Páginas

segunda-feira, janeiro 19, 2015

O Camões queixou-se...e a coisa está preta.

 O Camões do Jornal de Notícias ( actualmente talvez o melhor jornal de notícias que há no país, por causa dos seus jornalistas) foi fazer queixinhas à PGR por cause de alguém ter violado um segredo de justiça que já não há. O confessado amigo do recluso 44, desde os tempos de juventude, anterior director da Lusa do bom tempo e outros cargos mais, escreve um dilacerado requisitório contra "a Coisa", ou seja, um outro jornal que vitupera pelos piores vícios do jornalismo, num exercício de contraditório pela negação que nada nega.

Como dirige o jornal teve o espaço que bem quis para se queixar da "Coisa" que não lhe agrada. Porquê? Porque revelou factos que se Camões tivesse um mínimo de dignidade profissional e pessoal já nem estaria a assinar o escrito em lençol onde justifica o injustificável, confirmando o facto implicitamente( "Falei a Joana Marques Vidal das escutas de que estaria a ser alvo, da violação do segredo de justiça").

O que mais espanta neste arrazoado é a escrita medíocre. A rasteirice imputada assenta-lhe que nem luv. A violação do segredo de justiça? Camões já sabe quem foi...mesmo sem preservar qualquer presunção, a não ser a que lhe interessa.

O Estado português deixa que se violem sistematicamente o segredo de justiça e o direito de reserva da vida privada, e assobia para o lado. Posso testemunhá-lo. Disse isso mesmo à Senhora Procuradora-Geral da República, de quem se espera que seja a guardiã dos direitos de cidadania. E que faça o que lhe compete.
Explico-me.
Primeiro, o romance de cordel.
Desconheço a dimensão da matilha, mas sei que, ainda que pouco inteligente, obedece ao dono que a mandou ir "chatear o camões". Só percebeu a terminação, mas veio. Literalmente.
Razões sanitárias inibem-me de dizer o nome da Coisa publicada que nas últimas horas, e provavelmente nas próximas, mente com todas as letras, procurando atingir o meu nome, Afonso Camões, e, por esta via, tentar minar os laços de confiança e de credibilidade na relação com os leitores que fazem do Jornal de Notícias um grande jornal nacional, sustentável, vencedor e orgulhoso da sua pronúncia do Norte.
A Coisa publicada - que lidera em Portugal o triste campeonato das condenações e dos crimes por difamação, abuso de liberdade de imprensa, de violação do direito de reserva da vida privada e outras malfeitorias escritas que tais - mente e manipula, sabe que o está a fazer, mas vai ter que responder por isso, mais uma vez. Associa-nos a um fantasioso plano conspirativo para a tomada do poder na comunicação social, a mando do antigo primeiro-ministro José Sócrates. Esse mesmo, aperreado há 59 dias sem culpa formada, detido preventivamente por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
A "novidade" que trazem, de mau "jornalismo", é velha de mais de 40 anos, tantos quantos os da relação de amizade que mantenho, com gosto e desde a minha juventude, com Sócrates.
E dizem que o avisei que ia ser detido. E que terá sido em maio, quando eu integrava a comitiva do presidente da República à China e a Macau. Ora, se o avisei, e se foi em maio, eu era administrador e presidente da Agência Lusa. Logo, não estava jornalista, muito menos diretor do nosso Jornal de Notícias. E, pelos vistos, nem sequer havia processo.
É verdade: disse-me um jornalista do grupo empresarial da Coisa que a prisão de Sócrates estava iminente. Esse mensageiro cometeu um erro: quando se tem uma informação relevante, o primeiro dever de cidadão de um jornalista livre, pesados os seus direitos e responsabilidades, é para com os seus leitores.
Ele deveria ter publicado a informação, que lhe veio, disse-me depois, por um seu camarada, diretamente da investigação, liderada pelo juiz Carlos Alexandre e pelo procurador Rosário Teixeira. Erro maior, criminoso, é ser verdade essa possibilidade: que a fuga de informação veio dos agentes da justiça, ou seja, de onde menos podemos admitir que se cometam crimes de violação do segredo de justiça.
Sim, eles falam com jornalistas!
Durante meses, o caso parecia ter ficado por ali.
Mas basta uma pequena ponta de verdade para sobre ela fazer cair a sombra de uma grande mentira. Depois da detenção de José Sócrates, a 21 de novembro, mas comentada há meses nos meios políticos e jornalísticos, começou a circular nos corredores da intriga que eu teria avisado o antigo primeiro-ministro da sua iminente detenção. Mas, agora, já como diretor do JN, o que configuraria uma grave violação do Código Deontológico. A mentira chegou, plantada, a vários jornais, mas teve sempre perna curta.
O ataque à minha reputação, mas sobretudo à independência e à credibilidade do nosso Jornal de Notícias, levaram-me a pedir uma audiência à Senhora Procuradora-Geral da República. Joana Marques Vidal recebeu-me quinta-feira à tarde, dia 15, na presença do meu diretor-executivo e do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, que tutela a investigação ao caso Sócrates, liderada pelo procurador Rosário Teixeira e pelo juiz Carlos Alexandre.
Narrei à procuradora parte dos factos aqui descritos. Mostrei-lhe séria preocupação pela intentona em curso, lesiva e violadora dos meus direitos, liberdades e garantias, e, sobretudo, o gravíssimo atentado à credibilidade deste JN centenário, que atravessou regimes e revoluções, mas que não é nem nunca poderá ser utilizado como instrumento de uma qualquer guerra empresarial, na disputa pelo controlo dos média portugueses.
Falei a Joana Marques Vidal das escutas de que estaria a ser alvo, da violação do segredo de justiça, da tentativa de condicionamento da minha liberdade enquanto diretor de jornal e jornalista, e da necessidade de a procuradora-geral, como guardiã dos direitos dos cidadãos, atuar para impedir esta violência e a continuação destes crimes. Disse-nos nada poder fazer e, candidamente, aconselhou-nos a consultar um advogado...
Diz a Coisa publicada que foi Sócrates que me fez diretor do Jornal de Notícias.
Sou honrosamente diretor deste grande jornal, com o voto unânime do seu Conselho de Redação, depois de ter aceitado o convite dos meus administradores, com o apoio do Conselho de Administração deste grupo empresarial. É perante eles que respondo. E é aos nossos leitores que dou a cara, cada dia.
Aqueles que se cruzaram comigo ao longo de 35 anos de carreira, que me orgulha a mim, aos meus filhos e amigos, sabem a massa de que sou feito.
Trabalhei com zelo e lealdade sob Freitas Cruz, Feytor Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice, Francisco Balsemão, Cunha Rego, Vasco Rocha Vieira. Nos últimos anos, enquanto administrador da Lusa, trabalhei sob sete ministros, ao longo de três governos de diferentes famílias.
Não sou de deixar ninguém para trás. E guardo em casa, entre outras honrarias, a medalha de mérito da minha terra e a Medalha de Mérito Profissional que me foi atribuída em nome do Estado português.
Mas voltemos à audiência na Procuradoria-Geral da República. O diretor do DCIAP, Amadeu Guerra, considera que "não há política neste caso" e, sem que eu o tivesse questionado, sublinhou a confiança dos seus "homens no terreno" (estou a citá-lo), negando, primeiro, ter ouvido as escutas, mas, depois, confirmando ter ouvido mas não tudo.
No dia seguinte, a 16, a Coisa publicada bradava o primeiro folhetim da fantasia conspirativa, pretendendo atingir o presidente do Conselho de Administração da Global Media, Daniel Proença de Carvalho, e os seus administradores.
Quem é essa gente, que atira a pedra escondendo a mão?!
Há mais de 400 anos, Filipe II de Castela, aquele que residiu em Lisboa, topou-lhes o caráter nos avoengos, em carta enviada à mãe para Madrid: gente rasteirinha, daqueles que "sofrem mais com a ventura alheia do que com a dor própria". Dói-lhes de inveja que sejamos sãos, a crescer e melhores do que eles. E estão outra vez enganados: aqui, na casa, cumprem-se regras herdadas de gerações de grandes jornalistas, ao longo de 127 anos, e gostamos de roçar a nossa na língua portuguesa. Mas antes mortos do que na imundície em que esgravatam.
Mais luz sobre este lance põe a descoberto, também, o mais sujo e antigo dos truques das guerras comerciais que todos conhecemos: atirar lama sobre os produtos e as empresas da concorrência, para ganhar vantagem no mercado. É nessas práticas que se revelam os carateres.
Não disputaremos tal terreno.
A liberdade de imprensa não pode ser utilizada em nome do lucro ou de agendas empresariais. Nada é mais importante do que a liberdade. E são ignóbeis quaisquer tentativas de submeter a liberdade a agendas pessoais - sejam elas privadas, ou mesmo públicas.
Não podemos permitir que, a coberto de um caso mediático, empresas nossas concorrentes utilizem a mentira para tentarem ganhar vantagem.
A meses de duas eleições que convocam os portugueses para importantes escolhas, a quem aproveita a tentativa de condicionamento do JN?
Este jornal tem critérios e depende exclusivamente deles. São os da ética e do rigor profissional. Não tem ambições políticas e é indiferente a quem as tiver. Não deve obediências a partidos, autarquias, clubes, empresas ou qualquer sacristia. Mas não é nem será neutral na defesa das grandes causas, pela liberdade e dignidade do homem como medida de todas as coisas.
Contra o centralismo, a miséria, a ignorância, a inveja e a tirania, não gostamos do jornalismo mole, narcótico ou redondinho. Ao contrário, apreciamos e procuraremos acolher e cultivar a prosa culta, comprometida, por vezes revoltada - e sempre, sempre inconformada. Um jornal são milhões de palavras. E quem as escreve escreve-se a si também, no seu registo histórico.
O JN é um exercício de memória contra o esquecimento. Na batalha contra as desigualdades e na afirmação da solidariedade inclusiva, em primeiro lugar na relação de vizinhança, aí esteve e aí estará sempre o Jornal de Notícias.
Como eu compreendo o Papa Francisco quando, há poucos dias, disse que se alguém lhe ofendesse a mãe "deveria estar preparado para levar um soco". Por mim, hesito em ir às fuças cobardes de quem me quer ofender, porque resisto à ideia de meter as mãos na enxovia.

Até lá, o Senhor lhes perdoe, que eu não posso."


Dito isto, este Camões parece mesmo um Coiso... que era um jornal dos anos setenta. Logo mostro...


E então o tal Coiso era assim, um semanário humorístico a arremedar o tal francês Hara-Kiri que em 1970 após ter sido proibido (a Censura não era coisa só do Salazar e do fassismo...) se passou a chamar Charlie Hebdo.
Em 14 de Março de 1975 publicava-se este número dois, com uma referência Pinochet, o ogre fassista do momento.

Será Camões o Coiso? Veremos amanhã...( a suivre)



26 comentários:

  1. Feriram-no em parte vital.

    Aliás, não se deve dirigir nunca o aparelho de mira para parte que não seja vital....

    ResponderEliminar
  2. O "jornalismo" deste sítio continua a navegar entre o Melchior e o Palma Cavalão.
    Este camões aparenta ser mais para o burro ( ou mula velha...).

    ResponderEliminar
  3. É, não toma andadura nem aprende línguas.

    ResponderEliminar
  4. Mas um gajo qualquer pode pedir uma audiência à PGR para dar conhecimento de factos que alega conhecer e depois ir lá fazer umas perguntas e vir publicar as respostas truncadas?

    Que pelo menos sirva de lição à Sra. Procuradora, para não receber escumalha.

    ResponderEliminar
  5. É mesmo um Coiso este Camões.

    ResponderEliminar
  6. E queixar-se do argumento da guerra de audiências quando perde 110-50 mil de vendas?
    Hilariante, o Camões rivaliza com o Bocage.
    Senhora PGR, venho choramingar porque aquele matulão está a dar-me porrada, vende o dobro de mim e fica com a bola toda, uaááááááááááá...
    This is na injustice, it is...

    ResponderEliminar
  7. Afinal não negou que tenha tido a tal conversa com o ex-PM onde ficaria apontado para o JN e não o DN.
    A simples tentativa, não conseguida, de branquear o proença diz tudo. Os rabos de palha a apanhar fogo.

    ResponderEliminar
  8. 'o coiso' era a designação usada nos anos 50 para um membro cada vez mais escasso e microscópico.
    mais tarde passou a pipi ou 2x3,1416
    por vezes 3,1416 linha

    o usavam a expressão
    'até choras por andar de Lambreta, leva ...' e até rimava

    a anedota do Bermudes baseia-se num caso relatado por psiquiatra a respeito do consumidor de haxe que vendeu a cama onde encontrou a mulher com o amigo

    ResponderEliminar
  9. Uma pergunta para a mesa:
    .
    Não li, mas disseram-me que as escutas onde se terá ouvido o Socrates a combinar com o Proença para arranjar novos accionistas para a controlinvest (JN) terá acontecido em 2013.
    .
    Em 2013 o Sócrates não era PM. Saiu em 2011.
    .
    Então, mesmo que seja verdade esta estória, onde é que está o caso?
    .
    Isto faz-me lembrar quando colocaram o FCP em tribunal por alegadamente ter comprado um jogo na época de 2004. Faz-me lembrar porque, provavelmente, o FCP até comprou alguns jogos, mas os acusadores elegeram o único onde não há casos de arbitragem duvidosa e num ano que ganhou tudo o que havia para ganhar.
    .
    Quer dizer, deixaram fugir o coelho porque fizeram barulho antes de lhe arremessar o tiro.
    .
    Ao menos, digo eu, que arranjem umas gravações de conversas na época em que ele era PM.
    .
    Rb

    ResponderEliminar
  10. Ricciardi
    Não li mas disseram-me, que nessas escutas o Sócrates diz ao Proença que arranja massa para comprar a Controlinvest.
    Não li mas disseram-me que o tal Camões avisou o Sócrates que estaria a ser investigado.

    ResponderEliminar
  11. O bácoro continua às costas...

    ResponderEliminar
  12. «Não li mas disseram-me, que nessas escutas o Sócrates diz ao Proença que arranja massa para comprar a Controlinvest.»
    .
    E arranjou. Um Mosquito de Angola. Se fosse mosquita tinhamos um problema por causa da malária.
    .
    «Não li mas disseram-me que o tal Camões avisou o Sócrates que estaria a ser investigado.»
    .
    Os amigos servem para essas coisas. :). Foi um tipo grato, digamos assim. Leal, embora desonesto porque será crime, afiançam, dizer a alguém que está a ser investigado. O 44 facilitou-lhe o acesso ao cargo porque arranjou accionistas para o jornal. O camões sentiu-se na obrigação de lhe retribuir o gesto. Está tudo dentro do espirito como funcionam os negócios. Toma lá, dá cá.
    .
    Ele fez isso na época em que era PM ou não?
    .
    Isso é que me parece relevante. É que um PM não pode usar o seu cargo para distorcer ou dominar empresas.
    .
    Se não foi na época em que ele era PM... calar-me-ei e juntar-me-ei aos indignados.
    .
    Rb

    ResponderEliminar
  13. Anda tudo louco.
    O advogado de Sócrates a ser entrevistado no jornal da sic não diz nada que se entenda. Baralha-se, baba-se ... Tanto tempo ausente e faz uma reentrada destas.
    Quem andou para ai a dizer que era um advogado experimentado porque defendeu terroristas das FP 25A?
    Esta gente continua cobardemente a atirar-se ao procurador RT sabendo que este não lhes vai nem pode responder. Mas gostariam que ele o fizesse para invocar posteriormente o seu impedimento para prosseguir a investigação.
    Tal como em relação ao juiz CA.
    Além de gente desonesta, são cobardes porque atacam quem não lhes responde.

    ResponderEliminar
  14. Como tripeiro sinto-me envergonhado por este Camões. Rogo humildemente e em nome das gentes decentes do Porto, que ainda as há, que não ridicularizem mais a nossa querida cidade. Este JN quando passou para as mãos do Oliveira deixou de existir e passou a pasquim de propaganda politica e desportiva. O JN já tinha descido baixo mas este editorial em lençol deste Camões é a coisa mais baixa e ridícula publicada que me recordo de ler no JN talvez nos últimos 10 a 15 anos. Um apelo sentido: Camões, por favor deixa o JN em paz e vai à tua vida. Obrigado.

    ResponderEliminar
  15. eh, eh, eh, o curioso é que tantos não imaginaram o que significava a chegada do Camões às Índias. Eu avisei. E logo foi seguido pela tropa de choque, a mesma da Lusa, só falta o doutrinário Luís Miguel Viana que cortou do vocabulário noticioso de 2008/2009 algumas palavras nada ambíguas como crise, défice e cosi via...

    Depois, um gajo que mal foi jornalista na vida e enveredou pelos caminhos de Macau até regressar para administrador de coisas, um espanto pela fórmula do costume.

    Não tem a ver com J a PM, tem a ver com o sendeiro luminoso do PS.

    ResponderEliminar
  16. Curiosamente o JN parece-me ainda hoje o melhor jornal de notícias. Certamente por obra dos seus jornalistas. Nesse aspecto é melhor que o CM e devia vender mais.

    O problema com estes Camões é o habitual: poltranismo, venderem-se a certos poderes e andarem a reboque dessa gente, como agora se comprova.

    ResponderEliminar
  17. Mas o Coiso que "está jornalista" escreve com os pés.

    ResponderEliminar
  18. É da natureza das coisas...

    ResponderEliminar
  19. Parece que tirou o curso em Macau

    ResponderEliminar
  20. Não li (antes), mas disse-me agora o Ricciardi que o Sócrates arranjou o Mosquito.

    Não li (notes), mas disse-me agora o Ricciardi que os amigos plantados nas direcções dos jornais servem para criticar as fugas que os incomodam mas usarem as úteis para avisar amigos em investigação.

    De uma coisa não tenho duvidas, o homem tem amigos fieis. Só é pena terem uma relação complicada com a lei e a decência.

    Já sobre ele saber há longos meses pelo amigo bem colocado que estaria a ser escutado e investigado, isso colide com a narrativa, já para não falar com o facto curioso de ser argumento para colocar o advogado Proença a acusar judicialmente a Sábado e o CM, por referirem esse facto (que ele sabia por lhe t sido dito pelo amigo da Lusa).

    Agora sobre a nobre preocupação de os factos (estes) terem sucedido já ele era aluno de mestrado em Paris, gostava de saber se esse argumento também serve para explicar o nascimento dos milhões na conta do outro amigo, que apenas usa a massa para lhe fazer empréstimos descontrolados, permitindo-lhe fazer vida de Champalimaut com conta bancaria de Zé da esquina.

    Mas nada disso interessa, o importante é encontrar um documento onde o sr. (e por favor parem lá de chamar engenheiro ao gajo, porque até há cinco minutos não estava inscrito na Ordem!) afirme e assine que recebeu dinheiro de corrupção, pois parece que a única prova admissível era uma confissão num qualquer reality show.

    ResponderEliminar
  21. Novidade: parece que queria controlar a informação com este Coiso.

    Nunca tal tinha feito em mais parte alguma- isso são invenções jornalísticas

    ResponderEliminar
  22. “A Coisa publicada - que lidera em Portugal o triste campeonato das condenações (…) por (…) abuso de liberdade de imprensa”
    Mas o jornal do Coiso (JN) não é (também) Charlie?

    “José Sócrates. Esse mesmo, aperreado há 59 dias sem culpa formada, detido preventivamente por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.”
    É uma injustiça, o Coisinho faz uma lei e depois aplicam-lha.

    “eu era administrador e presidente da Agência Lusa. Logo, não estava jornalista”
    Não estava jornalista, estaria outra Coisa qualquer, mas tomou Paracetamol e passou-lhe. Outras Coisas ainda não lhe passaram, o Paracetamol não é panaceia para todos os males.

    "É verdade: disse-me um jornalista do grupo empresarial da Coisa que a prisão de Sócrates estava iminente. Esse mensageiro cometeu um erro: quando se tem uma informação relevante, o primeiro dever de cidadão de um jornalista livre, pesados os seus direitos e responsabilidades, é para com os seus leitores.
    (…)
    a 21 de Novembro, mas comentada há meses nos meios políticos e jornalísticos, começou a circular nos corredores da intriga que eu teria avisado o antigo primeiro-ministro da sua iminente detenção. Mas, agora, já como director do JN, o que configuraria uma grave violação do Código Deontológico."
    Não percebi. Avisou o Coisinho, “é verdade”, mas a informação circulou “nos corredores da intriga”?
    O jornalista da Coisa tinha o dever de dar a notícia [da investigação ao Coisinho], mas se fosse o Coiso a fazê-lo seria uma “grave violação do Código Deontológico”? Será que quando o Coiso “está” director não “está” jornalista?

    “Narrei à procuradora parte dos factos aqui descritos”
    Parte?

    [O JN] “não é nem nunca poderá ser utilizado como instrumento de uma qualquer guerra empresarial”
    Então para que serve este texto? E esta afirmação: “Dói-lhes de inveja que sejamos sãos, a crescer e melhores do que eles”?

    “resisto à ideia de meter as mãos na enxovia.”
    Com um pouco de sorte ainda arranjava um espacinho na enxovia de Évora, juntando, de novo, Coiso e Coisinho.

    ResponderEliminar
  23. Mas se o Camões disse ao 44 que estava a ser escutado, e nessa altura não estava jornalista, então não se aplica o dever deontológico de proteção de testemunhas, pelo que pode ser interrogado enquanto testemunha do processo Marquês.
    Não é?

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.