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terça-feira, fevereiro 24, 2015

A respeito de Portugal e do antigamente

O jornal ( fascista para o comunismo, incluindo o syriza) O Diabo,  de hoje tem esta capa:

Em duas páginas assinadas por Nuno Alves Caetano ( não sei quem é nem tenho referências mas está  no Facebook que também não tenho) o jornal retrata um país que antes de 25 de Abril de 1974 estava em franco crescimento económico, com desenvolvimento como agora se diz, "sustentado".
Não se faziam coisas à toa, havia mérito nas escolhas de quem governava e o povo em geral percebia as escolhas de quem mandava, mesmo com censura e repressão política da esquerda comunista.

Nessas duas páginas com factos e números que não aparecem noutros jornais ( esquerda em geral oblige) questiona-se a gestão da coisa pública nos últimos 40 anos com factos irrefutáveis: quase três bancarrotas consolidadas e evitadas in extremis à custa de muitos sacrifícios que agora são criticados por aqueles que os provocaram directamente, como sendo a famigerada "austeridade" e o "empobrecimento".
Ainda ontem, um Francisco Louçã, no Prós&Contras em que se falou da Grécia foi interpelado para explicar qual a alternativa que oferece quando se sabe que a esquerda que representa não vingou em lado algum do mundo e foi-lhe apontado que apresentasse um único exemplo de país onde tal sucedeu, para além da Coreia do Norte, de Cuba e da Venezuela ( e agora a Grécia a ameaçar o mesmo). Não respondeu e tergiversou dizendo que  Portugal é Portugal e não copia modelos externos.
Não? O interlocutor não lhe ocorreu aterrá-lo com esta citação de uma entrevista do mesmo Louçã.,   em 2012, ao Público ( José Manuel Fernandes, igualmente presente no programa também não se lembrou...):
 Público- Hoje continua a ser um revolucionário?
 F. Louçã- Sou socialista. E sou contra o capitalismo. O socialismo para nós, é um projecto anticapitalista, com todo o gosto pelas palavras e com toda a clareza."

Portanto, como mostra a revista Observador de  19 de Março de 1971, havia já um plano para construção das auto-estradas que não tínhamos ( a Alemanha tinha cerca de 4000 km, mas a Grâ-Bretanha só tinha mil) e com certeza executável porque era assim mesmo naquele tempo: fazia-se tudo com pés e cabeça e de modo sustentado.
Estas auto-estradas previstas para a meia dúzia de anos a seguir a 1974 só foram construídas vinte anos depois...algumas delas, e com ajuda dos fundos estruturais da então CEE. E com a corrupção que se conhece nas PPP´s mas ainda não se apurou penalmente.
A Mota-Engil neste plano? Ainda não existia porque era uma empresazeca de Amarante. O BES? Ainda não contava...


15 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Vale mais só a capa do "O Diabo" do que os restantes fardos de palha todos juntos.

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  3. Como disse no facebook - que agora também não tenho -, quando em 1970, com 10 anos, ia, da vila onde vivia, estudar à cidade de Guimarães, comigo iam na camioneta muitos filhos de lavradores e de operários das aldeias vizinhas. Se é verdade que os nossos avós comeram o pão que o diabo amassou, para saírem do lamaçal deixado pela Primeira República, os nossos pais já tiveram uma vida um bocadinho mais folgada e nós, ainda que tivéssemos provado algumas migalhas desse pão, sentimos que estávamos a entrar numa nova era muito mais confortável. Daí que agora sinta esta revolta imensa ao ver o retrocesso...

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Mas agora pode-se ir tomar no cu com ou sem casamento, os noruegueses é que apanham o frio a pescar o bacalhau e o assalto à cubata é na linha de Sintra...porque o império é agora só cá dentro...

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  6. Em 1974 com 100$00 compravam-se coisas que nunca mais acabavam.Refeições, jornais, bicas etç.Agora com 50 C nem uma única bica...

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  7. o meu Amigo para casa de quem ia na Áustria assinava este jornal

    comprei muitos em vida da Maria Armanda Falcão

    desmascarava a escumalha de quem conhecia os podres

    o ps faz-me lembrar ditado alentejano
    'burro podre +e o que dá mais coices'

    aproveitem antes de chegar o monhé

    no domingo fui ao Parque Eduardo Vii ver o Tejo antes da construçao de arranha-ceus pela rataria

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  8. José
    13.iv previsto post sobre Les Halles. nada encontrei sobre poissonière. fiquei com a convicção que o peixe chegava meio podre de barco ao longo do Sena

    a Maria Antónia aka Antonieta foram atribuidos todos os males alimentares por ser estrangeira

    na antiga Roma: monarquia, republica, imperio
    o facho simbolizava a fortaleza (nos simbolos cada um vê o que pretende)

    na republica os ditadores eram eleitos como tal

    a palavra 'salve' originou 'dar a salvação' em alentejano

    a mão fechada actual é masturbadora e era usada para puxar o cordão do autoclismo
    «lá vai socialismo!«

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  9. Comecei a ler o diabo há muito tempo.
    Cheguei a ler o Sol, quando o outro parou, por uns números, retornando.

    Tinha uma tia que nos anos 80 e 90, o lia e trazia para casa dos meus pais.

    Eu gozava, dizendo que quando ela morresse o jornal fechava.

    Não fechou.

    As coisas do diabo sempre me divertiram.
    Um diabelho sorridente e maroto, como o da capa do jornal.
    Imagino-o com a disposição do "muttley", rindo, resmungando e fazendo patifarias que falhavam - salvo quando recaiam em dick dastardly, o vil mandante...

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  10. Gostei de ver a foto do "caterpillar".

    Era comissioando pelo lagartixo zé lello, esse incompreendido humorista róseo - e cantor gravado...

    "são rosas, senhor". :-)

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  11. Floribundus: "a mão fechada actual é masturbadora..."

    Quando a direita cansa, a esquerda avança.
    E vice-versa.


    Bem aventurados os ambidestros!

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  12. E estas perolazinha do "ai lello"

    baladeiro

    http://faroefaro.blogspot.pt/2011/04/jose-lello-o-cantor-foleiro.html

    vendo videos marotos?

    https://www.youtube.com/watch?v=DVOHwtuGZas

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  13. Caro José,

    em vez de se falar na punição da corrupção, por que não falar numa arquitectura da Administração Pública que previna com eficácia o crime?

    Quem tem coragem para acabar com os ajustes directos? Ou com os PINs? Ou ainda para mudar os sistemas de contratação, por exemplo, para as autarquias?

    Por todo o lado vejo regras que poderiam ser alteradas, e cuja alteração impediria os fenómenos da cunha, do roubo, da chico-espertice.

    Salazar, que conhecia o povo português como ninguém, fala do tema nos seus textos. E por isso tentou desenhar um modelo de Estado que prevenisse os vícios tradicionais das elites da nação: impostos altos, défice, dívida, compadrio, tráfico de influências, vaidade, diletantismo.

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  14. «Em 1974 com 100$00 compravam-se coisas que nunca mais acabavam.Refeições, jornais, bicas etç.Agora com 50 C nem uma única bica...»

    Suspeito que o esforço fiscal está acima de 170% da média da UE.

    A dívida privada de Portugal é brutal e quem a causou? Nomes?

    Com este esforço fiscal e sem crescimento económico que aumente os rendimentos... nem sei como os portugueses conseguem viver com tão pouco. Somos mesmo resilientes e brandos.

    O PSI 20 é uma tragédia com misto de humor negro. Lisboa tem provavelmente a electricidade mais cara da Europa.

    O povo paga os erros de gestão de Mexia e companhia.

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  15. Salazar conhecia a velha tradição de impostos altos.

    Em Vila Real de Santo António no início do século XX as padeiras coziam o pão em Ayamonte e traziam-no de barco para Portugal pois a farinha espanhola custava metade do preço devido... aos impostos.

    Os pescadores no século XVIII preferiam vender o peixe em Espanha pois nuestros hermanos tinham impostos mais baixos.

    Quando Marcelo Caetano governava Portugal era conhecido por ser um país de impostos baixos.

    Nada justifica a actual carga fiscal a não ser uma tremenda incompetência na gestão da Administração Pública.

    Manuel Cadilhe tem um plano interessante para o «montro». Que poria o país em ordem e com impostos aceitáveis em duas décadas.

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