais velhos: um rapaz e uma menina com o síndrome de Down".
"Na escola da Gafanha, os colegas chamavam-lhes nomes por virem de Lisboa, armados em finos".
"Nas outras famílias, se havia uma criança mongolóide, ou doente mental, punham-na a viver com os animais, no curral".
"Ana andou anos a recolher o bacalhau dos barcos, com as mãos cheias de feridas infectadas pelas picadas das espinhas do peixe".
"A mãe de Ana fugiu aos 9 anos de casa, numa aldeia da Bairrada. Foi para Lisboa servir numa família.(...) A mãe dela, tal como as tias, era prostituta. Teve nove filhos, de pais diferentes".
Chegado aqui , desisti das citações tanto o nojo que me provocam, pela cretinice e tendenciosidade. Este jornalista não teve melhor exemplo para mostrar o que era o Portugal de 1973 e as suas raízes, do que isto.
O que esperar deste jornalismo e destes jornalistas que são muito piores, a escrever e a relatar, do que os que havia em 1973, mesmo os comunistas clandestinos que abundavam nas redacções?
Nada. Nada há a esperar porque este analfabetismo encapotado de ilustração letrada é o mlehor exemplo do que se passou socialmente nestes últimos 40 anos: um retrocesso cultural, levado a cabo pela intelligentsia esquerdista.
Portanto, só mais uma para terminar:
" Quando Ana contou o incidente ao pai, ele, que era militante clandestino do Partido Comunista, emtrou em pânico".
Arre!
Por último, só uma sugestão para os (...)* que escrevem destas coisas:
Porque não foram entrevistar e saber a história da vida do engenheiro que subsidia o jornal, falido, e que daria um óptimo retrato social do país de há 40 anos para cá?
* tinha escrito um insulto light, mas já me passou a indignação que o provocou.
Em tempo:
Valendo-me de informações deste blog - BicLaranja- copio e transcrevo este quadro que esclarece os analfabetos ilustrados do Público sobre o analfabetismo no tempo de 1973.
Agora é que é bom e politicamente correcto.Os antigos membros da clandestinidade a soldo de interesses estrangeiros através do internacionalismo militante andam a caviar, a censurar e a apagar da fotografia.
ResponderEliminarMas é verdade já ninguém vai pescar bacalhau para a Terra Nova, ninguém vai lutar para África.Agora é irem preparando-se para a guerrilha interna porque guerrilheiros é o que não nos faltam e isto depois das entregas de tudo o que tinha preto e não era nosso!Claro que com um grande salto em frente depois de desarmarem o zé povinho colono e os deixarem expulsar em massa e sem bens...
Mas o império afinal estava-lhe nas veias.Adam afanosamente a reconstruí-lo mas agora só cá dentro e com muito subsídio nivelando o zé povinho por África...mas numa de todos iguais todos diferentes
Admira-me como em 1973, para a malta do «Público», o analfabetismo não fosse qualquer coisinha acima dos 100%...
ResponderEliminarFeliz ano 40.° do Grande Acidente Nacional.
Para aqueles que vão comemorar o 25/4, desejo-lhes um Feliz Ano 2014, esperando que muito brevemente não se venham a arrepender de todos os festejos.
ResponderEliminarEstes "jornaleiros" que apenas se lembram dos tempos mais negativos do anterior regime, deviam lembrar-se que em 40 anos qualquer governo seja ele qual for, tem no seu horizonte um natural desenvolvimento ainda que seja formado por imberbes ou imbecis incapazes.
Chama-se a isto evolução natural, tal como uma criança, fazer-se homem.
C,um caracas. e nestas alturas que sabe bem estar longe da'i.
ResponderEliminarEsses preconceitos, essas taras conta um passado fabricado, nao existem em mais parte alguma.
E Portugal, aqui de fora, nem existe para exemplo.
Quando querem falar da crise e de recuperacoes peninsulares, citam os espanhois.
Ainda assim o folcore por c'a tambem 'e grande e agora no speakers corner alteranm os armaedonicos prot com os pro-islamicos
ResponderEliminarMas a diferenca ]e essa. O Speakers Corner tem folcore, mas nao se faz passar por mais que isso.
ResponderEliminarPor a'i temos folclore identico que se faz passar por cronica historica de um pa'is
E a policia esta l'a a vigiar o folclore
ResponderEliminarPena que nao haja policias a vigiarem esses jornalistas bebados.
Sao mais perigosos e mais estupidos
Ah- e sao pagos. Ja me esquecia.
ResponderEliminarTemos um capitalista democratico que ainda paga a estes bebados para fingir que tem um jornal
A história dele é que se torna exemplar destes últimos 40 anos. Nem precisavam de ir buscar o casal neorealista, porque Belmiro tem mais de neorealismo que todos eles. O modo como fintou o velho Pinto de Magalhães e família é um exemplo bem típico da modernidade.
ResponderEliminarJose, quando tiver tempo, bote a'i, sff
ResponderEliminarLembro-me por alto da historia da bolsa e da SONAE.
ResponderEliminarTenho que procurar...lembro-me de uma revista antiga do Expresso. Mas ainda assim, haverá coisas por contar porque é uma belíssima história para resumir estes 40 anos.
ResponderEliminarO Sócrates é que o tramou...se bem que pelas más razões. Provavelmente o Belmiro não alinha em esquemas de corrupção.
Se o Belmiro tem ficado com a PT lá se iam os empregos de luxo para os PS´s que andam por aí aos caídos e são ás centenas.
ResponderEliminarCertos advogados de treta que ensinam, por exemplo.
ResponderEliminarZazie:
ResponderEliminarPenso ser a esta história do Belmiro que se referia:
http://elucubrativo.blogspot.pt/2013/04/belmiro-de-azevedo-o-comunista.html
À que contar a história tal e qual como ela foi e na verdade esta "gentalha" abrilista gosta de deturpar tudo.
ResponderEliminarTalvez em 1973, Portugal não fosse o paraíso. Mas também não o era em 1926 (até era o inferno) e muito menos o será hoje.
A questão é que se alguém dos media a contar como foi, fica afastado de contar outra vez por ser "de direita".
ResponderEliminarIsto está tudo minado, há anos.
A visão histórica é a que o PCP implantou e não há outra.
Ai de quem fugir da cartilha...
Mesmo assim, no Público de hoje há um pequeno progresso: o jornalista Carlos Gaspar, muito a medo e ainda assim usando a palavra obrigatória - "fascista"- ( ai de quem a não usar nestes casos) lá articula a quadratura do círculo vermelho para definir o regime de Caetano: " O regime autoritário, uma relíquia da vaga fascista dos anos vinte". Foi assim que este génio do jornalismo luso conseguiu meter o rossio na betesga.
ResponderEliminarIncrível esta desfaçatez!
O Público não tem recuperação possível. A única coisa que hoje tem interesse é conhecer o motivo pelo qual a Sonae o suporta. Aí sim está um segredo bem guardado.
ResponderEliminarNão há vez alguma que o compre, largue o euro e dez e não me arrependa disso.
ResponderEliminarÉ um jornal insuportável.
Mas o Expresso é pior. Estes jornais são a prova do analfabetismo ambiente, acumulado nestes 40 anos.
ResponderEliminarAfastando-me ligeiramente do tema, aconselho vivamente a leitura de um artigo da autoria do Professor Rui Verde, no Jornal O Diabo de 10/12/13, que é sobretudo uma extraordiária lição de economia política que reputo de enorme qualidade e absolutamente imprescindível para quem se quer português de raíz e mais do que tudo deseja o bem do seu país, o seu desenvolvimento económico e social, que anseia por um governo competente capaz de diminuir a brutal dívida externa e de melhorar as exportações o que aumentará os postos de trabalho, de promover a estabilidade política e social e finalmente de acabar de vez com o pandemónio político-governativo com que nos debatemos há décadas, retirando (temporàriamente) à classe sindical o poder e os privilégios que detêem e não merecem por travarem consecutivamente o desenvolvimento das empresas e por arrastamento da economia do país que tanto daquele necessita. Dirigentes sindicais, esses, que querem tudo menos o bem estar dos seus sindicalizados e pelo contrário o que desejam realmente (embora não o pareça) é provocar mais desemprego, já que estão permanentemente contra os despedimentos com justa causa e em simultâneo contra o patronato que, por conservar nulidades absolutas como funcionários mas não podendo despedí-los por força da pressão diabólica sindical (sindicatos por sua vez protegidos por uma Constituição cujo articulado é propositadamente de teor indecentemente comunista, travando propositadamente o desenvolvimento económico do país) acabam sem produção suficiente e menos ainda de qualidade mínima que lhes permita alguma sustentabilidade do negócio, obrigando-se ao fecho de fábricas e empresas (a maioria de sucesso geração após geração) e em consequência gerando mais e mais desemprego, tudo resultado directo do trabalho de sapa congeminado pelos sindicatos em concluio com os sucessivos governos, que fingindo defender os interesses dos trabalhadores o que realmente desejam é guerrear os patrões e provocar o fecho de fábricas e empresas, as mesmas anteriormente geradoras de emprego, sucesso e lucro. Afinal estes os atributos indispensáveis sem os quais é impossível assegurar as exportações e sem estas não há desenvolvimento sustentável nem progresso que nos valha.
ResponderEliminarActualmente não existe um único jornal em língua portuguesa que possa ser lido.
ResponderEliminarA informação e a propaganda ideológica, exclusivamente de esquerda, estão em perfeita simbiose sempre presentes. Esta doutrinação persistente inevitavelmente produzirá os seus frutos...
A falta de um jornal que divulgue ideias de direita, liberais e conservadoras, sem receio, defendendo e afirmando estes valores, é notória.
Não é preciso divulgar ideias de direita que não sei o que sejam.
ResponderEliminarÉ preciso mudar é o discurso corrente, todo de esquerda.
Isto é um falso problema, José. Já pouca gente lê estes jornais de «referência»: 29.000 almas lêem o Público, 19.500 o Diário de Noticias.
ResponderEliminarEm 1993, 61.575 liam o Público (o dobro!), 36.670 o Diário de Notícias (mais ou menos o dobro também.
Basicamente, só quem quer se deixar enganar é que lê estes jornais.
Não estou de acordo por um motivo:
ResponderEliminarRealmente, os leitores de jornais, a pagar, são poucos. Mas o espírito que paira nesses jornais transmite-se por osmose para outros media porque os jornalistas são formados do mesmo modo. Neste momento, são jornalistas que sabem escrever notícias em modo uniforme e formatado, parece-me.
O espírito do "corpus" jornalístico, esse, tem uma matriz e é essa que eu refiro.
O caso do Expresso parece-me paradigmático. Os jornalistas que redigem as notícias e os comentadores são do mesmo clube ideológico, com uma ou outra excepção.
ResponderEliminarOs do Público, tirando os comentadores VPV e João Miguel ou o José Manuel Fernandes,é tudo na mesma.
Não se encontra em jornal algum uma opinião que não condiga com o que a Esquerda transmite como ideias politicamente correctas.
Quem o fizer não tem futuro jornalístico, em Portugal.
Antes do 25 de Abril de 74 tinha.
Pode dizer-se por isso que há em Portugal um pensamento unificado quanto ao modo de entender o regime anterior, de Marcello Caetano.
ResponderEliminarNinguém se atreve a escrever como o Observador escrevia, em 1973.
E não era uma revista de extrema-direita, obviamente.
Há um gap linguístico, uma fronteira de linguagem e entendimento corrente dos fenómenos sociais que desde o 25 de Abril foi fechada e nunca mais se abriu.
ResponderEliminarAté se abrir essa fronteira há um Portugal sequestrado da realidade histórica, por culpa dos Rosas&Pereira que obviamente, para mim, são apenas símbolos.
Essa Censura real e efectiva é mais profunda e nefasta do que o foi o Exame Prévio até 25 de Abril de 1974.
ResponderEliminarQuanto à educação no Estado Novo: penso que o mais «defeito» não foi o analfabetismo, que foi reduzido massivamente nesse período, mas sim o tempo de escolaridade obrigatória - quatro anos - que era mais reduzido que em outros países europeus. Estou enganado?
ResponderEliminarMesmo o Jaime Nogueira Pinto o máximo que diz sobre isto é que se "diabolizou" demasiado o anterior regime.
ResponderEliminarNão diz mais que isto e isto não é suficiente para afastar o discurso nefasto da censura esquerdista.
Quanto à escolaridade obrigatória, até ao 25 de Abril o que se aprendia nos quatro anos, mais dois do Ciclo, era mais do que hoje se ensina até ao nono, ou seja quatro mais cinco.
ResponderEliminarE isso é um facto indesmentível.
A formação de professores como o próprio ministro reconheceu publicamente no outro dia é um problema porque a formação das ESE´s não é a adequada ou pelo menos não tem a qualidade de uma formação verdadeiramente superior ( e forma "doutores").
ResponderEliminarSó isso é uma desgraça nacional que iremos pagar durante décadas.
"Não é preciso divulgar ideias de direita que não sei o que sejam.
ResponderEliminarÉ preciso mudar é o discurso corrente, todo de esquerda."
Não faz mal não saber o que são ideias de direita.
Felizmente sabe o que são ideias de esquerda, não é?
Apenas mudando o "discurso todo de esquerda" e mantendo o sistema existente fica tudo resolvido?
Não fica tudo resolvido mas fica uma coisa muito importante: passaremos a dar atenção a ideias que havia antes de 25 de Abril em relação ao sentimento com o país, a identidade dos portugueses com o país que somos e a compreensão de certos fenómenos como o da aplicação de fundos europeus em projectos de dimensão à escala do Estado e a este reservados.
ResponderEliminarE de uma forma mágica desapareceriam as tolices que a Esquerda proclama como verdades imutáveis e dogmas intangíveis.
De uma forma mágica os portugueses passariam novamente a perceber os problemas reais do modo como dantes os entendiam: com conhecimento de causa porque explicados devidamente.
Acha pouco como programa?
No fundo a linguagem da Esquerda é uma linguagem de fantasia e de conto de fadas.
ResponderEliminarInventaram uma "narrativa" com a coerência dos contos de fadas e assim comunicam.
A "narrativa" é evidentemente muito apelativa para quem gosta de ficção.
Sempre que ouço aquele Eurico Brilhante lembro-me de um conto da carochinha. Ouvir o Seguro e escutar o Rapunzel.
ResponderEliminarNão é possível conciliar as práticas e os princípios de esquerda com a honestidade.
ResponderEliminarA esquerda subverte permanentemente as regras do jogo.
Temos tido em Portugal o pior exemplo possível de imaginar, desde o 25 Abril, infelizmente sem qualquer consequência e aproveitamento pedagógico.
O povo ignora olimpicamente as aldrabices que são reveladas, revelando o mesmo fanatismo pelos partidos políticos que dispensa ao clube de futebol preferido.
"O povo ignora olimpicamente as aldrabices que são reveladas, revelando o mesmo fanatismo pelos partidos políticos que dispensa ao clube de futebol preferido."
ResponderEliminarPior que isso: o povo não ignora; prefere ignorar porque o clubismo é assim mesmo. O exemplo flagrante deste comportamento é o que se passa com Pinto da Costa. Pessoas inteligentes desculpam o comportamento do mesmo só porque são do clube.
Nos partidos é igual.
Como se resolve este problema que é um dos maiores que enfrentamos hoje em dia?
ResponderEliminarA linguagem pode ser a chave.
"... de teor indecentemente marxista...", queria eu dizer.
ResponderEliminar----------
Antes do 25/4 o Diário de Notícias conservador) vendia diàriamene 280.000 exemplares. Não sei se o Diário Popular (do tio do Balsemão...) e o Diário de Lisboa (esquerda) vendiam a mesma quantidade de exemplares mas possìvelmente andaríam por perto.
Alguém quer comparar as extraordinárias tiragens daqueles jornais num regime 'faxista', assim apelidado pelos verdadeiros e maiores fascistas do mundo, com as míseras tiragens de qualquer diário ou semanário desta, sim, ditadura mascarada de democracia na qual, segundo apregoavam aos quatro ventos os grandes embusteiros deste regime, finda a 'férrea censura salazarista' iríamos dar largas à liberdade de expressão e tudo seria publicado (mas nada de teor ou conteúdo "fascista", pois concerteza..., medo, um medo atroz dos 'democratas' pelo conservadorismo natural do povo)? Pois íamos, então não íamos... Se o que se pratica na comunicação social escrita e falada desde que existe democracia pode traduzir-se por liberdade de expressão, vou ali já venho.
Liberdade de expressão uma grandessíssima ova.
O Diário Popular talvez, o Diário de Lisboa vendia muito menos, digo eu.
ResponderEliminarEsta insistência na oposição esquerda-direita é estupidamente cega, quando é feita por jornalistas do púbico e frequentadores do esquerda.net, mas também quando é assaz repetida pelos josés deste país. É que não faz nenhum sentido. A 'esquerda' e a 'direita', do cds ao be, pensam exactamente o mesmo sobre a maioria dos assuntos e por isso tão cedo ninguém mudará um cagagésimo que seja das leis do aborto, do gaymónio, da igualdade de 'género', os planos curriculares e os princípios pedagógicos da escola pública, etc., etc. Nem a porcaria da constituição, essa desavergonhada que impede o desenvolvimento e a 'modernização'.
ResponderEliminar"É que não faz nenhum sentido."
ResponderEliminarSe não faz sentido, pergunte-se por que razão ninguém se afirma de direita em Portugal, claramente.
E pergunte-se pincipalmente por que razão a ideologia dominante é de esquerda.
ResponderEliminarPrincipalmente no ensino...
ResponderEliminarNinguem entende o que o jose quer dizer.
ResponderEliminarO jose nao anda com dicotomias esquerda/direita.
O jose mostra como essas dicotomias sao farsa politica para caca ao voto porque, nao 'e pelo facto de termos dois bracos e um ser esquerdo e outro direito, que em tudo tem de existir essa polaridade
Em Portugal 'e tudo esquerda, ainda que falsa, porque, por cartilha, apenas o PCP 'e coerente.
O resto 'e linguagem em que meio mundo cai- incluindo o hajpachorra
Portugal tem um atraso estrutural com séculos, fruto das circunstâncias da nossa História e de algumas características do território e do seu tipo de povoamento.
ResponderEliminarDeitar as culpas de todos os males para o Estado Novo é de uma ignorância atroz e imperdoável.
Em boa verdade o Estado Novo foi o período da nossa História recente em que mais «evoluímos»... e com as «contas em dia»...
Levar água canalizada, electricidade ou esgotos a toda a gente num país onde o povo tem fobia à concentração e prefere viver disperso por montes, sítios, quintas, casais, aldeias, aldeolas, subúrbios, não é fácil nem barato. O quadro piora quando se constata que mais de metade do país é montanhoso, de relevo difícil: e essas serranias estão salpicadas com milhares de minúsculas povoações.
ResponderEliminarAinda hoje somos o país da Europa Ocidental com mais população rural e com mais área do território ocupada com «obra humana», tendo em conta obviamente a densidade populacional. Ultrapassamos a Inglaterra e a Holanda...
No século XIX e nos primeiros 30 anos do século XX as elites perderam-se em diletantismos e discussões inúteis, e aventuras políticas como a queda da Monarquia cujo resultado não trouxe o paraíso prometido.
ResponderEliminarFoi mais de um século perdido, com muita dívida, muito défice pelo meio, e muita destruição de dinheiro e património material.
Para trás havia a destruição da capital e do Algarve por um dos maiores terramotos dos últimos dois mil anos, as invasões francesas, uma guerra civil...
Mas Salazar e Marcelo Caetano são os pais de todos os males para esta canalha.
Parabéns Zephyrus, excelente comentário. A verdade nele contida fere que nem punhais essa mesma canalha que refere e assim é que deve ser.
ResponderEliminarNão é questão de linguagem, é questão de usar o toutiço. O José faz um bom trabalho aqui, mas podia fazer muito melhor se não se limitasse a ser um contra-Loff ou um contra-rosas. Nas questões de organização social e econômica há direita e esquerda. É impossível negar isto. Nas questões éticas há a corrente dominante que se fez dominante por dominar os média e alguns malucos que teimam em pensar pela própria cabeça.
ResponderEliminarExistem conservadores, quer dizer.
ResponderEliminarMas o Jose nao esta interessado em pensar ideologias. Para isso ate tinha de alargar o campo e nao se ficar por Portugal.
O que interessa ao Jose .e entender o motivo pelo qual em Portugal tudo 'e de esquerda.
E ele vai concluindo que o motivo .e mais ou menos medo, desde o 25 de Abril.
Eu penso que sim. Pensei ate em relacao a mim propria e noto que nao tenho o .a vontade que a escardalhada tem em propagar os seus pontos de vista.
Porque em Portugal quem nao for de esquerda passa por ser alguem moralmente pouco recomendavel e socialmente perigoso.
Nao existe a palavra Direita. Quando tal poderia er invocado chamam-lhe extrema-direita
Dou-lhe um exemplo.
ResponderEliminarDa unica vez que tenteicomentar no 5 Dias, a proposito do resultado daquele inquerito da tv em que o Salazar teve posicao de destaque e foi defendido pelo Jaime Nogueira Pinto,
Um tal Ant]onio Figueira- um escardalho que agora ate foi a acessor pela mao de Relvas, editou-me o comentario, censurou mais de metade do que eu disse e atirou om a condenacao- ali nao se admite defesas da extrema-direita e o Jaime Nogueira Pinto faz parte desse bando de terroristas.
Tal e qual. E a seguir bloqueou-me os restantes comentarios.
E estamos a falar de um seujeito que nem e propriamente retardado mental como os Danieis Oliceiras e ate sabe redigir bem.
'E esta questao que nao tem paralelo em mais nenhum pais da Europa.
Existe direita sim, até existe um governo e uma maioria e um presidente de direita. Imagine, a maioria nas ultimas eleições votou largamente em partidos de direita. Nogueira Pinto foi um apoiante declarado do anterior regime. Não era democrata. Isto nada tem a ver com direita. Por outro lado ser contra a mentalidade dominante nas questões ditas fracturantes não é ser 'conservador'. Longe disso. Ser contra a gaymónio ou o aborto, ser antiesclavagista, significa estar à frente do seu tempo. Essas oposições conservadores-progressistas ou esquerda-direita são boas para pataratas. Pensar pela própria cabeça dói, pois dói.
ResponderEliminarehehehe
ResponderEliminarEste goverrno é de Direita?
Então a social-democracia agora é de Direita? o PSD e o CDS são de Direita?
Porquê? em que é se distinguem na prática política do PS que meteu o socialismo na gaveta?
Que engraçado. Isso dizem os xuxas que também não são esquerda alguma, para caçarem voto.
o José entende isto às mil maravilhas.
Politicamente não existe Direita em Portugal.
O conservadorismo não é marca de divisão porque até o comunismo à séria sempre foi conservador.
As divisões são para pataratas caírem na esparrela e é assim que o discurso oficioso funciona desde Abril.
É disto que o José trata.
Se o hajpachorra ainda não percebeu, é pena.
Porque o José tem o dom de captar a semântica dos tempos.
Tem ouvido.
Este blogue é um espaço de "ouvido histórico" e depois sustenta o ouvido em fontes.
A ideia é simples- porque é que em Portugal é infâmia alguém afirmar-se de Direita?
E sim- é uma questão de linguagem porque não existe outro meio para se entender a questão.
ResponderEliminarSe o hajapachorra tem, então diga qual é.
Porque o hajpachorra diz que este governo é de Direita e que o povo português votou nele para votar na "Direita".
Desculpw que lhe diga, mas isto é que é uma anedota saída do seu toutiço.