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terça-feira, abril 29, 2014

Há 40 anos surgiu um dialecto bastardo transformado em mostrengo



Uma das consequências quase imediatas do 25 de Abril foi o aparecimento súbito de um novo dialecto político que se sobrepôs à linguagem corrente então usada nos media para designar os fenómenos dessa natureza.
Tal dialecto era bastardo porque de paternidade desconhecida, mas foi adoptado desde sempre pela esquerda marxista, particularmente a comunista. Foi introduzido na linguagem corrente dos media logo nos dias a seguir ao 25 de Abril e  que denota quem passou a controlar o novo  discurso político. Esta arma linguística foi  essencial para se organizarem ideias e conceitos que foram adoptados nos meses a seguir e integraram o processo revolucionário desde logo iniciado, por força da influência dos partidos de esquerda  imediatamente organizados. 
 O PCP combatia o regime do Estado Novo, desde sempre e o PS, surgido em 1972, com matriz vincadamente marxista,  eram praticamente os únicos que tinham estruturas de combate ideológico , clandestino e de matriz internacional ( tal se comprovou em Londres no Verão de 1973, com Mário Soares).
 A extrema-esquerda, espúria ao PCP e por este combatido como doença infantil do comunismo,  apenas replicava a linguagem marxista com acrescentos maoistas de luta ideológica contra os comunistas de matriz soviética. Farinha do mesmo saco e dialectos da mesma família.
Por isso mesmo , o dialecto não foi inventado na hora da revolução mas vinha de trás, da propaganda comunista, particularmente,  e era a linguagem corrente dos seus órgãos de informação e propaganda como O Militante e o Avante, do PCP  clandestino. Ou então dos samizadts da extrema-esquerda onde militavam luminárias tipo Pacheco Pereira e Fernando Rosas, (sobrinho de um ministro de Salazar).
Torna-se por isso muito interessante observar a evolução desse dialecto, nos media logo nos dias seguintes ao 25 de Abril de 1974.
Como já foi por aqui inventariado era escassa a informação política geral, nessa altura em Portugal.  O primeiro livro que tentava esclarecer o público em geral sobre as correntes ideológicas e políticas foi o já mencionado 4 Ismos, saído em Junho de 1974.
Antes disso já o dialecto marxista e bastardo tinha tomado conta da linguagem corrente nos media e modificado, para sempre o modo de designação do antigo regime, de Salazar e Caetano, da polícia política, dos fenómenos como a guerra que tivéramos, etc. etc.
O jornalismo nacional da época, com os seus próceres de Esquerda, muitos deles comunistas encapotados e que tomaram conta do discurso e das organizações sindicais, foi o autor da mudança de linguagem e o patrono da adopção do dialecto bastardo.  
Os jornais dos dias seguintes, como aqui já mostrei, particularmente o ignóbil Diário de Lisboa do ainda mais nefando Ruella Ramos, adoptaram imediatamente o dialecto comunista e o socialismo de Mário Soares e Rui Mateus fizeram o mesmo  porque ainda não tinha metido o marxismo na gaveta  que  impedia os mesmos de contemporizar com os capitalistas e de caminho encher os bolsos do partido ( não tinham URSS para lhes mandar dinheiro e o SPD alemão, fonte de financiamento,  não era marxista...).

O primeiro livro a ser publicado depois do 25 de Abril de 1974 relatando os acontecimentos ocorridos, foi este, da autoria de cinco jornalistas, todos de esquerda e alguns mesmo comunistas: Afonso Praça ( Flama, Diário de Lisboa e República e  que viria a surgir um ano depois na fundação de  O Jornal); Albertino Antunes ( supõe-se que seja este que foi depois fundador da TSF); António Amorim ( não sei quem seja); Cesário Borga, ( Flama,  Capital e Diário de Lisboa e depois de outros media, como a RTP, onde foi correspondente em Espanha); Fernando Cascais ( Flama, República e Vida Mundial além de outros cargos) . 
O livro surgiu logo em 5 de Maio de 1974 e a 2ª edição aqui mostrada saiu na alturam em que foi anunciada a composição do 1º governo provisório, ou seja, logo depois de 15 de Maio.


É impressionante como aqueles cinco jornalistas com formação in loco, de amanuenses a escribas,  passam a usar o dialecto marxista que não usavam até então nos periódicos onde trabalhavam. Uma boa parte deles vinha da Flama, uma revista de proveniência Católica e que chegou a pertencer à União Gráfica. 

Por isso é extraordinário que a linguagem do Partido se lhes tenha afigurado como  a mais natural para relatar os acontecimentos, designando as coisas com outros nomes que passaram a usar como palavras-chave do novo dialecto bastardo.
Vejamos.    
Em primeiro lugar a palavra-mágica, "fascismo",  que nunca tinha sido usada para designar o regime de Salazar do Estado Novo a que sucedeu o do Estado Social de Marcello Caetano, passou a ser o designativo comum do antigo regime, com uma particularidade interessante: depressa o tempo de Marcello Caetano foi elipticamente erodido e Salazar passou a ser a figura fascista por excelência. Vindo da imagética dos anos 50 e 60, o tal "fascismo" de Salazar só o fora para o PCP, à semelhança de outras paragens, nomeadamente em França, onde até o regime de De Gaulle, nos anos sessenta era fascista...




 Escusado seria argumentar que Salazar nunca fora fascista e  que o regime, apesar de autoritário, não se configurava como tal, porque a ideia feita que ficou depois da propaganda dos media, em massa, foi que o "fascismo" era o regime anterior. E assim ficou.  
Ninguém, na altura se lembrou de recordar historicamente a origem dos partidos comunistas e a sua ligação umbilical aos verdadeiros fascismos e nazismo. Todas as discussões ideológicas à volta dessa realidade histórica, deixaram de se fazer em Portugal porque nunca se tinham feito antes e o PCP surgiu como uma força democrática de renovação intelectual. Ignorância daquele jornalismo? É provável mas continua a ser incrível. 

Depois, a inversão de valores. Os novos heróis passaram a ser os traidores à pátria, ainda poucos dias antes. Os desertores e refractários, na sua esmagadora maioria por cobardia pessoal( é uma afirmação minha que julgo ser a mais correcta), passaram a ser as vítimas de uma guerra indigna que em vez de ser chamada "guerra do Ultramar", como até então apropriadamente era chamada,  passou logo a ser designada no dialecto bastardo como "guerra colonial", nome que pegou  de estaca porque esvaziava de sentido patriótico o esforço, sacrifício e até heroicidade de muitos milhares de militares portugueses que não fugiram, desertando.   


Por fim outra mutação linguística ligada umbilicalmente à clandestinidade comunista: a polícia política tinha sido criada nos anos trinta como PVDE e no fim da II guerra mudou o nome para PIDE. Foi nessa altura que o Tarrafal se encheu de heróis comunistas e as prisões de Caxias e Peniche albergaram tais heróis do comunismo internacional que queriam que Portugal tivesse uma NKVD e depois uma KGB ou uma STASI em vez daquelas porque achavam-nas muito mais simpáticas e humanitárias. Para impedir tal desiderato, os comunistas eram presos, com culpa formada e julgamentos feitos. 

Em 1969 a PIDE deixou de o ser e passou a ser DGS, um nome burocratizado numa irrelevância omissa na sibilância pejorativa do antigo nome maldito, inscrito em aljubes e com ressonância neo-realista. Durante cinco anos foi DGS. Em 1974, dias depois do 25 de Abril passou a PIDE/DGS e pouco tempo depois, comprimiu-se outra vez à antiga e querida designação de tão boas memórias antifascistas, sempre no "limite da dor". PIDE foi e assim ficou.

Os jornalistas, esses, chamaram-lhe um figo e PIDE ficou para sempre. Já ninguém sabe o que foi a DGS, e nem sequer os antigos "pides" a pronunciam. 

Neste livro, a transição de PIDE/DGS para PIDE é bem visível e ultra rápida porque ocorre no espaço de algums parágrafos...
E quem é que foram os operadores desta mutação genética na linguagem corrente, enxertando o dialecto bastardo?

Foram os jornalistas. Estes e outros...quase todos os existente, por mimetismo ou ignorância atávica.


E quem se opunha a tal dialecto, resistindo a um enxerto bastardo na linguagem secular? Poucos, muito poucos e todos...fascistas, pois claro. Mortos civicamente e mediaticamente censurados.


 O fenómeno foi único, na Europa ocidental. Ninguém parece querer reconhcer que temos uma linguagem bastarda e estrangeirada, proveniente do marxismo mais fóssil que havia. A Constituição de 1976 mostrou logo o mostrengo. Mas ninguém o vê...

30 comentários:

  1. Mutio bom José. Isto é que é serviço público.

    Mas convém lembrar que esse dialecto já existia e até era usado em revistas como Seara nova e Tempo e o Modo ou jornais, como o Comércio do Funchal.

    E em muito mais, como o José sabe.

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  2. Três notas:
    1. "Ou então dos samizadts da extrema-esquerda onde militavam luminárias tipo Pacheco Pereira e Fernando Rosas, (sobrinho de um ministro de Salazar)."
    Alguém tem paciência para fazer a árvore genealógica destas "famílias politicas" antes e depois do 25? Porventura, poderia ser bastante revelador perceber as ligações de sangue (ou por casamento) dos nossos "queridos" políticos..
    2. "Ninguém, na altura se lembrou de recordar historicamente a origem dos partidos comunistas e a sua ligação umbilical aos verdadeiros fascismos e nazismo."
    Mussolini, antes de "inventar" o fascismo foi militante comunista (tendo sido, inclusive editor no jornal Avanti italiano)... e mais, filho de pai comunista...
    3. Sempre fomos um caso à parte... creio mesmo até antes da fundação

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  3. Desconstruír é preciso. Bem haja José .

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  4. O tio do Fernando Rosas foi um dos assinou o decreto-lei da criação da DGS. A ironia.

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  5. Claro e ficou dito:

    "Por isso mesmo , o dialecto não foi inventado na hora da revolução mas vinha de trás, da propaganda comunista, particularmente, e era a linguagem corrente dos seus órgãos de informação e propaganda como O Militante e o Avante, do PCP clandestino"

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  6. os milicos da revolução eram e continuam a ser uma casta corporativa que de positivo NÃO TÊM NADA A OFERECER AOS CONTRIBUINTE QUE LHES PAGAM AS MORDOMIAS

    ofereceram o rectângulo ao pcp

    a 26.iv começou o assalto a tudo o que mexia, a criação do MONSTRO e a cretinização do regime

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  7. ( Já estamos a vinte e nove e na televisão ainda falam do vinte e cinco ( em todos os canais ) , se calhar com algum patrocínio escondido . Arre que já não há paciência . )

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  8. Bravo José.

    E porque os esquerdopatas precisaram de denigrir o Estado Novo em vez de seguir em frente?

    Basta olhar para o degredo em que a nação caiu.

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  9. Reavivar e cimentar o que se passou nos pós 25 nunca será demais.
    Há 15 dias estive na terra natal e utilizei para com um velho conhecido de 90 anos uma das frases favoritas sobre o Estado Novo: a partir do 25 de Abril passámos a poder falar livremente, sem receio. E o velho senhor respondeu-me que nunca tinha tido problemas em falar!

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  10. "se calhar com algum patrocínio escondido"

    A SIC esta semana liberou na internet os vídeos do eixo do mal e da quadratura do círculo.

    A TVI mal se abre o site entra em auto-play o palhaço do regime com a sua comédia que´só o título é um supositório para a depressão.

    Enfim... este país assim não vai longe.

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  11. E, na sequencia dos 40 anos do 25 de Abril, a Associação de Oficiais das Forças Armadas, conotada com o que resta do MFA (basta ver o seu facebook onde se sucedem por estes dias as musicas e palavras de ordem revolucionárias), anuncia uma importante vitória da esquerda militar:

    https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/733916433295098?stream_ref=10

    Pode não se simpatizar com a AOFA/MFA mas há que reconhecer que a adesão destes 99 pilotos, a juntar a todos os outros que já eram sócios, tem algum significado.
    Pela menos na Força Aérea o MFA está bem vivo e recomenda-se?

    https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/733941119959296?stream_ref=10

    https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/733941403292601?stream_ref=10

    https://pt-pt.facebook.com/AOFA.Oficiais.das.Forcas.Armadas/posts/733904313296310?stream_ref=10

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  12. «Acresce referir que com estas 99 adesões cresce para cerca de 140 (Cento e Quarenta) o número de Oficiais Pilotos Aviadores, na situação de Activo, que são agora associados da AOFA, aos quais se juntam mais cerca de 40 nas situações de Reserva e Reforma!»


    Significam estes números que quase todos os pilotos da Força Aérea no activo aderiram ao "novo MFA", fortemente influenciado pelo velho MFA?

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  13. http://www.aofa.pt/noticias.php?noticiaid=553

    Na força aérea o cravo continua a ser quem mais ordena?

    http://www.aofa.pt/noticias.php?noticiaid=553

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  14. o link que queria colocar no comentário anterior era este

    http://www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/a-chuva-de-cravos-sobre-o-terreiro-da-revolucao-333600#/0

    achei piada aos tripulantes de cravo ao peito

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  15. Da revolução dos cravos aos cravas... ( ͡ ʘ ͜ʖ ͡ʘ)

    40 anos do regime abrileiro.

    clap clap


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  16. Pelo caminho que isto leva, as únicas coisas que pilotarão um dia destes são aviões de papel...

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  17. 1972 o ascensor do palácio da justiça ao cimo do parque Eduardo vii
    parou entre 2 andares e estivemos vários fechados durante mais de 1/2 h

    quando este começou a funcionar o Irmão Dr Abrantes Mendes virou-se para mim e disse

    « -já pode dizer que esteve preso no tempo do fascismo »

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  18. Alguém tem paciência para fazer a árvore genealógica destas "famílias politicas" antes e depois do 25? Porventura, poderia ser bastante revelador perceber as ligações de sangue (ou por casamento) dos nossos "queridos" políticos..

    Já pensei nisso. A genealogia por si só tem algum interesse, mas adquire um muito maior se cruzada com outras relações, mormente políticas e empresariais...

    Ando a congeminar cá uma coisa, mas vai levar tempo e trabalho para sair bem feita.

    O primeiro passo, e o mais importante, é criar uma ontologia que permita modelar todas essas relações (e entidades) ao mesmo tempo.

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  19. São os "donos" do espaço mediático...

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  20. No conselho nacional da AOFA, entre os representante da Força Aérea, nada mais nada menos do que o antigo número dois (ou será que era número 3?) de Otelo no COPCON!

    http://www.aofa.pt/index.php?menu=1&pag=8

    Vogal

    COR TPAA (REF)
    José Carlos Alvarez Tasso de Figueiredo - Força Aérea F-0064

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  21. O ex oficial do COPCON é vogal e suplente, segundo o site, do mandatário para a comissão eleitoral!

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  22. Outro dos representantes da Força Aérea no Conselho Nacional da AOFA é o Coronel do MFA Alves de Fraga. Por vezes até escreve algumas coisas que fazem algum sentido, mas é só por vezes.

    Diz o Coronel da Força Aérea que:

    http://luisalvesdefraga.blogs.sapo.pt/103685.html

    http://luisalvesdefraga.blogs.sapo.pt/88989.html

    «O grande problema foi que a Ditadura, o Fascismo em Portugal, não permitiu, entre muitas coisas, que os “homens de amanhã” – os que havíamos nascido dentro do regime imposto em 28 de Maio de 1926 – aprendessem a “fazer política”.

    Não. Não me venham com tretas! Ninguém que tenha nascido em Portugal entre os anos de 1926 e 1974 aprendeu a fazer política. Não! Ensinaram-nos a obedecer aos “nossos chefes, nossos pais”, tal como proclamava o hino da Mocidade Portuguesa. Política, política a sério, isto é, pensar de raiz os problemas que afectam uma nação, só havia, em Portugal, um homem: António de Oliveira Salazar. Nem os seus mais chegados colaboradores podiam pensar, pois estava-lhes reservado o único papel que este criminoso lhes permitia: obedecer às suas directivas. Sim, criminoso! Um homem que impede um povo de pensar durante mais de quarenta anos só pode ser chamado criminoso, por atentar contra a liberdade da mente humana!»

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  23. São os "donos" do espaço mediático...

    O José disse tudo. Está feito o mapa.

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  24. Do espaço mediático e das faculdades, já agora.

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  25. Sãos os nossos "homens de letras".

    eheheh

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  26. Em resposta às palavras de Alves de Fraga - colocadas pelo comentário do Miguel Carvalho às 19:58 - convêm esclarecer que Salazar não impediu ninguém de pensar, seja ele um indivíduo ou um povo, nem o conseguiria. Havia liberdade de pensamento no Estado Novo, e tívemos pensadores e homens de letras na Universidade, apesar de termos de reconhecer que, como assinalou Orlando Vitorino, após a reforma pombalina no ensino se atacou a matriz filosófica nacional, e passamos a seguir as modas estrangeiras e ter pouca autonomia e independência no pensamento, limitando-nos a discutir as ideias originárias de outros lados. Se alguém impediu, e impede, a liberdade de pensamento em Portugal é o "marxismo universitário" bem simbolizado pela Raquel Varela.

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  27. Mas como é que se podia impedir o pensamento?

    isso parece coisa de colectivização de sonhos à eXistenz

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  28. "Não há machado que corte, a raiz ao pensamento...porque é livre como o vento, porque é livre"...já lá cantarolava o Manuel Freire, os versos de Carlos Oliveira.

    É balada dos anos sessenta/setenta de que me lembro bem e que apesar de ser de esquerda também canto, porque pode ser de outro lado qualquer.

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  29. Total acordo com o Miguel Dias.

    Onde estão agora os Teixeiras Pascoaes, os Agostinhos da Silva, os Leonardos Coimbra, os Álvaros Ribeiro?

    Portugal imbecilizou-se.

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  30. A linguagem ressabiada dos camaradas e "intelectuais" foi, e é, o Viagra para os seus problemas de erecção mental e moral. Tirar-lhes isso é tirar-lhes a vida, quase, tão mau como lhes amputarem os punhos.

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