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terça-feira, abril 14, 2015

O calcanhar de dragão



 O Temível que aqui escreve num estilo literário que qualquer um poderia invejar e apenas carece de poda ligeira para atingir a excelência, abespinha-se e amofina-se em tom chocarreiro sempre que é questionado ou criticado por dá cá aquela palha.
Não suporta de ânimo leve quem o sindique de algum modo no que escreve, porventura desgarrando frases que se tornam fonte de equívocos e nessa altura engrossa a casca da carapaça até ao limite da ira virtual, com palavrões de circunstância e  insultos à ilharga que se confundem na retórica estrebuchante daquela pesporrência.
Esses  arrotos virtuais, lindamente  escritos em tom artificialmente  mal-disposto com humor à flor da casca, são, no limite,  artifícios humorísticos, às vezes de gosto duvidoso e que se desculpam logo pela excelência no trato das letras e frases. Fazem rir, quase sempre. Quando não fazem, perdem o efeito.
Porém,  essas cuspidelas de fogo retórico raramente acertam no alvo porque se desviam da trajectória.  São tiros num vazio que se queria preenchido por respostas mais certeiras às dúvidas colocadas.
Pela minha parte,  quando estou para aí virado,  também me diverte escoucear impropérios e artificialmente cuspir na sopa, se preciso for, para castigar renitentes e relapsos naquele exercício vão.  Advogo pelo diabo para fustigar mitos, se tal me der jeito.
Mas hoje, afinal,  nem estou em maré de guerrilha virtual e por isso repouso a lança e abandono o escudo.

Aqui neste blog tenho tentado perceber o que se passou em Portugal no tempo antigo que vem desde os primórdios do Estado Novo.
Não tenho estudos para muito mais do que tentar perceber tais fenómenos sociais e políticos através de testemunhos escritos e por vezes vividos.  Numa boa parte os escritos aparecem em jornais, revistas e livros e não sei como substituir tais fontes primárias por outras que não existem. 
Como isso, dou tratos de polé ao scanner e procuro mostrar o que tenho visto, para que todos possam ler se assim quiserem e tirar as ilações que procuro tirar. 
Em resumo, sou um diletante, ainda por cima relativamente recente  e procuro ler mestres para aprender alguma coisa.

Sobre Salazar e o passado recente parece-me importante perceber a figura, o Homem e o Tempo desse tempo.
Por isso quando preciso de entender o que significa "a estirpe dos antigos" não me diz nada que alguém explique que é o tempo daqueles que "os tinham no sítio".
Preferia que me explicassem que estirpe era essa que deveríamos entender e preservar, porque realmente não chega dizer que é a estirpe dos corajosos ou dos que não tinham medo de morrer de medo ou coisas semelhantes.

Não há estirpes desse calibre para apresentar como modelo educativo a crianças em idade escolar.  Há figuras individuais e actos isolados de personagens históricos. Porém, a coragem muitas vezes aparece misturada com a temeridade e esta com a ignorância. 
Não foi o caso de Salazar, parece-me. E se no seu comportamento pessoalíssimo se adivinham facetas inesperadas que fazem pensar em personalidade complexa e de difícil recorte, tal só admite que se coloquem hipóteses para se entender a pessoa concreta que nasceu em determinado local, viveu como viveu e fez o que fez. 

Por exemplo e em relação ao nosso então Ultramar, Salazar era aparentemente irredutível na configuração dessas terras como fazendo parte da nossa Nação.

Porém, à medida que se lêem coisas e se recortam factos e notícias, avultam outras hipóteses. 

Em 12 de Agosto de 1963 Salazar  fez uma declaração solene sobre a "política ultramarina" e em algumas páginas finais dizia isto:


Numa entrevista publicada na revista americana Life, de 4 de Maio de 1962, Salazar, reafirmando todas as ideias básicas da política ultramarina e acolitado  na altura por Franco Nogueira, também entrevistado, queixava-se da política externa dos EUA relativamente a Portugal e dava conta do nosso isolamento de facto, no concerto das nações ocidentais.

Talvez por isso lhe tenha escapado esta, nessa entrevista:



Há aqui, inegavelmente, um embrião de dúvida. E que não é desmentido pelo desfiar das razões clássicas que nessa altura eram as nossas para permanecer no Ultramar contra ventos de história e marés que não convinham:


 E agora sem ironia:

Quando coloco estes recortes faço-o com a intenção que destino para mim, em primeiro lugar: esclarecer dúvidas. Nunca para afirmar certezas que não tenho. 
É esta atitude que me permite julgar os factos sem emitir sentença definitiva ou transitada em julgado. Estão sempre sujeitos a recurso e a decisão superior. Se for o caso, claro...

160 comentários:

  1. Tinha dúvidas acerca da Argélia...

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  2. A entrevista à Life vem no volume Entrevistas; 1960 -1966 (Coimbra Editora, 1967) que completa a colecção dos Discursos de Oliveira Salazar. Diz que foi publicada na Life de 4/5/62, na democrática América, com deturpações, o que, com o reflexo condicionado geral sobre a censura do Estado Novo me suscitou até um verbete .
    Cumpts.

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  3. Obrigado, ja li a parte que interessa. No entanto, parece-me uma entrevista equilibrada e que dá azo a que Salazar exprima o que queria.

    Agora não se fazem assim.

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  4. A principal dúvida de Salazar era sobre a própria noção de independência.

    Até que poderia ser uma ideia legítima, mas sem prazo definido.

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  5. Francamente oh Jose tu querias Q o Dr dissesse o Q? Se ele fosse um banana como o Papa francisco talvez...

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  6. Um determinismo histórico que se tem debatido aqui como a marcha dos tempos parece aflorar das palavras de Salazar com essa admissão de emancipação. Naturalmente, nada mais realista e lógico. Mas esse diferimento no futuro era simplesmente realista: dar-se-ia como corolário quando as condições sócio-políticas do ultramar o permitissem sem renegar a tutela portuguesa necessária e exigível -- um dever histórico e moral. Sucede que o Mundo entendeu algo meio alucinado: o eclodir da subversão em territórios não europeus tutelados por brancos era quanto bastava para ditar independência. (Pior que isso, algo completamente alucinado e sem explicação senão essa, só a alienação de território nacional voluntária e gratuita que os entreguistas fiem 75 com São Tomé, Macau e Timor, já para não falar do que fizeram à metrópole depois). Fez-se daquilo, do eclodir da subversão, um paradigma e foi bastante para negar o que os portugueses legitimamente levavam a cabo em África.
    Quem tinha os pés mais assentes na terra com mais recta intenção?...
    Só tínhamos de aguentar. Não aguentámos. No que toca a determinismos históricos, Portugal falhou a sua missão civilizadora. Castigo dos céus: não teve outra; Portugal acabou.

    Da marcha dos tempos, já agora, ainda hoje houvemos notícias da África do Sul, libertadora e subversivamente à cata das suas autênticas raízes. Semelhante só aquilo que se tem visto dos islamitas cortadores de cabeças a escavacarem os vestígios dos Assírios.
    Cumpts.

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  7. ...entreguistas fizeram em 75...

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  8. os gringos sempre cobiçaram Angola.
    as suas missões estimulavam as lutas de Cuanhamas e Dembos contra o Puto.

    sabíamos meses antes que Holden Roberto preparava um ataque
    a chacina estava mais que prevista


    o actual PR actuava em países limitrofes sem pensar em guerrilha, mas numa forma de obter apoio para a independência.

    conheci o Mário sem saber que era Andrade.
    não era comunista.
    José Eduardo duvido que fosse

    assisti na 'do quilolé' às manifs frente a embaixada.
    um conhecido meu exercitava-se a partir vidros

    sempre tive mais dúvidas que certezas
    por isso só me interessam os factos

    estive de tarde na FNAC. a livralhada sobre o momento é só lixo

    um homem dizia para o neto a propósito das deputadas 'aquilo é uma vacaria'

    ontem desisti duns estudos sobre violência sexual porque vivemos numa administração castradora.
    actualizava o que no AT e NT se entendia sobre prostitutas.
    depois de verificar a alimentação e doenças, estudava a perversão em que a Bíblia é fértil

    é fácil enganar as palavras chave se em vez de inglês usar outras línguas

    confunde-se estudos com taradice
    PQP

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  9. A independência era uma inevitabilidade. Até para Salazar que era um génio como alguns dizem.

    E a grande questão é saber se o que escreve o Bic Laranja está certo ou não.

    Qual o sentido dos sacrifícios de um país em relação a províncias que fatalmnente se iriam perder?

    A Inglaterra perceber tal coisa dezenas de anos antes.

    Porque é que nós não quisemos perceber?

    Por causa do Mito.O tal Mito que andamos aqui às voltas a tentar perceber qual é e ainda não entendemos bem.

    A última é que se trata do mito dos que "os têm no sítio"...

    Enfim.

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  10. José,

    Salazar agarrava-se ao Império porque estava convicto de que Portugal ficaria reduzido à irrelevância se o perdesse. E a irrelevância podia significar sermos engolidos pelo inimigo de sempre, mesmo aqui ao lado.

    Diz-se que a tese de Franco na Academia Militar em Toledo se intitulava: "Como tomar Portugal em dez dias".

    Ou seja: talvez seja necessário regressar ao século XIV para perceber o seu "apego" político. Entre outros factores importantes, este não deveria ser o menor deles. Salazar assumia, assim, um papel de guardião da nossa independência, para além de zelador de "património" histórico.

    Penso eu de que... e tenho ouvido por aí coisas parecidas. Não refiro o mito de Ourique porque esse tinha sido desmontado por Herculano e Salazar não era tonto nem mal informado.

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  11. Cuido que Salazar cria na Providência -- que o poupou aos demais vassalos avassaladores de Portugal a seguir. E com Ela cria no integracionismo a consolidar Portugal pluricontinental e plurirracial. A cisão não se daria, simplesmente.
    Mito?
    O Mandela é incensado por procurar o mesmo. Mas esse tinha a tez certa da marcha dos tempos.

    Cumpt.

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  12. Tendo percebido a inevitabilidade das independências e das ventoinhas da História (as que sopravam na ONU), pretenderia ganhar tempo para estudar o modelo de ligação a manter. Entretanto, o desenvolvimento das províncias prosseguia, cimentando as bases do que quer que fosse o futuro naqueles territórios. Portugal não estava parado, eram as pressas dos outros que pretendiam fazer passar essa ideia.




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  13. Anjo:

    Tendo agora a acreditar mais nisso que outra coisa.

    Salazar não era de Mitos e lêndias. Era um realista, parece-me.

    E Marcello também.

    O erro do Dragão, parece-me, é acreditar demais no Salazar e por isso desvaloriza o Marcello, achando que o mesmo é que borregou tudo.

    Como se o Marcello fosse o culpado expiatório de o Salazar ter deixado de ser quem era antes de 1960...

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  14. O modelo de ligação era aguentar. Dava trabalho, custava. Custava um esforço da nação inteira a um. Foi essa força congregada que fez a empresa dos Descobrimento. Todas as vontades -- do rei, nobreza, burguesia, povos -- como uma. Como se fez? Como se perdeu?
    Era aguentar. Ter vontade e aguentar. Já tínhamos aguentado 500 anos, caramba!
    Cumpts.

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  15. A questão é assim clara:

    Portugal estaria perdido sem as antigas colónias?

    Franco Nogueira também acreditava nisso.

    E que é que isso significa de "estar perdido"?

    Qual o Mito por trás dessa crença cega?

    É o da "estirpe dos antigos"?

    Se for não pode ser a palermice dos tomates e coisas que tais.

    Então o que é?

    O realismo fantástico, voilà!

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  16. Pois...aguentar. Até quando se pudesse. O problema é que já deixáramos de aguentar em vários sítios e o último tinha sido na Índia...

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  17. "Já tínhamos aguentado 500 anos, caramba!"

    É verdade. O Império Inglês também aguentou...

    A principal pergunta é a que dói mais:

    Para que queríamos a África?

    Para quê?

    Para sermos "grandes"?

    Para termos uma razão de ser como Nação?

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  18. Em África poderíamos aguentar mais anos e talvez fosse preferível para conseguirmos que os portugueses que lá estavam regressassem de outro modo.

    Agora acredito nisso, mas até nisso tenho dúvidas.

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  19. E não só era até se poder. Era sempre.

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  20. Aguentávamos com os recursos africanos a entrarem cada vez mais na equação.

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  21. Que quereria, então, dizer com a frase:

    "The fact of a territory proclaiming its independence..."

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  22. "E não só era até se poder. Era sempre."

    Impossível. Absolutamente impossível.

    Mesmo com a queda da URSS seria impossível.

    Só com realismo fantástico se acredita em tal

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  23. Há uma única hipótese de aquilo se manter ligado a nós:

    simbiose. Entre nós e eles, pretos.

    Acha possível?

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  24. No fundo o que aconteceu no Brasil. E apesar disso o Brasil despreza-nos.

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  25. Salazar acreditaria mesmo na sociedade multi-racial?

    É outra pergunta chata comó caraças.

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  26. José, pondere o seguinte:

    Qual o sentido dos sacrifícios de um país em relação a províncias que fatalmnente se iriam perder?

    um dever histórico e moral

    Numa vigarice há sempre dois vigaristas: o que vigariza e o que é vigarizado. A pessoa honesta recusa a cautela a cujo prémio não tem direito. Acaba ganhando ao final de contas; já o esperto que pensava apenas em cuidar bem dos seus interesses...

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  27. Simbiose? Havia. Puseram-lhe cravos na lapela e murchou.
    Realismo fantástico são democraciazinhas -- veja esse placebo do marketing socio-imperial democrático envergonhado que pariram por aqui nos anos 80, a lusofonia.
    A simbiose era os de África orgulharem-se de ser portugueses. Não nos envergonharmo-nos disso, concedendo vergonhosas Covas da Moura a título não sei de quê.
    Cumpts.

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  28. O Brasil (e todos) despreza-nós porque nós sente fracos. Não éramos. E então o Brasil respeitava-nos.

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  29. "A simbiose era os de África orgulharem-se de ser portugueses."

    Sinceramente, V. acredita mesmo nisso?

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  30. Alguma vez nós nos orgulhamos de ser mouros?

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  31. Não, nós não somos fracos. Somos o somatório de todos os séculos que passaram por nós.

    e isto é que é o verdadeiro realismo fantástico.

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  32. Para que queríamos a África?

    Para sermos "grandes"?

    E para que a não haveríamos de querer? Para sermos "pequenos"? "Modernos"? "Democráticos"?







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  33. "um dever histórico e moral"

    Diga lá um único país ou nação que acreditou nisso como motivo suficiente e único para guerrear a sério.

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  34. Nunca nos orgulhamos de ser Mouros enquanto fomos cristãos. Mas agora já nos orgulhamos (ou querem que sim), leia!
    Que identidade (civilização) tinham os de África para nós contrapor? Foram buscar o comunismo!

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  35. "E para que a não haveríamos de querer? Para sermos "pequenos"? "Modernos"? "Democráticos"?"

    A grandeza não reside apenas em territórios de além-mar e riquezas minerais.

    Mas ajuda, claro.

    Porém, se for assim lá se vão as razões históricas e morais como único motivo...

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  36. Com o seu realismo fantástico, de acordo. Mas não devíamos manifestá-lo na herança?

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  37. Que identidade (civilização) tinham os de África para nós contrapor? Foram buscar o comunismo!

    É verdade, serviu-lhes enquanto foi força legitimadora de agressão.

    Mas isso deixou de ser assim. Acha que agora seria tudo pacífico e irmãos unidos?

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  38. "Foram" buscar?

    Ou trouxeram-lho?

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  39. Eu não acredito em ligações irmanadas entre raças opostas.

    Não funciona. Nunca funcionou em lado algum.

    O que funciona é o respeito mútuo assegurado por princípios de poder e força.

    Por isso é que quem manda é quem pode.

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  40. Vai-se a ver e chegou lá o comunismo nas asas dos ventos da história, não? Assim como a vida teria chegado à terra via meteorito...

    Olhe que para isto já tenho nomes. E na ponta da língua...

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  41. Levaram-lho.
    Agora sou eu que não quero fraternidades. Prefiro ser ser eu, ainda, orgulhosamente só, mas honesto e recto.
    Quem quiser siga o exemplo, como eu procuro seguir dos melhores. Aos mais, desprezo.
    Hora de zzzz .
    :)

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  42. O desprezo não era de si, bem entendido.
    Boa noite.

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  43. Em resumo:

    Quando defendíamos o Ultramar que era nosso, tivemos dignidade nisso e ainda bem que Salazar o fez.

    Mas Salazar já pressentia que perderíamos o jogo, porque era sábio.

    E que nos tornaríamos fracos sem tal.

    E foi o que aconteceu.

    Poderíamos ter minorado os estragos se tivéssemos por cá outra gente que continuasse o que havia antes, mesmo sem Ultramar.

    E esse era Marcello Caetano, entre outros.

    E não estaríamos a lamentar a perda do Ultramar como a França não lamenta a da Argélia.

    Se tivéssemos continuado o que éramos, sem que o comunismo e o socialismo nos estragasse a vida, seríamos um país respeitável.

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  44. Um dos alógenos era um tal Daniel Solod. Nome próprio curioso para um russo... Às tantas já lhe estava no sangue a alogenia...

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  45. Salazar pressentiu que perderíamos o jogo, sim.

    Por isso procurou a melhor forma de o evitar.

    É aqui que se calhar entra a estirpe dos antigos...

    Porque quem quer comprar a cautela premiada de pechincha, não pondera nem prevê romper relações com os americanos, ou não é?

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  46. O comunismo serviu apenas como legitimador da luta contra "o colonialismo".

    Isso é dito pelo Salazar, logo em 1960, acho. Antes da guerra estalar em Angola.

    Amanhã vejo melhor.

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  47. muja:

    o Dragão não tem razão contra o Marcello Caetano.

    Diz que eu embirro mas é o contrário.

    Arranjou agora uma justificação coxa para uma traição inexistente sob a forma de teoria de conspiração.

    Nada do que escreve me convence.

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  48. Pois. Mas a França não só não esteve lá para cima de cinco séculos, como nem lá foi dar com aquilo por descobrir...

    De resto, que se veja, lamenta tanto a Argélia como Portugal o Ultramar... ou seja, nada.

    Já o que não se vê...

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  49. Nesse aspecto, da tal conspiração, claro.

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  50. O verdadeiro problema, para nós, foi o que aconteceu entre 25A 74 e depois, até 1976, com a Constituição.

    Portugal perdeu-se aí. Não foi com a perda do Ultramar.

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  51. E quem originou tal perda foi o comunismo e o socialismo.

    Não é preciso inventar mais nada nem teorizar outra conspiração.

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  52. Por isso é que continuo na minha: como foi possível tamanho erro?

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  53. "A simbiose era os de África orgulharem-se de ser portugueses."

    Sinceramente, V. acredita mesmo nisso?


    Lembrei-me agora do Eusébio...

    :)

    Até à manhã.

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  54. Eu acho que é, porque acho que isso foi consequência da perda do Ultramar. Dano colateral como agora se diz.

    Portanto, foi mesmo a perda do Ultramar que perdeu Portugal, a meu ver.

    Se o Dragão tem razão em relação ao Marcello, não sei. Mas se tem, então nem sequer é Marcello que sai pior na fotografia...

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  55. O Eusébio...chegou a ir para Moçambique após a independência...não sei se sabe.


    Por isso é muito mau exemplo.

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  56. Acho que não foi isso que tem perdido Portugal. Que aliás tem recuperação. Não sei é quanto tempo levará.

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  57. Nós perdemos o Ultramar naquela altura por causa do socialismo e comunismo, não o contrário.

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  58. Oh Jose em Cabinda 1974 havia Orgulho em ser Portugues.

    "Para que queríamos a África?"

    O imperio Q tu negligencias esta Vivo. Either you like or not LOL

    Maiorias heheh tavez o PCP!

    PS:- Miss you Dragon-Man (also missing o nosso querido Tenente-Adamastor)

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  59. Na minha opinião, o José começa a desenvolver uma teoria mais interessante do que aquela que tenta explicar o porquê da mudança 'abrupta' da sociedade no 25 de Abril. Esta ideia de evento sempre me pareceu muito próxima do conceito de 'evento' do Badiou que o Pacheco Pereira plagia constantemente em que há um instante em que tudo muda. No entanto, se calhar, foi de facto preciso que tudo mudasse para que o país continuasse na mesma. Era mais fácil a via da revolução por outros homens que o tinham no sítio (o mito repete-se) do que de facto desenvolver este cantinho à beira mar plantado, liberalizar a economia e reformar o Estado e as forças armadas. O mito sempre foi o caminho mais fácil, apesar de quem o persegue sempre o julgar mais difícil do que coisas mais mundanas e que dão imenso trabalho. Ou como no Leopardo, foi preciso mudar tudo para que tudo continuasse na mesma (dentro do possível). Antes era África, hoje é o mar ou a TAP ou outra qualquer outro mito a que nos agarramos. Acho que faz sentido explorar a ideia de que o país e a psique nacional mudaram de roupas com a revolução mas que há certos de traços do mito e da crença no país (substituída pelo 'Estado') que já vêm desde um passado mais distante.

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  60. Extra: Otra cosa que molesta "AL MUNDO" es que Portugal insista en mantener la autoridad sobre Angola, Mozambique, Macao...

    Oliveira Salazar: ¿Al mundo? No. A los intereses del estraño mundo... Angola, Mozambique, Guinea, Macao, son provincias portuguesas, de notable identificación. De estupenda convivencia. La mala información norteamericana lleva a confundir las cosas. Es raro que un país que no logra que el seno de su sociedad pueda integrarse pretos y blancos, intenten en el Africa que los pretos se autogobiernen, en una actitud que llamó demagógica e irresponsable. Piden la libertad fuera de sus límites, pero tiene problemas raciales insolubles dentro de sus fronteras. Y no sé realmente si un día no nos levantamos y estamos ante una guerra civil en EEUU.

    Extra: ¿Sostiene usted entonces que los países del Africa no se pueden autogobernar?

    Oliveira Salazar: Así es...

    Extra: Pero, ¿cuándo podrán?

    Oliveira Salazar: Es un problema de siglos. Dentro de 300 a 500 años... Mientras tanto tendrán que ir participando del proceso... Llámelo a eso neocolonialismo o como quiera, si la palabra está agotada...

    Extra: ¿Y mientras tanto cuánto tiempo más podrá Portugal soportar la guerra terrorista...?

    Oliveira Salazar: Indefinidamente. Es apenas en la frontera y son mercenarios. Nos cuesta 6 millones de contos que salen íntegramente del presupuesto natural... de mayores ingresos...

    Extra: Pero la juventud que tiene que ir allí se queja...

    Oliveira Salazar: Extraño. Porque una estadística prueba que se afirma el sentimiento nacional. Y que el 40% de los que retornan a Portugal tras cumplir la exigencia militar, vuelven a instalarse en Luanda, o en Mozambique... Conocen el país integralmente y aprenden a amarlo... Porque defenderlo es amarlo...

    REVISTA EXTRA - AÑO IV - Nº 35 - JUNIO 1968
    40 AÑOS EN EL PODER
    Entrevista a António de Oliveira Salazar

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  61. REVISTA EXTRA - AÑO IV - Nº 35 - JUNIO 1968
    40 AÑOS EN EL PODER
    Entrevista a António de Oliveira Salazar

    Extra estuvo en Lisboa exactamente el día que el profesor Oliveira Salazar –ahora presidente del Consejo del Gobierno- cumplía 40 años de PODER-PODER. Nunca había recibido a un periodista argentino, ni sudamericano. Además, hace ya tiempo que prefiere los largos silencios y la meditación al escaparate. Desde esa suerte de retraimiento, gobierna un Portugal sano, brioso, que se permite además el lujo de inmenso de mantener provincias africanas, en un ideal estado de convivencia, y donde el "natural" se siente totalmente portugués. 8 millones de almas en unos 160.000 km. cuadrados de Portugal, y 15 millones en Angola, Mozambique, Guinea, Macao, saben que el nombre de Oliveira Salazar, significa orden, estabilidad, progreso sin gritos.


    "Renuncié a la emoción"

    Durante 70 minutos Extra conversó con Oliveira Salazar, un obstinado célibe, de cuya soledad, misticismo y honestidad, hay pruebas concluyentes. Este fue el diálogo:


    Antonio de Oliveira Salazar: ¿Qué les pasa a los argentinos...? ¡Qué lástima!...

    Extra: Estamos buscándonos por dentro... Revisando nuestro estilo de vida. Como Uds. en 1928.

    Oliveira Salazar: Yo recuerdo que por el año 1930, los pocos argentinos que llegaban a Lisboa se mostraban tan orgullosos del país que hasta me aseguraban que "la Argentina hacía llover cuando quería..." Y en los últimos años, los argentinos que pasan por aquí, sólo se quejan... se quejan... ¡Qué lástima!

    Extra: Hemos tenido 7 presidentes en 22 años. Más de 200 ministros...

    Oliveira Salazar: Claro, la continuidad es muy importante. Pero, además, los pueblos de América y los países del sur de Europa no pueden darse el lujo –creo yo- de vivir en una democracia representativa liberal parlamentaria. Porque tenemos mucha pasión. Y la pasión escinde. Desordena. Impide construir. Tuve que renunciar a la emoción para gobernar... No puedo evanecerme, puesto que no realicé todo lo que deseaba... Pero ejecuté lo suficiente para que no se pueda decir que fallé en mi misión. No siento, pues, la amargura de los que merecida o inmerecidamente no vieron coronados sus esfuerzos y maldicen a los hombres y a la suerte. Ni siquiera me acuerdo de haber recibido ofensas que me lleven a ser menos justo. Por el contrario; en este país donde tan a la ligera se aprecia y desprecian los hombres públicos, gozo del raro privilegio del respeto general... Pude servir...

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  62. Extra: Sin embargo hay gente que sostiene que tras 40 años de gobierno, Portugal pudo crecer más...

    Oliveira Salazar: En política lo que valen son los resultados. El dirigente tiene que calcular la cantidad de ideal que soporta lo real y la dosis de libertad compatible con la salvaguardia de la autoridad y el mantenimiento del orden. Cuando llegué al Poder podía haber enajenado la nación con pedir préstamos al exterior. Un gran proceso de industrialización rápido, urgente y equivocado... No... De ningún modo; Portugal tenía que optar entre estar mejor y ser mejor. Prefirió ser mejor...

    Extra: Hemos visto mujeres y hombres de larga edad torcidos, sobre los hermosos campos, en minifundios marcados por el tiempo. Sin asistencia técnica casi... ¿Es un problema económico, educacional?

    Oliveira Salazar: Es un problema sentimental. Nacieron allí. Trabajaron así... Los estamos convenciendo de que acepten por lo menos las Cooperativas para unirse allí, adquirir maquinaria y cambiar el método. ¿Pero usted cree que a mí, realmente me puede halagar que la gente se sienta esclava de la tierra, encorvada por la vida...? Una vez yo tenía un campo similar al de un vecino. Igual dimensión, igual cultivo. Lo quise cambiar. Entonces él me contestó: "no señor doctor"... Yo sé que es igual que el suyo... Pero aquí yo venía cuando tenía 8 años con mi abuelo y la cabra... No lo puedo trocar..."

    Extra: ¿Lo asusta la transformación?

    Oliveira Salazar: (riendo mucho, mucho...) No me conoce usted. No quiero hacer pagar a mi país el precio caro de las transformaciones cuyo valor está todavía a demostrar... Por ejemplo, creo que en ese error incurrió la Argentina; seguí el proceso de Perón que parecía interesante, pero que se desvió. Llevar a un país de estructura agrícola – ganadera sin más ni más a un proceso industrial sin transición es peligroso y ruinoso...

    Extra: ¿Entonces usted qué hizo al encontrarse en el Poder?

    Oliveira Salazar: Me encontré con un país desordenado y endeudado. Sin fervor. Primero, como le dije, no volver a recurrir al crédito internacional sin sentido. Resolví que el camino más indicado si queríamos Seguir siendo Portugal, era el que adoptan los católicos a la hora de la cuaresma: ayunar. Crecer demasiado pronto hubiera sido tentar al fracaso demasiado rápido. El estado no debe ser señor de la riqueza nacional, ni colocarse en condiciones de ser corrompido por ella. Para ser árbitro supremo de todos los intereses, es preciso no dejarse maniatar por ninguno de ellos... Sin cerrar los ojos a las enseñanzas que otras formas de organización traen como remedio, consideré como saludable para el cuerpo social un margen amplio concedido a la iniciativa privada y hasta a la competencia, siempre que el estado mantega la posicion de arbitro supremo entre los intereses en juego. Hubo que poner mano dura. No lo niego. Pero en circunstancias así, cada uno procura bastarse a sí mismo y es inútil en las economías que tienen la agresividad enfermiza de la miseria, encontrar fórmulas de colaboración amistosa...

    Extra: ¿Qué es el socialismo de Estado?

    Oliveira Salazar: Es un régimen burgués por excelencia. La moneda es una medida delicada, destinada a servir y no a dominar...

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  63. Extra: Según usted, la democracia representativa parlamentaria es contraindicada para países de América y sur de Europa. ¿Por qué?

    Oliveira Salazar: Porque tienen muchos Jefes. Mucha deliberación. Escaso resultado. Aquí la Asamblea Nacional funciona 3 veces al año. Nada más. Los ministros no van a su seno, sino a las comisiones. No queremos discursos espectaculares y ataques indiscriminados para "salir en los diarios". Somos un país pequeño con problemas serios y no podemos abrir frentes de debilidad con el sólo fin de proclamar que "jugamos a la democracia".

    Extra: A su juicio, ¿cómo hay que crecer?

    Oliveira Salazar: Con inteligencia. Ustedes los argentinos, por ejemplo, deberían crecer desde el campo hacia la industria, elaborando al pie de los trigales los productos manufacturados. Y no intentar aventuras.

    Extra: Pero en un mundo tecnológico, urgido, eso significa no ya crecer despacio, sino estancarse...

    Oliveira Salazar: Le insisto; hay que elegir estar mejor o ser mejor...

    Extra: ¿Me permite que le cuente una anécdota que puede afectarlo?

    Oliveira Salazar: Como no...

    Extra: Los otros días en Coimbra, concurrí a visitar una República de Estudiantes. En el cuarto de uno de ellos, estaba inscripta en la pared una frase suya: "Sin el consentimiento del pueblo no se puede gobernar un minuto... Salazar". Debajo de ella el ocupante de la habitación había escrito en rojo vivo: entonces porque no se va...

    Oliveira Salazar: (con una extraña y larga sonrisa que le nacía en los ojos ampliaba las comisuras de los labios). Sí... me imagino. A ese joven universitario usted le pregunta: ¿Lo quiere a Salazar? Le contesta: No. Pero le pregunta: ¿Y a quién quiere? Y él no sabe. La juventud del mundo sabe todo lo que no quiere. En eso coincide. Pero no sabe lo qué quiere... Ellos forman el partido de los que no quieren partidos.

    Extra: Según usted, la democracia representativa parlamentaria es contraindicada para países de América y sur de Europa. ¿Por qué?

    Oliveira Salazar: Porque tienen muchos Jefes. Mucha deliberación. Escaso resultado. Aquí la Asamblea Nacional funciona 3 veces al año. Nada más. Los ministros no van a su seno, sino a las comisiones. No queremos discursos espectaculares y ataques indiscriminados para "salir en los diarios". Somos un país pequeño con problemas serios y no podemos abrir frentes de debilidad con el sólo fin de proclamar que "jugamos a la democracia".

    Extra: A su juicio, ¿cómo hay que crecer?

    Oliveira Salazar: Con inteligencia. Ustedes los argentinos, por ejemplo, deberían crecer desde el campo hacia la industria, elaborando al pie de los trigales los productos manufacturados. Y no intentar aventuras.

    Extra: Pero en un mundo tecnológico, urgido, eso significa no ya crecer despacio, sino estancarse...

    Oliveira Salazar: Le insisto; hay que elegir estar mejor o ser mejor...

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  64. Extra: ¿Me permite que le cuente una anécdota que puede afectarlo?

    Oliveira Salazar: Como no...

    Extra: Los otros días en Coimbra, concurrí a visitar una República de Estudiantes. En el cuarto de uno de ellos, estaba inscripta en la pared una frase suya: "Sin el consentimiento del pueblo no se puede gobernar un minuto... Salazar". Debajo de ella el ocupante de la habitación había escrito en rojo vivo: ENTONCES PORQUE NO SE VA...

    Oliveira Salazar: (con una extraña y larga sonrisa que le nacía en los ojos ampliaba las comisuras de los labios). Sí... me imagino. A ese joven universitario usted le pregunta: ¿Lo quiere a Salazar? Le contesta: NO. Pero le pregunta: ¿Y a quién quiere? Y él no sabe. La juventud del mundo sabe TODO LO QUE NO QUIERE. En eso coincide. Pero no sabe lo qué quiere... Ellos forman EL PARTIDO DE LOS QUE NO QUIEREN PARTIDOS.

    Extra: ¿Cómo ve usted desde su balcón el problema de la Sorbona, del fragor de lo que hoy vive París...?

    Oliveira Salazar: Con mucha preocupación. Le aseguro. Puede ser un polvorín. Creo que mi buen amigo De Gaulle tras decir las palabras justas fue cediendo. Y eso es muy peligroso. Fíjese; en Europa hay un gran jefe: De Gaulle. Pero como tiene resentimientos inolvidables contra EEUU y con Inglaterra, cada vez que habla, siempre rosa de paso a sus adversarios.
    Esto no, esto no, esto no... Me hace acordar al chico de Coimbra; sabe lo que no quiere... Si De Gaulle invirtiera los términos y empezara a sazonar lo positivo...

    Extra: Justamente hablando de crecimiento, España se desarrolla vertiginosamente y no como es su gusto, profesor...

    Oliveira Salazar: Nosotros y España somos dos hermanos, con casa separada. Tan vecinos que podemos hablarnos desde los balcones, pero seguramente más amigos por ser independientes y celosos de nuestra autonomía. Miro con alegría el esfuerzo español. Su progreso. Me acuerdo que al término de la guerra mundial, cuando España fue prácticamente BOYCOTEADA por casi todos los países, solo dos naciones permanecieron a su lado; dejando sus embajadores y siguiendo las relaciones comerciales: la Argentina y Portugal. Hoy –recién hoy- todos admiran la labor de Franco... En fin... Pero le digo también que el crecer como España supone un riesgo; despersonalizarse. Esto no invalida mi admiración...

    Extra: Permítame otra irreverencia; aquí en Portugal se practica abiertamente la Censura de Prensa...

    Oliveira Salazar: Es extraño que usted no nos llamó "incivilizados" por eso. Le quiero aclarar; existe Censura previa, pero no se practica. Después de tantos años, los periodistas ya saben lo que NO DAÑA A LA NACION. No podíamos permitirnos, le repito, "el lujo de la libertad". A veces cuando leo algún editorial, se queja de una censura previa que solo figura en las normas, llamo a los periodistas y le propongo: suprimo la norma de censura previa, pero ordenamos el secuestro de toda publicación que atente contra seguridad del país y de sus instituciones. Entonces todos saltan y dicen: "¡NO... Preferimos el actual estado de las cosas...!" Es que hay que saber vivir en libertad con responsabilidad.

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  65. Extra: Le quiero hacer una pregunta difícil... Complicada...

    Oliveira Salazar: Ya sé; como tengo 79 años, muchos preguntan qué va a ocurrir e Portugal cuando yo no esté... Pues nada. Respetando las instituciones creadas, no pasará nada. El Presidente de la Nación designará un nuevo Presidente del Consejo de Gabinete...

    Extra: ¿Pero hay quién lo pueda suceder?

    Oliveira Salazar: Hay figuras insospechadas...

    Extra: Hágame nombres. Porque sino habría que buscar a Diógenes y su linterna...

    Oliveira Salazar: (amplia risa). No. No hará falta... Lo único es que habrá que tener paciencia al principio y dale plazo para gobernar. No apurarse... Darle tiempo...

    Extra: ¿Qué le pediría usted a la Argentina...?

    Oliveira Salazar: Que nos conociera un poco más... Conocernos, conocernos...

    Extra: Nosotros también buscamos un estilo de vida o un sistema...

    Oliveira Salazar: Sí, pero no hable usted de corporativismo en su país que lo van a acusar de facista... Este traje portugués a lo mejor no le queda bien al país, pero algunas experiencias que tenemos para administrar y conducir, pueden ser dignas de estudio... Aquí los intereses de los más están representados; tenemos una Cámara Política, la Asamblea Nacional y una cámara de carácter eminentemente social que es la Cámara Corporativa. Aquí no falta ningún sector de interés. Empresarios, obreros, profesionales, técnicos, profesores universitarios. Tan mal no nos ha ido; el analfabetismo que era de un 70% en 1928 fue anulado totalmente en cuanto a la población con edad escolar; el producto bruto nacional se elevó en un 65% en los últimos 10 años; la producción industrial subió de 9 millones de contos, en 1938, a 50 millones de contos en 1967; la tasa de producción de electricidad pasó de 187 millones klw/hora en 1926 a 5.200 klw/hora en 1967. La organización mundial de la Salud ha felicitado a Portugal por su capacidad sanitaria; se cuadriplicaron las escuelas primarias. Liceos universidades, en Portugal, en Angola y en Mozambique, son otras pruebas innegables de que hemos trabajado en un tiempo en que se habla mucho, todo parece depender de los subsidios y ayuda técnicas y esto lo hemos hecho solos.

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  66. Extra: Ustedes tienen relaciones diplomáticas y comerciales con Cuba...

    Oliveira Salazar: Eso no puede causar extrañeza. Si Estados Unidos obligado a desempeñar casi un papel de Gendarme Mundial, aboga y practica una política de acercamiento de relaciones comerciales y hasta de auxilio a países del bloque socialista; no veo yo que Cuba amenace más la seguridad del Hemisferio Occidental más de lo que la amenaza Rusia... Yo veo que la República Arabe Unida o Ghana, hostilizan públicamente a EEUU y, sin embargo, no cesan de recibir ayuda. Washington tiene una política muy extraña.

    Extra: Por fin, profesor Salazar, ¿prevé o favorece usted algunas mudanzas en el sistema político portugués para los próximos años?

    Oliveira Salazar: 40 años no es nada en la vida de un pueblo. Nada... Sin embargo, hemos avanzado. ¿Sabe lo que pasa? Hoy ya no hay grandes partidos; hay patrullas politicas por un lado y por el otro, estados mayores politicos sin fuerzas importantes que lo sigan... Hay mucha gente sedienta de cambio. Todos podrían unirse, pero sólo lo hacen para la subversión. No podrían gobernar un minuto. No se puede ser liberal y socialista al mismo tiempo. Además, frente al orden ofrecen el caos... Esta experiencia es la que mejor se ajustó a nuestro modo de ser. Claro; hubo errores, injusticias, deficiencias, atrasos, abusos; todo eso lo podemos admitir, porque nada es bastante para destruir el valor de la comparación. El orden, la tranquilidad pública, el crecimiento educacional y cultural, el prestigio, la cohesión nacional, todo eso, aceptamos, que con otras personas se hubiesen podido conseguir; CON OTROS PRINCIPIOS, NO. Lo que está indicado no es volver al desorden parlamentario y a la debilidad de los gobiernos. No es destruir la experiencia que se acreditó por su eficacia, sino renovarla en personas y métodos, pero proseguir... El liberalismo económico murió. Y nosotros somos por tanto, libres de tener una organización. Fuimos hacia la organización corporativa. Y nos dio la síntesis deseable de los intereses. Sustituimos la lucha de clases. En fin... El Poder cansa, gasta, disgusta a los que lo soportan, incluso cuando no hay razón. Son como los enfermos; volviéndose al lecho, siguen con los mismos dolores, pero les parece que están mejor... Yo siempre he sido refractario a mudar por mudar. Comprendo las impaciencias o las necesidades políticas, para cuya creación, no deseo contribuir. El inmovilismo es terrible; pero cambiar el orden por el caos, es peor. Estoy siempre preparado para partir; no digo sin disgusto, pero sí, sin desilusiones...

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  67. José,
    As colónias eram importantes demais dentro da estratégia económica q Salazar escolheu para o país. Uma espécie de mercantilismo económico q assenta no corporativismo, troca de bens com o exterior em força e fonte de mao de obra e matérias primas obtidas nas colónias.
    .
    Até ao inicio da década de 60 foi a melhor estratégia q se poderia engendrar. Salazar foi astuto e resistiu o qto pode a mudar o estatuto dis indignas q garantiam mao de obra barata. Mas foi forçado a mudar o estatuto e com isso os "indignas" passaram a ter alguns direitos, necessariamente em desfavor da estratégia económica. Passou-se do"preto trabalha canalha" para uma lógica mais inclusiva dis indigenas chegando mesmo a ter q se investir na educação. Foram exactamente dos indígenas mais instruídos q devieram os movimentos independentistas, inspirados pelos ventos, marés e mais educação.
    .
    Curiosamente ao mesmo tempo q se proporcionava mais, digamos, humanidade, aos indigenas insustiu-se numa lógica de sinal contrario: a guerra. De certa forma, os esforços para melhorar o estatuto dos indígenas foi contrariado pela lógica da guerra e mais tarde a política do orgulhosamente sós q acabou com a derradeira possibilidade de nos entendermos com is movimentos locais e com o mundo.
    .
    A estirpe dos antigos não é tê-los no sitio. Isso é coisa bem moderna no qual Bush é exemplo. A estirpe dis antigos é a liderança através do exemplo. Os antigos qdo declaravam guerra lideravam as batalhas. E quando a idade do Rei não o permitia, mandava i filho. A estirpe dis modernos é fazer a guerra mas ficar sem a sentir. Salazar, como Bush, não é da estirpe dis antigos. Têm-nos no sitio para mandar dragões combater, nunca para lídera-los.
    .
    Rb

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  68. José,
    As colónias eram importantes demais dentro da estratégia económica q Salazar escolheu para o país. Uma espécie de mercantilismo económico q assenta no corporativismo, troca de bens com o exterior em força e fonte de mao de obra e matérias primas obtidas nas colónias.
    .
    Até ao inicio da década de 60 foi a melhor estratégia q se poderia engendrar. Salazar foi astuto e resistiu o qto pode a mudar o estatuto dis indignas q garantiam mao de obra barata. Mas foi forçado a mudar o estatuto e com isso os "indignas" passaram a ter alguns direitos, necessariamente em desfavor da estratégia económica. Passou-se do"preto trabalha canalha" para uma lógica mais inclusiva dis indigenas chegando mesmo a ter q se investir na educação. Foram exactamente dos indígenas mais instruídos q devieram os movimentos independentistas, inspirados pelos ventos, marés e mais educação.
    .
    Curiosamente ao mesmo tempo q se proporcionava mais, digamos, humanidade, aos indigenas insustiu-se numa lógica de sinal contrario: a guerra. De certa forma, os esforços para melhorar o estatuto dos indígenas foi contrariado pela lógica da guerra e mais tarde a política do orgulhosamente sós q acabou com a derradeira possibilidade de nos entendermos com is movimentos locais e com o mundo.
    .
    A estirpe dos antigos não é tê-los no sitio. Isso é coisa bem moderna no qual Bush é exemplo. A estirpe dis antigos é a liderança através do exemplo. Os antigos qdo declaravam guerra lideravam as batalhas. E quando a idade do Rei não o permitia, mandava i filho. A estirpe dis modernos é fazer a guerra mas ficar sem a sentir. Salazar, como Bush, não é da estirpe dis antigos. Têm-nos no sitio para mandar dragões combater, nunca para lídera-los.
    .
    Rb

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  69. «Salazar acreditaria mesmo na sociedade multi-racial?

    É outra pergunta chata comó caraças.
    »

    Pois é. É uma pergunta bem chata mas estou com o José.

    Isso é propaganda da boca para fora.

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  70. "Liberalizar a economia" diz o Miguel?

    O Estado Novo era capitalismo monopolista de Estado, não era?

    É assim que até se ensina na universidade.

    Foi preciso o PREC para se "liberalizar a economia".

    Há-de ter sido isso. Artures Baptista da Silva não faltam.

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  71. Tem recuperação, diz o José.

    Não tem enquanto se não perceber mesmo esta história do realismo fantástico.

    E a política externa é a ferida exposta.

    De um lado temos os a quem parece que lá porque Portugal é pequeno deve considerar inevitável que perca para os "grandes" pedaços de território sempre e quando os grandes quiserem. Embora ajam como se tal coisa nunca voltasse a acontecer...

    De outro, estão os que acham que inevitável é os grandes tentarem... E portanto agem como se tal estivesse sempre prestes a acontecer.






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  72. Ok. Estava a fazer ironia mas liberalizar a economia não era entrave porque estava mais liberalizada que 40 anos depois.

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  73. A pergunta mais pertinente e macaca que o José fez foi esta:

    Para quê África?

    É uma tremenda pergunta mas faz sentido

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  74. Ele respondeu a isso na entrevista do Zephyrus:


    Extra: ¿Sostiene usted entonces que los países del Africa no se pueden autogobernar?

    Oliveira Salazar: Así es...

    Extra: Pero, ¿cuándo podrán?

    Oliveira Salazar: Es un problema de siglos. Dentro de 300 a 500 años... Mientras tanto tendrán que ir participando del proceso... Llámelo a eso neocolonialismo o como quiera, si la palabra está agotada...

    Extra: ¿Y mientras tanto cuánto tiempo más podrá Portugal soportar la guerra terrorista...?

    Oliveira Salazar: Indefinidamente. Es apenas en la frontera y son mercenarios. Nos cuesta 6 millones de contos que salen íntegramente del presupuesto natural... de mayores ingresos...

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  75. Essa é uma pergunta que, em tendo África como a tínhamos, se pode apenas responder com outra:

    Para quê perdê-la?

    E a única resposta que Vs. podem dar é: porque estrangeiros assim queriam.

    ResponderEliminar
  76. Rb;

    a questão é bem mais complexa que isso.

    Essa é a versão esquerdista da História e não é exactamente a minha.

    ResponderEliminar
  77. Os portugueses fizeram outra coisa que não foi propriamente Império-

    Navegaram. Descobriram, ligaram continentes mas durante séculos nem sequer tiveram grande poder nesses territórios.

    E por isso os outros que eram mais europeus e com finança e economia desenvolvida, vieram atrás e foram-nos saqueando tudo.

    Fora isso deixaram cultura, língua, história, criaram países, incluindo em África mas em tempo muito mais recente.

    E Portugal já existia antes desse dito Império.

    É bacaco fazer nascer tudo a partir da Expansão, tal como é bacoco agora fazer-se nascer Portugal no 25 de Abril de 74.

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  78. Mas para o José tenho eu uma pergunta também macaca:

    Suponhamos que Marcello Caetano podia agora chegar a PM com maioria absoluta de qualquer partido: podia recuperar ou endireitar isto?

    Por mim respondo: não tinha hipótese.

    ResponderEliminar
  79. Zazie, isso é justamente aquilo a que Pessoa chama Império! Ahaha!

    Aliás, tenho um artigo dele muito interessante para discussão. Mas é grande para colocar aqui. Talvez ponha no Ultramar mais logo.

    ResponderEliminar
  80. "É bacaco fazer nascer tudo a partir da Expansão, tal como é bacoco agora fazer-se nascer Portugal no 25 de Abril de 74."

    Exactamente e é aí que quero chegar.

    Quem formou a geração de Descobridores?

    A resposta é descoroçoante...

    ResponderEliminar
  81. muja:

    Claro que não tinha hipótese. E porquê?

    Os ventos. Os ventos...

    Então há apenas uma alternativa: tentar recuperar algo que se perdeu e que tem a ver com a dignidade institucional e de quem manda.

    Valores. Não custam dinheiro a rodos nem precisam de empréstimos do FMI.

    ResponderEliminar
  82. Pessoa é um poeta e até acreditou no Aleister Crowley...ahahaha.

    ResponderEliminar
  83. A pergunta é outra- perder África não era da mesma ordem de perder Trás-os-Montes ou Algarve.

    Uma coisa é ter uma política que considera províncias ultramarinas outra é querer inventar-se uma identidade histórica comum.

    é falso. É à united collors of benneton; é mentira.

    Os brasileiros existem graças aos portugueses- de outro modo nem existiam porque são fruto dessa miscigenação. Não são indígenas tribais autóctones.

    Mesmo assim, por causa do complexo do "colonizado" detestam a sua existência por se acharem colonizados.

    É absolutamente impensável que os pretos que continuam mais racistas que os racistas de toda a parte, alguma vez tivessem orgulho em ser brancos portugueses nos tempos presentes.

    ResponderEliminar
  84. Em qualquer caso, existisse que não existisse, tinha território em África cuja soberania procedia de todo o direito e facto.

    É isto é preciso discutir e adianta pouco dizer que Portugal já existia dantes: pois era justamente por existir que não tinha nada que ceder território.

    Pois se se aceita que a soberania seja questionada numa parte do território, não como dá-la por garantida no resto.

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  85. No Crowley e até no Nordau

    ehehehe

    ResponderEliminar
  86. A "grandeza" de Portugal vem de quando?

    Dos Descobrimentos e das feitorias e das remessas de ouro do Brasil e do tráfico de escravos para lá e da colonização civilizacional dos territórios de África?

    E antes disso, Portugal não era "grande"?

    Quem é que era grande antes disso, no Mundo que se resumia praticamente à Europa?

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  87. A grandeza de Portugal vem desde a altura em que desafiou os outros grandes. A pequenez desde que se lhes submeteu sem ser obrigado...

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  88. "Pois se se aceita que a soberania seja questionada numa parte do território, não como dá-la por garantida no resto."

    Nem Salazar era tão intransigente. Queria era adiar a discussão.

    Porém, o Tempo acelerou nos anos sessenta.

    Foi o comunismo? Talvez, mas não só.

    Os americanos de Kennedy também queriam ganhar sempre eleições com o voto de quem?

    Dos pretos da América, voilà! E era isso que os movia: arrebanhar a simpatia dos pretos americanos, votando na ONU contra nós ou fazendo o mesmo na prática.

    Por isso é que Salazar dizia que os americanos eram infantis nessa matéria...

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  89. Mas depois V.s consideram tal como esperteza.

    Portanto não vejo como possam ir buscar os exemplos da Fundação.

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  90. "A grandeza de Portugal vem desde a altura em que desafiou os outros grandes"
    Não concordo. Isso é um resquício de um imperialismo que me parece desajustado.

    A grandeza de um país mede-se pelas pessoas que lá estão.

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  91. «Pois se se aceita que a soberania seja questionada numa parte do território, não como dá-la por garantida no resto.»

    V. quer uniformizar raças de forma politicamente correcta e com isso dá um tiro no pé.

    Uma coisa é soberania política outra é homogeneidade e identidade nacional conjunta.

    Os pretos não tinham de ter mais identidade que a tribal e a construída pela "colonização".

    Perder África não seria nunca efeito dominó de ser começar a perder o Continente.

    O mega disparate v. é que sem querer, mesmo quando se querem salazaristas, são fruto da escola abrilista do mito da homogeneidade da cidadania.

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  92. José, leia com atenção. Está a imaginar coisas.

    Ele queria adiar a discussão porque a discussão era viciada, não visava discutir, visava distrair, vigarizar; impingir a cautela premiada ao (chico) esperto...

    Não acredito por um momento que Salazar aceitasse que questionassem a soberania portuguesa fosse onde fosse. O que é muito diferente de achar que havia território que até nem nos convinha ter.

    Mas era a nós e nós apenas que competia alheá-lo.

    Outro aspecto em que discordamos: não foi o tempo que acelerou. Continua a passar exactamente ao mesmo ritmo. Foram certos interesses que se tornaram mais intransigentes, mais alucinados, mais brutais.

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  93. A grandeza de Portugal tem a ver com a Fundação e com o que se lhe seguiu.

    As conquistas de território foram actividades guerreiras que na época eram normais entre os nobres e as estirpes entre eles.

    E aí quem se destacava era quem vencia e conquistava territórios, para os conceder aos que lutavam e ajudavam.

    Não tinham mais que fazer porque o mundo não tinha internet nem produzia bens de consumo para dar e vender a outros e desse modo lograr mais riqueza. Tudo ficava entre aldeões e nobres.

    E como se acreditava em Deus Todo Poderoso, era essa A referência, mesmo para os reis.

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  94. "Não acredito por um momento que Salazar aceitasse que questionassem a soberania portuguesa fosse onde fosse"

    Pois pode bem acreditar porque era isso mesmo que sucedia.

    Salazar porém, não cedia naquilo que entendia serem os nossos interesses porque achava que era melhor assim.

    Os ingleses acharam outra coisa.

    ResponderEliminar
  95. Quem tinha razão? O próprio Salazar dizia que era muito difícil governar, sendo muito fácil ser governo.


    Governar implicava fazer esse tipo de opções e que podiam correr mal, como aliás correram.

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  96. Desculpe mas isso requer fundamentação que não só não existe como a que existe desmente completamente.

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  97. Portanto, o problema é sempre o mesmo:

    a integralidade da Nação, exigia necessária e obrigatoriamente o Ultramar?

    A essa questão é preciso responder com muito cuidado.

    Por mim questiono e estou inclinado a responder que não.

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  98. Zazie, e Vs são vítimas da propaganda abrilista, pronto. E nem se dão conta.

    Vêem esperteza onde apenas houve fraqueza.

    Isso não tem qualquer relevância para a questão. Eu não quero uniformizar nada.

    Eu constato factos: a estratégia portuguesa assentava na multi-racialidade e funcionou durante treze anos onde todas as outras falharam. E continuaria a funcionar.

    Eu acredito na estratégia e acredito na capacidade de quem a fez.

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  99. Exigia enquanto a sua perda fosse exigida por estrangeiros.

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  100. Eu vítima da propaganda abrilista?

    AHAHHAHAHAHAH

    Oiça, patetinha, eu vivi o 25 de Abril e do PREC e, em cima do acontecimento fui desmontando todos aqueles mitos.

    Chame-me antes realista porque sou mais isso.

    Uma cois é poesia e propaganda, outra é realismo com que se governa um país.

    Nem Salazar nem Marcello foram poetas míticos.

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  101. Salazar não podia questionar a soberania publicamente.

    Pergunto é se a questionaria interiormente e isso é preciso adivinhar nos escritos e entrevistas.

    À Life, a simples admissão como coisa abstractamente a considerar que os povos têm legitimidade de pedir a independência, ou simplsmente seja um fenómeno natural nas sociedades humanas, coloca logo a questão que apresento.

    Porque denota inteligência e não casmurrice.

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  102. "a estratégia portuguesa assentava na multi-racialidade e funcionou durante treze anos onde todas as outras falharam. E continuaria a funcionar."

    Pois eu acho que não funcionou assim nem tinha hipótese de funcionar. Porém, aceito que o regime fizesse finca-pé nisso como princípio e portanto não pode nem deve ser acusado de racista como era a África do Sul.

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  103. Onde é que eu vejo esperteza?

    Nos portugueses nunca a vi.

    Eu nem sequer tenho posição perante o que se devia ter feito ainda durante o Estado Novo.

    Apenas concordo com o José na ideia que aquilo se perderia porque a isso a sociedade geral tinha obrigado.

    Como se perderia é outra coisa.

    E outra coisa é a grandeza de Portugal que nunca afirmei ter de se ancorar no dito Império.

    Expansão, sim, foi um feito histórico espantoso mas também bem descabelado.

    Governar é outra coisa.

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  104. Nem na América dos dias de hoje funciona assim tão bem,

    Basta falar com emigrantes que esão por exemplo em Detroit...

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  105. Porque é que os americanos têm uma sociedade multi-racial com grande número de pretos que não são de raça autóctone?

    Porque é que a China e o Japão não têm?
    Ou a Rússia, já agora...

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  106. A América do Norte tinha os índios como raça autóctone que só não foi extinta porque se fizeram reservas...

    E isso era um argumento de Salazar e Caetano contra a América.

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  107. o Brasil sempre desprezou Portugal antes e depois de independente

    sobretudo depois da invasão de italianos da 'porca miseria' que foram substituir os escravos pretos

    Angola começou a ser colonizada com deportados

    a emigração fora da Europa era principalmente para o Brasil

    é fácil ver as estatísticas da população portuguesa em Angola em 61 e 74
    existia um serviço central
    um pide que andou comigo na escola facilitava a emigração para Angola

    a entrega era inevitável
    as condições eram várias
    os lateiros escolheram a sua deles

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  108. Vai-me dizer então: nós poderíamos ser os americanos da Europa, campeões da multi-racialidade.

    Poderíamos, se Angola e Moçambique fossem cá.

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  109. Ou seja, se as tribos autóctones pudessem ser dizimadas e reduzidas à expressão mais simples.

    De contrário seriam elas quem nos faria o mesmo. Como fizeram.

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  110. O Lusitânea tem razão em alguns comentários supostamente racistas.

    Porém, a civilização actual tem de admitir a multi-racialidade aqui. Deve é controlar os que se opôem às regras daqui.
    Tal como em França ou a Inglaterra o devem fazer porque se não o fizerem são engolidos pelas tribos "invasoras".

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  111. José tem razão

    os gringos independentistas eram todos adeptos da escravatura preta

    nos 'westerns' da década de 30 aos 'spaghetti' os índios morriam como tordos

    ainda hoje são indios em vez de nativos

    temos visto nos sec xx e xxi o sucesso da exportação da democracia feita pelos gringos

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  112. Queria ver o que o Salazar faria com os haitantes de certos bairros da área metropolitana de Lisboa e se afirmaria tão facilmente o multi-racialismo.

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  113. «O Lusitânea tem razão em alguns comentários supostamente racistas. »

    Pois tem. Mas hoje em dia o que ele diz dá direito a cadeia.

    Diz aqui na net, de forma clandestina.

    Só isso prova como os tais ventos da história existem.

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  114. A França vai votar Le Pen por causa dessa "multi-racialidade"...desse lirismo que só conta para nós porque já foi há muito tempo e dava jeito como propaganda.

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  115. «Queria ver o que o Salazar faria com os haitantes de certos bairros da área metropolitana de Lisboa e se afirmaria tão facilmente o multi-racialismo.»

    AAHAHHAHA
    Essa é uma verdade tão óbvio que até comunas que eu conheço e donas assistentes sociais o dizem baixinho.

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  116. o Cardeal Alexandre Nascimento ccompletou 90 anos há 1 mês

    em 61 esteve em Lisboa com residência fixa.
    morou algum tempo nas Zitas na Estrela

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  117. Eu sou o primeiro a gostar de realismo fantástico. Mas apenas como leitura de fantasia.

    Tal como gosto de ver filmes do género. Desopilam o espírito como um bom jogo de futebol.

    A realidade, porém, não é exactamente assim.

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  118. Em epidemiologia divide-se a sociedade americana em caucasianos, afro-americanos e hispânicos.

    Tal não se faz na sociedade brasileira. Resultado da miscigenação portuguesa.

    A integração anglo-saxónica: a liberdade com gueto, a separação. A Chinatown, o bairro latino, as zonas suburbanas negras.

    Não houve tempo para fazer em África o que se fez no Brasil, pois a colonização efectiva foi tardia. O clima e as doenças tropicais africanas não ajudaram.

    O quadro étnico e religioso era seguramente mais complexo e difícil em África do que em terras de Vera Cruz. Havia o islamismo e as religiões anímicas, tribos com diferentes línguas, etnias bem distintas, costumes bárbaros.

    Ainda hoje em Moçambique uma significativa parte da população na fala português. País que aliás está integrado na Commonwealth.

    O projecto africano começou muito tardiamente. Houvesse tido início na primeira metade do século XIX e a realidade seria outra.

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  119. «Onde é que eu vejo esperteza?

    Nos portugueses nunca a vi.»

    No português há a típica figura do chico-esperto.

    Engana o próximo mas é facilmente enganado pelos estrangeiros.

    Consegue benefícios a curto prazo com a pequena vigarice mas no longo prazo a factura é pesada. Depois lamenta-se e diz mal do país.

    Sócrates é caso paradigmático da figura típica do chico-esperto.

    Não faltam no poder, nos partidos, nas grandes empresas. São comidos pelos americanos, ingleses, chineses, enquanto enganam o zé povinho.

    Mascaradas de boas intenções, as medidas do Estado trazem regularmente a marca do chico-esperto, em prejuízo do bem comum, em benefício de um escritório de advogados, construtora, empresa do PSI 20, máquina partidária, Fundação ou «Santa Casa».

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  120. Não percebeu o que eu disse.

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  121. De facto, agora é assim.

    A Renovação poderia começar por aí, embora seja tarefa ciclópica e quiçá impossível.

    Mas denunciar tal coisa e mostrar o benefício da alternativa não custa muito.

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  122. Contudo a esperteza é outra coisa mais subtil e não sei se Salazar era esperto nesse sentido.

    Como não quero afirmar apenas me interrogo.

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  123. Um rural não é esperto nesse sentido. É sábio naquilo que é. Apenas.

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  124. Então mas é a solução que Vs. protagonizam: a do chico-esperto!

    Ah e tal, aquilo vai-se perder e vai, vamos é acautelar os nossos interessezinhos e os pretos que se arranjem com o que lhes vier depois. Devíamos ter sido espertos.

    Ou seja, devíamos era ter ouvido quem nos queria vender a cautela premiada e ir todos contentes levantar o prémio...

    Isto é chico-espertice. Vs ainda não entenderam uma coisa muito simples: nada nos garantiria que os nossos interesses continuariam de alguma forma acautelados quando saíssemos. Aliás, era certo que todos quantos interferissem com quem nos queria fora, saíam também. Se não fosse logo era a pontapé depois.

    O chico-esperto compra a cautela premiada e afinal a cautela não tem prémio...

    Portanto, os únicos interesses que podiam ser acautelados sem esforço eram os que ainda lá estão hoje, que compactuam ou não interferem com os dos "grandes".

    É assim tão difícil entender ou é preciso explicar que o pai natal não existe?

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  125. Desculpe, está a confundir:

    A Inglaterra foi esperta no sentido que quero dizer.,

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  126. De resto não grande entendimento possível se se parti aqui do princípio que os americanos são os campeões da multi-racialidade...

    Até dá vontade de rir. E, como diz o samba, o que dá para rir dá para chorar.

    O que eu vejo pelos documentos e imagino pela doutrina é o oposto total da sociedade americana.

    Total.

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  127. Será que foi? Se calhar porque ainda conseguiu impor uma ou duas coisitas aos "grandes". E nós? Imporíamos o quê, ao certo?

    Que interesses de relevo tem a Inglaterra em África, já agora? Alguém sabe?

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  128. De resto, quanto aos habitantes dos bairros não sei o que faria Salazar. Mas o que eu faria, para começar, era ensinar-lhes uma história de Portugal em condições. Uma que não nos pintasse de racistas e colonialistas e discriminadores.

    Como esperam que alguém ame o seu país se lhe é pintado constantemente como a pior merda à face da terra?

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  129. Ensinar-lhes, não a eles, mas aos filhos naturalmente. A eles, não sei. Teriam de cumprir a lei como os outros. Se não cumprissem, eram penalizados como os outros.

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  130. Ena! No que isto deu...
    Sem tempo de ler, pego onde deixei:

    O Eusébio...chegou a ir para Moçambique após a independência...não sei se sabe.
    Por isso é muito mau exemplo.


    Está bem. O Chibanga.
    :)

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  131. E para si Zazie, que diz que não é vítima da propaganda porque viveu a época. Talvez.

    O que é certo é que a propaganda não se destinava aos que já não estavam vivos...

    A suposta podridão do regime, para mim, é sinal claro. É propaganda pura e simples.

    O regime estava tão podre como outro qualquer. Em muitos aspectos, nomeadamente os que interessam às pessoas comuns e lhes interferem com a vida, estava mais saudável que o precedente ou o sucessor.

    Vê-se pelo que se fez, que é o que conta.

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  132. O Chibanga está no Panteão?

    E o Marcelino da Mata?

    Uma andorinha não faz a Primavera, como sabe.

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  133. O chico-esperto engana os seus. Em primeiro lugar engana a família, em cargos de responsabilidade engana o povo, trai os interesses da colectividade. Mas é uma esperteza muito rasteira, muito básica, pois no longo prazo os resultados são desastrosos.

    A esperteza da Inglaterra está noutra escala. Por um lado prejudicou inúmeras famílias de colonos, mas no longo prazo ter-se-á revelado, do ponto de vista prático, uma opção sensata. Pagar infra-estruturas e funcionalismo nas colónias tornava-se caro. Explorar as riquezas naturais e manipular o poder político local em função dos interesses económicos e financeiros de Londres teria poucos custos e grandes benefícios monetários. Pelo caminho, dado o poder da língua e a importância académica das universidades inglesas (e americanas), absorvem os mais inteligentes de meio mundo, que são depois devidamente encaminhados para as empresas e instituições do bloco anglo-saxónico.



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  134. A esperteza das elites dos EUA e de Inglaterra destrói os outros mas protege os interesses dos seus.

    A esperteza dos portugueses no poder vende os interesses dos portugueses por meia dúzia de tostões. Pelo caminho engordam a conta bancária. Uns anos depois a coisa dá para o torto e vêm lamentar-se.

    Os americanos e os ingleses, finos como são, conhecem-nos melhor do que julgamos. A nós e aos gregos.

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  135. «Como esperam que alguém ame o seu país se lhe é pintado constantemente como a pior merda à face da terra?»

    A Esquerda abrileira, radicalmente provinciana e internacionalista, introduziu com eficácia o desprezo por Portugal no inconsciente colectivo do povo.

    Mas é preciso ter cuidado com os mitos do Quinto Império e do povo escolhido. Analisando friamente a História constato que nos últimos séculos se há povos que se destacaram pela sua genialidade nos diversos ramos do Conhecimento foram os teutónicos e os anglo-saxões.

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  136. Vou-lhe dizer uma coisa de que me recordo-

    A minha geração nada teve a ver com o politicamente correcto e, muito menos, com o que agora se diz- a formação ideológica pelo nacionalismo do Estado Novo.

    No sentido em que essa propaganda já estava out.

    Pronto. É isto que penso acerca de propagandas que nunca fizeram a minha cara.

    Por isso, hoje em dia, o que mais combato é a propaganda escolar da cartilha abrilista e da importada do politicamente correcto.

    Uma coisa é não se ter vergonha de ser português e conhecer a História com nomes e não com a imbecilidade das correntes económicas.

    Outra é acreditar que se faz a cabeça de gente sem ser estúpida por propaganda mítica.

    Não faz. Faz palermas. A minha geração já não precisava disso. Precisou a dos meus pais que viveu a Guerra.

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  137. E ninguém ia ensinar os pretos que deviam ser assim ou assado ou muito activos e trabalhadores porque, outra coisa que a minha geração nunca precisou foi dessa treta de ter medo de parecer racista, se disser que trabalho não é com eles.

    Ponto.

    Estranhamente o black power acabou mesmo por criar uma identidade por cor de pele.

    A identidade africana é serem pretos e acharem que a ganharam em "lutas de libertação".

    Uma mentira mas é lá com eles ou quem para lá vai e mete o rabo entre as pernas.

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  138. Respondi-lhe na mesma moeda.

    A cartilha abrilista tem muitos matizes e também vem em versão light.

    É uma ideia comum essa da podridão do regime. Se V. não falou, falou o José.

    Para mim, se estava podre, é apenas no sentido em que fala o Dragão no último postal.

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  139. Quando aos pretos, tudo isso é irrelevante. Estávamos lá. E não foram os pretos que nos quiseram fora. Portanto, não tínhamos nada que sair.

    Ainda para mais a instâncias de gente que vale ponta dum chavelho e ainda hoje não conseguiu no próprio país um décimo da paz social que nós tínhamos por lá naturalmente.

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  140. Quanto ao resto, já disse que quanto mais tempo passa e revejo esse passado lhe dou valor.

    O valor de que nem me apercebia na altura porque também era novita.

    A única coisa que me encanitava era a mesma que me continua a encanitar- a censura.

    É tipo de coisa para a qual não encontro tolerância mental ou mais valia (excepto nos casos óbvios)

    Mas isso não deu sequer para dar vivas ao 25 de Abril e bastou o PREC para ficar vacinada para o resto da vida no que toca a esquerdas e revolucionários e toda essa tropa fandanga.

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  141. Sabe o que é que me separa da sua maneira de ver?

    V. acha que se faz política- que se governa por reactivas.

    Eu não.

    Um governante, nem no Estado Novo tinha de governar para responder a provocações americanas ou o raio que o parta.

    Isso é tribalismo ideológico actual e até virtual.

    Estou-me nas tintas para as reactivas- faz-se o que se tem a fazer e com perspicácia enquadrando sempre tudo nas vantagens que se devem tirar de todas as situações.

    Salazar soube ter esses golpes de rins aquando da Grande Guerra.

    Em relação ao Ultramar seria preciso vislumbrar interesse idêntico e não reactivas ao que os estrangeiros queriam ou deixavam de querer.

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  142. Há uma ética militar; uma ética guerreira que não é a mesma do governante.

    V.s confundem os campos e fazem-no por mito poético.

    Pelos vistos a tal da ética guerreira até já era e agora atira-se a culpa para quem não era guerreiro e não borregou como borregaram os "guerreiros conspiradores".

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  143. Agora, como Vs acham que havia uma maneira mais esperta de actuar, têm que dizer qual é. E dizer que era simplesmente "negociar" não vale, porque isso tentou-se constantemente por vias oficiosas.

    Portanto, concretamente, iam negociar o quê? E com quem, já agora?

    Com os pretos que guerrilhavam no mato? Com os comandantes deles? Com os apoios políticos, militares, financeiros deles? Com os estados donde proviam esses apoios? Ou com as super-potências que manobravam esses estados?

    E que mais? Era admitir publicamente que ia haver independências? E quando perguntassem quando era? Dali a um mês? Um ano? Dez anos? E a quem se entregava a independência?

    A solução que Vs. preconizam foi exactamente o que se passou. E eu digo mesmo: se fosse Marcello ou mesmo Salazar a encetar o processo, das duas uma: ou abortava e era pior, ou seguia e era o mesmo.

    Porque só se os nossos inimigos fossem parvos é que iam cumprir negociações quando era Portugal o isolado e sob pressão. Nem os pretos que andavam a dar o coiro contra os nossos eram assim tão estúpidos. Tanto não eram que não foram.

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  144. O José também não falou em podridão do regfime.

    V.s têm umas tabelas prontas a aplicar e depois escapam-lhes o que também escapa às tabelas.

    O José disse, várias vezes, que tem a noção que o governo estava de saúde. Não caiu por estar podre.

    Diz é que caiu de maduro, por efeito de ultrapassagem pelos tais ventos de mudança.

    Eu nem tenho opinião formada.

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  145. Não foram os pretos que nos quiseram fora mas seriam os pretos que nos queriam fora.

    é isso.

    E também não foram amarelos ou vermelhos. Havia infiltrados mas também havia os tais movimentos e depois viu-se como foi com as retaliações a brancos que lá estavam.

    Foi lá como foi em toda a África- há um racismo latente e tribal que começa e acaba sempre da mesma maneira.

    Não há parcerias governativas em parte alguma entre brancos e pretos em África.

    Só em terra de brancos é que podem existir.
    Em África há racismo e é geral.

    Não faz é sentido imaginar que ia haver ilhas de irmandade apenas no que foram colónias portuguesas.

    Isso é o mesmo que imaginar as utopias alternativas e anti-capitalistas no Alentejo

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  146. Até o Mia Couto já se queixou.

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  147. Eu preconizei alguma solução?

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  148. Curiosamente, quem acaba por dizer que o regime estava podre até são os tais salazaristas descabelados

    ":O)))))))

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  149. Pronto, não preconiza nada. Deixe lá então.

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  150. O Dragão escreve podre sim. Eu prefiro minado, infiltrado ou sapado.

    Aliás, eu sempre disse que me parecia evidente que o 25 só podia ter ocorrido com o apoio ou conivência de altas instâncias.

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  151. Pois não.

    São questões acerca das quais apenas vou lendo e tendo curiosidade mas nunca tive ideia formada.

    Nem agora nem antes.

    A única ideia que tenho como certa é a que já exprimi e que vai de acordo com o diagnóstico do José- África era para se perder.

    Todos a perderam; em parte alguma conseguiram entendimento, incluindo na África do Sul.

    Não encontro uma única hipótese sensata para acreditar que íamos ser uma excepção mundial com mentalidade à parte, criada por nós, em ilhas multiculturais africanas, governadas a meias.

    Mais fácil acredito que os brancos de cá fiquem farruscos

    ":OP

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  152. Olhe, lendo o Dragoscópio o que se vê parece-me aquilo que v. não disse mas pensou-

    A ser assim, coitado do Marcello que foi o menos culpado de tudo- se o exército conspirava e até na DGS se fazia o mesmo, é caso para perguntar por andava então esse v. nacionalismo mítico.

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  153. às vezes tenho a sensação de ter vivido sempre fora do rectângulo

    podíamos ter evitado o prec
    se de repente não tornassem quase todos socialistas e sociais-fascistas

    fiquei vacinado para todo o sempre

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  154. Ainda só com voo de pássaro (nem sei se virei a ter tempo de digerir uma síntese decente...) repesco primeiro por desfastio o Chibanga e o Marcelino da Mata: somarmos já duas andorinhas; vai ver-se havia muitos mais, que os libertadores do P.A.I.G.C. trataram de tratar com água benta dos abrilinos. Não custava aguentar a Primavera mais uns outonos; podíamos fazê-lo, tínhamos meios.
    Mas quê?!... -- Qual o sentido dos sacrifícios de um país em relação a províncias que fatalmente se iriam perder? -- A Inglaterra perceber tal coisa dezenas de anos antes. -- Porque é que nós não quisemos perceber? -- Por causa do Mito.O tal Mito que andamos aqui às voltas a tentar perceber qual é e ainda não entendemos bem. A última é que se trata do mito dos que "os têm no sítio"...
    Pois, mas tivemo-los. O suficiente para a pior vergonha nos não cobrirda ignomínia mais covarde. A Sabena cobrava tarifa normal para evacuar Leopoldville enquanto nós fazíamos o que fazíamos pelos belgas. Da B.O.A.C. nem sei de que haja feito.
    É de saber destas coisas caladas e muito mais, e das mentiras tóxicas e humilhantes que se para aí bafejam deste nosso passado ainda de anteontem que vem a raiva. A do Dragão contra este abastardamento do nosso valor e feitos vai a ponto de cilindrar tudo e todos. Dos lateiros de caserna (gente menor) ao Marcello Caetano, ilustrado mas nada enérgico, vão todos a eito. Isto custa. Mas um desfecho tão improvável... Caetano tinha inteligência, força e poder legítimo, e vem a suceder o que sucedeu e como sucedeu?! Vá lá explicar-se sem ser por fatalismo. Os ventos, pois... Naturalmente, contra os fados, que fazer? -- é o que parece propor o José. Diz bem. Mas não explica. E o Dragão, com aquela eloquência parece explicar, mas também não.

    As coisas não se fazem por falta de força ou por falta de vontade. Parece-me que faltou vontade quando havia força. E ao entardecer de 25 fez-se tarde.

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  155. Eu não explico porque também não percebo e ando a tentar perceber. Mas confio que ainda venha a entender isto porque se porfiar no "estudo" alguma coisa sairá.

    Estou a ver agora um programa na RTP2 sobre os cantores revolucionários de 74 e 75.

    É impressionante a idiotice daquela gente que ainda anda por aí e que só tem equivalente no talento musical que tinham.

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  156. Equivalente pela inversa, nalguns godinhos. E muitos godões pela directa, porque talento, valha-me Deus, era serem esquerdóides.
    Acabei por não suportar ouvi-los, talentosos ou não.
    Grato das suas respostas.

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  157. Deixo apenas algumas notas, porque o essêncial relativamente a este tema de suma importância está brilhantemente explanado nos comentários publicados acima.

    Excelente entrevista feita pela revista Life ao Dr. Salazar como não menos excelentes e inteligentes foram as respostas por ele dadas.
    Parabéns José por reproduzir parte dela. Pena não se poder ter lido o resto.

    Outra magnífica entrevista feita pela Revista Extra ao Estadista. Perguntas certeiras do jornalista como igualmente inteligentes e sábias as respostas dadas pelo entrevistado. Extremamente oportuna a sua publicação. Parabéns ao Zephyrus por tê-la trazido até nós.

    Escusado será dizer que concordo em absoluto com a visão clara e objectiva que Bic Laranja, como não?!, tem aqui vindo a deixar expressa sobre um tema cada vez mais actual que tanto interesse merece aos portugueses de Lei como sobremaneira e justamente os sensibiliza.

    Repetindo-me uma vez mais, estou em total sintonia com a opinião abalizada e acutilante explicitada por Muja no que a este tema diz respeito. Alguém possuidor de resposta sempre pronta e inteligente cujos comentários envoltos num portuguesismo genuíno e num elevado patriotismo têm o agradável condão de nos transmitir alguma paz interior, a mesma que tem faltado àqueles que se preocupam profundamente com a saúde física desta Terra Sagrada que pisamos, habitamos e veneramos, trágica e inexoràvelmente ferida de morte desde, pra mais e não pra menos, 2002/3. De um modo simples diria que sendo a felicidade um sentimento gratificante porém esporádico porque não contínuo nem permanente, transmite-nos, ainda que momentânea, uma indefinível sensação de bem-estar espiritual que nos aquece o coração e inunda a alma. A felicidade, para quem já pouco ou nada espera encontrar neste País que a proporcione, também é isto. Tudo o que de corajoso e patriótico por aqui se vai podendo ler, sem esquecer outros espaços tão nobres quanto este. Pedaços de História imorredouros, uns. Outros, testemunhos heróicos e perenes saídos da pena/teclas de mentes iniludìvelmente brilhantes como aquelas em presença.

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