O ano de 1971 para a esquerda portuguesa era tempo do "fascismo". Quem viveu esse tempo e não era comunista não tinha o mesmo sentimento porque objectivamente a vida de todos os dias não era como querem fazer crer certos revisionistas de uma História que preferem contar do lado de dentro das suas grades imaginárias.
O jornal Diário Popular desse ano contava assim as notícias na sua edição de 7 de Dezembro de 1971.
Havia os fait-divers na página 21:
Na página 19 apareciam as notícias judiciárias, com os julgamentos no "Plenário" e ainda as da guerra, com um comunicado discreto das Forças Armadas a anunciar o nome dos mortos nas três frentes de guerra que então travávamos em África, como os americanos no Vietnam.
Na página 7 dando seguimento à notícia da capa, a inauguração da Escola Superior de Meios de Comunicação Social, particularmente o Curso Superior de Jornalismo. Sim, em pleno "fassismo".
Na página 9 um artigo sobre "as negociações portuguesas com o Mercado Comum", o que é sempre uma novidade para quem pensar que a nossa entrada na CEE foi obra exclusiva de um Mário Soares...e quem aparece na fotografia é um governante dos anos oitenta da democracia ( e já agora membro do selecto clube de Bilderberg).
Ainda sobre a Guerra no Ultramar a edição de 24 de Outubro desse anos publicava assim na sua página 15:
foi para mim ano zero porque me encontrava a estudar fora do rectângulo.
ResponderEliminarregressei em 72 quando se ouviam rumores sobre o descontentamento militar.
dizia-se em Paris na falecida livraria Maspero que o ps recém-fundado (72) se reunia com o pcp para deliberarem sobre futura revolução
não consigo ler quem eram os advogados da herança Sommer
em 72 encontrei no tribunal muitas vezes um advogados de multinacionais depois PR que nada disse sobre isto
quando pres da CML inaugurou a Alameda Ricardo Espirito Santo, mais conhecida por parque de estacionamento da Fonte Nova
hoje em vez dos 'apolinários' temos o tc ratão
O advogado dos assistentes ( que se opunham a António Champallimaud) era o dr. Eridano de Abreu.
ResponderEliminarMas não consegue ler porquê? Basta ampliar a imagem.
ResponderEliminarA publicação de uma entrevista de Pablo Neruda no pré 25 de Abril, uma personalidade que partilhava da ideologia comunista.... só isto serve para derrubar mitos ou falácias propagadas pelos "anti-facistas": que existia liberdade de imprensa, e tolerância para com opinião adversa, que não existira num regime comunista para com os opositores ou para aqueles que tivessem ideias diferentes da nomenklatura. Mesmo que houvesse muita esquerda já infiltrada nos media para colocar entrevistas deste tipo, a publicação destrói algumas ideias propagadas. Mais liberdade de imprensa daquela que existiria no tempo do Diário de Notícias dirigido pelo Saramago.
ResponderEliminarA inauguração de Cursos de Jornalismo e Relações Públicas... com um espírito de tolerância, e liberdade de ensinar que não existiria com o ensino pós-Abril baseado na dogmática marxiana, no materialismo histórico, no estruturalismo e outras tretas esquerdistas que são uma aberração para a inteligência e para o espírito. Uma liberdade no ensino que não existe actualmente com a ditadura de esquerda no ensino e na Universidade.
ResponderEliminarObrigada José pela divulgação de estas peças.
Muito revelador
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