No Público de hoje soam todos os alarmes sobre as "praxes" académicas nas universidades portuguesas.
E com razão, provavelmente, tendo em conta os mortos da praia do Meco, consequência indirecta destes costumes estudantis relativamente recentes mas com algumas décadas de gestação. Os ovos desta serpente de uma educação rasca foram postos pela mentalidade da educação recebida na escola, na família e na sociedade que agora temos e devidamente chocada nos isctes e ces.
Aqueles que criaram estes corvos vestidos de negro, agora sentem-lhes as picadas das tragédias que se sucedem, sem saberem bem como apareceram estas criaturas.
Vejamos a opinião douta dos especialistas de jornal, neste caso o Público de hoje.
Em primeiro lugar, Pacheco Pereira, sempre na linha da frente destes fenómenos sociais que o mesmo classifica como "abjectos", sem lhe descortinar a origem. É outro "historiador" de factos amestrados, este Pacheco e descobre nas praxes um indício vindo do Reich, William que não cita mas podia fazê-lo porque é um dos autores típicos da sua época que gerou estes corvos. Pacheco resume a sua explicação numa frase: " quem respeita uma hieraquia ao ponto da abjecção está a fazer o tirocínio para respeitar todas as hierarquias". Pacheco não respeita hierarquias, como se sabe. Tirando aquelas do antigamente, do grito dos povos, evidentemente.
Outro que escreve radicalmente sobre as praxes, em sentido ligeiramente diverso é Vasco Pulido Valente. Não hesita: fechem a Lusófona!, grita, como origem deste Mal. Sobre a praxe do Meco, talvez tenha razão. Mas...e sobre as outras? Eu digo porque já disse: fechem o antro principal, a origem do Mal...ou seja, o centro de estudos da sociologia corrente e que semeou a noção de educação que temos. Não vou nomeá-la, mas já sabem qual é. Os doutoramentos nesta área são todos bem cortados, provavelmente. Mas não são os individuais que devem ser cortados. São mesmo os de grupo, de "instituição".
É que isto já descambou mesmo e parece que ninguém tem autoridade para colocar um ponto final nesta "abjecção". E como ninguém tem autoridade porque lha tiraram, são os próprios que contribuiram para a tirar quem se indigna agora do efeito e do facto destes corvos que criaram lhe picarem os miolos que puseram em banho-maria quando inventaram estas práticas educativas e teorias conexas.
Para além disso existem outras coisas mais camufladas como financiamentos a estas organizações e estatutos clandestinos que têm.
ResponderEliminarAí é que se devia tocar em primeiro lugar.
De resto, a massificação também dá nisto e os pais ficam tão inchados por terem filhos a irem a doutores que nem cuidam de perguntar no que andam metidos.
Mas estas anormalidades nada têm a ver com cópias da Idade Média, como diz o VPV.
ResponderEliminarÉ a tal sociologia à ISCTE misturada com outra coisa- iniciações da tropa.
Aquilo do Meco há-de ter sido o tal "baptismo de doutores".
Como é óbvio, o que baptiza não mergulha.
Se fosse baptismo católico tínhamos os mija-nos-finados a explicarem o perigo que até provoca alergias na pele das crianças.
O Pachôco é um palerma.
ResponderEliminarSe fossem a imitá-lo, em vez de hierarquia tinha-se a intriga como carreira.
eheheheheh
É uma palhaçada.
ResponderEliminarEm Coimbra, acho que se justifica - na Universidade - haver isto. É de tradição e nunca vi chegarem ao extremos que chegam fora dela. Além de que, pela maior parte, se resume a borracheira. E a malta realmente aproxima-se. Muito embora já se tenha degenerado bastante.
Agora fora da UC? É o Deus-me-livre. O objectivo é humilhar por humilhar. Deixa de ser uma praxe, como há em tantas outras organizações - da tropa aos escuteiros - e cujo objectivo é formar "espírito de corpo", advindo do facto de toda a gente ter passado pelo mesmo; deixa de ser isso, para se tornar a humilhação pela humilhação.
Aliás, toda esta onde de imitação das tradições académicas - dos trajes às praxes, às queimas-das-fitas, faz-me lembrar o fenómeno dos cargo cults da Melanésia...
http://en.wikipedia.org/wiki/Cargo_cult
Mas, não é por nada, estes secretismos e até os ritos têm é demasiadas semelhanças com os maçónicos.
ResponderEliminarNão é nada parecido com as antigas praxes de Coimbra porque esta merda nas privadas já se tornou uma instituição.
ResponderEliminarEles passam a vida em tunas e nas tais comissões onde sobem na proporção directa dos chumbos que têm.
Como é óbvio interessa às faculdades. E há dinheiro em jogo.
Não faço ideia quem patrocina, mas há.
E este caso do Meco nada teve a ver com recepção a caloiros.
Foi entre os da tal comissão, eram praticamente todos da mesma idade e nem se passou dentro da faculdade.
Ainda que eu concordem em parte com o VPV- as faculdades não podem permitir organizações secretas lá dentro.
As semelhanças que existem com cultos primitivos devem-se a outra coisa.
ResponderEliminarOs escuteiros foram criados por um maçon que conhecia muito bem e compilou todas essas tradições do mannerbund.
Mas isto agora é outra treta. O secretismo é demasiado mafioso para ter alguma coisa a ver com ciração de "espírito de corpo".
Pois se isto é feito para finalistas, nem é para integrar apenas na vida académica (o que quer isso seja)
É a geração melhor preparada de sempre, como dizem.
Mas isto é cópia da maçonaria, sem a menor dúvida e nem sei se será apenas no tal "folclore".
ResponderEliminarAquilo foi de tal modo cópia de ritos satânicos da tradição da cagotaria que até escolheram a noite de lua cheia para o baptismo.
ResponderEliminarBom, então já não sei de que se trata.
ResponderEliminarPensava que era cena de praxe. Mas se era para finalistas então não sei o que é isso.
Que organizações são essas? Nunca ouvi falar de semelhante coisa.
São praxes na mesma mas a coisa profissionalizou-se.
ResponderEliminarAs organizações são as que constituem as comissões de praxes e aquilo tem várias hierarquias.
Uma grande pessegada. Mas olhe que na "ida á palhinha" e no "beija-cu-ao-demo" não se hão-de distinguir do mesmo que fazem os directores das faculdades
ahahahahahahha
Conhecia praxes privadas com 7 pessoas que integram a própria comissão de praxes?
ResponderEliminarÉ que isto não é nem mera queima-das-fitas nem recepção ao caloiro.
São anormalidades piores e copiam ritos maçónicos.
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ResponderEliminarNa Faculdade de Medicina do Porto... muita coisa se passa. Mais logo escrevo mais. Anteontem por causa destas praxes não dormi. Quatro da madrugada e andavam a praxar aos berros, gente de um politécnico cá do Porto.
ResponderEliminarA praxe é um seita fundamentalista: tem fanáticos lá dentro, códigos e dogmas e faz uma espécie de lavagem cerebral a uma parte dos alunos.
Mas refiro-me ao Porto. Coimbra é diferente e tem um ambiente mais saudável.
Conhecia praxes privadas com 7 pessoas que integram a própria comissão de praxes?
ResponderEliminarNão!
Nem sei o que são "comissões de praxe".
Em Coimbra há um código da praxe. Não é nada secreto. E há um conselho de "dux vetereasnum", que também se sabe quem são e acho que não tem nada de secreto.
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ResponderEliminarEstamos a pagar o preço da cultura de protesto e da libertinagem ao nível da responsabilidade que a esquerdalhada plantou com o 25 de Abril
ResponderEliminarIsto não é nenhuma cultura de protesto.
ResponderEliminarÉ outra treta que agora até já começa no preparatório e no secundário.
A pancada de fazer passar a ideia que estudar é uma festa e que a finalidade é todos irem a doutores.
Depois são os movimentos associativos de tudo e mais alguma coisa, incluindo as juventudes partidárias.
Esta malta vive assim; em mesnada de tuna permanente e a cada vez com umas cretinices maiores.
Mas eles não protestam coisa nenhuma. São a elite que o igualitarismo criou.
Agora a irresponsabilidade geral de pais e directores de universidades, sim.
ResponderEliminarNão querem saber nem os incomoda.
São mesmo porcarias à concurso televisivo e à American Pie. É a única cultura que nasceu de Abril.
ResponderEliminarNa Faculdade de Medicina da UP os «doutores» usam o anfiteatro norte para sessões de praxe. À Terça e à Sexta os caloiros que participam nisto não almoçam: há sessão das 13h às 14h. Os doutores ficam à porta do anfiteatro a fazer pressão sobre os caloiros que não querem participar. Isto dura todo o ano lectivo, até à Queima das Fitas. Agora pergunto: quem tem a culpa?
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ResponderEliminarOh Zefrus fala com o Presidente do CD da Faculdade que ele acaba com a palhaçada.
ResponderEliminarNisto há dinheiro dos partidos e, no caso de Medicina dos droguistas.
A questão das praxes são uma macacada pegada. Uns macacos submetem os outros mais fracos. Em Coimbra é a mesma treta...
Praxe, uma tortura socialista?
ResponderEliminarNa minha experiência acadêmica universitária nas primeiras semanas de Universidade fui inevitavelmente confrontado com a praxe.
Recordo-me que fui abordado repentinamente e me perguntaram se eu era novo na universidade.
Respondi que sim e logo de seguida o sujeito interrogador me ordenou que olhasse para o chão.
Eu na mesma hora respondi que tinha um sentido muito grande de liberdade e que não fazia parte de mim me subjugar a tais ordens.
E ele me disse: "Então és anti-praxe".
E eu respondi: Eu não sou "anti-nada", já agora qual é o teu nome e me apresentei também. O moço sem perceber muito bem ainda a minha atitude lá se pôs ao fresco e nos primeiros tempos o pessoal me sondava para ver se eu alinhava na praxe. A minha posição manteve-se irredutível pois não compreendia a subjugação a ordens superiores sem qualquer engrandecimento espiritual.
Apesar de todos estes pressupostos passei momentos da minha vida acadêmica a conversar com o Dux (coisa que muitos caloiros tinham receio em fazer), fiz muitas amizades dentro da tuna feminina na U (assistia aos ensaios e ia ver alguns espetáculos) e convivia em jantares e noitadas organizadas pela comissão de praxe da U. Mas nunca fui praxado nem senti vontade em praxar alguém.
E com o passar do tempo e de histórias sórdidas os portugueses estão agora finalmente a descobrir que as praxes se assemelham a um modelo de coletivização que não anda muito longe do nazismo, fascismo e do comunismo. Assim não admira que sejam os próprios socialistas os primeiros a se investirem de tiques proibicionistas na tentativa de reprimir tais excessos quando na verdade, cabe é a cada um de nós, indivíduos, conseguir manter o sentido e o discernimento de liberdade com o respeito ao próximo e à comunidade.
É! O pior é que estes diabos já transbordam em tudo quanto é sítio, na docência, no Ministério Público, na Judicatura, na "militia", etc., nem a Igreja lhes escapa ou é imune (uma contradição, uma aberração!), açambarcam tudo - raio os parta! -.
ResponderEliminarPor cultura do Protesto entendo não o simples protesto, mas antes a atitude existencial de todos aqueles que pensam que antes de nascerem já tem direitos e que a realidade é algo que aparece em segundo plano.É típico do pensamento esquerdalhento.
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