Salgado Zenha um dia chamou-lhe "adolescente imaturo" e passados 40 anos anda por aí, por escolas básicas a contar a crianças como foi o "25 de Abril". Não sei o que contará, mas sei o que contava logo na época e alguns anos depois.
Ultimamente disse ao i, no passado 26 de Março, o seguinte:
“Tive de tomar decisões – enquanto comandante da região militar de Lisboa, do Comando Operacional do Continente (COPCON) e conselheiro da revolução – ao minuto. Muitas delas foram tomadas sobre os joelhos”, afirmou.
Nessa corrente, confessa o agora coronel, ter-se-á excedido: “Eu excedi largamente as minhas funções. Fiz coisas…”
“Coisas” que fez porque “as pessoas não queriam assumir as suas responsabilidades”. Por isso, viu-se “obrigado” a decidir, às vezes “sem ter dez minutos para pensar”.
“Parecia o Passos Coelho: vamos vender os quadros do Miró, afinal não se podem vender…”, ironizou.
Quatro décadas depois, reconhece excessos embora não se arrependa: “Era necessário tomar decisões, mesmo que elas fossem más. Tinham de ser tomadas. Depois logo se via.”
“Foi o que aconteceu inúmeras vezes, uma delas com a reforma agrária, quando mandei ocupar as terras”, contou. Nas duas semanas seguintes, “1,2 milhões de hectares de terras foram ocupadas no Alentejo”.
Em 17 de Maio de 1975 dizia ao Expresso coisas sobre o poder político, o MFA e os partidos. Passado um ano depois do golpe, Otelo que confessadamente nessa altura ainda nem sabia quem era Álvaro Cunhal, já se informara e formara suficentemente para alvitrar modelos políticos de organização do Estado.
Nessa altura, como comandante adjunto do COPCON e governador militar de Lisboa. Otelo tinha um poder fantástico, sem grandes limites que não os de um senso comum que por vezes lhe faltava, como admitiu agora e antes, a propósito de ocupações selvagens de terras, quintas e casas.
Em 17 de Abril de 1999 o Expresso ( José António Lima e Fernando Madrinha) entrevistou-o longamente e transcreveu a entrevista em mais de vinte páginas.
Algumas delas reportam-se às funções exercidas no COPCON, a propósito dessa e outras acções, como a emissão de mandados de captura em branco. Otelo diz que " se não assinasse os mandados de captura seria eu o sabotador do processo revolucionário"...
As prisões, arbitrárias porque não há outro nome para tal ( "nós não tínhamos informação concreta sobre quem estava por trás da ´maioria silenciosa`e decidimos prender figuras de proa do regime fascista") , teriam sido ordenadas e autorizadas pelo próprio Costa Gomes, segundo Otelo. Logo em 28 de Setembro de 1974.
Quanto às ocupações de terras de que agora fala, é assinto da sua inteira responsabilidade. E a explicação que dá é incrível
Anda agora pelas escolas...tra la la la la....quanto terão custado ao povo português estas aventuras de Otelo? Será que se justificam pelo que fez em 25 de Abril de 1974? Ou teria sido preferível ficar quieto e calado, deixando o regime evoluir "à espanhola"?
O Óscar tem é que falar da descolonização, das adendas secretas e de quem era quem na matéria.Embora pelo resto já tenha borrado o tal 25 que não tinha previsto nada do que ele fez e sem rede...
ResponderEliminara tropa fandanga que permitiu e comandou o prec
ResponderEliminarpertencia ao pior lixo humano e convivia com ele
25.iv é um dia de luto pesado
Otelo enganou-se redondamente quando disse que a dinâmica da revolução ultrapassará os partidos. E ainda bem que se enganou, senão ficaríamos como a Albânia!!! O que ele não imaginava era que os partidos que deram cabo da revolução iam dar cabo do país!
ResponderEliminarerrata: "a dinâmica da revolução ultrapassará os partidos"
ResponderEliminarUm palhaço assassino, eis tudo.
ResponderEliminarNão fosse o sacripanta de Mário Soares, Almeida Santos e por aí fora e os julgamentos às FP-25 de Abril poderiam conhecer outro desfecho.
ResponderEliminarNuma versão soft, Otelo deveria estar calado até ao fim dos seus dias, ir para uma ordem religiosa, dedicar-se ao budismo Zen, ou outra coisa semelhante.
Um embuste este Otelo. Agora vem justificar o injustificável e,em vez de ficar calado para todo o sempre como recomenda o Anibal Corrécio,anda novamente a pregar revoluções de braço dado com quem o branqueou (amnistiou),o pateta senil (ou talvez não tanto) do Soares. Pelas declarações se pode ver o poder que esta gentinha medíocre teve de dispor das vidas de milhões de pessoas, como se fossem peões num jogo abstracto de revoluções. E sem que nada lhes tenha acontecido. Pelo contrário,e como bem diz o José,andam hoje pelas escolas a ensinar a uma geração sem memória uma memória à sua medida.
ResponderEliminarA meu ver o grande problema foi os capitães de Abril terem sido uns tenrinhos, analfabetos, pois desconheciam os bandidos que começaram a assaltar o país no dia seguinte, no dia 26 de abril de 1974, comandados entre outras aves de arribação pelo espezinhador de bandeiras o aldrabão e inútil, que nunca fez nada na vida senão viver de esquemas; segundo palavras do seu pai adoptivo; o Marocas. Esse sim mais o Cunhal degladiaram-se entre sim, pois o bolo não chegava para os dois destruidores da pátria portuguesa. Ganhou o Marocas que tem tanto de democrata como eu tenho aparência de asiático, ou seja nenhuma ...
ResponderEliminarFizeram entre outras desgraças a actual constituição da república, que nos está a custar os olhos da cara ...
Não tenho tanta certeza quanto a terem sido uns tenrinhos,Arnatron. Se alguns foram instrumentalizados,outros nem tanto. O Melo Antunes sabia bem ao que ia e deve-se-lhe no próprio dia 25 de Novembro a salvação do PCP. Como a maioria era constituída por idealistas sem qualquer ideologia definida,depressa foram presa fácil dos comunistas e da sua estratégia de tomada de poder. Outros houve que, e vendo o rumo perigoso que o país estava a ter,fizeram-lhe frente.Penso no Pinheiro de Azevedo,por exemplo. Mas no geral eram uma corja de incompetentes e cobardes.
ResponderEliminarHá dias ,e indo pela Rua da Misericórdia,lá me cruzei com o anafado e analfabeto do Lourenço. Parece-lhe que a síncope não o fez emagrecer. Lá ia alagado e mais parecendo um homúnculo para aquele antro da associação 25 de Abril,onde tem sede e sinecura os "militares de abril". Porque raio o governo não suspende os subsídios a estes inúteis que estão sempre com o 25 de abril na boca e que desde então nada mais fizeram na vida?!
ResponderEliminardigo,alapado
ResponderEliminarConcordo consigo, pois tenrinho foi o Salgueiro Maia, que depressa foi trucidado pelos bandidos. O Melo Antunes não o era de certeza e conseguiu que muitos dos seus colegas emprenhassem pelos ouvidos. Valente Pinheiro de Azevedo, o Almirante "barda merda", que infelizmente não teve apoio para salvar o país, nem o General Jaime Silvério Marques, cujo irmão o General Silvino Silvério Marques, ambos Amigos íntimos do meu pai, lhe confessou depois de ter sido corrido de Angola, que os comunistas estavam a preparar uma guerra civil e não se enganou, como infelizmente bem sabemos ... No tempo do roubo agrário era uma romaria no fim do mês ao defunto BNU em que a malta das UCPS iam buscar a mesada e depois de talegos cheios iam para as tabernas e apanhavam com cada carraspana. Tenho pena de não ter tirado as fotos que o comprovava, para agora perguntar ao PC, se as novas políticas que querem para o país, é ressuscitar a "política da mesada" Tinha amigas nesse partido e a última vez que lá entrei foi no dia da golpada do 28 de Setembro em que nesse dia Portugal começou de facto a ir ao fundo ... Perguntei o que se passava e alguém de lá me disse, que o partido devia era dar as armas para se matarem os "fascistas". Atónico só ouvi outro a dizer, cala-te! ... Os fosseis não mudam ... nunca ...
ResponderEliminarEsqueci-me de dizer que também concordo que foi o bando dos 9, que salvou o PC e são os verdadeiros responsáveis pelas desgraças que assolaram o país, que nem daqui a uma geração estaremos livres e isso só se os "suchas" não chegarem ao poder de novo, pois como diz o povo, não há três sem quatro e essa malta já provocou 3 pré-bancarrotas ... Só espero que desta vez os portugueses deixem de vez de ser masoquistas ... senão ... mas a troika vai de certeza estar atenta, pois os agiotas dos banqueiros, não querem perder o capital investido e agora o Hollande vai entrar na linha e o Inseguro não tem voto na matéria ... Se lá chegar o que duvido ... cumpre e ainda é mais submisso que os actuais ... é só garganta ... fanfarronices ...
ResponderEliminaracabo de chegar da Fnac belmírica onde consultei durante 5 min o livro de estória da varela.
ResponderEliminarnão tive paciência para ler o que escreve de otelo.
o título pareceu-me demasiado ligado a um de Roger Vaillant
o centrâo continua a entregar o campo ao inimigo
A malta é do 8 ou do 80...quer-se dizer do tudo e do seu contrário.
ResponderEliminarAgora que não tropa andam na felicidade...embora a merda que vos governa seja a mesma de sempre...
há tropa
ResponderEliminarLusitânea: para haver tropa fandanga "à Otelo" mas vale não haver nada. Ou há tropa como deve ser ou não vale a pena andarmos a pagar mordomias para não fazerem o que se lhes impõe que é,tão só,servir e defender a Pátria. O resto são os rodriguinhos do costume.
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