Observador:
Para a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, "o primeiro-ministro falhou, porque sabe - como todos os portugueses sabem - que é obrigatório o pagamento à Segurança Social", classificando o comportamento do governante de "inaceitável".
Esta posição foi assumida pela vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Ana Catarina Mendes, depois de o jornal "Público" ter noticiado no sábado que, entre outubro de 1999 e setembro de 2004, Pedro Passos Coelho acumulou dívidas à Segurança Social, tendo decidido pagá-las voluntariamente em fevereiro, num total de cerca de quatro mil euros.
Acho muito bem. Agora que só se fala do Costa e das gaffes do Costa, Passos deve explicar porque foi igual a milhares de portugueses que nos idos de 1999 não fizeram descontos para a Segurança Social, prejudicando-se a eles mesmos nessa medida. Actualmente, em 2013 ( lei de Passos Coelho...), uma vez que se sabe que os descontos para a SS também afectam os que nunca descontaram, tal prática tornou-se crime, uma vez que a Segurança Social é para todos, mesmo os que nunca descontaram um chavo. Ou seja é preciso contextualizar e compreender o que se passou à luz das regras de então.
Naquela altura de 1999 era Ministro do Equipamento e depois do Ambiente, o actual recluso 44. O Ministro do Trabalho era Paulo Pedroso, o indivíduo que supostamente é casado com a tal vice-presidente e arranjou recolhimento no ISCTE, depois de tudo o que se sabe.
O que se passou a seguir com estes indivíduos foi de tal modo escandaloso, criminoso e atentatório do regime democrático que se torna igualmente escandaloso e despudorado que a suposta mulher do dito Pedroso tenha a distinta lata e topete de falar como fala e nunca tenha deixado de deputar ou que tenha pedido ma AR idêntica indagação sobre "os seus". Hipócrita? É pouco, porque vai um pouco mais além e os portugueses não são parvos nem andam a dormir na forma.
Portugal está como está, devido a estas pessoas com este tipo de índole moral. O estratagema é o de sempre: aproveitar um fait-divers, transformá-lo em escândalo e surfar a onda mediática que aliás ajuda porque foi daí que proveio.
Quanto aos factos, designadamente aos crimes do recluso 44- por exemplo o que já se encontra suficientemente indiciado acerca da fraude fiscal e à mesma Segurança Social, relativamente ao modo como remunerava o motorista Perna, isso não lhes interessa nada. É como se não existisse porque o recluso 44 como se sabe está "inocente"...
Quanto ao facto de estas coisas da Segurança Social relativamente a um contribuinte se tornarem públicas, isso não interessa para nada também. Interessa é a violação do segredo de justiça no processo do recluso 44 que como toda a gente sabe, por ter sido proclamado por aqueles que agoram violam o sigilo fiscal, é uma grande vergonha e de que é responsáveo principal o juiz de instrução, o tal que se deve cuidar...
Quanto ao jornalista que desarrincou esta grande notícia sobre "o Passos", o mérito deve ser todo dele que aproveitou esta violação de sigilo para brilhar como grande repórter de investigação...
Se em Portugal houvesse uma espécie de Pulitzer, o prémio já estava atribuído, até porque não há mais ninguém a fazer o mesmo. A vida custa a todos...
li algures uma notícia sobre o elevado número de profissionais do fisco que andam a ser investigados
ResponderEliminarsuponho que pelas investigações feitas a certas pessoas
o que me admira é PPC dizer que nunca foi notificado e não ser desmentido
no tempo do 44 fui condenado em tribunal a pagar €5.000 dum suposto empréstimo do estado 20 antes através duma conta bancária no desaparecido BNU
o juiz não sabia a minha morada para eu poder apresentar a minha defesa
mas soube encontrá-la para cobrar directa e mensalmente 1/3 da minha reforma
o prometido estado paizinho transformou-se em estado ladrão
'prá frente ó pessoal do gamanço!'
corriere della sera
ResponderEliminarMafia, la lettera inedita di Falcone
«Non abbandono per paura»
Il suo addio alla procura di Palermo spiegato a un docente in una missiva pubblicata oggi dal quotidiano «L’Ora» di Felice Cavallaro
Essa carta de Falcone foi publicada agora?
ResponderEliminarO José cai constantemente na contradição de dizer que "os portugueses não são parvos", sempre depois de provar por a+b que o são. E não é pouco. E não é só parvos… videirinhos, admiradores de videirinhos, burgueses, acomodados e sei lá que mais. O caminho dos últimos 40 anos foi feito por muita gente, alguns dos quais verdadeiramente levados em ombros! -- JRF
ResponderEliminarJRF: tudo isso pode ser verdade, mas em alguns casos concretos não é assim. E é esses que refiro, passando por cima da contradição.
ResponderEliminarJosé
ResponderEliminarfoi publicada hoje no jornal 'L'Ora' de Palermo
Mafia: L'Ora pubblica lettera Falcone,il mio non è abbandono
(ANSA) - ROMA, 1 MAR - Giovanni Falcone non considerò "un abbandono" il suo passaggio dalla Procura di Palermo al ministero di Giustizia a Roma. Lo dice lo stesso magistrato ucciso dalla mafia il 23 maggio 1992. In una sua lettera inedita, pubblicata da 'L'Ora' di Palermo, Falcone scriveva: "Sono convinto che il mio posto sia a Palermo, ma ci sono momenti in cui occorre fare delle scelte e impiegare tutte le energie possibili per la lotta alla mafia. Mi creda il mio non è un abbandono".
José
ResponderEliminarhttp://www.corrierequotidiano.it/364-cronaca/mafia-lettera-inedita-di-falcone-il-mio-posto-%C3%A8-palermo
Obrigado, já li.
ResponderEliminarAcompanhei na altura em tempo real os acontecimentos na Italia que conduziram à morte de Falcone e Borselino.
Tenho ainda muitos La Repubblica e revistas como a Panorama e o L´Espresso que atestam esse tempo. Um dia destes publico.
José
ResponderEliminarera só para mostrar que fiquei convencido que a carta foi hoje publicada e quem a encontrou
segui os casos porque a Mafia, Ndragheta, Camorra sempre me interessaram
como patologias sociais
a minha tentativa de compreensão começa com as vésperas sicilianas de Giovanni da Procida (rua onde morei)
passa pela escumalha dos garibaldini
e termina no 'bandido' (patriota) Giuliano e nos mafiosos que o mataram ao serviço da Republica italiana
(la solita fregatura)
«o que me admira é PPC dizer que nunca foi notificado e não ser desmentido»
ResponderEliminarFloribundus:
Claro que não foi notificado porque não existia cruzamento de dados.
Como aquela malta nem com bónus por caçarem pessoas trabalham, azar.
Lembro-me que, no que toca a IRS, os artistas até tiveram perdão fiscal (da Segurança nem se foi preciso) e poderam doar umas tretas em nome do mecenato.
Cara Zazie
ResponderEliminarno tempo da 'outra Senhora' quando trabalhavam à mão (não as de esquerda) o fisco nunca me esqueceu
José
em 1992 resolvi fazer uma 'prancha' sobre o poder dos não eleitos
fui desaconselhado porque pensavam que ia falar dos juizes
nem tal me tinha ocorrido: foi sobre o 4º poder ou comunicação social, sindicatos, comichões de utentes
'mãos limpas', tal como previa, desagregou a frágil republica italiana: acabou com os partidos nacionaise aparecimento dos grillos
por cá o pc vai engolindo o lixo mais à sua esquerda
Pois, mas isto não foi fisco- foi Segurança Social.
ResponderEliminarE esquceram milhares de pessoas porque não havia cruzamento dentre fisco e segurança. A partir do momento em que passou a ser online, sim. Mas isso é muito recente- tem pouco mais de 1 ano de obrigatoriedade.
Aliás, se quer que lhe diga, isso dos descontos para a Segurança tem bruto saque estatal e muita vigarice da parte deles.
ResponderEliminarEles é que continuam sem trabalhar e esquecem-se de enviar as declarações e depois começam logo a contar juros de mora de dívida.
Ainda em Outubro andei com esse problema. Não resolviam nem por telefone, nem mail, nem nada. Tive de lá ir.
Em segundos o tipo resolveu o problema e o problema era erro deles.
Só que perde-se tempo com isto porque sem marcação só indo de madrugada.
Como o José diz, não ter descontado só prejudica o próprio na reforma.
ResponderEliminarAcho espantoso como se pode pretender atenuar a responsabilidade política de um PM que no pretérito não pagou as suas contribuições à SS, ainda por cima aquele PM que lançou o maior massacre fiscal de que há memória sobre os contribuintes.
ResponderEliminarO José é um magistrado, caramba! Já o vi aqui a pugnar por comportamentos éticos, morais, etc.. Já não o estou a compreender.
O que tem o 44 a ver com isto?! Sócrates já está preso, agora faltam os outros. A culpa é uma categoria analítica individual, e cada um com a sua. Nada pode justificar estas omissões de um PM. Num país em condições já tinha ido com os ciganos. E escusam agora de ficar a pensar que alinho pelos socialista ou syrizas porque aí estou eu de consciência tranquila. Votei Passos mas sem saber que era um pequeno trafulha.
Mais um sem-abtrigo a protestar.
ResponderEliminarCada um...
Acaso esqueceram o comunista do Judas que não pagava impostos?
Parece que sim. Anda tudo armado em virgem por causa de uma treta de descontos que prejudicam apenas o próprio na reforma.
Quem mais?
ResponderEliminarOs inúteis do RSI que nunca descontaram na vida?
ou prejudica muito mais haver reformas milionárias e a dobrar e poderem-se reformar aos 4o e poucos anos?
Prejudica a ciganada com que estes ladrões sacam votos à esquerda.
ResponderEliminar"O que tem o 44 a ver com isto?! "
ResponderEliminarEu vou-lhe dizer: quem nomeou o Edmundo indignado com estas imundícies postiças? Foi o 44.
Quem se esteve nas tintas para a cobrança das dívidas à Segurança Social nos anos em causa ( 1999-2004) em que afinal foi um forrobodó que só pagou quem quis porque a Segurança Social fazia de conta que não via, com o Edmundo a dirigir, depois e que fez o mesmo não notificando os relapsos e deixando prescrever?
Foi o 44 que entrou em 2005...
Quem era ministro do governo de Guterres em 1999-2004? Foi o 44 ( e não só, porque o Santana é da mesma laia).
O Durão? Deu continuidade à coisa...mas o Passos agora é que tem a culpa toda destes desmandos.
Enfim, hipocrisia que só se brande para tentar apear o Passos e esquecer o pobre Costa.
É só por isso...Manuel Castro.
Escusa por isso de esbracejar pela moral e a ética.
ResponderEliminarOlhe primeiro para o espelho...
Tanta inteligência a dar tiros nos pés até confrange...
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarem 1999 era Eduardo Ferro Rodrigues o Ministro do Trabalho e da Segurança Social e não Paulo Pedroso (creio que era Secretário de Estado).
Sim, sim, eu sei. Não quer dizer nada mais que isso porque só referi que o 44 estava no mesmo barco. A pescar à babugem, como se dizia.
ResponderEliminar