Elina, Bastonária da OA:
Caso que envolve ex-PM mostra que "por vezes" se "prende para investigar" e que o segredo de justiça é violado para "branquear investigações criminais", diz Elina Fraga em entrevista à Renascença/"Público".
O Ministério Público limita-se a abrir inquéritos às violações do
segredo de Justiça, mas nunca tira consequências, acusa a bastonária da
Ordem dos Advogados, Elina Fraga, em entrevista conjunta à Renascença e ao "Público".
A
bastonária diz compreender o "desespero" dos advogados de José Sócrates
ao saberem pelos jornais de diligências de que deviam ter sido
notificados pelo Ministério Público.
Para Elina Fraga, abusa-se
da prisão preventiva e, "por vezes", prende-se "para investigar". "A
percepção que o cidadão tem é que se anda à procura, de forma quase
esquizofrénica, da prática de um ou vários crimes – e não de que há uma
linha condutora da investigação criminal."
Quem tem violado sistematicamente, desde o primeiro dia, o segredo de justiça são os advogados do processo em causa, em declarações avulsas, em comunicados, em conferências de imprensa, sob o pretexto de responderem às violações aparecidas nos media.
O advogado Araújo já declarou publicamente que o segredo de justiça, para ele, acabou, sobrepondo-se à lei e fazendo uma à sua medida patusca.
Vem agora a Bastonária dizer o que diz e nunca disse nada sobre o assunto. É tão lamentável como o anterior bastonário e não admira porque foi escolhida por ele.
Dizer que compreende os advogados do processo em causa ( não pretende falar de outros, evidentemente) por saberem pelos jornais de diligências de que deviam ter sido
notificados pelo Ministério Público é tão hipócrita e baixo que até dói.
Comentar investigações criminais como a Bastonária o faz é ainda mais lamentável porque denota bem onde está e o que a move: não a justiça, mas apenas o justicialismo ao contrário.
Torna-se óbvio também que estas entrevistas cirúrgicas ( não as dá quando o advogado Araújo mija fora do caco, passe a expressão patusca) servem apenas um interesse que já nem sequer é oculto.
Dalai Lima
ResponderEliminar44
Sócrates rejeita tentativas do procurador Rosário Teixeira de prejudicar PS, alegando não precisar de ajuda de ninguém
E o "presentinho" de 14 milhões que o construtor José Guilherme deu a Ricardo Espírito Santo não terá tido outro destinatário que não este 44:
ResponderEliminarhttp://observador.pt/2014/10/03/ricardo-salgado-recusou-explicar-presente-de-14-milhoes-de-euros/
Por isso é que RES não podia explicar melhor...
Os órgãos sociais da OA, e principalmente o/a bastonário, têm-se comportado como órgãos sindicais o que coloca, na minha opinião, se se justifica a continuação da OA como entidade fiscalizadora do exercício da advocacia e do acesso a esta atividade. Esta OA deixou há muito de se comportar como associação PÚBLICA, isto é, como entidade coletiva que prossegue atribuições que são do Estado.
ResponderEliminarSe os advogados elegem gente deste calibre para principal figura da classe, é altura de se repensar a OA e, talvez, de uma direção geral do MJ desempenhar aquelas atribuições.