No dia 25 de Abril de 1974 a informação foi sempre escassa. O rádio debitava música clássica e marchas militares e de vez em quando um comunicado seco das "Forças Armadas". A tv só à noite deu sinal de vida do que se passava e o principal sinal foi a apresentação das notícias com o jornalista ( Fialho Gouveia) sem gravata. Uma novidade semiótica.
A vontade em saber o que se passava era muita e na época ficava-se à espera dos jornais, principalmente os de Lisboa, com fotos do acontecimento. No Norte, a espera desesperava e por vezes as edições já estavam esgotadas no quiosque. "Já acabou", lembro-me de ouvir dizer sobre alguns jornais que procurei comprar. E revistas ( Século Ilustrado e Flama, por exemplo) que tive porque reservei as edições.
Um dos primeiros jornais a trazer notícias sobre o que se passava ainda no próprio dia 25 de Abril, foi este, com esta primeira página do Diário de notícias, e, "2ª tiragem".
Às 10 horas da manhã ainda não sabiam onde estavam o Chefe de Estado e o presidente do Conselho. A caminho da Madeira, soube-se depois...
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