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sábado, março 22, 2014

Santana Lopes anda mesmo por aí...

Santana Lopes, que continua a "andar por aí", não sei bem a fazer o quê, pelos vistos, no outro dia ao Público, disse que José Sócrates tinha sido um primeiro-ministro " com visão". Disse-o sem ironia e depois de há uns meses ter desancado soezmente o mesmo Sócrates num programa de tv, com uma intervenção de uma violência verbal assinalável a propósito do livrinho que aquele assinou e assinalou como sendo uma "tese de mestrado" por conta do curso na Sciences Po que presumivelmente abandonou.

Agora aparece a dizer que aquela desgraça nacional que nos calhou em rifa eleitoral no ano da graça de 2005 tinha "visão"...

A propósito do assunto, esta crónica no Sol de ontem vale a pena ler, incluindo as citações de Santana sobre a sua "vidinha" e que explicam, talvez, a sua actual falta de "visão".

Sobre esbanjar dinheiro é preciso lembrar que a primeira obra de regime actual onde tal sucedeu foi o Centro Cultural de Belém. Secretário de Estado responsável? Santana Lopes.

Sobre o livrinho mencionado , seria muito curioso saber se lá aparece mencionado, este, saído há umas décadas e publicado pelo Centro do Livro-Brasileiro. Não é por nada...é só para saber.



 O livro em causa, anunciado no Expresso de 25. 2 .1978,  até trata do Tarrafal e a imagem da capa lembra esta, das torturas brasileiras no tempo dos militares:


 Alguém saberá informar se o livro assinado por aquele,  lembra este? Na bibliografia, claro...

11 comentários:

  1. Volto a algo que disse no último comentário. Falta instrução financeira. Os portugueses, em geral, não sabem lidar com o seu dinheiro. Como lidarão com o dinheiro dos outros, ou seja, dos contribuintes, se nem lhes custou a ganhar?

    Lidei muito com holandeses e espanhóis e especialmente nos holandeses nota-se que têm uma cultura de poupança nas «pequenas coisas». Não há pequeno-almoço no café, nem empregadas domésticas, usa-se a bicicleta para pequenas distâncias e os jovens começam a trabalhar cedo, por vezes aos 16 anos, mesmo em famílias com bons rendimentos. Há pouco tempo uma holandesa disse-me que foi educada a poupar e que o pai dizia-lhe que «dinheiro gera dinheiro». O Domingo é passado na praia ou no campo quando o tempo o permite e não em centros comerciais...

    É um problema de educação das famílias portugueses, é cultural e nisto somos iguais aos gregos, mas com uma diferença: eles são mais agressivos que nós na hora de ganhar dinheiro.

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  2. De facto o antigo 1º ministro foi uma pessoa com grande visão, mas teve de ser o ministro Teixeira dos Santos a dizer-lhe que estávamos a caminho da bancarrota.

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  3. anda tudo por aí
    a precisar de exemplar castigo

    ainda 'hásde' mais longe

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  4. O Santana também anda na sua vidinha ( e que vidinha) com o tacho da Misericórdia,sempre pronto a ajudar os outros e a querer esquecer o perdulário que foi e que se lhe cola ao carácter. É um tacho à sua medida porque ajuda a limpar-lhe as nódoas que foi deixando ao longo do seu percurso político e na vida privada. Como tem ambições políticas de algum dia ser PR convém cortejar os seus inimigos figadais,a começar pelo Sócrates. Como na política os inimigos de ontem podem ser os amigos de amanhã o melhor é jogar pelo seguro. Ainda acabam os dois aos beijos.Uma hipocrisia pegada!

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  5. Quando foi parar à Figueira da Foz, salvo erro em 98, o Flopes começou por deixar todo o mundo eufórico porque os media falavam da terra. Cumprido o mandato e feitas as contas é que foram elas. Afinal os fogos de artifício e as feiras ficaram bem mais caros do que se imaginava. Mas o mal é geral.

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  6. Este Santana Lopes também saiu uma boa encomenda... Eu que sempre o apoiei, já desisti há muito. Os políticos são todos iguais e uns fingidos, mesmo os que aparentam não o ser. Pertencem todos ao mesmo clan mafioso e traidor. Traidor ao país e ao povo. Como os portugueses têm vindo dramàticamente a confirmar a cada ano que passa. Eles, os pseudo-políticos que temos por aí, só querem dinheiro e estatuto. Quanto à elevação e integridade qualidades indissociáveis que devem presidir a quem queira assumir tão altos cargos numa Nação, estão-se completamente borrifando. Eles degladiam-se e travam acesas discussões na Assembleia e fora dela, mas é tudo farsa ainda por cima de baixíssima qualidade, a fazer lembrar aqueles actores de segunda ou terceira categoria que metem dó pelas péssimas representações em palco, porque completamente falhas de talento. Com uma pequena (grande) diferença, estes ao menos são honestos e sérios nos seus desempenhos não enganando o público que a elas assiste, enquanto que aqueles não só são velhacos e falsos como Judas, mas também corruptos, mentirosos e ladrões defraudando maléfica e contìnuamente os portugueses (o seu público) que desde o início desta tragi-comédia, em que ingènuamente foram envolvidos e à qual assistem como espectadores impotentes sem poder reagir porque atados de pés e mãos, neles depositaram toda a sua confiança e a esperança num futuro de sonho que se veio a transformar no pior pesadelo a que este bom povo jamais imaginou ser possível vir um dia a acontecer-lhe.

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  7. O antigo mordomo de vários primeiros ministros confidenciava na revista ''Sábado'' faz já algumas semanas o seguinte sobre Santana Lopes :
    - Várias caixas de uísque por mês e para beber com os amigos que recebia até altas horas da madrugada.
    - Só se levantava cedo se tinha algum compromisso, caso contrário dormia até ao meio dia.
    Perante isto dito por um simples mordomo penso que nada mais se poderá dizer sobre o carácter de estadista deste senhor. Uma desilusão, como poderá alguma vez Sá Carneiro ter depositado esperanças neste cavalheiro é que é um mistério.

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  8. E encarregou-o de redigir um projecto de revisão constitucional.

    Santana era assistente universitário e Sá Carneiro lá deve ter pensado que o tipo era capaz...

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  9. Não é mistério maior que um Veiga Simão ter sido ministro do EN.

    Ou até um Adriano Moreira que também o foi e depois diz o que diz.

    A bandalheira é contagiosa, tal como a desonestidade e o egoísmo.

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  10. Vão aqui vários comentários bem interessantes.

    Quanto ao post era bom ler a entrevista toda. Vale a pena mesmo. É que não é apenas uma citação sobre Sócrates. É uma visão sobre a Europa, sobre o nosso Estado Social e sobre a forma como nos organizamos. Será que outros que andam cá têm uma visão para o País? Ou só vale a pena continuar neste desfile a discutir a espuma em vez do concreto?

    Santana fala de Sócrates com respeito, ao contrário de Sócrates. Percebo o espanto e a admiração, isto de respeitar e saber distinguir os adversários é coisa rara no panorama político.

    Sobre o Centro Cultural de Belém, é importante conhecer a história para não recriar um conto... um pouco de pesquisa não faria mal...

    E sobre a Figueira da Foz, como li aqui num comentário é extraordinário as inverdades que ficaram. E as contas senhores, as contas que batem certo e não aumentaram. Mas que diabo, é o Santana e toca a falar mal... enfim...

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