O caso tem a ver com uma foto que se disse, no livro da tal, como sendo tirada no dia 25 de Abril de 1974, para mostrar o "povo" em sintonia com o "couraçado Potemkin". Uma palermice que se revela bem reveladora de um espírito revisionista com pincelada estalinista ( o velho hábito de falsificar fotos antes de haver programas informáticos de tratamento de imagem).
A foto do livro em causa tem legenda errónea. E porquê? O filme do Potemkine só estreou em 2 de Maio de 1974, como o autor do blog já explicou...citando outros.
Não obstante, nada melhor para demonstrar o erro do que mostrar os cartazes de cinema desses dias, publicados nos jornais da época.
Por exemplo, no dia 25 de Abril os filmes em exibição eram mostrados no Diário de Notícias, assim:
O filme exibido no Império nesse dia 25 de Abril de 1974 era...Um Homem de Sorte. Nada de Potemkines. Azar da Varela.
Aliás, nem no dia 30 de Abril do mesmo ano tal filme se encontrava em exibição ou era anunciado. Como refere o Diário de Lisboa desse dia, o filme no Império continuava a ser Um Homem de sorte e para azar da Varela estava anunciado para o mesmo local um recital de piano de Gésa Anda ( terá tocado o concerto para piano e orquestra nº 21 em Dó maior, de Mozart?) e à noite em sessão clássica o Ricardo III de Lawrence Olivier. Portanto, ainda nada de Potemkines.
Quando é que aparece a primeira menção ao filme de Eisenstein? Na revista Cinéfilo de 4 de Maio de 1974, dedicada ao tema da Censura, antes de 25 de Abril, o articulista ( António-Pedro Vasconcelos?) informava que o filme estreara na "quinta-feira, à noite", ou seja, no dia 2 de Maio de 1974. E ainda informava que era uma das obras "máximas do cinema mundial e revolucionário" ou seja, comunista. Estava à espera que o regime anterior autorizasse...
E na verdade lá constava da tabela dos filmes dessa semana...classificado como se fosse "para adultos" ( 18 anos) talvez por respeitar ao jogo comunista. O filme, Eusébio, o pantera negra, sobre futebol, por exemplo era para todos ( maiores de 6 anos)...
E com data de 17 de Maio de 1974, o crítico de cinema da Flama, Pedro Pyrrait ( também criticava músicas no Expresso, depois disso) explicava o que se tinha passado com o filme maldito: tinha sido proibido pela Censura do regime que durava há tanto tempo quando o filme: 48 anos!
Boa.
ResponderEliminarMas leu o que ela escreveu lá na tasca.
Dise literalmente: "um tipo que é acessor do Cavaco".
Assim. Um tipo. Eu, com esta fiquei com o retrato completo do que é a universidade.
Esta sujeitinha trata por tipo e atira com o acessor porque é discípula do Rosas e tem bruto tacho na faculdade.
Há gente que devia, de facto, escrever na clandestinidade. Ou então andarem com saca de batatas enfiada pela cabeça abaixo.
Quer-se dizer- nem eu, com nick, e com toda a falta de punhos de renda que se sabe, tratava por tipo alguém que apenas foi tolinho por achar que se pode desmontar teoricamente esta malta.
ResponderEliminarAqui.
ResponderEliminarhttp://5dias.wordpress.com/2014/04/27/antonio-araujo-a-historia-e-a-farsa/
Com esta, a FCSH tem o retrato que merece.
E isto é com um inofensivo que nem pega num décimo do que o José pega.
ResponderEliminarDá para perceber o motivo pelo qual lhe roubam as imagens mas fingem que nem conhecem.
Era "campo pequeno" logo. ahahaha Este blogue, para esta malta dos gulags cor-de-rosa, há-de ser nazi.
Como já contei, projectei o Couraçado de Potenkim antes do 25 de Abril.
ResponderEliminarEm super-oito, emprestado por embaixada.
Como não era militante de nada e nem projectei com sentido ideológico ou de transmitir mensagem, nunca tive o menor problema.
Aliás, projectei tudo o que devia ser proibido e nuca fui chateda por ninguém.
ResponderEliminarÉ como digo, agora, sim. Agora tenho de andar caladinha e disfarçar para não ficar marcada na testa e até perder trabalho.
Acompanhei esta querela desde o seu inicio. O trabalho de Raquel Varela poderia ser relativamente interessante na parte em que se dedica ao estudo do trabalho. Contudo, ela deixa-se na maior parte das vezes toldar pela doença infantil chamada Marxismo e Comunismo o que desprestigia a qualidade do seu trabalho. No caso da foto fica aqui demonstrada clara e inequivocamente a farsa mas esse não é o aspecto mais relevante da querela. Na minha opinião o livro de Raquel Varela está infelizmente inquinado pois ela não conseguiu simplesmente historiar ignorando as suas tendências politicas o que lhe toldou os conceitos desenvolvidos.
ResponderEliminarO problema dela é a linguagem e o José era capaz de desmontar melhor do que fez o A.A.
ResponderEliminarAliás, acho o A.A. um chato.
e não é por ser assessor de Cavaco nem sionista
eheheheheh
É por ser, antes disso tudo, um grande chato compilador.
Assessor com 2 ss., como é óbvio.
ResponderEliminarEscrevi bacorada no primeiro comentário.
Sinceramente que, neste caso do couraçado, acho que ela apenas escreveu mal a legenda.
ResponderEliminarNão acredito, por muito ignorante que seja (e é) que acreditasse que o Couraçado passava nos cinemas nessa altura.
Mas, como ela é lixo e com o "tipo" se definiu profissionalmente, eu preferia antes pegar nele
ResponderEliminareheehehe
Maldadezinha mas ele, com aquelas estatísticas acerca dos sobreviventes do Estado Novo que nem chegam para fontes precisava de uns calduços.
Isso e depois achar que as fontes são aqueles filmes patuscos que escolheu.
Ele faz parte de uma geração que nem é nem deixa de ser.
Ainda não tinham idade mas também já não gatinhavam. Não sabe porque se julga mais novo que aquilo que é.
E convenceu-se que é historiador por fontes patuscas ou conversas patuscas porque tem vergonha de poder passar por jornalista.
":OP
LOL, é o que eu digo. A Varela é mais uma historiadora do regime que temos...
ResponderEliminarEssa gente é paga pelo regime, para defender o regime. Nos centros de investigação onde trabalham, só lá entram os bétinhos escolhidos a dedo por essa gente para continuarem a cuspir mentiras e falsificações históricas.
Um dia isto logo muda, vai é ter ainda de cair muito fundo até dar a volta...
Mas a este ponto nunca se tinha descido.
ResponderEliminarO que acho mais inquietante é que a militância e a grunhice tem vindo a aumentar com o tempo.
Gentinha desta nem no PREC.
Nos anos 80 ou mesmo 90, uma palerma destas não tinha os cargos que tem.
Isso é que é assustador.
Ela não é betinha.
ResponderEliminarDiria que agora é que se está a concretizar, a todos os níveis, o lema das ocupações.
Prá frente ó pessoal das barracas!
":OP
Veja-se aqui os cargos dela:
ResponderEliminarhttp://ihc.fcsh.unl.pt/pt/ihc/investigadores/item/1242-rcvarela
O problema nem é ela- são os cargos. São essa trampa toda de pseudo-invenção; de cursos e saberes que nem existem.
É a praga do fracturante e do politicamente correcto a dominar tudo.
Tudo mentira- tudo folclore que até podia ser vendido por vendedores de enciclopédias ou testemunhas de jeová.
ResponderEliminarAssim, porta-a-porta, com brindes de "taparuéres", que ficava mais barato.
Raquel Varela (1978) é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena o Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais e investigadora do Instituto Internacional de História Social, onde coordena o projecto internacional In the Same Boat?Shipbuilding and ship repair workers around the World (1950-2010). É coordenadora do projecto História das Relações Laborais no Mundo Lusófono. É doutora em História Política e Institucional (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa). É, desde 2011, Presidente da International Association Strikes and Social Conflicts. É vice coordenadora da Rede de Estudos do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal.
É coordenadora de Quem paga o Estado Social em Portugal? (Bertrand, 2012), autora de História da Política do PCP na Revolução dos Cravos (Bertrand, 2011), coordenadora de Revolução ou Transição? História e Memória da Revolução dos Cravos (Bertrand, 2012), co-coordenadora de Greves e Conflitos Sociais no Portugal Contemporâneo (Colibri, 2012), co-coordenadora de O Fim das Ditaduras Ibéricas (1974-1978) (Centro de Estudios Andaluces/ Edições Pluma, 2010).
É membro do board of Trustees do ITH-International Conference of Labour and Social History (Viena, Áustria). É membro da Asociacíon Historiadores del Presente. Os seus artigos estão publicados em revistas nacionais e internacionais com arbitragem científica como Revista Brasileira de História, Hispania, XX Century Communism, Revolutionary Russia, Historia del Presente, Revista Espacio, Tiempo y Forma, Análise Social.
As suas áreas de investigação são História Global do Trabalho e História do Estado Social. História dos movimentos sociais na Península Ibérica. História do movimento operário português. História da Revolução de 25 de Abril de 1974. O papel do Partido Comunista Português na revolução portuguesa. Estudo comparativo dos Partidos Comunistas Europeus.
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Tudo mentira. Nem uma treta dessas tem ponta por onde se pegue.
ahahahaha
ResponderEliminarMas agora é que li o título e entendi a ironia fina e cinéfila, também
AHAHAHAHA o José é um maroto
Uns sortudos, caramba. Que isto está mesmo para gente com sorte de estar sempre no lugar certo, à hora certa e ao próximo do que importa.
ResponderEliminarO que é preciso é "sprezzatura", como diria o Castiglione
É com casos tristes como estes que temos de dar uma certa razão à censura.
ResponderEliminarQuanto estamos perante uma esquerdopatia ou se censura ou se interna. Não vejo uma terceira solução.
Pena o bloco não se ter lembrado de a mandar concorrer ao Parlamento Europeu,sempre nos podíamos ver livres da lambisgóia por uns tempos. E ainda juntava mais uma sinecura para escrever outros pastelões estóricos.
ResponderEliminarCara Zazie
ResponderEliminarsabe bem melhor que eu que baldassare
da família gonzaga de Mantua
o trampolineiro andava a enganar o Papa a respeito do carlos v, o tarado dos relógios
e não o avisou da preparação do saque de Roma em 1525
escolheu bem a personagem,
uma entre muitas
Estranho.Vi o filme no cine-clube da Beira,Moçambique,no ano 1973,acompanhava o meu pai sempre que podia dado ser um cinéfilo empedernido,apesar de gostar dos manuais sobre cinema do comunista Sadoul. Mas à época o Sadoul era um deus da crítica cinematográfica.
ResponderEliminarEu adoro o Castiglione. O Cortesão é uma delícia de tratado.
ResponderEliminarE o conceito de sprezzatura até foi ilustrado com uma cena de xadrês entre um macaco de D. manuel e yum cortesão que recebeu.
A tola da Varela diz outros tantos disparates sobre os "colonos", o que demonstra onde foi beber as fontes. Diz que os brancos levantavam-se sempre que viam um Pide. Num meio pequeno e onde todos se conheciam os pides eram sobejamente reconhecíeis. E se não eram gozados devia-se tal ao facto de no ultramar as suas funções serem sobretudo de informação sobre o terrorismo e os seus agentes. Ou seja, tinham uma função diversa da que lhe é apontada pela cretina. Fala do povo como se dele fosse a mais lídima representante,não passando de uma burguesinha com ares.
ResponderEliminarBastava uma rápida busca no google - eu demorei menos de um minuto - para se descobrir a data da estreia do filme em causa em Portugal:
ResponderEliminar"O Couraçado Potemkin, que Chaplin considerou o melhor filme do mundo e é unanimemente considerado um dos melhores do tempo do mudo, só estreou em Portugal a 2 de maio de 1974, no Cinema Império."
http://www.infopedia.pt/$o-couracado-potemkin;jsessionid=wTepkaSrz87CpNRAwy-bYg__
estou a gostar de ler o livro que hoje comprei na Fnac
ResponderEliminar'condition de l'homme moderne' da sionista Hannah Arendt
gostei que de ver a Zazie usar sprezzatura
e não o nonchalance da minha juventude
as palavras gastam-se, as línguas desgastam-se
há anos que não leio 'leitmotiv', entre outras
a memória do José é melhor que o seu arquivo
'e verdadeira base de dados
teremos varelas nos próximos séculos
a Ásia vem a caminho da Europa sem esbarrar no tampão Putin
os próximos anos vão ser muito difíceis a avaliar pelo comportamento das economias, do BCE e preço do ouro
pesada herança que já não temos
Esse Araújo também, enfim...
ResponderEliminarPõe-se a dizer que ela escreveu "inverdades".
É tolo. Acha que assim fica por cima mas engana-se. O que é mentira é mentira e acabou. Ou não é verdade, se se preferir. Agora "inverdade" é paleio medroso. Paleio de quem fala a medo.
Veja-se a outra em comparação. É a enxovalhar. Por pouco que o considera gente. E há-de continuar, que aquilo vive para estas merdas. A ver se o assessor do Cavaco a faz ter medo...
Ahaha é ao que estamos entregues.
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Vivendi, censura? Mais? Então estas cavalgaduras rassabiadas têm o tempo de antena todo!
Ou acha que alguém lê aquela merda sem ser obrigado? "Estruturas repressivas"? Pelo amor do santo Cristo...
Ler as que o José aqui põe já é um custo, que aquilo é sempre o mesmo... Mas aqui sempre têm o interesse do documento em si. O paleio dela é bom para pisa-papéis ou para elevar o monitor do computador ou assim.
O paleio dela não é bom para nada.
ResponderEliminarNada!
São falsidades atrás de falsidades.
Imaginação pura, de alguém que delira com as ideias de esquerda e que tem pesadelos com tudo que respeite ao antigo regime.
Este comportamente dela, esta necessidade de reescrever a História com invenções totalmente afastadas da realidade, mais me parece revelar algum recalcamento profundo.
Muito profundo.
A Varela não sabe do que fala, e não pode ter lido o que escreve em documentos, porque eles não existem.
A realidade que tenta descrever nunca existiu.
Ponto.
Porque mente, então?
A memória do José é um fenómeno. Até assusta.
ResponderEliminarEu troco tudo. Completamente. Tenho memória de coisas reais como de sonhos. Sem cronologia e tudo misturado.
estas personagens tipo xico rolha flutuam em todos os regimes
ResponderEliminarno Cortesão fica bem marcada a cultura da dissimulação
que caracteriza os lambe-botas de todas as épocas
Goethe tenta convencer que a Reforma praticou a a cultura da verdade ao contrário da Contra-Reforma
O que irrita nela é o tom de superioridade misturado com a rasquice do ódio ideológico.
ResponderEliminarNão há uma única porcaria que ela escreva que não tenha uma motivação de3 ajuste de contas com fantasmas que odeia.
E trata os adversários com esse mesmo excesso de raiva que toda a escardalhada tem.
Politizam tudo e só conhecem inimigos ou controleiros e chefes.
Mas, no lugar dele, nem sequer lhe tinha respondido.
ResponderEliminarAquela cena do tipo e do assessor é coisa que coloca ponto final imediato a tudo.
Aposto que o VPV não respondia. Sempre fez isso quando tem imbecil pela frente.
Não há debates desta ordem.
Por outro lado, também não sei qual é o lugar dele, à parte ser um homem de sorte
AHAHHAHAHAHAHAHA
Mente porque é bacoca.
ResponderEliminarPorque aquilo é tudo uma bacoquice anacrónica. Não é deste tempo. É do tempo dentro da bolha Rosas&Pereira em que não é 2014; é Abril+40 (mas vai passar a ser Abril40 para não discriminar os sinais matemáticos).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPois é verdade, Fluribundus. Fala-se muito do Maquiavel mas o Baldassare antecipou tudo.
ResponderEliminarE até dedicou o tratado ao nosso D. Jaime de Portugal.
Estas coisas também não se dão na escola e duvido que se dêem nas universidades.
Nunca gostei daquela gente de Contemporânea.
Aliás, costumava dizer na brincadeira que tinha escolhido medieval em arte por estarem bem mortos e, na maior parte dos casos, nem se saber quem foram
aahhahaha
Isso e não ter de os aturar em beberetes
":OP
Contemporânea ou é boa pesquisa de jornais ou treta ideológica.
No que é muito antigo há menos hipótese e precisam de outras bases que não têm.
é Abril+40 (mas vai passar a ser Abril40 para não discriminar os sinais matemáticos).
ResponderEliminarhahahhaahaaa
«co-coordenadora de Greves e Conflitos Sociais no Portugal Contemporâneo (Colibri, 2012), co-coordenadora...»
ResponderEliminarQue diferença haverá entre coordenar e co-coordenar?
Há gente tão elaborada, tão elaborada que a linguagem lhe ficará sempre curta. Uns co-cos, é o que são.
Cumpts.
"co-coordenadora" tem a ver com outro tipo de linguagem que vou mostrar mais logo de onde provém.
ResponderEliminarPorque tem aproximadamente...40 anos. E é a raiz do mal do Ensino, em Portugal.
A Raquel Varela pode ser tudo o que se tem dito e aqui repetido, sem dúvida. Assino por baixo.
ResponderEliminarNão creio todavia que aqui haja mais que uma pequena imprecisão. O que a foto pretende documentar são os festejos da vitória do 25 de Abril. Não apenas no próprio dia, aliás o fundamental desses festejos aconteceu mesmo nos dias seguintes, em particular a 1 de Maio. Nesse sentido a legenda não estará propriamente "errada". Acresce que a própria Raquel Varela diz que essa legenda já existe assim mesmo no arquivo consultado. Podia estar melhor redigida? Podia, por exemplo algo como "Populares nas ruas de Lisboa apoiam a vitória dos militares revoltosos do dia 25 de Abril de 1974". Mas o que se pretende mostrar com a imagem não é nada revisionista. Havia muita, mas mesmo muita gente, na rua a festejar naqueles dias. Sei-o bem, estava lá (memórias dos meus 7 anos).
Ninguém contesta o povo na rua. Há inúmeras fotos a demonstrar. Sem bandeiras. Naquele dia ( 1 ou 2 de Maio) porém, já havia bandeiras. E são essas bandeiras que a Varela quer mostrar. Só essas e por isso a foto lhe convém.
ResponderEliminarQue pena hoje em dia as festas do povo não durarem assim tantos dias seguidos.... Hoje, só me ocorre as festas de casamento ciganas...isso e o festivais de música no Verão...
ResponderEliminarAmélia Saavedra, não vá por aí.
E se quiser ficar com azia, recordo-lhe a Festa do Avante "vade retro, Satana!"
Carlos:
ResponderEliminarAinda bem que, com 7 anos, já festejava as amplas liberdades adquiridas com a revolução de Abril e a consagração de direitos reprimidos ao longo dos anos de Ditadura, tais como o direito ao nudismo, o direito ao prazer das mulheres e o direito ao aborto, entre outros.
Quanto à fotografia e respectiva legenda, a "coisa" não é assim tão ingénua.
Ela não pretende apenas documentar os festejos da vitória do 25 de Abril com esta fotografia.
Para isso, havia dezenas ou centenas de outras fotos mais representativas do que esta, onde se vê apenas cerca de uma centena (calculo eu) de pessoas numa pose passiva, sem cravos na mão, sem braços no ar, sem sequer transmitirem qualquer tipo de alegria ou festejo.
Acha que este grupo de pessoas parada à porta de um cinema é uma boa fotografia para documentar os FESTEJOS da vitória do 25 de Abril?
Claro que não é.
A escolha desta foto, encabeçada pelo anúncio do emblemático filme encomendado pelo governo russo para comemorar o aniversário da revolução de 1905, e que esteve proibido em Portugal durante todo o período do Estado Novo, tem óbvia carga simbólica que a Raquel Varela quis aproveitar e transmitir.
E fê-lo dessa forma, distorcendo os factos, fazendo crer que a foto data do dia 25 de Abril, para de uma forma sublime equiparar a revolução dos cravos à revolta da tripulação do couraçado contra a opressão tirana dos comandantes do navio, e ilustrar igualmente o fim da censura.
Claro que isto é coisa de intelectuais, de pessoas superiores ao comum dos mortais, é uma mensagem que poucos conseguem atingir.
Eu nem nunca tinha ouvido falar do filme e nunca perceberia esta mensagem se não tivesse lido este postal do José.
Mas é assim que a Varela se sente.
“Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suiça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa.”
ResponderEliminar“Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes de República.”
Marcello Caetano, sobre o 25 de Abril
José, foi uma brincadeira ou é uma citação a sério.(indique donde porque tenho-a procurado e nada)
É claro, que a brincar ou a sério, é verdade pura de Oliveira...
a ouvido falar do filme?
ResponderEliminarehehe
Nem a imagem do carrinho de criança a cair pelas escadarias, que já foi replicada ao infinito?
ResponderEliminarO autor dessa passagem é um comentador deste blog. Talvez o mesmo o queira elucidar um pouco mais porque fiquei com a ideia que era uma transcrição dos comentários de Marcello Caetano publicados na edição de As minhas memórias de Salazar.
ResponderEliminarComo não tenho o livro não posso confirmar.
Quais intelectuais superiores, qual carapuça.
ResponderEliminarÉ básico. Mais que básico. É o ex-libris das revoluções.
Essa imagem é o ícone do filme e lembro-me de o mesmo ter passado na RTP algum tempo depois, com grande estrépito dos comentadores da época. Provavelmente o Fernando Lopes ( acho que este foi um deles) ou o António-Pedro Vasconcelos.
ResponderEliminarOs que tomaram conta "disto"...
O Vivendi copia e nem sabe de onde.
ResponderEliminarSim. É um grande filme. o Eisnestein foi um realizador genial e também mais outro posto na prateleiroa pelo Estaline.
ResponderEliminarMas todas as vanguardas russas foram geniais.
Há outro filme para mim ainda mais interessante que é o Ivan o Terrível. Também passou na RTP, quase invisionável de tão escuro que estava.
ResponderEliminarSim. Esse é espantoso. E o Que Viva México também mas nem o pôde acabar.
ResponderEliminarNão me lembro nada dessa multidão à porta do Império.
ResponderEliminarNadinha. Como já conhecia o filme devo ter visto noutra altura. O Ivan o Terrível, sim- vi no Império.
O Ivan o Terrível passou antes do 25 de Abril. Foi no Império e até em 2 sessões.
ResponderEliminarO fassismo não proibia a cultura tout court como esses farsantes bem sabem.
ResponderEliminarO que proibia era a propaganda comunista e algumas expressões de modas que estupidamente entendiam como degradantes.
O caso das "Três Marias" é um desses.
Mas em França ou em Inglaterra também havia censura nos media.
ResponderEliminarJosé, JC, et all:
ResponderEliminarAqui está outra foto:
http://api.ning.com/files/b3C0BcRbaer5EcbZ1k*-NDbegQtWVo7da*vd486HB6wC-WTr8ZeWlsYwhwE*r0iOSCvc0rohsOg7HiFTKhOd8erLqqfySafC/1demaiode1974c.jpg
É do 1º de Maio de 1974
Tem bandeiras, muitas
E reparem bem como, lá ao fundo, se vê o cartaz do filme
1º de Maio, não a "data de estreia"
Provavelmente o cartaz estar ali não significa necessariamente que o filme estivesse a ser exibido nesse dia. Quem sabe o cartaz lá estivesse desde 27, 28 de Abril...
Já agora, uma criança com 7 anos, filho de miltantes comunistas activos, onde seria suposto estar nesses dias de 74? Na baby-sitter que não havia lá em casa? Com os amigos, igualmente comunistas, igualmente na rua a festejar?
A minha realidade, nesses anos de 74 e 75 foi muito condicionada pelos acontecimentos tal como foram vividos pelos meus Pais, como não podia deixar de ser. Uma criança de 7 anos não fica em casa enquanto os papás vão às manifestações. Aliás, nesses tempos, muita gente ia às manifestações, com ou sem bandeiras. Muitas bandeiras ajudei eu a pintar...
O facto de uns anos mais tarde, por volta dos meus 16, 17 anos, ter começado a pensar pela minha cabeça, ficando em pouco tempo, num plano que me permite olhar para esta realidade de forma muito diversa (no fundamental muito parecida com o magnifico trabalho que o José por aqui tem feito), não altera que tenha vivido estes anos, enquanto criança, de forma muito intensa. Tentem imaginar a perspectiva de um miúdo com pouco mais de 1 metro de altura, imerso neste mar de gente.
Certos filmes, certas imagens e certas músicas não se mostravam nos canais públicos de media.
ResponderEliminarNão por motivos estritamente políticos ( embora na Inglaterra fosse censurada a música Shipbuilding do musico comunista Robertt Wyatt, na altura da guerra das Malvinas) mas por motivos de costumes.
Em Portugal era mais apertado e confundia-se a política com os costumes o que era sopa no mel para os antifassistas gritarem pela Liberdade! Como se na URSS a tivessem...
"Quem sabe o cartaz lá estivesse desde 27, 28 de Abril..."
ResponderEliminarNão me parece pelo facto de nesses dias ainda estar em exibição o "Homem com sorte"...
De resto, o filme estreou no dia seguinte e é natural que naquela altura da manif, provavelmente logo a seguir ao almoço, já lá estivesse o anúncio do filme para o dia seguinte.
Ninguém discute a generalidade do filme,pena que os comunistas se esqueçam e, quando falam de Eisenstein ,do "Ivan,o terrível",um enorme fresco sobre o despotismo autocrático de Estaline,sobretudo a segunda parte. Esteve engavetado durante anos e censurado à espera da morte do ditador.
ResponderEliminarQuanto à flausina da Varela apenas uma palavra:quer agora virar o bico ao prego para não se dar como culpada de um "pormenor". Só que o livro está nesse pormenor como noutros,qual "petit pan de mur jaune ". Faz parte da estratégia desta gente,e quando são desmascarados,,arranjarem sempre uma desculpa e relativizar o essencial. Cambada!
digo,genialidade do filme
ResponderEliminarSe quer que lhe diga nem penso isso.
ResponderEliminarPor cá sempre existiram ciclos de cinema extremamente avançados onde se via tudo, praticamente a par da projecção lá fora.
Esses ciclos do Império eram ao fim da tarde e lembro-me bem de lá ir.
A minha mãe e o meu pai é que viram nos anos 60 muito mais quando faziam mesmo ciclos culturais vanguardistas.
Fomos até muito liberais nesse aspecto.
Por outro lado existia a actividade dos cineclubes e aos sábados passavam filmes no Cinema Paris com tudo o que era mais de vanguarda.
Li mal. O José disse o mesmo.
ResponderEliminarPassava praticamente tudo o que era de vanguarda.
Só o que poderia ser propaganda comuna é que tinha mais problemas.
Mas os cineclubes mostravam tudo.
Ela é uma jacobina militante. Muito pior que isso é o que escreve acerca dos heróis que mataram o rei.
ResponderEliminarUm nojo.
Não estou a entender muito bem qual o ponto aqui.
ResponderEliminarÉ bastante evidente, desde o inicio, que a foto nunca poderia ser do próprio dia 25. Mesmo 26 ou 27 seria rebuscado. Como o filme estava proibido nunca poderia estar afixado um cartaz nesse dia, já que ele não existiria.
Agora que o povo se "sintonizou" com os simbolos do lado vitorioso da revolução e que nesses dias, meses, eram uma misturada de tudo e mais alguma coisa, não haja qualquer dúvida. Só a bastante mais tarde se começaram a separar as águas. Nestes dias, entre o dia 25 e pelo menos até ao 1º de Maio eram uma grande festa, visto da perspectiva do povo menos politizado, claro.
"o povo se "sintonizou"
ResponderEliminarSintonizou o quê, exactamente? A queda do regime? Maria vai com as outras- é o que me parece, porque dias antes tinha estado com o regime...
"povo menos politizado, claro."
Claro. Mas havia o mais politizado que era o povo comunista. Uns milhares escassos que lograram enganar aqueloutro "menos politizado", prometendo-lhe Liberdade a amnanhãs a cantar. Como o "menos politizado" nunca tinha ouvido falar dos gulags, da Hungria em 57, da Checoslováquia em 68 etc etc, e o Cunhal aplaudiu tudo isso, ficamos logo assim: o "menos politizado" votou em massa na Esquerda.
Até hoje aguardo uma reportagem em forma do RDP, Expresso, Visão ou Público sobre os "horrores comunistas" já que não se cansam de mostrar os horrores fassistas com programas tipo "no limite da dor"
ResponderEliminarO que é evidente é que a pascácia foi buscar uma foto com bandeiras de comunas para ilustrar o dia 25 de Abril, quando nesse dia o pessoal que veio para a rua não as trazia.
ResponderEliminarA menos que fossem comunas lá do Barreiro. Em Lisboa não se viu uma- que me lembre.
Muito menos nesse local onde nem se deu por revolução.
Só do Martim Moniz para baixo.
Só se fossem os comunas da Guerra Junqueiro e da Avenida de Roma
AHAHHAHAHAHAHAHA
A maluca é parva e nem deve ser de Lisboa porque escolher essa foto é uma anedota.
Por outro lado a diabolização do regime do Estado Novo e principalmente do Estado Social de Caetano é tão estúpida como a Censura anterior o poderia ser e era muitas vezes.
ResponderEliminarPois é.
ResponderEliminarMas o senhor com sorte também não desmontou bem aquele uso da palavra "povo" que ela faz.
Povo é um palavra polissémica e a sua apropriação é muitas vezes contraditória.
Quando os comunas falam no povo, em sentido marxista, é a tal treta das leis da história por lutas de classes, onde nem existem chefes ou líderes.
E foi isso que ela quis vender primeiro, acerca do 25 de Abril.
Mas depois povo também é populaça ou gente "mais baixa" e aí é que entra sempre a querela.
Porque em se dizendo povoléu, como populaça que vai atrás de uma coisa como podia ir de outra, eles passam-se a levam logo a questão para a desclassificação social.
E depois transformam a populaça no sentido latino de populu- como povo de uma Nação.
É uma treta que se repete com equívocos de complexos de esquerda.
Ela própria estropiou tudo porque se enrelou entre a populaça e maralhal e o "bom povo português" aliado ao soldado raso do MFA.
E é a isto que chama revoluação sem líderes.
O tanas. A popualçã chegou-se à frente, nas ocupações sob o lema "prá frente ó pessoal das barracas".
O resto foi sempre manipulação escardalha.
Por isso ´qeu no Norte de Portugal as sessões de esclarecimento do MFA tinham lá um burro à espera à entrada da aldeia e mais ninguém. Fechavam-se em casa e faziam-lhes manguito.
Há-de ser dessa resistência do Norte ao maralhal comuna que o Sartre até fala e chama "reacção e ignorância entranhada".
O AA não explicou nada disto.
ResponderEliminarA única coisa que sabe fazer é catar palavras e compilar exemplos.
E ele nem pegou naquela contradição dela de tanto dizer que nem sabe o que são elites como depois negar os heróis de elite pelo facto de também existirem "elites operárias"
ResponderEliminarehehehe
Aquela trampa é fóssil e quem tivesse pachorra e percebesse, como o José percebe, estes fenómenos semânticos até lhe chamava um figo.
Mas ele é demasiado fraco. Não apanha nada do que importa.
Não tem perspicácia alguma.
O problema é mesmo esse- eles usam a treta da luta de classes para depois lá impingirem as leis da história, tal qual como o fazem os neotontos para tudo.
ResponderEliminarSó que bem sabem que a coisa precisa de líderes e daí os tais líderes naturais que nascem que nem cogumelos do "seio das massas".
Esses líderes são os tais fenómenos milenaristas que estão para além da dicotomia de classe por se terem elevado a messias, bastando terem "a consciência de classe"
Isso e a "#moral proletária" que impingem para as massas mas que, rapidamente largam, como sempre largaram todos os milenaristas de outros igualitários de outros tempos.
O Norman Cohn explica bem isto na "Senda do Milénio"
Aquele fime da "comprativa" vale mil livros.
ResponderEliminarO manguito da minha ferramenta é uma delícia.
o líder das massas da "comprativa" parece que também tomou o gosto e vive de tacho camarário do PS.
"o líder das massas da "comprativa" parece que também tomou o gosto e vive de tacho camarário do PS."
ResponderEliminarÉ típico e uma tragédia.
Mas...onde posso ir buscar a informação sobre o desgraçado?
É que me está apetecer tratar do assunto...ahahah.
ehehehe
ResponderEliminarLi por aí. Não me recordo mas alguém sabe quem ele é e contou.
Onde é que ficava a "comprativa"?
Se era para o Ribatejo até acho que sei quem contou e deixou o testemunho online
Caro Carlos,
ResponderEliminarUm livro que pretende relatar factos históricos como tal, não pode ser uma "misturada de tudo e mais algumas coisa". Ou a ser assim, que se assuma como um livro de ficção e aí já se pode permitir todo o tipo de misturadas. Uma foto num livro de história, é como uma narrativa de factos históricos. E ninguém gosta de perder tempo a ler mentirolas, quando é suposto estarmos a ler factos rigorosos. Ela não aparece lá como uma iluminura decorativa do livro. A ser assim, como leitor da obra, tenho todo o direito de me questionar sobre a autora. Ou ela é incompetente naquilo que faz, ou é uma falsária. E ninguém me venha com o argumento de que no arquivo a foto já está assim identificada, porque isso me leva a perguntar se afinal a autora não terá coligido todo o livro sobre documentos falsos ou incorrectamente classificados e identificados. Para que serve afinal o trabalho da "historiadora"? Pegar num monte de documentos e fotos e formatá-los num livro, está mais ou menos ao alcance de qualquer burro que nem precisa de ostentar o título de historiador.
No que toca à questão da memória dos dias, eu que há data tinha 9 anos, lembro-me de quase nada, não só desses dias, mas desses tempos. No mínimo acho muito pouco provável que alguém que tinha apenas 7 anos possa ter memória clara de todos esses dias.
Está aqui:
ResponderEliminarPresidente da junta de Fradique do Intendente.
http://semanal.omirante.pt/index_access.asp?idEdicao=303&id=37104&idSeccao=4339&Action=noticia
Mas, acerca desta ocupação até conheço gente que era miúda na altura e foram para lá ver.
Sabem quem ainda hoje tem em casa uma data de objectos de valor que roubaram.
Ljub
ResponderEliminarNão há-de ter sido nada disso.
Ela meteu lá dentro do livro essa foto por causa das bandeiras e do ícone da revolução russa.
A legenda acredito qu estivesse feita e não a alterou porque, na volta, estava a falar do "25 de Abril" no sentido genérico da dita revolução e não no próprio dia do golpe militar.
Era bruto tiro no pé dizer que o fascismo até passava o Couraçado.
O senhor com sorte também não soube desmontar isto porque se agarra a palavras e as palavras querem dizer muito mais.
É um detalhe de agit prop a que ela não resistiu e que serve para ilustrar a tese do livro- foi o povo que fez a revolução de Abril.
E a revolução de Abril foi uma verdadeira revolução, como a Russa.
A pergunta até era outra- aquela malta toda com cartazes, que até sobe as escadarias do cinema, ia ver o filme?
ResponderEliminarehehehehe
é mentira. Aquilo foi comício feito ali e manif por outros motivos pois até se v~e um cartaz da Lisnave.
ResponderEliminarAté tem gente pendurada em postes de reclames.
Treta. Foi comício no largo, deliberadamente e nada teve a ver com o filme.
Se calhar foi manif para a alameda.
ResponderEliminarDá para confirmar online o que aconteceu no dia 2 de maio.
Porque eu não acredito que aquele pessoal das barracas tenha tido uma de cinéfilo com cartazes e tudo.
Ver o filme, aquela gente? Saía passados 10 minutos e depois do estupor inicial. Um filme de 1906, ou p´raí com imagens a tremelicar de carência de fotogramas em condições não é para aquela gente "polizada" em dois dias, literalmente.
ResponderEliminarEstou mesmo a ouvir os manifos: "este filme é uma merda!" "Vamos embora beber uma imperial"...
Quanto ao Araújo: leva-se demasiado a sério.
ResponderEliminarTem medo de perder o verniz académico, coitado.
O blog é como se fosse uma prova para um livro...com o cuidadinho todo em não falhar uma vírgula fora do sítio e o espaço intertextual adequado.
ResponderEliminarUma seca.
Gramava qeu sito fosse a preparação das greves da TAP e Lisnave que depois até foram ao Ministério do Trabalho.
ResponderEliminarEla sabe, porque até escreveu sobre isso.
http://5dias.wordpress.com/2013/03/26/a-revolucao-de-abril-e-a-lei-da-greve/
Tinha piada se tivesse utilizado a fotografia que encontrou para uma coisa e usado para outra.
As "inverdades", essas, afligem-me logo a vista.
ResponderEliminarClaro José. É absolutamente impossível que aquele maralhal estivesse ali para ir ao cinema.
ResponderEliminarMas tinha piada se estivesse por motivos opostos aos que ela quis fazer passar.
Porque aquilo foi manif. E manif a 2 de maio, houve a da TAP por causa da greve e já com preparação para a da Lisnave que arrancou dali a dias.
Se as inverdades são coisa de coninhas a espatifar a língua
ResponderEliminareheheheheh
Nisto, ou se é livre e tem talento para escavacar tudo, como fazia o Dragão, ou mais vale ficar quieto.
Assim é uma treta aos pulinhos.
O AA até pode ser isso tudo,sionista,picuínhas,assessor ou o que queira que ele seja mas não há que esquecer que a crítica dele sobre a Dona Raquel até tem razão de ser,como se vê pelos comentários e pelas observações do José. Isso não lhe retira qualquer validade no juízo que faz sobre a fulaninha.E é isso que interessa. Atacar as mentiras da Varela,por mais pequeninas que elas sejam. A história está nos pormenores muitas das vezes. Se tem muito cuidado na escrita tanto melhor para ele e para quem o lê,sempre se nos poupa ao mau português que se lê em todo o lado.
ResponderEliminarNão quero que fique a impressão que digo mal do trabalho do tal Araújo. Não é isso.
ResponderEliminarÉ mais um reflexo de defesa porque com aquele rigor todo dá o flanco. Se lhe falha um pormenor, uma vez que seja, espalha-se na credibilidade.
E parece-me que é isso que pretende: ser tomado a sério e com a credibilidade académica.
Porém, os blogs não são para isso. E se forem correm aquele risco que indiquei.
Nos blogs quem se tomar demasiado a sério é morto pelo ridículo.
ResponderEliminarOs blogues são o reflexo dos seus autores,o do José prima sobretudo pela imediatez da escrita , pela crítica mordaz mas certeira e que passa por uma memorização do nosso passado recente e sem os clichés habituais, daí o valor essencial do seu blog. Honra lhe seja feita. É claro que o anonimato serve para se dizerem coisas com mais acutilância que uma pessoa como o AA (e logo ele que é assessor do PR) não poderá dizer no mesmo registo. É preciso ter isso presente quando se analisa as suas precauções "estilísticas".
ResponderEliminarEvidentemente que quem conseguir aguentar essa "parada" merece louvor.
ResponderEliminarEu não consigo.
Pois acredito. Mas que diferença faria se em vez de assinar como assina usasse um pseudónimo? Alguém notaria a diferença?
ResponderEliminarE que importa para os blog ser assessor deste ou daquele? Seria melhor escrever sem se saber tal coisa.
Concordo,José. O Pacheco de tanto se levar a sério,com os seus poemas e estados de alma só pode ser morto pelo ridículo. Um blog deve ser como diz.
ResponderEliminarA vantagem do anonimato, mesmo relatico, é evidente: maior liberdade.
ResponderEliminarPorém, tem um custo: responsabilidade auto-assumida e coerente.
Isso é verdade, nem se pense que aquela gente ali estivesse para ver um filme, quanto mais, aquele filme. Lembro-me que só vi esse filme praí aos 15 ou 16 anos, numa altura em que tinha acabado de aturar um ano inteiro uma professora de história que a única merda que nos ensinou o ano todo foi os planos quinquenais, os maravilhosos sovkhoses e kolkhoses ou coisa que o pareça e todas as maravilhas do império soviético e dos países maravilhosos do tratado de varsóvia. Se apanhasse essa senhora agora pela frente, acho que a insultaria e enxovalharia do pior. Naqueles anos do pós Abril, as escolas eram uma autêntica lavagem cerebral para todos os desgraçados que tinham a infelicidade de por lá andar, e quando assim não era, nem profs havia para nos darem aulas. Nem sei o que foi pior, o que me marcou negativamente mais nesse período lastimável da minha vida. Disso lembro-me eu bem. E depois quando cheguei aos 3 últimos anos do secundário, foi uma lástima, tive que me rodear dos livros das disciplinas em que nos anos anteriores não tive profs e estudar tudo direitinho, se quis resolver a minha vida. Esse foi o verdadeiro e palpável legado de Abril para mim.
ResponderEliminarO Pacheco só por isso faz figura de asno.
ResponderEliminarAsno de ouro,versão Pacheco. ahaha
ResponderEliminarA citação surgiu daqui:
ResponderEliminarhttps://www.facebook.com/137789052917283/photos/a.159690507393804.31562.137789052917283/823452841017564/?type=1&theater
E refere-se ao livro "As minhas memórias de Salazar."
Esta´aqui a cronologia. Não foi apoio a nada, Há-de ter sido manif contra qualquer coisa. E os cartazes da Lisnave são visíveis.
ResponderEliminarhttp://abril-de-novo.blogspot.pt/2010/05/cronologia-do-ano-de-1974-xix.html
Já confirmaste se vem no livro, Vivendi?
ResponderEliminarEsta treta é outra coisa.
ResponderEliminarEles escrevem nos blogues e depois são citados nos jornais e isto é sempre tenda montada.
Eu não tenho pachorra para estas coisinhas em bicos dos pés.
O uqe se escreve na blogo deve valer por si. Não é preciso puxar-se de galões e atirar com cargos ou status.
Quem o faz corre o risco de ficar manietado.
Como os ensacados do GFoya.
Claro que ela acaba por humilhar a querer mostrar que até tem mais status que ele, que se fica pelo assessor e nem historiador é.
E chama-lhe tipo nas calmas- com o status universitário que agora serve para a ralé falar como fala em casa.
Neste caso, ela deixa mal a universidade, mais nada. É outra que precisava de sacava de batatas pela cabela abaixo.
Mas o tuga é assim- gosta de salamaleques. Querem sempre apalpar a popelina para avaliarem o que pode vir dali.
"apalpar a popelina"...ahahaha!
ResponderEliminar
ResponderEliminarE depois deste "parlapiê" todo, quem manipula o quê?
Uma imagem que ilustra a adesão popular ao 25 de Abril, ou a habilidade deste "posteiro" em querer encontrar uma tese que lhe encha o ego "caetanista", numa versão "fascistoide moderada"?
Como sempre, tendencialmente muito tendencioso!
"o ego "caetanista", numa versão "fascistoide moderada"?"
ResponderEliminarVá lá...podia ser pior.
E já agora quel é a "tese"?
É que assim de repente não me ocorre que tenha postado alguma.
Meu caro,
ResponderEliminarDe mim, nunca lerá insulto grotesco, a não ser em resposta a tal.
Sobre a tese:
É o esforço em querer demonstrar a benevolência e virtudes no antigo regime, contrapondo a toda a vivência democrática, que para si - é toda comunista (tal como pensavam os anteriores ditadores). Tão só.
Eu não disse que tenho "memórias claras", é evidente que não claras, mas recordo-me do ambiente que se vivia e penso que ninguém disputa a quantidade de gente que veio para a rua.
ResponderEliminarE sim, era mesmo uma misturada, muito desorganizada inicialmente, que aderiu. Claro que o PC e outras aparelhos foram tomando conta dessa desorganização, mas nestes dias estava tudo no mesmo saco.
Não sei quais eram as intenções da Raquel Varela, o que lhe tenho ouvido ou lido é bastante tendencioso. Mas fazer a história desses dias como os dias do "povo na rua" é correcto parece-me. Muita provavelmente a foto da Raquel foi tirada no 1º de Maio, a manifestação principal passou por ali em direcção ao estádio, que agora se chama 1º Maio, em Alvalade.
Podemos encontrar toda a espécie de razões para explicar a vinda para a rua da pessoa A ou da pessoa B, podemos deduzir que grande parte dos que vieram nesses dias tinham estado há pouco tempo na mesma rua a ouvir e aplaudir Marcelo Caetano. Mas que veio muita gente para a rua, veio.
É preciso perceber que estamos a falar de escassos 7 dias após a revolução. A grande manifestação do 1º Maio teve o Soares e Cunhal lado a lado. Nem sei se o CDS já existiria, nestes dias era TUDO de esquerda, a caminho do socialismo.
"contrapondo a toda a vivência democrática, que para si - é toda comunista (tal como pensavam os anteriores ditadores). Tão só."
ResponderEliminarPortanto é uma tese a preto e branco. Julguei que podia ler a cores, mas ainda vai no tempo monocromático.
Talvez se fizer um pequeno esforço, puser umas lentes novas e tentar olhar as cores descubra um outro universo.
Mas não tenho grande esperança.
"nestes dias era TUDO de esquerda, a caminho do socialismo. "
ResponderEliminarJá se perguntou por que razão?
Será assim tão normal, se assim foi ( o que evidentemente duvido)?
Será que entende que é para perceber essas razões que aqui tenho escrito estes postais de há meses para cá?
ResponderEliminarPortanto, não me parece que a série de postais seja a preto e branco como a tem visto. Há muitos a cores e com alta definição...
ResponderEliminar"Portanto é uma tese a preto e branco." como assim?
Se há quem pretenda ver tudo como: anterior regime vs. comunistas, não sou eu, certamente!
"nestes dias era TUDO de esquerda, a caminho do socialismo. " Pois, pois, até os cobardes da direita de então (agora muito corajosos nos blogs), tinham esse objectivo (ver programa do CDS).
Sim, mas a pergunta não está respondida: porquê?
ResponderEliminarA preto é branco continuará, já estou a ver.
Não há pior cego do que...
ResponderEliminar"Não há pior cego do que..."
Virou jogo de espelhos?
Com uma diferença: o meu espelho mostra o que nele se reflecte. O seu apenas uma sombra. Nunca lhe vi um argumento factual, apenas afirmações de princípio e proclamações.
ResponderEliminarDemonstrações...passa.
Acabei de lhe fazer uma pergunta sobre as razões da pan-esquerdização logo a seguir ao 25 de Abril.
ResponderEliminarResposta: nicles.
Mas eu tenho-a dado por aqui, com demonstrações.
ResponderEliminarOs argumentos a favor de Caetano estão aí de igual modo. Porém, nem os leu, motivo porque continua sem os ver...
Há aqui alguma confusão, isto de assinar comentários apenas com "Carlos" é o que dá...
ResponderEliminarEu sou o Carlos que apenas pretendeu discutir o tema original do post, especificamente a data da foto. Há por aí outros comentários de outro Carlos com questões que levaram o josé ao preto e branco. Não é essa a minha discussão, há muito tempo que vejo a realidade a cores. Quando disse que eram todos de esquerda nesses dias é apenas uma constatação do sentimento popular do pós-revolução. O momento foi propricio à isso, o PC e outros grupos com actividade clandestina anterior ao 25/4 estavam muito bem posicionados para desde logo manipularem as movimentações desorganizadas que se seguiram. Neste sentido concordo que as bandeiras começaram a ser produzidas em massa sobretudo para garantir a visão do conjunto, querendo passar a mensagem que todos as faziam. Não li o texto do livro da Raquel, se a mensagem que se quer passar é que logo no dia 25 toda a gente tinha bandeiras, e particularmente se essa foto pretende demonstrar isso, então concordarei que existe manipulação e revisionismo.
Mas insisto que uma foto de 1 Maio com pessoas na rua, muitas pessoas, retrata algo que efectivamente se passou nesses dias. Particularmente nessa zona da cidade, o percurso clássico das manifestações nesses tempos tinha origem ou destino na Alameda.
Outra coisa, bem pertinente, e muito mais interessante, é essa outra discussão/descrição da fase final do Estado Novo e do PREC e seu legado. Quando digo que todos eram de esquerda é obviamente uma simplificação, é ver as coisas pelo lado de fora. A história da maioria sociógica de esquerda não me convence, como agora nesta crise que vivemos se tem visto (quem quer ver claro, porque a comunicação social continua nesse paradigma). Mesmo assim é preciso ver (e apelo mais uma vez à minha memória juvenil) que até 79/80 com a vitória da AD era praticamente impossivel a alguém apresentar publicamente qualquer coisa que pudesse ser equiparado a direita. E isso nunca foi verdadeiramente ultrapassado.
"Mesmo assim é preciso ver (e apelo mais uma vez à minha memória juvenil) que até 79/80 com a vitória da AD era praticamente impossivel a alguém apresentar publicamente qualquer coisa que pudesse ser equiparado a direita. E isso nunca foi verdadeiramente ultrapassado."
ResponderEliminarCerto. Até aqui sabemos todos que assim foi e não há discussão porque se limita a enunciar o que foi óbvio para todos nessa altura.
O que já não é óbvio e carece de explicação- que é exactamente a que lhe peço- é por que razão assim foi...
Por mim, o que tenho por aqui escrito é para descobrir essa razão.
E para não me limitar a fazer afirmações a preto e branco.
Os seus comentários parecem-se com o jornalismo português de que falava Sartre: mostram as coisas mas não as explicam.
ResponderEliminarO propósito dos meus comentários não era fornecer nenhuma explicação para isso, repito que o propósito era apenas discutir o objeto deste post em particular, a foto, a data da mesma, o que ela mostra.
ResponderEliminarRevejo-me no fundamental na análise que tem feito por aqui nos últimos anos ao longo de muitos posts. Não sei onde é que viu nos meus comentários o preto e branco.
Atacar as mentiras da Varela,por mais pequeninas que elas sejam. A história está nos pormenores muitas das vezes. Se tem muito cuidado na escrita tanto melhor para ele e para quem o lê,sempre se nos poupa ao mau português que se lê em todo o lado.
ResponderEliminarCholdra,
Está a escapar-lhe um pormenor essencial.
Como é que ele ataca mentiras se nem a coragem de as chamar pelo nome - mentiras - tem? Chama-lhes inverdades... Isso não é nada.
É à conta do não-anonimato? Veja lá se isso rala a outra...
Se acha que tem razão; se sabe que tem razão; só tem que demonstrar. Ora é isso mesmo que ele faz. Então, porque é que não chama os bois pelos nomes?
A outra com um gesto varre aquilo tudo. Só tem que sacar da palavra mágica: fachista.
E depois ele bem pode dizer que ela é isto ou aquilo e ganir à vontade: perdeu a iniciativa, chapéu.
Se tivesse chamado os bois pelos nomes, a outra não tinha outro remédio senão sacar o fachismo da cartola se quisesse dançar; mas já era na defensiva e no histerismo que sempre lhes advém. Ele só tinha que apresentar as provas da mentira e martelar até ela se fartar e voltar para o buraco.
Assim, em vez de ser ela a defender-se das mentiras bacocas, é ele a ter de provar que não é fachista, sendo assessor do Cavaco...
Carlos:
ResponderEliminar"Há por aí outros comentários de outro Carlos com questões que levaram o josé ao preto e branco. "
Deve ser para esse outro Carlos que os meus comentários se destinam.
Em havendo confusão, as minhas desculpas.
Se o filme só estreou a 2 de Maio, como é que a foto pode ser de dia 1?
ResponderEliminarMas retiro a pergunta.
ResponderEliminarÉ muito provável que o cartaz já lá estivesse, se inaugurou a 2 de maio.
E, nesse caso, faz sentido que fosse maralhal que ia lá para os comícios.
Carlos qu não é limiano: acrescente um apelido ou nick no fim do que escreve para não se confudir com o outro a/luado
ResponderEliminarehehe
É porvável, sim, que fosse tirada no dia 1.
Diz a Zazie que projectou tudo e NUNCA foi chateada, será que por acaso era colaboradora ou informadora da PIDE, e a autorizavam a passar os filmes para depois informar a policia politica , sobre as pessoas que os iam ver?
ResponderEliminarSó pode.
Aquele imagem parece do Império, se o filme começou a ser exibido a 2 de Maio, era natural que no dia 1 já lá estivesse o cartaz a anunciar a estreia , seria a até normal para aproveitar a passagem no local , da enorme multidão que nesse dia passou na Almirante Reis a caminho do estádio Primeiro de Maio, como ficou conhecido a partir dessa data.
O Augusto que anda por aqui a comentar é doutrinado pela Cartilha. Desistiu de pensar por si.
ResponderEliminarÉ pide é fassismo é chapelada é botas, etc etc e agora a ignomínia da acusação pessoal.
ResponderEliminarEspere pela volta da zazie que eu não queria estar no seu lugar...ahahaha.
Vai levar na peida, labrego.
ResponderEliminarò caralho- eu era projeccionista de filmes didácticos pelo Cineclube. O Cineclube tinha uma bolsa da Gulbenkian para esse fim.
ResponderEliminarPagavam-me bem e andava com o meu velho 2 cavalos a mostrar cinema por todo o lado. Foi o meu primeiro trabalho pago e era delicioso.
Assim à Wim Wenders- on the road
Passava os didácticos e tudo o mais que me apetecia.
Projectei todo o McLaren que encontrei e o Eisenstein, como é óbvio.
Nas calmas, bandalho. Tão nas calmas como ainda hoje te dava um pontapé nessa peidola se dissesses isso à minha frente.
Vai-te lavar.
Ah e não eram apenas em super-oito. Eram também em 35 mms. Latas grandes que guardava no porta-bagagens do 2 cvs, juntamente com a máquina de projectar.
ResponderEliminarToda a malta da cinefilia conhecia e projectava tudo. Fosse ou não fosse proibido.
Nem notei grande diferença com o pós 25 de Abril, porque a principal novidade que trouxe foi a pornografia.
Ahahah
ResponderEliminarO Araújo devia vir cá ter umas lições... Ahahah
ResponderEliminarSó me apetece sorrir quando leio que "era TUDO de esquerda" nos dias da revolução. Já estou a ver a Varela e os seus discíplos a provarem com imagens de multidões em espasmo tiradas em Vila Chã, Ossela, Travanca, Oliveira de Azemeis, Mansores, Ermesinde, Guifões e por todo esse Portugal!
ResponderEliminarEssa k7 do bom povo e do povo reaccionário, da classe-em-si e da classe-para-si, quem a explica bem é o
ResponderEliminarma-schamba