Godinho de Matos está muitas vezes no Campus da Justiça e vai sózinho ao me&you beber um quarto de águas.
Agora, com esta coisa do BES e das várias "surpresas" que vão aparecendo a eito, descarrilou dos cânones e disse ao ionline:
“Um pró-forma”, “um verbo de encher”, “um detalhe, um acessório de toilete de senhora”. Foi assim que o vice-presidente da Ordem dos Advogados e ex-membro da administração do BES definiu o conselho de administração não executivo do BES. Em entrevista ao Jornal i, Nuno Godinho de Matos falou sem papas na língua do órgão que integrou a troco de 2.400 euros líquidos por reunião e no qual “entrou sempre mudo e saiu calado”.
“Não havia perguntas não porque não pudesse haver, mas porque jamais alguém as fez”, explicou quando confrontado sobre o papel do conselho administrativo não executivo do BES, antes da intervenção do Banco de Portugal (BdP). “Os não executivos não têm nada a ver com a vida diária do banco. Vão às reuniões do conselho de administração quando são convocados, quatro ou cinco vezes por ano. O que conhecem da vida do banco é o que é reportado nessas reuniões pelos quadros superiores”, explicou.
“Em seis anos nunca abri a boca, entrava mudo e saía calado. Bem como todos os restantes administradores”, acrescentou.Segundo o advogado, o presidente do conselho de administração Alberto Pinto “abria os trabalhos de acordo com a ordem, sujeitava-os a deliberação”. E nem o “dr. Ricardo Salgado [vice-presidente] falava”. Era um “pró-forma”, perguntou-lhe a jornalista. Ele assumiu que sim. “Exatamente”. Mais do que isso, os próprios administradores não executivos são “verdadeiros verbos de encher”, são um “detalhe”. “Um acessório na toilete de uma senhora”, acrescentou.
Seguiu-se a pergunta do preço desse acessório. E o ex-administrador respondeu sem problemas. “É barato. No caso do BES, que é o que conheço, recebiam a senha de presença, que dava, líquido, cerca de 2.400 euros por reunião de conselho de administração, ou seja, entre 10 a 12 mil euros por ano.
Segundo um relatório da CMVM, em 2013 Nuno Godinho de Matos auferiu 42 mil euros brutos pelas reuniões onde entrou “mudo e saiu calado”.
Nuno Godinho Matos, que tem cerca de 100 mil euros retidos no ‘banco mau’, que resultou da divisão do BES, conta o episódio que o conduziu aquele lugar. Corria o ano de 1995 e o julgamento das faturas falsas da Engil, uma sociedade de construção civil. “O advogado da Engil era o dr. Proença de Carvalho [com quem trabalhou até final do ano passado] e eu trabalhava ao seu lado, por indicação sua, para dois administradores. Tal como o já falecido dr. Filinto Elísio, advogado do filho do engenheiro que era, ao tempo, dono maioritário da Engil”. Terá sido Filinto Elísio que lhe disse que, no Banco Espírito Santo, “havia quem defendesse a vantagem de incluir no conselho de administração alguém ligado à resistência ao antigo regime, de esquerda, e que não fosse profissional da atividade política”.
Nuno Godinho de Matos acedeu. Mas foi claro:
“Sabia tanto de bancos como de calceteiro, embora goste de calçadas”.O advogado, que se assume como um socialista pró-Costa, mas que defende que um governo ideal estaria nas mãos de sociais-democratas como Vítor Gaspar, aponta falhas na supervisão do banco. E não hesita em criticar todos os intervenientes.
“Onde há um falhanço total é por parte do Banco de Portugal, por parte da CMVM e por parte das empresas de auditoria, que nunca se aperceberam do que quer que fosse. E nem o argumento de que foi na segunda quinzena de julho que se constituiu a dívida de 1.500 milhões de euros, que é real, cola, porque existe tudo o que está para trás. (…) . É um argumento que mata a administração do BES, mas mata a administração do BdP, mata a CMVM, mata os auditores, que não podiam ignorar a possibilidade dessa exigência”, disse.As principais vítimas, defende, “deverão ser as pessoas que foram ao último aumento de capital, porque compraram papel que hoje não vale nada, nem para embrulho“. Também os depositantes nas instituições ligadas ao BES no estrangeiro “foram completamente defraudados”: só encontram nas suas contas papel comercial de sociedades” ligadas ao grupo que hoje não valem nada e ainda por cima estão numa jurisdição que nem sequer é portuguesa [Suíça e Luxemburgo]“.
O advogado tinha cerca de 16 mil euros à ordem e perto de 80 mil euros a prazo no BES. “Desses, 58 mil resultam da venda de uma casa que foi dos meus pais e que eu e o meu irmão vendemos no ano passado. O restante é poupança”, explicou. Nuno Godinho de Matos já escreveu ao BdP a expor o caso. Como não obteve resposta vai avançar para o tribunal. “E os tribunais administrativos são uma entidade que funciona mal, é demoradíssima, tudo o que lá cai apodrece antes de ser resolvido”.
Godinho de Matos com estas declarações subiu na minha consideração. Qualquer dia até o cumprimento respeitosamente...
E já me esquecia e é importante: Godinho de Matos foi aquele advogado que avisou o juiz Carlos Alexandre por causa da cicuta. Pelos vistos, agora, quem anda a bebericar da mistela é o causídico...
EHEHEHEHE
ResponderEliminarQue série mais irónica
conheço e convivo com o Nuno há mais de 40 anos, mas não nos últimos tempos embora a sua casa se situe a uns 200 m daquela onde moro
ResponderEliminarpertencemos à mesma Loja com os mesmos Amigos comuns.
tudo gente séria
esta ficou depois entregue aos bichos
foi um dos 12 fundadores do ps
pela sua seriedade o boxexas nunca lhe deu importância
estava-se a borrifar para ele e para a politica do ps
assim que saiu da comissão eleitoral fizeram logo cagada
conheci os pais . viviam nos Olivais até aos uns 30 anos. foi essa casa que deve ter vendido
Quem diz a verdade, não merece castigo!
ResponderEliminarEste individuo tem um comportamento desprezível. Então aceita ser administrador não executivo, faz um papel de embrulho (como diz) porque entra mudo e sai calado, mas presta-se a receber as senhas de presença por nada fazer?! Vergonhoso.
ResponderEliminarPor cada uma destas cenas para estar ali a fazer frete recebe o dobro da média do salario mensal dos portugueses. Vergonhoso.
Ele é que deveria beber a cicuta porque estamos fartos daqueles que servem o dinheiro, ignorando todos os valores sociais.
Este indivíduo é do PS e foi seu fundador. É da maçonaria boa e foi sócio do Proença durante décadas.
ResponderEliminarAgora parte a louça toda das conveniências. O que ele disse é válido para todos os outros indivíduos que estão nas Administrações não executivas como o Machete e outros que tal.
O que ele disse tem o valor de uma denúncia rara e que apesar de ser relativa a um segredo de polichinelo vale o arrependimento se é que o foi.
Quanto ao mais, Godinho de Matos é um finório como os demais.
Portugal está cheio destes finórios sem importância nenhuma e que apesar disso tiveram a vidinha bem arranjada por serem "antifassistas".
O que ele disse hoje vale o que Saldanha Sanches disse em tempos da extrema esquerda: uma mentira. E quem diz isto merece redenção, no meu entender.
Este país tem corruptos entranhados em todos os poros... como dar a volta a isto?
ResponderEliminarGostei que ele (PS, macon, etc)) dissesse alto que desde Salazar e Marcello nao temos administrações responsáveis. Se diz isso alto, imagino as conversas destes antifasssistas em privado: "isto só ia lá com um Salazar em cada esquina, Angola 'e nossa" deve ser o mínimo...
ResponderEliminarMiguel D
Li ontem no Adamastor que Godinho Matos é o advogado de Manuel Alegre no processo tem contra Brandão Ferreira por difamação...
ResponderEliminarhttp://novoadamastor.blogspot.co.uk/2014/09/leitura-da-sentenca-do-meu-julgamento.html
O Tenente-Coronel saiu-se com uma "à Porta da Loja" e tem lá umas páginas de jornal muito curiosas dos anos cinquenta...
ResponderEliminarO "link" que coloquei nas "causas justas" refere-se a esse facto, ou seja ao julgamento em que Manuel Alegre vergonhosamente colocou Brandão Ferreira a responder.
ResponderEliminarA resposta de Brandão Ferreira é demolidora para o bardo que devia ter vergonha da sombra.
Não tinha reparado José
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