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sábado, junho 14, 2014

A reforma constitucional vista por Poiares Maduro e a esquerda perene




Numa entrevista ao DN de hoje, o ministro Poiares Maduro diz o mesmo que Teresa Leal Coelho, a propósito dos juízes do Tribunal Constitucional, embora em modo mais suave e contido.

Diz assim:

" (...) o que está aqui em causa, sobretudo no acórdão relativo aos salários, é a interpretação de um princípio de igualdade que existe em todas as constituições, mas esta interpretação é muito diferente daquela que é maioritária nos países europeus. Por isso é que digo que temos de dar maior importância às questões da chamada cultura constitucional do que propriamente a alterações do texto da Constituição".

O que Poiares Maduro deixa entrelinhado é que a maioria dos juízes que compõem actualmente o TC não alinha culturalmente pelos critérios e cânones dos juizes da maioria dos países europeus. Por outro lado, ao dar ênfase a uma maior atenção a essa "cultura constitucional" está a dizer o mesmo que TLC a propósito da formação político-filosófica de alguns juízes escolhidos pela dita "direita" que para efeitos práticos se pode definir por não ser  a esquerda PS e PCP. Logo, deixando adivinhar a crítica ao modo como se escolheram tais juízes...

Esta entrevista, no entanto, não vai dar o mesmo estrilho que aqueloutra de TLC e que até já motivou reacção destemperada de um antigo juiz que foi comunista e que é da esquerda perene: Guilherme   Fonseca. Este esquerdista empedernido critica aquela por não ler pela mesma cartilha. Só por isso...

Esta esquerda perene julga-se a detentora da verdade e da justiça e portanto entende a Constituição como vaca sagrada imutável e à qual é necessário prestar o preito sempre que abana o rabo. Quem divergir deste pensamento é troglodita, fascista, inqualificável, ignominioso e outros mimos de indignação esquerdizante e perene.

Como é que se resolve este problema? Mostrando que a Esquerda foi a autora de três bancarrotas iminentes e que a ideologia que a suporta é castrófica para qualquer país.  E exigindo um tratamento de igualdade democrática para quem diverge do pensamento único e politicamente correcto, induzido pela linguagem bastarda com que infestaram o léxico político e corrente, em Portugal. Aquele Guilherme Fonseca sabe bem disso porque foi comunista e portanto comungou na infestação.

Um comunista pode ser tudo, mesmo boa pessoa, do que não costumo duvidar. O que não pode ser, porém, é democrata ao modo burguês. Isso é que não pode porque é uma negação nos próprios termos. E a Constituição que temos é de raiz comunista, indubitavelmente e os remendos que lhe apuseram ao longo de duas ou três revisões, manteve essa matriz.
É preciso mudá-la porque o comunismo já morreu em 1989 algures na mítica "cortina de ferro".

Quando Guilherme Fonseca foi juiz do Constitucional Portugal estava ainda a sair da longa noite do prec. E Fonseca era conotado com o comunismo...( vide pág. 29).

Portanto, temos um comunista indignado com declarações que não lhe agradam politicamente e que se indigna  em nome de princípios que sufragam ideias comunistas não expressas e sempre ocultas. Que vale isto?

4 comentários:

  1. o rectângulo é coisa de somenos
    pode encolher ainda mais em território e população

    obrigar os açores a ser independente

    obrigar os contribuinte a viver com dificuldades ou à emigração genética

    o importante é a imutável CRP e a sua interpretação ml de comunas e xuxas

    'a luta continua
    o MONSTRO para a rua'

    entrega imediata aos candidatos a concessionários
    'CCs em vez da PPPs'

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O curioso é que o diploma da convergência das pensões, para dar apenas um exemplo, foi votado inconstitucional também pelos conselheiros que partilham a cosmovisão do centro-direita, tendo alguns deles sido nomeados pelo PSD/CDS. Mas estas coisas ninguém as explica. Porque não é preciso! Deixem-se de falácias e mudem a constituição se querem introduzir determinada legislação com ela conflituante. A questão é jurídica e não política, ao contrário do que nos querem fazer crer.

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  4. É ideológica e casuística.

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