Uma delas é do administrador nato, Artur Santos Silva., nado no PS e que preside agora à Gulbenkian. ASS é o exemplo típico do burguês associado ao sistema de bloco central que temos a mandar em Portugal há umas décadas a esta parte e com os resultados brilhantes que temos alcançado, no panorama internacional: duas bancarrotas depois da primeira; país mais atrasado da Europa; alargamento do fosso existente entre ricos e pobres. É este o balanço que ASS faz? Não. É outro...de foguetes em girândola.
Sendo o bom inimigo do óptimo, parece-me que nós, em Portugal nem sequer atingimos o suficiente, com o que tivemos ao dispor.
Culpados? Quem votou sempre nos mesmos porque não apareceu alternativa. ASS é um dos "mesmos". "Sempre os mesmos", lá dizia o Santana da Misericórdia.
Diz assim, sobre a efeméride e o tempo que passou:
Este tipo de discurso dos Silvas deste país concita a atenção noutro tipo de factos e interpretações. Por exemplo este que já foi publicado aqui e é da autoria de um comentador deste blog, Manuel Alves:
"Quatro décadas para construir e quatro décadas para destruir Portugal
(Duas Listas para comparar
e meditar)
O presente texto tem como propósito confrontar, de forma
muito aligeirada, as realizações efectuadas pelos dois últimos Sistemas de
Governação que ocorreram em Portugal: O Estado
Novo e a Democracia, cada um em
actividade durante, aproximadamente, quatro décadas.
Durante o tempo do Estado Novo, houve uma Geração de Portugueses competentes, respeitadores da
Lei e da Ordem e dos interesses do Bem Público que, em pouco mais de quatro décadas de trabalho árduo, deixaram a Nação portuguesa praticamente íntegra
de seu território e nela implantada uma Obra
imponente onde, pouco ou nada de
semelhante existia. Acrescente-se ainda que toda essa Obra foi integralmente
paga com dinheiro português.
Ao recordar apenas algumas das muitas realizações dessa
época ímpar, presta-se uma singelíssima homenagem àqueles que, sob a égide e
determinação do Doutor António de Oliveira Salazar, souberam erguer essa Obra tão positivamente valiosa, vasta e
profunda que se destaca, pelo contraste,
daquela que imediatamente a antecedera e da que lhe sucedeu, em períodos de
tempo comparáveis.
Para dar testemunho desse contraste apresenta-se, em primeiro lugar, uma “reduzida” Lista de algumas parcelas da Obra do Estado Novo, concebidas, erigidas e totalmente apetrechadas,
nesse período. Tais Obras, verdadeiros motores de Progresso e Bem – estar do
Povo Português, foram executadas recorrendo, sempre que possível, a materiais,
mão-de-obra e “saber fazer” de origem nacional, por pessoas responsáveis que
não pactuaram com esbanjamentos criminosos nem graves omissões e, uma vez
terminadas, prestavam publicamente contas de todas as despesas feitas.
Em seguida, com desprazer, apresenta-se uma outra “pequena” Lista de “Obras” e
situações que têm vindo a ocorrer, nas quatro
décadas posteriores ao fim do regime do Estado Novo. Do confronto desta Lista com a anterior, fácil se torna ajuizar das consequências dos actos de gestão daqueles
que tiveram e têm a responsabilidade de governar Portugal, durante ambos os
períodos.
De 1930 a 1974 , Obra efectuada na Região de Lisboa:
1) Construção de Bairros Sociais.
(Arco do Cego; Madre de Deus; Encarnação;
Caselas; Alvalade; Olivais; Bairros para Polícias).
2) Construção do Aeroporto Internacional da
Portela.
3) Construção do Aeroporto Marítimo de Lisboa.
(Hoje extinto. Na Doca dos Olivais está
actualmente instalado o Oceanário de Lisboa).
4) Construção do Instituto Superior Técnico.
5) Construção da Cidade Universitária de
Lisboa.
(Faculdade
de Direito, Faculdade de Letras, Reitoria, Cantina e o Complexo do Estádio
Universitário).
6) Construção do novo Edifício da Escola
Técnica Industrial Marquês de Pombal.
7) Construção do Liceu Filipa de Vilhena, no
Arco do Cego.
8) Construção da Escola Técnica elementar
Francisco de Arruda e mais oito similares.
9) Construção da Escola Comercial Patrício
Prazeres.
10) Construção da Biblioteca Nacional.
11) Construção do Instituto Nacional de
Estatística.
12) Construção
do Laboratório Nacional de Engenharia
Civil.
13) Construção do Edifício do Ministério das
Corporações e Previdência Social.
(Hoje
Ministério do Trabalho).
14) Construção do Metropolitano de Lisboa.
(As
primeiras 20 Estações).
15) Construção da Ponte Salazar.
(Incluindo os respectivos acessos).
16) Captação e condução, para Lisboa, das águas
do vale do Tejo.
(Comemorada
com a construção da Fonte Luminosa na Alameda Afonso Henriques).
17) Plantação do Parque Florestal de Monsanto.
18) Construção do Estádio Nacional (no Jamor) e
alguns dos seus Anexos.
19) Construção do Estádio 28 de Maio.
20) Construção do Laboratório Químico Central
do Instituto Superior de Agronomia.
21) Construção do primeiro troço da
Auto-estrada da Costa do Estoril.
22) Construção do troço de Auto-estrada Lisboa
a Vila Franca de Xira.
23) Construção do Hospital Escolar de Santa
Maria.
24) Construção do actual Edifício do Instituto
Ricardo Jorge.
(Incluindo
o arranjo paisagístico da área envolvente).
25) Construção do Instituto de Oncologia.
26) Construção do Hospital Egas Moniz.
27) Assistência Nacional aos Tuberculosos.
(Criada
ainda na época da Monarquia e com sede em Lisboa foi, durante o Estado Novo
muito ampliada, pela instalação de vários Sanatórios e criação de dezenas de
Postos de atendimento espalhados por todo o território; alguns feitos de raiz e
todos equipados com os meios humanos e materiais adequados; tornaram assim
possível, a obrigatoriedade do rastreio anual às populações do Comércio, da
Função Pública e Estudantil. Daqui resultou uma forte e efectiva regressão,
para valores mínimos, do número de pessoas infectadas pelo bacilo).
28) Electrificação da linha do Estoril.
29) Exposição do Mundo Português.
(Permitiu
a criação da Praça do Império, hoje a Sala de Visitas de Lisboa. Nela se destacam as zonas ajardinadas,
a Fonte Luminosa, o Museu de Arte Popular, o Espelho de Água e o Monumento aos
Descobrimentos).
30) Construção e regularização da Estrada
Marginal, Lisboa - Cascais.
31) Criação da Emissora Nacional de Radiodifusão.
(Incluindo
a criação da unidade de Porto Alto e o Centro de Preparação de Artistas da
Rádio, de onde saíram muitos dos Cantores e Apresentadores portugueses de
renome).
32) Criação da Radiotelevisão Portuguesa.
(Incluindo
montagem das antenas retransmissoras necessárias à cobertura de todo o
Território).
33) Criação da Companhia Aérea de bandeira
(TAP).
(Incluindo
a criação das Oficinas de Manutenção de Aeronaves, famosas em todo o Mundo).
34) Construção da Nova Casa da Moeda.
35) Construção do Edifício Pedro Álvares Cabral.
(Destinado
à Comissão Reguladora do Comércio do
Bacalhau. Hoje abriga o Museu do Oriente).
36) Criação da Junta Nacional do Vinho e
construção do respectivo Edifício.
(Hoje
sede do Instituto da Vinha e do Vinho, IP).
37) Construção do Palácio da Justiça de Lisboa.
38) Construção do Edifício da Polícia
Judiciária.
39) Construção das Gares Marítimas de Alcântara
e da Rocha do Conde Óbidos.
40) Regularização integral do Parque Eduardo
VII e construção da Estufa Fria.
41) Construção de vários Mercados Municipais.
(Dois
exemplos apenas: Campo de Ourique e Arroios, este, na altura da sua construção,
foi considerado o melhor de Portugal).
42) Construção da Feira das Indústrias.
(Na
Junqueira; hoje Centro de Congressos).
43) Construção do Palácio das Comunicações.
(Na Praça
D. Luiz. Hoje nomeado “Central Station”, está destinado ao Empreendedorismo e à
Criatividade).
Obra
efectuada por toda a área Continental e Ilhas Adjacentes:
44) Criação de várias Escolas do Magistério
Primário.
45) Construção das Escolas Primárias do Plano
dos Centenários em quase todas as Freguesias do País e criação de
Cantinas Escolares, adstritas a muitas delas.
(Em
duas décadas, 1930/1950, passou a taxa de analfabetismo, em valores
aproximados, de 73% para 20,3% ; em 1957, apenas menos de 1% das crianças, em
idade escolar, não recebia instrução).
46) Criação dos Liceus Nacionais e dos Liceus
Normais (Masculinos e Femininos), em todas as capitais de Distrito e
dezenas de outros Liceus e Escolas Secundárias, espalhados por todo o País.
47) Criação, ampliação e apetrechamento de
cerca de quarenta Escolas Comerciais e Industriais, Escolas de Artes
Decorativas e Escolas de Regentes Agrícolas.
48) Construção da Escola Náutica Infante D.
Henrique.
(Em
Paço de Arcos - Oeiras).
49) Construção da Cidade Universitária de
Coimbra.
(Novos
edifícios: Faculdade de Medicina, Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências,
Biblioteca Geral, Observatório Astronómico, Estádio Universitário, Complexo da
Cantina onde, para além de uma excelente e moderna Cantina, se inclui a
Escadaria Monumental, o Teatro Gil Vicente e as instalações da Associação
Académica e ainda todo o reordenamento urbano da Alta).
50) Construção do Hospital Escolar de S. João.
(No
Porto; Edifício idêntico ao do Hospital Escolar de Santa Maria, em Lisboa).
51) Criação da Estação Agronómica Nacional.
(Sacavém/Oeiras).
52) Criação da Estação Nacional de Melhoramento
de Plantas.
(Em
Elvas).
53) Criação do Laboratório de Física e
Engenharia Nuclear.
(Na
Bobadela – Sacavém, para onde se adquiriu e instalou um reactor atómico de
investigação. Portugal tornou-se, então, o 35º País do Mundo, a dispor de tão
moderno equipamento científico).
54) Construção do Aeroporto de Pedras Rubras.
(No
Porto – Maia, hoje ampliado e com o nome de Francisco Sá Carneiro).
55) Construção da Ponte da Arrábida.
(No
Porto).
56) Construção da Ponte Marechal Carmona.
(Em
Vila Franca de Xira).
57) Construção dos Aeroportos das Lajes e de
Santa Maria.
(Nos
Açores; com comparticipação estrangeira).
58) Construção do Aeroporto do Funchal (primeira
fase).
59) Construção dos principais aproveitamentos
hidroeléctricos nacionais, concretizados em dezenas de Grandes Barragens.
(Por
exemplo os sistemas do Rabagão, Cávado, Douro, Mondego, Zêzere e Tejo, incluindo
a construção e ampliação, por todo o território, de Subestações e da Rede
Nacional de distribuição de electricidade, em todos os escalões).
60) Construção de inúmeras Obras de Hidráulica
onde se incluíram dezenas de Barragens de médio porte para regadio e, nalguns
casos, também para a produção hidroeléctrica.
(Incluindo
a construção de centenas de km de canais de regadio, secagem de pântanos,
protecção das margens e correcção de alguns cursos de rios, por todo o
Território Nacional).
61) Construção de mais de 240 Pontes e Viadutos
e ainda maior número de Pontões.
(Já
mencionadas três pontes, itens 15, 55 e 56, mas podemos acrescentar ainda, só a
título de exemplo, o Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa, a Ponte de Santa Clara
em Coimbra; a Ponte sobre o Douro em Barca d’Alva; Pontes de Entre-os Rios, de
Chaves, de Santa Clara – a - Velha no Concelho de Odemira, da foz do Dão - hoje
submersa, etc., etc.).
62) Melhoria geral da rede Rodoviária Nacional.
(Em
30 anos apenas, entre Estradas Nacionais, Municipais e Caminhos em construção
integral - com terraplanagens, pavimentações e reparações - o País foi
enriquecido com mais de 21 600 km de Vias de Comunicação).
63) Melhoria geral de toda a Rede Ferroviária
Nacional.
(Renovação
parcial da via e das viaturas de passageiros e mercadorias; melhoria das
passagens de nível, da sinalização, das comunicações telegráfica e telefónica
entre Estações e completa modernização de todas as Estações de Caminho de Ferro).
64) Ampliação e renovação, em todo o
território, da Rede Telefónica Nacional.
(Incluindo
também a melhoria geral de outros serviços de Telecomunicações: Telegrafia e
TSF).
65) Construção de cerca de duzentas Estações de Correios.
66) Construção generalizada, por todo o País,
de Redes públicas de abastecimento de água potável e Redes de saneamento.
(Iniciou-se
nesta época, a construção das primeiras ETAR, em alguns Concelhos).
67) Execução de inúmeras Obras Portuárias por
todo o Litoral português.
(Leixões,
Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Sesimbra, Sines, Algarve, Madeira e Açores;
menciona-se, por exemplo a construção de alguns esporões de protecção da costa,
a construção e apetrechamento dos Portos de mar e Molhes, incluindo dragagens;
construção de Cais, Docas, edifícios para as Capitanias, Lotas e ainda o
apetrechamento dessas instalações com toda a espécie de equipamentos usados na
movimentação e armazenagem portuária).
68) Criação das Bases aéreas.
(Ota,
Montijo, Monte Real, Beja, etc. incluindo a aquisição no Estrangeiro de um
vasto conjunto de aeronaves e equipamentos afins e a criação das OGMA,
verdadeira escola de Mecânica fina de elevada qualidade, totalmente dedicadas à
Construção e Manutenção de Aeronaves militares).
69) Renovação da Base naval da Marinha.
(No Alfeite;
simultaneamente Escola Naval e Estaleiro de construção e reparação Naval onde
se construíram e repararam várias dezenas de vasos de guerra de toda a
espécie).
70) Aquisição do Navio Hospital “Gil Eanes”.
(O
segundo deste nome, o qual constituíu um apoio inestimável à Frota Bacalhoeira).
71) Criação das Casas do Povo e das Casas dos
Pescadores.
(Incluindo a construção de centenas dos respectivos edifícios).
72) Construção de novos Hospitais e Sanatórios
e beneficiação dos antigos.
(Apenas
dois exemplos, dos muitos construídos por todo o País: a construção do Hospital
Rovisco Pais – Leprosaria - na Tocha com dezenas de edificações espalhadas por
uma área total de 110 ha, aproveitando integralmente uma doação do grande
benemérito; construção do Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid - próximo de
Coimbra - com 15 edifícios espalhados por uma área de 10 ha).
73) Criação e implantação do Plano de
colonização interna.
(Permitiu
grandes desenvolvimentos agrários em várias zonas do País, quase desabitadas e
improdutivas. Um exemplo: Pegões, onde se aproveitou também uma doação do
benemérito Rovisco Pais. Todos os colonos recebiam gratis, para além de uma
casa de habitação, terreno para cultivar, sementes, algumas alfaias agrícolas e
apoio pecuniário nos primeiros anos de instalação).
74) Construção de dezenas de Palácios da
Justiça, de Casas dos Magistrados e remodelação de muitos Tribunais.
75) Construção de diversos Edifícios
Prisionais, Prisões – escola e Residências de Guardas Prisionais.
76) Construção das Centrais Termoeléctricas do
Carregado e do Funchal.
77) Contam-se por muitas centenas, as obras de
recuperação efectuadas em Castelos, Igrejas e Catedrais, Museus e outros
Edifícios e Monumentos Nacionais, Parques e Jardins.
(Um
pouco por toda a parte incluindo, geralmente, também as respectivas áreas
envolventes.
De
referir ainda a construção de dezenas de Estátuas, Bustos e outros Monumentos
evocativos de Grandes Portugueses e Assuntos Pátrios notáveis, que hoje adornam
muitos locais públicos).
78) Construção e guarnição dos Postos de
Controlo Fronteiriço e Alfandegário ao longo de toda a Fronteira terrestre e
junto aos Portos de mar e Aeroportos.
79) Construção de diversos Silos, de grande
capacidade, para o armazenamento de cereais.
80) Construção de diversos Quartéis de Bombeiros.
81) Construção
de diversos Mercados Municipais.
82) Construção
de mais de uma centena de Bairros Sociais por todo o território.
83) Construção
de mais de uma dezena de Edifícios dos Paços do Concelho e construção do
edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal.
(Complementarmente, quase todos
edifícios dos Paços do Concelho existentes foram remodelados ou ampliados).
84) Criação dos “Livros únicos” para os Ensinos
Primário e Secundário.
(Esta medida proporcionou grandes economias às Famílias portuguesas da
época. Mais de 60 anos passados, após a primeira edição dos três primeiros
Livros de Leitura do Ensino Primário, eles continuam a ser procurados nas
sucessivas edições que o mercado reclama, porque a sua inegável qualidade, os mantêm
valiosos e úteis).
85) Criação das Pousadas de Portugal.
86) Criação da FNAT.
(Hoje
INATEL).
87) Construção de diversas Colónias de Férias
para crianças.
(Em
Viana do Castelo e na Gala – Figueira da Foz , para só citar duas).
88) Construção do “Portugal dos Pequeninos”.
(Em
Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)
89) Construção da Creche/Infantário Ninho dos
Pequeninos.
(Em
Coimbra; uma obra muito apoiada pelo Dr. Bissaya Barreto)
90) Construção de diversas Casas da Criança.
(Espalhadas pela Região Centro e também sugeridas e apoiadas pelo Dr.
Bissaya Barreto).
91) Instituição do ABONO DE FAMÍLIA, para todos
os filhos de pais assalariados.
92) Instituição da ADSE.
93) Aplicação efectiva e geral da Semana de Trabalho de 48 horas.
94) Construção de vários Quartéis militares.
(Por
exemplo, Adidos da Força Aérea no Lumiar, Lisboa – hoje Hospital da Força
Aérea, Comandos na Amadora, Caldas da Rainha, Viseu, Braga, etc.). De salientar
também a ampliação e remodelação dos edifícios e apetrechamento de todos os
Quartéis já existentes incluindo até, em alguns casos, a construção de
habitações para Oficiais e Sargentos e suas Famílias).
95) Desenvolvimento e apetrechamento
sofisticado da Manutenção Militar, dos Hospitais Militares, do Laboratório e
Farmácia Militar e também das Fábricas de Armas, Munições e Explosivos
militares.
(O
fabrico nacional de variado material de guerra, de veículos específicos, navios
para a Armada e até de aeronaves, veio permitir o desenvolvimento de capacidades
e tecnologias muito avançadas para a época tornando assim possível, a
exportação de produtos de alto valor acrescentado: Fábricas em Braço de Prata,
Moscavide, Bracarena, Oeiras, Tramagal, Alverca, etc.).
De
referir aqui, igualmente, o esforço continuado, ao longo dessas quatro décadas,
para melhorar e modernizar o Ensino e o
Treino militar: Academia Militar, Escola Naval, Academia da Força Aérea,
Navio Escola Sagres, Escolas de Pilotagem de Aviões - Aveiro, Sintra, Ota -
Escolas de Fuzileiros Navais, Marinheiros, Pára-quedistas, Infantaria,
Artilharia, Comandos, etc.: Vale de Zebro, Vila Franca de Xira, Mafra, Tancos,
St.ª Margarida, Lamego).
96) Acolhimento fraterno e seguro, prestado
pelo Estado Português a inúmeros refugiados de guerra.
(Entre
os quais se destaca o Sr. Caloust Gulbenkian que, em agradecimento desse bom
acolhimento e segura protecção, dotou adequadamente a Fundação que tem o seu
nome, a qual tanto tem ajudado e cultivado sucessivas gerações de Portugueses,
há mais de cinco décadas a esta parte, nos mais diversos ramos do Saber, da
Arte e da Cultura).
97) Concessão, pelo Estado Português, de apoios
diversificados a muitos dos investidores privados nacionais e estrangeiros
(grandes e pequenos) que, pelas suas iniciativas, criaram ou desenvolveram
empreendimentos de vulto e dos quais resultou Pão, Trabalho, Formação,
Segurança e Apoio a milhares de famílias portuguesas, apoio traduzido na
criação de Bairros operários, Escolas, Creches, Cantinas, Postos Médicos,
Colónias de Férias, Clubes de Futebol, Serões para Trabalhadores, etc.
(Exemplos
de Organizações e Indústrias então criadas, desenvolvidas ou introduzidas em
Portugal: Siderurgia Nacional, Cuf, Lisnave, Setenave, Mague, Sorefame,
Cometna, Fundições, Carris, Duarte Ferreira - Tramagal, Indústrias de
Camionagem, de Montagem de Automóveis, Autocarros e Camions, Fabrico de Pneumáticos e Componentes mecânicos para
Automóveis, Sacor, Cimenteiras, Construtoras Civis, Casa do Douro, Têxteis da
lã e do algodão, Confecções, Fabrico de Fardamento Militar, Curtumes, Calçado e
Chapelaria, Fósforos, Cordoaria, Agro-Alimentar, Indústria Conserveira, Moagem
de cereais, Nestlé, Indústria Vidreira, Indústria Cerâmica, Philips Portuguesa,
Standard Eléctrica, Siemens, Efacec, Indústrias de Cabos Eléctricos e de
Motores eléctricos, Indústrias do Papel, Exploração Mineira, Indústria
Farmacêutica, Companhias de Navegação, Grandes empreendimentos Hoteleiros e
tantas mais).
Quando
alguém diz que tudo isto foi feito à custa da exploração ultramarina, esta é a resposta:
E os
Povos de lá, não ficaram a dispor de uma Língua
Universal, um bem inestimável?
Não
ficaram milhões de indivíduos autóctones com Cursos escolares primários, Cursos médios e Cursos universitários
ministrados não só na Metrópole mas também por todo o Ultramar, pagos pelo Erário Público Português?
E o
que lá ficou edificado?
Não ficaram todas as Províncias
Ultramarinas, nomeadamente Angola e Moçambique, dotados de dezenas de CIDADES
COMPLETAS, onde se incluíam toda a
espécie de Edifícios habitacionais e Edifícios administrativos, Mercados
Municipais, Redes completas de abastecimento de águas e electricidade, Redes de
efluentes, Escolas primárias, Liceus, duas Universidades, Hospitais, Quartéis e
várias outras instalações militares e até Estádios de Futebol e unidades
completas de Radiodifusão, pagos pelo
Erário Público Português? (Tudo
isto feito com Qualidade, convenientemente apetrechado e a funcionar
regularmente).
Não
ficaram disseminadas pelos territórios, muitas Pontes e Viadutos, Barragens
grandiosas e grandiosas redes de distribuição eléctrica (Cambambe e Cabora
Bassa, por exemplo), inúmeras Estradas, Linhas de Caminhos de Ferro incluindo
todo o material circulante, Portos de mar e modernos (à época) Aeroportos e
Aeródromos, pagos pelo Erário Público
Português? (Tudo isto feito com Qualidade, convenientemente apetrechado e a
funcionar regularmente).
Para
quem recebeu um País rural, quase analfabeto, na Bancarrota e numa agitação
política e social tremenda, que atravessou as épocas difíceis da Guerra Civil
de Espanha e da 2ª Guerra Mundial, que teve de enfrentar a Guerra do Ultramar
em três frentes; que após a sua governação deixou
o País sem dívidas, A CRESCER, EM MÉDIA, A MAIS DE 6% AO ANO, na última
década da sua governação, que até devolveu integralmente o dinheiro recebido de
empréstimo do Plano Marshal, que deixou
em cofre 50* milhões de contos de réis em divisas e quase 866**
toneladas de ouro nas reservas do Estado, é Obra! (fontes: *
Blogue: “O Adamastor”; **Blogue: The Bests”).
Comparemos
a Lista anterior com a Lista de algumas das realizações do período posterior de
outros 40 anos, dito da LIBERDADE e da DEMOCRACIA:
De 1974 e 2014, os Governantes
deste período de tempo, conseguiram:
1) Levar o País a
TRÊS
(3) Bancarrotas.
Como consequência de desgovernos. Atente-se, por exemplo,
às excessivas despesas feitas por todos os Órgãos de Soberania, acrescidas das
vultosas Subvenções concedidas, quer aos Partidos Políticos representados na
Assembleia da República, quer às centenas de Fundações (nascidas como
cogumelos).
Acrescentem-se também, os custos da Gestão das inúmeras
Empresas Públicas e Organismos afins entretanto criados.
Todas estas
despesas deviam ser sempre um exemplo de contenção e parcimónia mas, afinal,
consomem quantias fabulosas, impensáveis num País de poucos recursos como é
Portugal.
2) A
destruição massiva do emprego.
Actualmente há,
oficialmente, 700 000 portugueses desempregados ou seja uma taxa de
desemprego acima dos 16% (em 2013) e
muitos mais haveria se não tivessem emigrado aos milhares!
Isto é o resultado da progressiva destruição do tecido
empresarial nacional.
Vamos assistindo, por todo o País, ao definhar:
- Da Agricultura:
pela importação de bens alimentares que antigamente se produziam internamente,
pelo abandono das terras e das explorações pecuárias por falta de
rentabilidade, pelos pavorosos incêndios florestais anuais e até já houve
incentivos para arrancar árvores e para não semear, etc.
- Das Pescas: com incentivos à venda e abate de
embarcações e de licenças de pesca.
- Da Indústria e do Pequeno Comércio em geral, com falências e encerramentos de
Empresas, às centenas, devido a diversos e graves factores; destes destacamos
alguns pelos quais o Estado é responsável: a Justiça cara e morosa, a
Legislação em constante mudança, o forte aumento dos impostos e das rendas de
casa, a redução da procura interna e, recentemente, a importação massiva dos
mais diversos artigos de origem oriental.
Mais de 85% das
famílias portuguesas têm hoje, um ou mais elementos desempregados, pois as leis entretanto promulgadas facilitam o
despedimento rápido, quase sob qualquer pretexto e com encargos reduzidos para
a entidade patronal. Mesmo assim, nem sempre se respeita a lei.
Hoje 434 800
jovens, dos 15 aos 32 anos, nem estudam nem trabalham – são a chamada
Geração “nem-nem”; (fonte: Público “on-line” 24/11/2013).
Porém, em 1974,
existiam SETENTA E UMA (71) empresas portuguesas com mais de 1000 empregados.
Hoje contam-se
apenas DUAS (2); (fonte: INE).
3) A destruição do Ensino em geral.
É confrangedora a média negativa das classificações
obtidas actualmente nos Exames Nacionais para o Ensino Médio e confrangedora é
a ignorância evidenciada por muitos licenciados e estudantes universitários, em
questões simples de Cultura Geral, nomeadamente na Língua Portuguesa escrita e
falada, História e Geografia de Portugal e na História e Geografia Universais.
(Vejam-se, por exemplo, os concursos sobre Cultura Geral, na RTP).
O encerramento de inúmeras Escolas, a introdução de
métodos pedagógicos de qualidade duvidosa (ensino da Matemática por processos
“inovadores”, uso de Computadores no Ensino Básico, etc.) e a concentração dos
alunos em colmeias escolares afastando-os do seu ambiente familiar, tudo isto
tem originado a diminuição da qualidade do Ensino, o aumento do abandono
escolar e constitui mais um factor que contribui para a desertificação do
território interior nacional, já de si bastante acentuada.
Cabe ainda aqui referir, o enorme desinvestimento feito
no ensino da Língua Portuguesa que se estende até aos descendentes dos nossos Emigrantes,
pelo despedimento de dezenas de professores contratados para dar aulas aos seus
filhos.
Em contraponto, está em curso o projecto de ensinar em
Portugal o idioma inglês, nas escolas oficiais do Ensino Básico, às
crianças portuguesas que ainda mal conhecem a Língua Mãe e a sua Gramática.
(Escolas oficiais há, onde até já se ensina Mandarim (!) a crianças de 8-10
anos…).
Igualmente grave é o facto de nada ser feito pelas
Autoridades para reduzir a péssima influência a que a Juventude está hoje
sujeita, não só pelo abuso da Diversão Nocturna, mas também dos frequentes Eventos
“culturais” alienantes, fontes de graves licenciosidades e dos piores vícios.
Daqui resulta que,
muitos dos Homens e Mulheres de Amanhã, não adquirem hábitos de trabalho e não
praticam o respeito por si próprios nem pelo seu semelhante.
Além disso
estão completamente alheios ao sentimento do amor à Pátria, por desconhecimento
do que é e foi Portugal e tão-pouco têm ideia do papel que pretendem
desempenhar na futura Sociedade que os espera.
Atente-se, por exemplo, ao que dizem e fazem muitos
Jovens em eventos tais como: Festivais musicais, Jogos de Futebol, Praxes
académicas e na praga dos omnipresentes “Grafitti” em paredes, no mobiliário
urbano, nos Autocarros de transportes públicos, no Metro, nos Comboios, etc.
Contrariar as
más tendências dessa parte significativa da Juventude, deveria ser tarefa não
só das respectivas Famílias mas também dos Governos que realmente quisessem
preparar o Futuro; como isso parece não acontecer entre nós, está gravemente
posta em causa a Nação portuguesa enquanto nação livre, próspera e perene.
4) Mandar efectuar a remodelação de Escolas.
Esta decisão (considerada publicamente por uma Ministra
da Educação, como tendo sido “uma grande festa!”) fez despesas enormíssimas mas,
em muitos casos, as Obras ficaram suspensas a meio, por falta
de verbas. (Como, por exemplo, na Escola António Arroio em Lisboa, onde
não existe, há mais de um ano, um Refeitório; isto obriga a que os Alunos e
as Alunas tomem as suas refeições diárias tendo por mesas e cadeiras o
chão da calçada, nas Ruas e nos Passeios fronteiros à Escola ou em Cafés e esplanadas das
redondezas).
Consta que as despesas na recuperação dos
edifícios das escolas derraparam para
mais do triplo - de 940 milhões de euros para 3.168 milhões - e a
requalificação de algumas das 205 escolas que então tinham sido
intervencionadas custou 30 mil euros por
aluno.
Escolas há, cujas Obras recentes de remodelação foram executadas
com tão fraca qualidade, que deram origem a muitas reclamações e à necessidade
de despesas adicionais avultadas, para efectuar
as respectivas correcções - mais de Trinta Milhões de euros (!) - segundo
os Jornais.
Entretanto, noutros Estabelecimentos de Ensino,
permitiram-se gastos exorbitantes, não só com a aquisição de Obras de Arte, mas
também com o uso de materiais de construção muito nobres, tudo perfeitamente
desnecessário e despropositado.
A par destes desconcertos assiste-se, por todo o
território nacional, ao encerramento de diversos Serviços, indispensáveis às
populações envelhecidas e isoladas.
Tais Serviços foram criados para benefício e comodidade
do Povo e, muitas vezes, instalados em edifícios próprios feitos de raiz e
noutros casos em edifícios melhorados com obras recentes; citamos, por exemplo:
alguns Hospitais em Lisboa, Centros de
Saúde, Correios, Escolas, Repartições de Finanças, Tribunais, Postos da GNR,
etc.
Tudo isto vem causando os mais diversos prejuízos e
incómodos às populações, extensivos até aos Emigrantes portugueses, com o
encerramento de vários Consulados de Portugal no Estrangeiro.
5) Dotar o País com diversas Auto-estradas.
Algumas são
redundantes (!) e outras de interesse muito
duvidoso (visto registarem tão reduzido tráfego que nem sequer geram receita
para custear a respectiva manutenção).
Tanto as Auto-estradas como outras obras, nomeadamente
Pontes diversas, foram parcialmente construídas com dinheiro de empréstimos
avalizados pelo Estado, ficando muitíssimo onerosos para a presente e futuras Gerações
de Portugueses.
Portugal tem
hoje, quatro vezes mais quilómetros de Auto-estrada, por habitante, do que o
Reino Unido e mais 60% do que a Alemanha! (fonte: Semanário “O Diabo”).
Ainda a referir que se construíram, durante as últimas
quatro décadas, uma quantidade inimaginável de Rotundas Rodoviárias, disseminadas por toda a parte, sendo que, só
no Município de Viseu (507 km quadrados)
atingem o número de 197 (!). Pergunta-se: todas necessárias?
6) Dotar o País com Dez (10) Estádios de Futebol.
Vários destes Estádios estão economicamente insolventes e
um deles, pelo menos, com dívidas por saldar que se arrastam desde a sua
construção (2004); outros estão inacabados e quase todos com fraca utilização
ao longo do ano.
O mesmo se passou com a construção do Pavilhão de
Portugal na Expo 98 e, por todo o País onde se levantaram Pavilhões
gimno-desportivos, Bibliotecas e Piscinas, muitas destas unidades tem reduzido uso
e algumas estão encerradas e em degradação.
Construíram-se também
dezenas de Parques Industriais,
um pouco por todo o País, muitos deles pouco produtivos e com edifícios
encerrados.
Dotar o País de inúmeras “Obras Artísticas”, pagas pelo Erário Público
“a peso de ouro”, quase todas desnecessárias e de gosto muito duvidoso. (Apenas
três exemplos: uma no topo Norte do Parque Eduardo VII em Lisboa, outra junto
às Portagens da Ponte Vasco da Gama e até um “filme” que deixa os espectadores
sem imagens, durante quase todo o tempo da sua exibição (!). Só nestes três
exemplos, no seu conjunto, o custo final terá rondado, pelo que foi escrito nos
jornais da época, na moeda actual, o equivalente a 1 Milhão e quatrocentos mil
euros!).
Dotar a cidade
de Beja com um Aeroporto Internacional, que funciona nalguns fins-de-semana!
Dotar o País de variadas
Construções e Equipamentos, cujos orçamentos foram sempre largamente
excedidos, tendo desaparecido dinheiros que até, nalguns casos, originaram
Processos-crime em Tribunal. (Exemplos: Expo 98, Metropolitano de Lisboa, Casa
da Música e Casa do Cinema no Porto, Centro Cultural de Belém em Lisboa, etc.).
Também o Estado Português encomendou inúmeros pareceres jurídicos e estudos, com
custos elevadíssimos e utilidade duvidosa, como os efectuados para o novo
Aeroporto de Lisboa e para o TGV. Relativamente a este último, as obras foram
iniciadas e, em seguida, mandadas suspender pelo Estado; as empresas envolvidas
reclamam agora grandes indemnizações pelos prejuízos decorrentes.
7) A destruição
progressiva da Família portuguesa.
Concretizada na promoção (real ou velada) do Divórcio, do
Aborto, da homossexualidade e na
Emigração dos Jovens, a maioria deles, profissionalmente qualificados e em
início de carreira. Esta emigração foi
incentivada pelo próprio Primeiro-ministro actual, dada a sua incapacidade de
criar condições para esses jovens trabalharem no País que os viu nascer, os
criou e qualificou.
O desemprego tem forçado a Emigração de Portugueses em
geral e atinge, actualmente, cotas das mais elevadas de sempre, com a fuga de mais de 10 mil pessoas por mês.
Portugal tem hoje, uma
das mais baixas Taxas de Natalidade do Mundo, mas, legalmente, vem provocando, em
média, mais de 43 abortos, por dia, nos últimos 7 anos! (ver Apêndice, no final).
A desavença
conjugal cresce de dia para dia e cifrou-se em 40 homicídios de conjugues (a maioria do sexo feminino) no ano de
2012 e 36 homicídios consumados em
2013, segundo dados transmitidos nos telejornais.
A instabilidade
social actual conduziu Portugal ao lugar de terceiro país da Europa onde o
suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos.
Estima-se que, por esta via, morram mais
de cinco (5) pessoas por dia, em
Portugal, conforme revelou, em Março de 2013, um relatório europeu. (Fonte:
Jornal Sol “on line”).
Entretanto, o
Estado Português continua a subvencionar um conjunto de párias (que de
portugueses pouco ou nada terão), que não pagam impostos directos nem jamais
fizeram descontos significativos para a Segurança Social, mas que votam, em quem os subvenciona!
Até a Maternidade Alfredo da Costa, concluída e
apetrechada no anterior Regime, um Hospital de referência a nível europeu na
especialidade, pretendeu o actual Governo encerrar, sem primeiro dotar o País
de uma outra unidade equivalente ou melhor.
E por carências diversas e diversas alterações, passou a
ser banal e frequente efectuarem-se partos nas bermas das estradas portuguesas,
assistidos pelos Bombeiros dentro das suas Ambulâncias (!).
A Fome, de que foi acusado, por vezes injustamente, o Regime do
Estado Novo, aí está, já há mais de 20
anos, a exigir a necessidade absoluta da existência do Banco Alimentar contra a
Fome com as suas 20 Delegações espalhadas por todo o País (!).
Esta instituição distribui, anualmente, milhares de
toneladas de alimentos, doados pelo Povo Português (que ainda pode doar), para
suprir a miséria crescente nas famílias portuguesas.
Escandalosamente,
estes bens alimentares doados, não só deram enormes lucros às Grandes
Superfícies comerciais que os venderam, mas também ao Estado Português, através
da cobrança do IVA, correspondente à transacção desses mesmos bens (!).
Apoiadas no Banco Alimentar criaram-se dezenas de Instituições
Particulares de Solidariedade Social destinadas a dar, diariamente, toda a
espécie de assistência (alimentos, roupa, calçado, etc.), a milhares de famílias necessitadas e também aos “Sem-abrigo”;
estes, às centenas, espalhados pelas ruas das cidades (só na
cidade de Lisboa são mais de 800) dão
uma imagem clara da Sociedade portuguesa actual, de miséria e abandono, fruto
do regime que actualmente vigora. Esta calamidade era praticamente inexistente,
durante a vigência do Regime anterior.
8) A destruição
generalizada da qualidade e tranquilidade da vida nacional.
Assiste-se à “promoção” de uma sociedade multicultural,
que nos avilta todos os dias, pela permissão, sem grande controlo, da estadia
de estrangeiros indocumentados ou de qualquer forma ilegais, que por cá se
acoitam, muitos deles vivendo do crime, da prostituição e da vida indigente.
Também se verifica já a contaminação acentuada dos cidadãos
nacionais, cujos actos criminosos são cada vez mais graves e, alguns deles,
outrora desconhecidos entre nós.
Refere-se o uso de armas e engenhos explosivos de guerra,
engenhos artesanais especiais, “car jacking”, raptos, sequestros, extorsões,
tráfico de crianças, assaltos com violência extrema, bárbaros homicídios, etc.
Também, o mau exemplo
dado pela corrupção criminosa que se
adivinha em muitos sectores da Administração Central e Local e até nos Órgãos
de Soberania (!), de que a Imprensa e alguns Homens livres têm feito eco,
por não ser atempadamente bem averiguada, por não ser reprimida e punida com
severidade foi e é, também, um forte meio conducente à ruína nacional dos dias
de hoje.
As prisões portuguesas estão sobrelotadas como nunca,
apesar dos inúmeros estratagemas que a Justiça pratica, para não prender e
manter presos, os condenados que incorreram em penas de prisão (citam-se, as
prisões domiciliárias, as penas suspensas, as prescrições de processos de
crimes (5 por dia), as saídas da
cadeia por amnistias ou após o cumprimento de 2/3 da pena, etc.).
A população prisional ultrapassa os 14100 reclusos com
uma sobrelotação que atinge já os 16%;
(fonte: DN 17/1/2014).
9) A destruição da Soberania de Portugal.
Por via da perda de boa parte do nosso território, da
perda da nossa moeda, da abolição do controlo fronteiriço, da aceitação
oficial acrítica de um Sistema Ortográfico cheio de absurdos que ninguém
compreende e, sobretudo, pelo depauperamento
económico resultante da nacionalização de uma Casa Bancária falida, da
perda de muitas empresas nacionais, umas total ou parcialmente alienadas a
favor de estrangeiros, outras extintas pelas mais variadas razões, sem que se
veja, da parte de quem governa, qualquer tentativa para evitar, por algum meio,
tanta destruição.
Para cúmulo do que
atrás se diz, a Nação Portuguesa está a contrair avultados empréstimos
financeiros externos, com elevados juros, os quais dificilmente poderão vir a ser
pagos em muitas décadas, mesmo
recorrendo ao brutal agravamento geral dos Impostos e ao desvio dos dinheiros
pertencentes aos Aposentados do Estado e aos Reformados da Segurança Social,
desvios esses decretados pelo actual Governo, sob pressão dos credores de
Portugal, actuais mandantes das linhas mestras da Política nacional, interna e
externa.
10) Das Forças
Armadas quase nem vale a pena falar já
que, actualmente, após sucessivos encerramentos e alterações, para pouco mais
servem do que para mandar alguns contingentes de mercenários para teatros de
guerra, em conflitos que não nos dizem respeito absolutamente nenhum.
Paralelamente, todas
as Forças de Segurança transpiram e manifestam, na RUA, um preocupante
mal-estar, por razões que se prendem com uma significativa redução dos direitos
que usufruíam e até dos respectivos salários (!). Tudo isto é complementado com
uma perda significativa da sua autoridade e com a previsível redução dos meios
que lhe estão destinados, os quais são considerados indispensáveis ao seu bom
funcionamento.
CONCLUSÃO
O período 1890 - 1930 (quatro décadas) constituiu um
Calvário para os Portugueses. Neste período ocorreram o Ultimatum Inglês, o
Regicídio e o assassinato do Príncipe Herdeiro, a queda da Monarquia, a
implantação da República e a partida do último Rei e da Família Real, para o
exílio.
Em apenas 16 anos,
a República (chamada Primeira República) viu 45 Governos tomarem posse, decretou
o massacre de milhares de jovens na calamitosa participação na 1ª Guerra
Mundial, para defender causas alheias e assistiu aos assassinatos de um
Presidente da República e de um Primeiro-ministro. Muita miséria, insegurança,
analfabetismo, forte emigração e a
Bancarrota (!)
Estas, algumas das principais circunstâncias que
existiam, quando surgiu o Regime do
Estado Novo.
Este novo Regime, que perdurou por pouco mais de quatro décadas (1933 – 1974), fez
renascer a Esperança aos portugueses, dada
a melhoria acentuada que proporcionou ao
todo nacional.
Durante essa época conseguiu o Estado dotar o nosso País
(que então se encontrava na penúria de
quase tudo) dos Meios Humanos e
Materiais essenciais ao seu bom funcionamento, quer pelo incremento dado ao
acesso ao Ensino e à Cultura (a todos os níveis), quer pela melhoria radical
dos serviços de Saúde, da Habitação, dos Meios de Comunicação, da Produção
Agrícola e Industrial e da preservação efectiva do Património Nacional.
Principais consequências: a criação de Emprego e de
Riqueza Nacional.
O cumprimento disciplinado da Lei e da Ordem produziu o
esperado equilíbrio das Contas Públicas e o Crescimento Económico e tudo isto
foi feito em clima de Paz e Tranquilidade Pública.
Em resumo: este
período trouxe uma notória melhoria das condições de vida ao Povo Português
conforme facilmente se pode deduzir da leitura da primeira Lista que se
apresentou.
O golpe de estado de 25 de Abril de 1974 determinou o fim
brusco do Regime do Estado Novo e deu início a outro período de quatro décadas que se completa este ano. Neste período, já se contam os
assassinatos (presumíveis) de um Primeiro-ministro e de um Ministro.
Ao longo destas
quase quatro décadas tem-se assistido, com espanto, ao desbaratar
persistente de grande parte da herança material e mental, produzida pelos
Portugueses da Geração anterior.
A indisciplina
e a falta de rigor na forma de governar traduziram-se, simplesmente, em três
Bancarrotas e na criação de uma dívida externa astronómica, pela qual se
reduziu a Nação Portuguesa a uma espécie de Protectorado.
A recessão e/ou a estagnação no Crescimento Económico em
que Portugal tem vivido, gerou enorme desemprego e a fuga para a emigração de
uma grande parte da Geração Jovem (aquela na qual o País maiores esperanças
depositava); o seu retorno a Portugal é imprevisível e muito improvável.
Esta Geração Jovem deixa para trás, uma população
envelhecida e empobrecida, 60% da qual vive, monetariamente, na dependência
directa do Estado.
A Taxa de Pobreza ultrapassa os 15 % da população e, 28 famílias declararam insolvência, em cada
dia só durante o 1º
trimestre de 2013.
Tudo isto em nome duma “Democracia” e duma “Liberdade”,
entretanto fictícias.
Fictícias,
porque não há Democracia sem a participação, plena e esclarecida, do Povo na
escolha directa de quem o há-de governar e não há Liberdade quando o Povo não
tem onde ganhar a vida e passa mal.
Conforme
facilmente se pode depreender da leitura da segunda Lista apresentada,
a actual Geração Jovem vê-se arrastada numa vertiginosa descida ao Inferno,
onde a Esperança não se vislumbra, situação para a qual ela não contribuiu nem
é responsável e muito menos o serão as Gerações que se lhe seguirem,.
PORTUGAL ESTÁ
EM VIAS DE
DESAPARECER, ENQUANTO NAÇÃO
LIVRE E INDEPENDENTE E
ALGUÉM TEM DE
SER RESPONSABILIZADO POR
ISSO!
Apêndice – (Texto
retirado do Jornal “Público on-line” em 20 / 11 /2013):
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)
comparando a evolução das famílias entre 1960 e 2011 quantificam transformações
e mostram a que ritmo estão a ocorrer mudanças com as quais nos deparamos no
nosso quotidiano. Somos um país no qual há mais pessoas sós, mais famílias
monoparentais, mais casais recompostos e menos famílias numerosas.
Muitos destes dados reflectem a erosão da família
tradicional e a adopção de novas formas de vida. Outros traduzem a inexistência
de uma política de família que contrarie a tendência para a quebra da
natalidade que em Portugal há muito atingiu dimensões gravíssimas.
Os dados do Eurostat mostram que temos a segunda taxa de
natalidade mais baixa da União Europeia. Os números do INE, por seu turno,
indicam que a percentagem de casais com filhos baixou de 41,1% para 35,2%,
entre 2001 e 2011. Estes dados evidenciam os efeitos da ausência de uma
política real de apoio às famílias. Os dados do Observatório das Famílias e das
Políticas de Família revelam que Portugal gasta apenas 1,5% do PIB em apoios
económicos às famílias e que nos últimos três anos meio milhão de crianças
perderam o direito ao abono de família.
Num país em austeridade acentuada, travam-se os gastos
que poderiam conduzir a um aumento da natalidade. Poupa-se nos que ainda não
nasceram. E, por essa via, perde-se a possibilidade de contrariar o défice
demográfico e torna-se mais difícil combater os problemas que decorrem do
envelhecimento das populações, ao nível da Segurança Social ou dos custos de
saúde.
Um país que convida os jovens a emigrar e não dá aos que
ficam condições para constituir famílias está a condenar-se a prazo. Somos um
país em recessão demográfica e que desistiu do futuro, aceitando o declínio a
prazo como preço para sobreviver no presente. É preciso inverter essa recessão
demográfica. E isso implica que o país passe a ter uma política efectiva de
família.
………………
Lisboa, Janeiro de 2014
Manuel Alves"
é muito engraçado que seja agora que a perda de soberania surja como um bicho papão.
ResponderEliminarfaz-me lembrar o pessoal que só entende, por exemplo, a falta de bombeiros quando há fogos ou que só sente a falta de uma fechadura quando é assaltado.
a soberania foi-se com a moeda (não apenas a soberania portuguesa);
o estado-nação clássico foi-se na mesma altura e pelo mesmo motivo (embora seja outra coisa que só agora o pessoal se pareça dar conta);
quando eramos todos estados-nações podemos dizer que teoricamente fossemos mais felizes mas concretamente a história europeia mostra-nos outra realidade.
Também a mim me doi esta mudança de paradigma e não a quero....possivelmente da mesma forma que de deram dores o crescimento e também as não queria.
o nacionalismo (coisa que muitos confundem com patriotismo) só parece uma virtude vista de fora por todos e intrínseca para quem vence.
um assunto que o José conhece como nenhum de nós
ResponderEliminaros meretíssimos e os prof drs andaram à batatada no CS da Magistratura
magistrados do MºPº com inquéritos por prescrição
no tc assam jaquinzinhos fritos
no fascismo isto não existia
nem isso nem o Estado de Direito.
ResponderEliminar"os meretíssimos e os prof drs andaram à batatada no CS da Magistratura"
ResponderEliminarNão tem solução e tem a ver com a escolha dos administradores de tribunais, das 23 novas comarcas que vão constituir a espinha dorsal do sistema de organização judiciária.
É assunto com importância muito relativa, mas que pode dar molho.
No MºPº a coisa foi mais pacífica...
ResponderEliminarGostaria de ler a página 113 da entrevista a Artur Santos Silva, em que fala das nacionalizações. É possível? Obrigado.
ResponderEliminarA transição para a democracia em Abril de 1974 foi a transição para as conquistas de Abril que vieram entupir o desenvolvimento do País ao escavacarem o capitalismo com as nacionalizações, as reformas agrárias, as ocupações e o espirito Abrileiro em que as obrigações deram o lugar às regalias e aos direitos.
ResponderEliminarCapitalismo sim!
Abril nunca mais!
Marcelo foi o coveiro do Regime.
A sua tibieza, ambiguidade, indecisão, fraqueza, deitaram tudo a perder.
Onde deveria ter havido o rasgo de libertar presos, acabar com a censura, autonomizar as colónias, ou seja criar um clima de franca abertura para atrair sectores moderados e remeter os comunistas para o canal História, acabou por prevalecer a cobardia e as conversas em família para empalear o pagode e adiar o inadiável.
Unknmown:
ResponderEliminarJá lá está a entrevista toda.
Esta gente compara directamente Portugal de hoje com o Portugal de 24-4-1974 para concluir que evoluimos muito após o 25-4.
ResponderEliminarEsquecem-se é de tentar perceber como seria o Portugal de hoje sem o 25-4, ou seja, sem o PREC, sem o desmantelamento da nossa indústria (Siderurgia Nacional, CUF, estaleiros navais...), sem uma constituição marxista, sem o problema dos retornados, sem 3 bancarrotas, sem o esbanjar de dinheiro durante estes 40 anos.
O seu a seu dono:
ResponderEliminarO Instituto de Oncologia foi fundado por António Sérgio, quando Ministro da Instrução.
Obrigado José.
ResponderEliminarNão estou a ver como seria possível não ter o problema dos retornados mesmo numa transição pacífica para uma espécie de «Conferderação Lusíada» como chamava Spínola... agora as nacionalizações sim era perfeitamente evitável. Volto a referir que o plano Melo Antunes previa a nacionalização a apenas 51% dos bancos e indústria pesada, portanto, seria reversível facilmente por um governo mais à direita uns 5 anos depois. O nosso problema principal foi esse, as reformas economicas só começaram já nos finais dos anos 80 em vez de 10 anos antes. E pior teria sido se não tivéssemos candidatado á CEE.
A minha opinião sobre tudo isto está muito naquilo que o Anibal Duarte Corrécio disse, o grande culpado foi Marcello Caetano. Foi pouco audaz nas reformas que implantou e deu azo a que os extremismos ganhassem força. Faltou-nos um Adolfo Suarez.
AG
O Caetano fez o que podia nas circunstâncias em que estava. E fez bem, mas não conseguiu dar a volta.
ResponderEliminarMas culpa do que se passou a seguir acho que não tem.
Quem tem culpa foram os que se alhearam do combate ao comunismo e esquerdismo. E isso Caetano nunca fez porque sempre denunciou a Esquerda comunista mostrando-a tal como é.
Quem contemporizou em 74-75 com o comunismo é que se tornou responsável por aquilo onde chegamos.
Se a maioria do povo, em 74, tivesse dito não, logo ao comunismo não teria havido PREC.
ResponderEliminarPorém, em Setembro de 74 já era tarde.
Onde é que estavam então os democratas?
Alheados e fugidos. O Freitas do Amaral até dizia que era "rigorosamente do centro". E afinal era mesmo...
Apenas um exemplo do antes e do depois do Salazar. Os meus avós foram para África em 1919 (na altura só por carta de chamada ou termo de responsabilidade de algum familiar que já lá se encontrasse,método que durou até ao início da guerra no Ultramar) e sendo funcionários públicos recebiam o salário em libras de ouro,tal o valor do escudo. Recebiam tarde e a más horas,com meses de atraso. Vem o Salazar:passaram a receber ,religiosamente,todos os meses no mesmo dia. Isto diz tudo sobre a admiração que a maioria dos portugueses tinha do homem. Ontem como hoje,as pessoas não viviam do ar e das palavras,apesar de haver sempre muitos que o façam.
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