Do Corta Fitas, "Sócrates por Sócrates", por Vasco Lobo Xavier. Aos poucos vai aparecendo quem apresente um discurso de senso comum, a contrastar com as fantasias dos visitantes do recluso 44, com particular destaque para o desmemoriado caquéctico que actualmente quando fala, ou entra mosca ou...
Esperemos que o outro Xavier que fala na Quadratura do Círculo, consiga o ter o mesmo discurso, embora se tal suceder seja ocasião para deitar foguetes...
Deixando de lado o que vem noticiado nos jornais, para não ser acusado de surfar nas violações do segredo de justiça, impõe-se no entanto uma breve análise da narrativa de Sócrates sobre si próprio. Breve, necessariamente breve, porque isto mereceria um estudo científico aprofundado, uma tese de mestrado (quiçá de doutoramento) daquelas que vão muito para lá de um punhado de linhas e de banais considerações sobre tortura em democracia. E um estudo que fosse feito por cientistas da área, não por meros curiosos como eu.
Diz Sócrates de si que não queria trabalhar, que lhe apetecia uns tempos a esvoaçar por Paris, e vai daí negociou um empréstimo de 120.000 euros com a CGD (ainda estão para me explicar como é que o banco público empresta semelhante quantia a quem declaradamente confessa não querer trabalhar nem ter meios para pagar o empréstimo, mas enfim…, lá estará o Banco de Portugal para analisar o caso). No entretanto, manda vir um Mercedes de 95.000 euros, o que não admira nada pois todos conhecemos a aversão dos socialistas aos Renault Clio. Até aqui, tudo muito compreensível.
E pisga-se então para Paris. À grande. E com um filho também em Paris, cada um na sua palhota. E, de tempos a tempos, com a visita da ex-mulher. E deixa o outro filho em Lisboa, também numa sua palhota própria – sua, do filho, não a do próprio em Lisboa, pois naquela família cada um tem a sua palhota, ainda que vivam na mesma cidade. Só a Mãe tem várias, mas mesmo isso acabou e ficou só com uma. As casas da Mãe foram vendidas ao amigo Santos Silva, diz Sócrates, o amigo que paga esta coisada toda. Sim, que isto custa dinheiro, muito dinheiro. Fazer-se vida de rico não é fácil, os ricos que o digam, que bem penam para gastar o que é seu e antes de o gastarem ainda têm de entregar mais de 50% ao Estado, para o Estado pagar a bancarrota do país que o Sócrates também deixou para trás.
Bem…, voltando à vaca fria. E portanto ele, Sócrates, e sempre segundo o próprio, tem problemas de liquidez, como é evidente perante semelhante vida (quem não os teria?). Felizmente está lá o amigo para lhe atirar pacotes de dinheiro sempre que ele precisa (“Toma lá para um fato!...”, ou então “Vê lá, não gastes tudo em vinho!...”, esse tipo de brincadeiras que dizemos quando damos esmola na rua a um mendigo conhecido).
Pois imaginar-se-ia que quem tem problemas de liquidez e não trabalha (nem quer trabalhar) tentaria levar uma vida comedida, regrada, frugal, pelo menos depois dos primeiros apertos…, mas não. O homem tem um fraquinho por viajar em executiva, ou de Mercedes, e com motorista, por fazer férias (de quê?!?...) em Fermentera, vestir-se bem e almoçar melhor ainda, vinhos bons, edredons, não há nada a fazer. E como reduzir o nível de vida ou fazer-se à vida está fora de questão, lá aparece o amigo dos milhões a verter generosidade desinteressada a rodos.
Ou então aparece a Mãe, que vende as suas casas ao amigo. E é para a Senhora viver melhor os seus últimos anos? Não: é para dar ao filho, esse mandrião que gosta de viver bem sem fazer pevide. Mas para este pagar as dívidas que contraiu junto do amigo? Não, pois nem sabe quanto deve: é para ele continuar a viver à grande sem trabalhar. Mas o amigo do filho é tão estúpido que empresta a Sócrates dinheiro em notas sem recibo e sem testemunhas, compra as casas à Mãe de Sócrates e paga as casas, sem se lembrar de fazer uma compensação com o que emprestou e tem a haver? É, é assim tão estúpido. E o Sócrates, mal vê dinheiro nas mãos da Mãe, logo aceita a generosidade da velha Senhora e arrebata-lhe 75% da massa para torrar, sem se preocupar com os pobres dos sobrinhos, órfãos, que vêem o que viria a ser deles por direito esfumar-se para o Tio e os primos esbanjarem em Paris? Tu o dizes, o próprio o disse que assim era. Dinheiro a passar por perto dele parece manteiga em focinho de cão. Aparece massa nas mãos daqueles dois e ele deita-lhe logo a mão, ferra-lhe os dentes. E é esta a sua narrativa, a narrativa de Sócrates.
Pois então, e segundo o próprio se descreve, o que temos aqui é um doido megalomaníaco. Um individuo que se apresenta como um atrasado mental irresponsável com perturbações psicológicas de fantasias de poder e delírios utópicos. Um desgraçado que quer aparentar vida de rico sem o ser, que gasta à doida o que não é seu, um mandrião que vive à grande sem trabalhar, que vive de esmolas de amigo rico ou do que saca à velha Mãe, e que pelo meio se marimba para a família, derretendo o que é da Mãe e deveria vir a ser dos sobrinhos. É assim que este preguiçosão se apresenta, num dos raros momentos da sua vida em que terá contado algumas verdades. Quem se admira agora de ele ter levado o país à bancarrota?…
E era este tipo, que sem pejo algum se apresenta assim, que os socialistas defendiam que deveria ter sido condecorado pelo Presidente da República?!?... E era este tipo que os socialistas queriam pôr na Presidência da República?!?... Do que nos safámos…
o próprio disse há uns meses em França num colóquio gravado e transmitido
ResponderEliminar'as dívidas não são para pagar'
provavelmente as de gratidão,
também não
"Não gastes tudo em vinho"
ResponderEliminarNem em homens
ahahahahahaha
Este foi dos maiores ladrões que passaram pela politica em Portugal, mas neste momento tenho mais medo da quantidade de socialistas que ainda o defendem, sim, esses metem-me mais medo hoje em dia, do que esse ditadorzeco corrupto.
ResponderEliminarAté familiares afastados tenho, que ainda juram a inocência dele.
Claro que é doido.
ResponderEliminarMas quem, senão um doido, um maluquinho, um natural de Rilhafoles daria boleia no ombro a um porco daquele tamanho?!
Isto presumindo que não estaremos obrigados a presumir a sanidade mental de ninguém...
Ser megalómano na sua vida pessoal ainda não é crime.
ResponderEliminar.
Crime será se demonstrarmos a megalomania na gestão da cousa pública. Gestão danosa ou recebimentos para priveligiar alguém.
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Era por aí que os escribas deviam concentrar esforços e criticas. Na gestão da cousa pública.
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Anyway, segundo as declarações do grupo Lena, o Carlos terá recebido entre 2005 e 2010 o valor de 3 milhoes por serviços prestados.
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Precisamente o tempo de governação de Socrates.
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Ora, isto faz reduzir a suspeita de corrupção de 25 milhoes na conta do Carlos, mas que pertenceria a Socrates segundo dizem, para 3 milhoes. Tops.
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É uma redução substancial, a ser verdade e demonstrada na contabilidade do grupo Lena.
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Ainda, coisa bastante importante, um passaro disse-me que Socrates irá demonstrar que o amigo Carlos já lhe tinha emprestado dinheiros antes de ele ser ministro ou primeiro ministro. O que pode muito bem deitar por terra a tese de que recebeu 'emprestimos' por favoriecimento em funções de estado. Ou, pelo menos, demonstrar que os emprestimos não estão ligados a actos de corrupção, porque antes de ter funções de estado já o fazia.
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Quanto ao 'não quer trabalhar' não me parece correcta essa acusação. Nem temperada. Consta que Socrates trabalhava para a Octofarma e recebia um salário de 10 mil euros por mês.
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Mas, enfim, certezas mesmo só no fim do jogo. Quando o processo estiver ao dispôr da populaça e quando o suspeito poder apresentar a sua própria defesa.
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Rb
Continua com o bácoro ás costas...
ResponderEliminarOlhe que não, olhe que não.
ResponderEliminar.
Rb
- Ora essa! Eu costumo dar boleia a porcos sempre que posso!
ResponderEliminarJá dei boleia a para cima de vários bácoros e nunca nenhum se queixou!
- Então mas são os animais que lhe pedem boleia?
- Ah... sim. Mais ou menos. Eles não falam não é? Às vezes nem dou conta: vou descansadinho e, bem não, lá tenho um ao ombro. Como ele não se queixa, deixo-o estar... Não me incomoda nada.
- Então mas como é que o porco lá vai parar?
- Ah isso nem sei, para ser sincero. Ando sempre absorvido nas minhas cogitações - é que sou filósofo, sabe? Tem de se pensar muito! - e raramente dou conta dessas coisas banais e corriqueiras.
Mas, por acaso, tenho um amigalhaço que até faz criação. Ando com os porcos dele às costas desde sei lá quando, fazem boa companhia. É um porreiro, pá! Está-me sempre a dar porcos. E gordos. Até mos deixa comer.
- Então mas não disse que nem dá conta deles?
- Pois... Sim, às vezes. Por exemplo este agora até me surpreendeu porque já venho desde a Suíça e nem o tinha topado ao ombro. Mas a minha mãe também lá vai criando alguns. Mas não chega para nada. Se não fosse o subsídiozito do estado... (andam aí uns pistoleiros, querem acabar com isso tudo, pôr toda a gente na miséria).
Mas mesmo assim ainda me dá um ou outro. São os que sabem melhor sabe? Caseirinhos... É uma santa a minha mãe...
- Então já viste o cabrão do Pinócrates, quantos porcos ele não tem? E não tem pocilga nenhuma!
ResponderEliminar- São do amigo com certeza. Isto é, foi o amigo quem lhos ofereceu. Parece que se dão muito bem. Sempre que o Pinócrates tem fome, o amigo dedicado oferece-lhe um reco.
- Um reco, salvo seja, um grande porcalhão pelos vistos! Mas que admirável dedicação! E não lhe cobrará nada?
- Qual quê! Aquilo já vem muito de trás! Já são parceiros desde pequeninos. Ainda a pocilga era um alfeirezinho minúsculo e os porcalhões não passavam de uns requitos patuscos...
- Hmm... não sei... hoje em dia dedicações assim são coisa rara...
- O quê?! Não podes ser assim! Olha que tens de presumir a inocência do homem! Quem és tu para pôr em causa os laços fortes forjados no calor do cortelho?
- Mas são tantos porcos!... E ele come tanto...
- És um infame! Um velhaco! Um estupor!
eheh zazie, é só veneno
ResponderEliminar;-)
Preso político, para meia dúzia.
ResponderEliminarPolitico preso - mais um -para os demais
O begueiro caga e tosse - é um dos 6.
Essa expressão- "begueiro"- costumava ouvi-la há muitos anos atrás e referia-se a pessoa não séria, farsante e que merecia confiança.
ResponderEliminarDe onde provirá?
À velocidade e quantidade a que o senhor desbaratava o dinheiro, hão-de haver por aí vários 20 milhões enfiados em cofres porque ele não confiava em contas bancárias: deixam rasto fácil
ResponderEliminarÉ só porcos por aí abaixo...
ResponderEliminarNo Aulete 48 diz assim:
ResponderEliminarBegueiro (bé-gâi-), adj. e s.m. (Minho) diz-se do jumento quando pequeno. || Bêsta de carga, especialmente o mulo.
"Begueiro" é boa expressão. Vou adoptá-la porque também tenho quota antiga no uso.
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